segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dilma segue script e exalta mulheres em visita à Argentina

Dilma segue script e exalta mulheres em visita à Argentina

Em sua estreia internacional na Argentina, a presidenta Dilma Rousseff preferiu seguir à risca o protocolo. Com exceção do fato de ter chegado com cerca de uma hora de atraso ao encontro com sua colega argentina Cristina Kirchner, Dilma seguiu à risca o roteiro delineado por sua assessoria em sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse.

Como estava previsto, Dilma e Cristina não responderam a perguntas dos jornalistas no encontro que tiveram na Casa Rosada. Preferiram dar uma declaração ensaiada à imprensa que acompanhou o evento. Dilma, por exemplo, voltou a exaltar a importância da chegada de mulheres ao poder. "Nós primeiras presidentas eleitas nos nossos países também assumimos um papel importante na participação dos gêneros”, disse Dilma.
Dilma e Cristina encontraram-se na Casa Rosada


Ao falar sobre o tom do encontro, Dilma emendou: "Desculpem, mas é nosso primeiro encontro e estou um pouco emocionada". A presidenta também aproveitou para elogiar o ex-presidente argentino Nestor Kirchner e falou rapidamente sobre a cooperação entre os dois países. “Devemos transformar o século 21 em século da América Latina”, afirmou.
Por conta de fortes chuvas que atingiram hoje a região da Casa Rosada, Dilma chegou com quase uma hora de atraso no encontro. Em seguida, a presidenta brasileira passou cerca de uma hora a portas fechadas com Cristina. Depois, ambas dirigiram-se a uma sala onde eram aguardadas pelas mães e avós da Praça de Maio.

Dilma teve o cuidado de cumprimentar todas as cerca de 20 mulheres que a aguardavam na Casa Rosada. Ex-militante torturada pela ditadura, Dilma pediu especificamente a sua equipe que incluísse o encontro com as mães e avós em sua agenda. A presidenta brasileira foi presenteada com uma caixa e um livro. Também ganhou um lenço, mas não o colocou na cabeça.
Na viagem que realiza nesta segunda-feira à Argentina, Dilma foi acompanhada dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Nelson Jobim (Defesa); Aloysio Mercadante (Ciência e Tecnologia); Fernando Pimentel (Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior); Iriny Lopes (Mulheres); Mário Negromonte (Cidades); Paulo Bernardo (Comunicações), além do interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o assessor especial, Marco Aurélio Garcia.

Dilma chegou nesta manhã à Argentina. A visita marca sua primeira viagem internacional desde que tomou posse do cargo. Do lado de fora da Casa Rosada, militantes se reuniram para aguardar a chegada da presidenta brasileira. Entre os presentes, a psicóloga Lilian Ruggia, de 56 anos, aguardava para tentar entregar uma carta à presidenta brasileira. No documento, a argentina - irmã de Henrique Ernesto, morto pelo Exército brasileiro em julho de 1974, em Foz do Iguaçu, quando tinha 18 anos - fazia um apelo pela abertura dos arquivos da ditadura militar.











“Deputados de verão” gastam R$ 19,2 mil com autopromoção

Os suplentes paranaenses Iris Simões (PR) e Flávio Antunes (PSDB) destinaram verba de gabinete para divulgar suas atividades políticas durante mês de recesso na Câmara

Dois dos quatro “deputados de verão” paranaenses, aqueles que assumiram em janeiro as vagas de parlamentares que deixaram os cargos para ocupar outras funções no governo estadual e federal, efetuaram gastos elevados da verba de custeio de atividade parlamentar para fazer propagandas pessoais.

Durante o mês em que esteve na vaga de Luiz Carlos Hauly, nomeado secretário de Estado da Fazenda, o deputado Iris Simões (PR) consumiu R$ 12 mil em “verba de divulgação da atividade parlamentar”. Todo esse recurso foi destinado ao jornal “Folha Curiti­bana”, um tabloide de periodicidade mensal distribuído gratuitamente no centro de Curitiba.
A publicação mantém um blog na internet, em cujo perfil afirma que sua “principal função é informar e contribuir no socialismo”. No blog, porém, não há nenhuma notícia sobre a atividade parlamentar de Simões neste mês – o que é incoerente com a finalidade da rubrica da cota parlamentar. Por outro lado, em janeiro não houve atividade na Câmara.
Odeputado Flávio Antunes (PSDB), que remunerou em R$ 5 mil o jornal de Paranavaí “Diário do Noroeste”, região onde mantém sua base política. A reportagem não conseguiu contato com ele. Segundo informou a assessoria de imprensa do político ao jornal Folha de São Paulo, com a verba o tabloide destacou um repórter para cobrir e divulgar notícias diárias sobre as atividades de Antunes. Além disso, o deputado usou mais R$ 2,2 mil para custear serviços de vídeo e áudio, publicidade estática e consultoria.
Outros dois congressistas com mandatos breves tiveram gastos mais modestos. Luciano Pizzatto (DEM), que foi nomeado pelo governador Beto Richa (PSDB) diretor presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagás) – função que assumirá esta semana –, gastou apenas R$ 316,55 em ligações telefônicas.
Já Airton Roveda (PR), que entrou na vaga de Cássio Taniguchi (DEM), atual secretário estadual do Planejamento, usou R$ 535,37 para enviar quatro correspondências via sedex para o exterior.

Recesso caro

Apesar de o Congresso estar fechado, em função do recesso parlamentar, e da brevidade do mandato, às vésperas do início da nova legislatura (2011-2015) que começa amanhã, 41 dos suplentes de deputado federal que assumiram mandatos de verão durante as férias legislativas usaram a verba de custeio de atividade parlamentar, consumindo R$ 186 mil só nessa rubrica. Além da propaganda dos mandatos, há gastos elevados com consultoria, aluguel de carros, restaurantes e serviços postais.
A posse dos suplentes está prevista na Constituição Federal, mesmo em uma época sem atividades legislativas. Na prática, nenhum deles pode participar de comissões temáticas, apresentar ou discutir projetos. Ainda assim, há os que se esforçam para aproveitar o mês de notoriedade.

Transparência

Além dos quatro deputados federais citados acima, outros quatro parlamentares paranaenses também cumpriram mandatos em janeiro. A senadora Danimar Cristina (PR) assumiu na vaga aberta pelo vice-governador Flávio Arns (PSDB). O mesmo aconteceu na Assembleia do Paraná. Durval Amaral (DEM) foi indicado para a Casa Civil, Wilson Quinteiro (PSB) para a Secretaria de Relações Comunitárias e Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) para a do Trabalho. Eles foram substituídos por Alisson Anthony Wandscheer (PPS), José Domingos Scarpelini (PSB) e André Pegorer (PMDB). Os sites do Senado e da Assembleia, porém, não atualizam os dados dos gastos em tempo real, nem divulgam os fornecedores dos serviços, como faz o portal de transparência da Câmara dos Deputados. Apenas no próximo mês se poderá saber quanto gastaram os parlamentares “tampão”, cujos mandatos acabam hoje.

Interatividade

O que você acha de as vagas abertas por parlamentares serem preenchidas por suplentes mesmo com o recesso parlamentar?




Aliados no papel de oposição

Estudo aponta que dos 18 partidos da base governista na Câmara dos Deputados, 8 apresentam “apoio condicionado”


Encolhida pelas urnas, a oposição trará menos incômodo ao governo Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional do que quase metade dos aliados. Partidos de todos os portes que compõem a base de apoio à nova presidente têm demonstrado descontentamento com a distribuição de cargos, tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo. Negociar com eles será mais difícil e demorado do que qualquer confronto no voto com a oposição.

De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) sobre a nova formação do Con­gresso, que toma posse amanhã, 18 partidos vão apoiar Dilma na Câmara dos Depu­tados (veja tabela ao lado). Entre eles, dez são considerados aliados consistentes e oito oferecem “apoio condicionado”. Há apenas quatro de oposição.
No Senado, há 15 legendas com representação. Nove oferecem “apoio consistente”, duas são “condicionadas” e quatro de oposição. Entre as que geram dúvidas, a mais forte é o PTB, que tem 22 deputados e 6 senadores.

A primeira dissidência explícita ocorreu com a candidatura do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) à presidência da Câmara. A decisão contrariou o próprio partido, que compõe o grupo de 21 legendas favoráveis a Marco Maia (PT-RS). Entre todas as siglas com representação na Casa, apenas o PSOL não apoiou formalmente o petista.
O slogan de campanha de Mabel – “O sonho vence a imposição” – tenta alertar que nem todas as manobras governistas serão aceitas na Casa. Mesmo sob ameaça de ser expulso do PR, que integra o governo e dirige o Ministério dos Transportes desde a gestão Lula, ele garante que não vai desistir e que conta com pelo menos 130 votos. Eles correspondem a 17% mais do que a soma dos 108 deputados eleitos pelos três principais partidos de oposição – PSDB (53), DEM (43) e PPS (12).
A trinca oposicionista, que ainda conta à distância com mais três parlamentares do PSOL, começa a legislatura de mãos amarradas. Só com muita negociação e apelo popular conseguirá, por exemplo, instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Regimen­talmente, são necessárias 172 assinaturas de deputados.
A situação também é complicada no Senado. Juntos, os quatro partidos de oposição têm 19 senadores – 10 do PSDB, 6 do DEM, 2 do PSOL e 1 do PPS. As cadeiras correspondem a 23% do total de 81 vagas e também são insuficientes para a instalação de CPIs, que dependem de 27 assinaturas de senadores, e para evitar a aprovação de emendas constitucionais, que depende de 49 votos (três quintos do total) em plenário.
“A oposição ficou tão pequena que a tendência é que ela seja simplesmente ignorada pelo Planalto”, avalia o cientista político da Universidade de Brasília, Leonardo Barreto. “Eles (oposicionistas) vão ser obrigados a jogar como aquele time pequeno que se retranca todo e fica esperando um erro do adversário.” Para o professor, essas falhas serão inevitáveis e vão envolver a base aliada “condicionada”.
Para o coordenador do levantamento produzido pelo Diap, Antônio Augusto de Queiroz, o desgaste das negociações será amenizado pela fidelidade partidária. “A legislatura 2011-2015 será a primeira a começar sob a regra de que os mandatos são dos partidos. Isso vai institucionalizar alguns procedimentos, vai haver menos casos de barganha individual.”
Para o deputado paranaense Eduardo Sciarra (DEM), mais do que o jogo entre governo e oposição, a direção do Congresso precisa se preocupar com a independência. “A base de apoio precisa valorizar o seu mandato, independentemente de ideologia. Não dá mais para ficar de joelhos para o Executivo.”
Do outro lado, o petista paranaense Dr. Rosinha diz que o partido aprendeu a dialogar melhor com os aliados. “Estamos mais maduros e unidos.” Prova disso, segundo ele, é que a legenda superou o desgaste interno da escolha do candidato a presidente da Câmara – o favorito era o paulista Cândido Vaccarezza, que acabou vencido por Marco Maia.

DEM e PSDB sofrem com rachas internos

Além da maioria no Congresso Nacional, o governo Dilma começa com os dois principais partidos de oposição envolvidos em disputas internas. No PSDB, o candidato derrotado a presidente José Serra (SP) concorre à presidência da legenda contra Sérgio Guerra (PE), que busca a reeleição e conta com o apoio do senador Aécio Neves (MG). Já o DEM está dividido entre o grupo do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e o do ex-senador Jorge Bornhausen.
Os confrontos ainda são reflexo da eleição de 2010. Apesar de ambas as siglas terem obtido sucesso nos pleitos para governador – os tucanos venceram em oito estados e o DEM em dois – as derrotas na campanha presidencial e o encolhimento no Congresso não foram superados. Na Câmara, o PSDB diminuiu de 66 eleitos em 2006 para 53 em 2010 e o DEM de 65 para 43. No Senado, a queda do PSDB foi de 14 para 10 parlamentares e a do DEM de 18 para 6.
As disputas internas ganharam mais intensidade na semana passada, quando a bancada tucana apresentou um abaixo-assinado defendendo a manutenção de Guerra na presidência. Em reação, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que apoiará Serra. No DEM, há conflito até para decidir quem será líder do partido na Câmara.
O paranaense Eduardo Sciarra decidiu confrontar o baiano ACM Neto pela vaga em uma eleição in­­­terna, que ocorre amanhã. “Só sou candidato para defender a re­­­no­­vação de lideranças no partido”, diz. Para o cientista político Leo­­nar­­do Barreto, tanto o DEM quan­­­­to o PSDB correm riscos de diminuir ainda mais se não passarem por uma reconstrução de prin­­­­cípios. “É o modelo de partido de­­les que está em jogo. Eles precisam decidir se querem instituições de massa ou um clube de oligarcas.”





Déficit do INSS recua 4,5% em 2010, para R$ 44,3 bilhões

Arrecadação líquida cresce mais do que pagamento de benefícios em 2010. Segundo Ministério da Previdência, essa é a primeira queda desde 2008
O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público de previdência que atende os trabalhadores do setor privado no país, somou R$ 44,3 bilhões no ano de 2010, informou nesta segunda-feira (31) o Ministério da Previdência Social.

Isso representa uma queda de 4,5% em relação ao rombo de R$ 46,4 bilhões registrado em 2009. Todos os números foram corrigidos pelo INPC. Trata-se da primeira queda do resultado negativo desde 2008, informou o Ministério da Previdência.
Benefícios previdenciários e arrecadação líquida

O pagamento de benefícios previdenciários somou R$ 261,87 bilhões em 2010, o que representa um aumento de 7,8% frente ao ano de 2009 (R$ 242,95 bilhões). Ao mesmo tempo, a arrecadação líquida do INSS somou R$ 217,52 bilhões no último ano, o que representa uma elevação de 10,7% frente ao ano de 2009, quando totalizou R$ 196,51 bilhões.
O aumento da arrecadação previdenciária está relacionada com a criação recorde de 2,5 milhões de empregos formais no ano passado, e, também, com a recuperação de R$ 9,23 bilhões em créditos tributários. Neste caso, a recuperação de créditos recuou 17,7% em relação ao ano de 2009, quando foram recuperados R$ 11,21 bilhões em créditos tributários.

Benefícios emitidos

Dados do Ministério da Previdência mostram que foram pagos benefícios previdenciários e acidentários a 24,42 milhões de pessoas no ano passado, o que representa um crescimento de 3,8% em relação ao número de pessoas atendidas no fim de 2009 (23,53 milhões de beneficiários).
Os benefícios previdenciários (aposentadorias por invalidez, idade e tempo de contribuição, além de pensões por morte, auxílio-doença e salário-maternidade, entre outros) foram recebidos por 23,59 milhões de pessoas no fim do ano passado, com elevação de 3,8% frente ao patamar do ano anterior, quando 22,73 milhões de aposentadorias foram pagas.
No caso dos benefícios acidentários (auxílio-acidente e auxílio-doença, entre outros), os valores foram pagos para 828 mil pessoas no ano passado, contra 798 mil em dezembro de 2009.
Além dos benefícios previdenciários e acidentários, o Ministério da Previdência também informou que foram pagos os chamados benefícios assistenciais (LOAS e portadores de deficiências, entre outros) a 3,7 milhões de pessoas no ano passado, com aumento de 5,7% sobre os 3,5 milhões de benefícios pagos no fim de 2009.






sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sarney diz que PEC dos suplentes pode ser votada este ano



O presidente do Senado, José Sarney, disse hoje que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata da indicação de suplentes de senadores pode ser incluída na reforma política que, segundo ele, será votada este ano. Sarney reconheceu que há 'abusos' na escolha do ocupante do cargo, referindo-se aos candidatos que indicam parentes para a vaga de suplente. 'Eu acho que isso pode ser feito (votar a emenda dos suplentes este ano). Há certos abusos que a gente tem de considerar', admitiu. 'Acho que (a PEC) deve ser incluída na reforma política. Estamos procurando votar este ano', afirmou.

Feita por um grupo de senadores, a proposta que trata dos suplentes proíbe a escolha de parentes para o cargo e determina que em caso de morte ou renúncia o novo ocupante da vaga seja escolhido por eleição. Na legislatura que começa terça-feira (1º) somente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reeleito senador no ano passado, escolheu pela segunda vez o filho do mesmo nome para o cargo de suplente. O Senado encerra a atual legislatura com 1/3 de seus representantes não eleitos.

Candidato à presidência do Senado pela quarta vez, Sarney voltou a afirmar, a exemplo do que fez em outras ocasiões, que considera 'um sacrifício' comandar a Casa. 'Eu não digo animadíssimo, porque eu acho que para mim é um sacrifício o que estou fazendo. Espero que mais uma vez eu possa ajudar o senador a ajudar o País na presidência da Casa', disse, lembrando que já foi presidente algumas vezes. 'Já tenho uma certa idade. Para mim é uma carga de trabalho muito grande que nós temos que arcar para dirigir uma Casa política, colegiada e ao mesmo tempo com grandes problemas na área administrativa'.

Questionado sobre o motivo de o PMDB não ter indicado outro candidato, Sarney respondeu que a pergunta deve ser feita à liderança do partido. 'Sou favorável a qualquer outra solução que possa encontrar. Mas acho que tentaram. Mantiveram esse apelo (à candidatura dele) em favor da unidade do partido.'

Para o presidente do Senado, o enfoque da legislatura que começa na terça-feira está relacionado ao problema das enchentes no País, da segurança nacional e da reforma política. Ele voltou a dizer que se a reforma política não for feita no primeiro ano de cada legislatura 'não se faz mais'. 'Essa é a experiência que a gente tem.'














Dilma manda recado a centrais e endurece discurso sobre mínimo

No Rio Grande do Sul, presidenta avisou que proposta do governo está colocada e segue acordo aplicado nos últimos anos
A presidenta Dilma Rousseff mandou hoje um recado às centrais sindicais e endureceu o discurso sobre as negociações para o reajuste do salário mínimo. Após participar de uma reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), Dilma disse que, por um acordo feito durante o governo Lula, o reajuste do salário mínimo se dá pelo crescimento da economia de dois anos anteriores e pela inflação do ano corrente.

“O que queremos saber e se as centrais querem ou não a manutenção desse acordo no período do nosso governo. Se querem, o que propomos este ano é R$ 545”, destacou Dilma. As centrais sindicais pedem reajuste para, no mínimo, R$ 580. "No passado não se dava sequer a inflação", criticou a presidenta.

Dilma criticou também a negociação paralela da correção da tabela imposto de renda. O assunto, junto com a negociação do mínimo, foi discutido nesta semana entre as centrais sindicais e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", queixou-se Dilma.

Depois de agendar e desmarcar em cima da hora a inauguração de uma usina em Candiota, no Rio Grande do Sul, a presidenta Dilma Rousseff prometeu mais uma vez voltar ao Estado para entregar a obra. Em reunião com governadores do Rio Grande do Sul, Dilma admitiu que a inauguração seria referente a uma obra que já funciona desde o ano passado. Ainda assim, prometeu voltar para comandar a solenidade.
"Eu volto aqui em outro momento para fazer isso. Isso não implica em que ela funcione. Ela está funcionando já. Vamos inaugurar em sentido simbólico", disse Dilma.









terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Conheça a origem dos nomes de algumas favelas do Rio

Histórias com imigrantes, nomes indígenas, fatos religiosos e o processo de industrialização serviram como inspiração
No início da década de 50, um imigrante de origem polonesa – dono de uma enorme fazenda localizada na zona norte do Rio – decidiu vender ao poucos sua propriedade para pessoas que procuravam moradias a preços baixos naquela região. Alto, loiro, branco e com sotaque carregado, o homem passou a ser chamado de “alemão” pelos habitantes da localidade. O fato – em princípio corriqueiro e sem muita importância – acabou dando origem ao nome de uma das principais favelas do Rio: o Complexo do Alemão, erguido nos antigos domínios do polonês.
Histórias como essa – envolvendo imigrantes –, nomes indígenas e heranças do processo de industrialização pela qual passou a capital fluminense no início do século passado estão por trás dos nomes de algumas das mais de mil favelas existentes atualmente no Rio. “Todo mundo [com traços europeus] que falava uma língua estranha era chamado de ‘alemão’”, diz o historiador Milton Teixeira, especialista na história do Rio, sobre o complexo de favelas ocupado por forças militares em novembro do ano passado.
Perto dali, localizado às margens da Baía da Guanabara, o Complexo da Maré tem em seu nome lembranças das dificuldades que os primeiros moradores do local enfrentavam. A região onde hoje estão as comunidades que formam o complexo ficava em um grande pântano, com casas erguidas em cima de palafitas. Quando a maré subia, trazia consigo lama e cobras. Por outro lado, eles também usavam o fenômeno natural a seu favor: jogavam o lixo ali e esperavam a maré ficar cheia para levar os detritos.
Já um rio que nasce no Parque Nacional da Tijuca deu origem ao nome do bairro que corta – Jacaré – e à favela situada no local, Jacarezinho. O curso de água dá muitas voltas e, por isso, foi chamado de “yacarè”, termo indígena que quer dizer torto e sinuoso. Se nessa comunidade o animal não foi o responsável pelo nome, o mesmo não aconteceu no Morro dos Macacos. Segundo uma pesquisa feita pela Prefeitura do Rio, a região possuía muitas plantações de banana na década de 20 e muitos macacos do zoológico que ficava ao lado fugiam para lá.
Industrialização




Conhecido por causa da escola de samba que carrega seu nome, o Morro do Salgueiro, na Tijuca, começou a ser ocupado no início do século 20 por ex-escravos e migrantes que tinham trabalhado em uma imensa plantação de café que havia anteriormente no local. Segundo pesquisa feita pela ONG Viva Rio, só na década de 20, a comunidade ganhou nome. Um comerciante português, chamado Domingos Alves Salgueiro, que tinha 30 barracos na favela virou, aos poucos, referência para quem ia à comunidade.
O processo de industrialização também deixou suas marcas nas favelas cariocas. O Morro do Borel, na Tijuca, herdou o sobrenome dos irmãos franceses que possuíam uma fábrica de rapé e tabaco localizada na subida da favela. Já o Morro da Mangueira, famoso pela escola de samba com as cores verde e rosa, ficou com o nome da Fábrica de Chapéus Mangueira, instalada na rua Visconde de Niterói, um dos acessos à comunidade.
A fábrica em questão “batizou” ainda outra favela, a homônima Chapéu-Mangueira, no Leme. “Havia ali um outdoor da fábrica, que, ao contrário do que alguns dizem, nunca foi instalada naquela região. Conheci pessoas que descreveram o outdoor. Segundo elas, mostrava duas pessoas usando os chapéus, que você podia dobrar e colocar no bolso”, conta Milton Teixeira.


Religião




A Igreja Católica teve um papel importante no processo de surgimento de favelas na capital fluminense e, consequentemente, de seus nomes. A área onde está hoje a Rocinha era de propriedade de padres jesuítas – ordem responsável pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), vizinha à comunidade. Sensibilizados, os religiosos permitiram que pessoas humildes morassem no lugar, montando pequenas chácaras. O nome surgiu anos depois.
“Em 1920, quando o prefeito Carlos Sampaio criou as feiras livres, surgiu a feira da Gávea, na Praça Santos Dumont. Como a população não estava acostumada a comprar frutas, legumes e hortaliças nesses locais, as pessoas ficaram impressionadas com a qualidade e o frescor dos alimentos. Elas perguntavam de onde vinham os produtos e os vendedores respondiam: vem lá da minha rocinha. Ficou, então, o costume de chamar o Alto Gávea de Rocinha, muito antes da favela existir”, relata Teixeira.
A Igreja também foi determinante para o nome da Favela do Vidigal. O Mosteiro de São Bento era o dono do terreno onde está a comunidade e o doou, em 1820, ao major da polícia Miguel Antunes Vidigal como gratidão por serviços prestados. “O que aconteceu depois disso é incerto. A única coisa que se sabe é que ele morreu em 1850 e a favela surgiu em 1940, quase 100 anos depois. Constam nos registros que o major não teve filhos”, diz o historiador.
Há ainda a influência religiosa no nome da favela Santa Marta, chamada por alguns moradores de Dona Marta. No século 17, o padre Clemente Martins de Matos, tesoureiro da Sé do Rio, comprou as terras do atual bairro de Botafogo e colocou o nome da mãe no morro que limitava seu terreno.

A favela, no entanto, só teve seu início na década de 30, quando a área já pertencia aos padres jesuítas do Colégio Santo Inácio. Eles deixaram que operários que trabalhavam nas obras da instituição de ensino se instalassem no local.
A favela de Vigário Geral, onde até a década de 30 ficava uma grande fazenda dividida em vários povoados, seria uma referência ao padre responsável por celebrar missas em todas as paróquias da região, segundo uma pesquisa da ONG Viva Rio.
A Cidade de Deus surgiu de uma ideia de Dom Hélder Câmara para o então governador da Guanabara, Carlos Lacerda, amigos que viraram inimigos confessos. O conjunto habitacional foi inicialmente construído para receber funcionários do antigo Estado da Guanabara, mas com as enchentes que atingiram o Rio em 1966, desabrigados pelas chuvas e moradores de favelas removidas foram levados para lá.
“O projeto religioso do local está presente em alguns logradouros, como a Praça da Bíblia e as ruas Moisés e Salomão”, conta José Baptista Ferreira de Mello, coordenador do projeto "Roteiros Geográficos do Rio", da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Há ainda a influência religiosa no nome da favela Santa Marta, chamada por alguns moradores de Dona Marta. No século 17, o padre Clemente Martins de Matos, tesoureiro da Sé do Rio, comprou as terras do atual bairro de Botafogo e colocou o nome da mãe no morro que limitava seu terreno.

A favela, no entanto, só teve seu início na década de 30, quando a área já pertencia aos padres jesuítas do Colégio Santo Inácio. Eles deixaram que operários que trabalhavam nas obras da instituição de ensino se instalassem no local.
A favela de Vigário Geral, onde até a década de 30 ficava uma grande fazenda dividida em vários povoados, seria uma referência ao padre responsável por celebrar missas em todas as paróquias da região, segundo uma pesquisa da ONG Viva Rio.
A Cidade de Deus surgiu de uma ideia de Dom Hélder Câmara para o então governador da Guanabara, Carlos Lacerda, amigos que viraram inimigos confessos. O conjunto habitacional foi inicialmente construído para receber funcionários do antigo Estado da Guanabara, mas com as enchentes que atingiram o Rio em 1966, desabrigados pelas chuvas e moradores de favelas removidas foram levados para lá.
“O projeto religioso do local está presente em alguns logradouros, como a Praça da Bíblia e as ruas Moisés e Salomão”, conta José Baptista Ferreira de Mello, coordenador do projeto "Roteiros Geográficos do Rio", da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).












domingo, 23 de janeiro de 2011

Ministro vai propor índice maior para aposentadorias




Brasília - Quando presidia o Senado, Garibaldi Alves Filho acompanhou as principais discussões que envolviam aposentados e pensionistas do INSS. No Congresso, abriu uma das vigílias em defesa de reajustes maiores e do fim do fator previdenciário. Hoje, ministro da Previdência, investido das responsabilidades de governo, o experiente político mostra ponderação entre o que é possível fazer e a defesa dos interesses dos segurados. “Não quero bancar aqui aquele que vai resolver os problemas da Previdência do dia para a noite”, adianta. Mas ele foi rápido na antecipação dos benefícios às vítimas das chuvas do Rio, que pretende visitar em breve. Em entrevista exclusiva a O DIA, Alves Filho diz que vai propor reajuste maior para benefícios acima do salário mínimo. “É uma pequena diferença”, diz em tom de político experiente, ao avaliar que o reajuste dado foi de 6,41%, ante inflação de 6,47%. Sabe que enfrentará a austeridade fiscal, inclusive, na discussão do mínimo, que afeta mais de 18 milhões de segurados. “A oposição não vai se conformar com esse valor (R$ 545)”, avalia. Preocupado com o impacto das questões judiciais do INSS, vem acompanhando a tramitação das principais ações. Com humildade, às vésperas do aniversário de 88 anos da Previdência, e do Dia do Aposentado, 24 de janeiro, admite que ainda não domina todos os temas, mas está determinado a conhecer e melhorar a gigantesca estrutura que comanda desde 1º de janeiro.

ODIA: Qual é a sua principal preocupação com a Previdência Social hoje?

GARIBALDI ALVES FILHO: — A Previdência Social hoje não preocupa tanto em termos de contas. Quero dizer, o déficit existe, ninguém pode negar. E por conta de motivos que são conhecidos. A aposentadoria rural é um deles. Se não fosse a aposentadoria rural, a Previdência poderia estar hoje em uma situação equilibrada. Não sei se seria superavitária, mas pelo menos equilibrada (desde a Constituição Federal de 1988, a Previdência paga benefícios aos trabalhadores rurais, mesmo sem contribuição anterior, porque o País reconheceu que havia dívida social com essa categoria).
Há uma corrente que defende que há superávit, que a Seguridade Social recebe mais recursos do que os que são divulgados e que não se restringem à folha de pagamento. Mas operacionalmente isso não vale no encontro de contas, quando se fala em dinheiro que sai e entra. Mudar isso é questão de gestão política?
Não quero bancar aqui aquele que vai resolver os problemas da Previdência Social do dia para a noite. Há poucos dias eu assumi e ainda estou conhecendo a estrutura. Só ontem fui ao INSS, na posse (do novo presidente do instituto, Mauro Hauschild). À tarde, fui à Dataprev. Ainda não fui à Previc. São os primeiros dias, mas agora, na próxima semana, vou inaugurar duas agências no interior do Paraná e uma agência no interior da Bahia.

Como ministro, é a primeira vez que o senhor presencia uma inauguração?

Como ministro, sim.

Como o senhor vê a enorme responsabilidade assumir a Previdência?

É uma estrutura gigantesca no País. Nossos números mostram 56,58 milhões de brasileiros protegidos. A Previdência Social injeta mensalmente R$ 19 bilhões na economia brasileira.
O reajuste dos aposentados que ganham acima do salário mínimo está um pouco abaixo da inflação oficial, e eles podem questionar isso na Justiça. Há movimento do governo para subir esse percentual?
O índice para eles foi de 6,41%, mas a inflação foi um pouco maior. Chegou a 6,47%. Ainda não há um movimento nesse sentido. Isso nem começou a ser conversado. Eu vou levar a questão à área econômica. É uma pequena diferença ...
Isso evitaria que os aposentados entrassem na Justiça depois para requerer e ainda há tempo de resolver administrativamente. E em relação ao salário mínimo? Esse valor de R$ 545 não é pouco?

Bom, ninguém acha. Agora, há uma outra questão: o governo não pode pagar mais.

Mas, quando o governo anuncia o valor, não tem sempre uma folguinha para negociar?

Diz o ministro (da Fazenda) Guido Mantega que essa folguinha não existe, que a folguinha existiu ano passado. Na crise de 2008 e 2009, houve condição, como na revisão do reajuste de 6,14% para 7,72% em 2010. O ex-presidente Lula determinou a redução e a isenção dos impostos para fomentar os investimentos. Aquela reação fez com que a economia permanecesse aquecida sem dar lugar ao desemprego. Entretanto, agora, a situação é diferente. Essa é uma conta que precisa ser paga, e não há folga. O ministro Mantega diz que só é possível esse reajuste. É uma discussão que o Congresso Nacional vai participar, e a oposição certamente não vai se conformar com esse valor. Vai realmente buscar uma majoração dele. Então, vamos ter esse embate. O ministro Mantega, na última reunião interministerial, foi muito taxativo. Não há margem.
Mas ele sempre é taxativo... No ano passado, não houve veto aos 7,72%...
Ele (Mantega) está dizendo que os cortes não se constituiriam mais em contingenciamento. Seriam cortes orçamentários.

Significa austeridade?

Pelo menos o trabalhador aposentado vai ter aí a constatação de que não é apenas ele quem está pagando, mas outros setores também deverão sofrer as consequências (da austeridade).

Outra discussão importante e adiada para 2011 é a do fator previdenciário. Ela será feita?

O fator previdenciário é usado no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por invalidez, não é utilizado. Na aposentadoria por idade, é usado apenas se for para aumentar o benefício. Acho que o fator previdenciário deve ser discutido. Abertamente. Sem radicalismos e procurando-se uma solução. A idade mínima é uma alternativa, mas há outras.

E em relação à decisão sobre o pagamento das diferenças do teto previdenciário dos prejudicados pelas duas reformas da Previdência? Como o ministério se prepara para pagar os atrasados e revisar aposentadorias e pensões?

Ainda não saiu o acórdão do STF. Os segurados sabem que receberão, mas não sabem quando nem quanto. Precisamos disso. Só podemos dizer quando vamos pagar quando o acórdão for publicado. Ainda não podemos anunciar como vamos pagar isso, porque não temos informações básicas que virão no acórdão do Supremo. Nós pretendemos pagar o valor integral. Pela proposta inicial, feita desde o ano passado, não se previa cobrar pedágio. Mas ainda teremos que discutir isso com a equipe econômica.

O Dia do Aposentado é amanhã, dia 24 de janeiro. O que o senhor diria aos 28 milhões de segurados do INSS nesta data?

Que vamos trabalhar para a Previdência Social continuar crescendo de forma sustentável. Amanhã também é o dia em que vamos comemorar os 88 anos da Previdência Social no Brasil. Não é pouco. O papel dessa estrutura no País é muito importante. Na tragédia das chuvas nos municípios do Rio de Janeiro, nós rapidamente tratamos de antecipar o benefício para os atingidos nessas regiões. É um exemplo. O dinheiro vai estar nas contas de todos a partir do dia 25 de janeiro. Também vamos adiantar um benefício para quem precisar, a partir do dia 7 de fevereiro. Esse benefício adiantado será pago sem a cobrança de juros em 36 parcelas para os que pedirem. Onde a Previdência Social tem que agir ela agirá.

POR LUCIENE BRAGA










sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alvaro Dias reivindica aposentadoria retroativa

No Senado, Dias recebe R$ 26,7 mil e o valor solicitado pode acrescentar cerca de R$ 1,6 milhão ao seu patrimônio de R$ 1,9 milhão.
Dono de uma das vozes mais contundentes da oposição durante os oito anos da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no que dizia respeito aos gastos públicos, o senador Alvaro Dias (PSDB) pretende receber do Estado do Paraná valores retroativos de aposentadoria por ter sido governador entre 1987 e 1991. O incremento, se obtido, pode acrescentar cerca de R$ 1,6 milhão (13 salários anuais) ao seu patrimônio de R$ 1,9 milhão, conforme declarado à Justiça Eleitoral em 2006.



A aposentadoria como ex-governador lhe rende R$ 24,8 mil ao mês desde outubro do ano passado. No Senado, Dias recebe R$ 26,7 mil. De acordo com o governo do Paraná, a solicitação de valores retroativos relativos aos últimos cinco anos feita pelo senador deve ser analisada pela Procuradoria-Geral do Estado. O senador foi procurado ontem, mas não foi localizado.


Em Minas Gerais, além do direito a um benefício mensal vitalício, dois ex-governadores engrossam seus vencimentos participando de conselhos de administração de empresas estaduais. São os casos de Francelino Pereira e Rondon Pacheco, que integram, respectivamente, os conselhos da Companhia Energética do Estado (Cemig) e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
A função de conselheiro não exige comparecimento regular às empresas. De acordo com o governo mineiro, Francelino, que ocupou o Palácio da Liberdade de 1979 a 1983, recebe da Cemig R$ 4,3 mil por mês. Já Rondon Pacheco, governador de 1971 a 1975, ganha R$ 4,5 mil mensais para atuar como conselheiro do BDMG. Ambos foram governadores na ditadura militar, eleitos de forma indireta.
Em Minas, a espécie de aposentadoria - ou pensão, no caso de viúvas e filhos - vitalícia não é paga automaticamente e deve ser requerida após o término do mandato. O governo de Minas não divulga quem fez o requerimento e os gastos com os ex-governadores, alegando que a legislação estadual proíbe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A nova Carteira de Identidade Nacional

Até o fim de 2011, 2 milhões de pessoas terão o novo registro de identidade civil (RIC). De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI), Marcos Elias Araújo, as primeiras 100 mil pessoas foram selecionadas e seus documentos já estão sendo expedidos pela Casa da Moeda.
As demais 1,9 milhão de pessoas serão convocadas ainda neste ano para a troca do documento de identidade antigo pelo novo. Mas, segundo o diretor do INI, ainda não há data prevista para que isso aconteça.

"Ainda não temos um prazo porque cada Estado tem sua peculiaridade. Então, deixamos para que os institutos de identificação locais, que mudam de Estado para Estado, façam seus próprios cronogramas. Não vamos criar uma expectativa. Nossa prioridade agora é emitir os cartões e entregá-los aos institutos", disse.
Segundo Marcos Elias Araújo, a integração de todos os dados em um só documento pode diminuir os casos de fraude. "Por exemplo, quando uma pessoa descobre que está devendo milhões sem nunca ter feito empréstimos ou compras, em um caso clássico de roubo de documentos e abertura de contas em nome de terceiros. Esses casos em que as pessoas são usadas como 'laranjas' certamente vão diminuir", afirmou.
O diretor do INI lembra que não há pressa para trocar o documento. "A nova e a velha identidade vão conviver de forma harmoniosa até a troca completa. Todos serão convocados para trocar gradativamente".

O RIC

O novo documento de identidade vai reunir todos os dados do cidadão em um cartão com chip produzido pela Casa da Moeda do Brasil. A expectativa do Ministério da Justiça é que todos os documentos de identidade sejam substituídos até 2020. As novas identidades custarão cerca de R$ 90 milhões ao ministério.
Neste primeiro semestre, 100 mil moradores de Salvador, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Ilha de Itamaracá (PE), Rio Sono (TO), Hidrolândia (GO) e Nísia Floresta (RN) serão convocados pelo Ministério da Justiça a buscarem os novos documentos nos locais indicados.

Previdência antecipará benefícios aos atingidos pelas chuvas no RJ

O Ministério da Previdência Social anunciou há pouco duas medidas para atender as famílias vítimas das enchentes em sete municípios do Rio de Janeiro. O calendário de pagamento dos beneficiários previdenciários será antecipado para o dia 25. Normalmente, os valores são pagos nos últimos cinco dias úteis do mês. Além disso, segundo o ministro Garibaldi Alves,o beneficiário receberá antecipadamente um mês de benefício. E o dinheiro será devolvido ao INSS, gradativamente, em 36 parcelas, com dois meses de carência.

As medidas foram anunciadas durante a solenidade de posse do novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Luciano Hauschild. Ele substitui Valdir Simão, que atualmente é secretário de Fazenda do Distrito Federal.
Segundo Hauschild, a antecipação de um benefício vai atender 145.605 pessoas dos municípios de Bom Jardim, Nova Friburgo,Teresópolis,Areal
Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. 'O impacto (se referindo à medida) afeta 145.605 beneficiários que representam R$ 114 milhões aproximadamente', afirmou o novo presidente do INSS.
Ele informou que o benefício antecipado estará disponível dentro de 20 dias, a contar de hoje. 'Estamos finalizando o processamento individualizado de cada um dos 145 mil. Temos que identificar toda a rede bancária onde esses benefícios são pagos', explicou Hauschild. O presidente do INSS afirmou ainda que poderão se beneficiar dessa medida aqueles que recebem benefícios de forma permanente. 'Todo o procedimento é automático. Não é preciso procurar o INSS', acrescentou.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

RIO DE JANEIRO " CIDADE MARAVILHOSA"





Uma entrevista com o governador Sérgio Cabral no site do MSN, onde ele culpa os políticos dos municípios dizendo que dão permições para o povo plantarem casas ou barracos em encostas e áreas de riscos. Concordo com ele normalmente isto é feito em ano de eleições onde estes compradores de votos fazem estas barganhas para ficar com o poder, podemos ver ali na antiga estrada rio do pau no bairro da pavuna em frente aos conjuntos do village ha 10 anos aproximadamente começou num terreno baldio a plantações de barracos e hoje é uma favela com casas de alvenarias  agora ficamos vendo em todos os canais de televisão, rádios e jornais estas cenas absurdas deste acontecimentos em Petrópolis,Teresópolis e Friburgo de um país que vai sediar a copa em 2014  e a cidade do Rio de Janeiro é um dos pontos turístico onde será a vitrine para o mundo mais que infelizmente não tem governantes capazes de tomar uma atitude honesta e seria para melhorar a situação do seu povo, fazem obras faraônicas de maquiagem jogando os problemas mais fundamentais para baixo dos tapetes.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

As catástrofes que vem acontecendo no Rio de Janeiro com as chuvas e nada são resolvidos pelo nosso governo.

MORRO DO BUMBA EM NITERÓI - RIO DE JANEIRO NO ANO DE 2010


CIDADE SERRANAS DO RIO DE JANEIRO ANO 2011

Se o povo fosse mais inteligente e não conformado com a situação este país mudaria com certeza. Podemos verificar que estes políticos não têm nenhuma competência e nem compromisso com os estados e municípios somente fazem obras faraônica e superfaturadas para aparecer, enriquecer e voltar ao poder. Obras que ficam ocultas como saneamentos básicos aquelas que ninguém vê estas ninguém quer fazer e quando acontecem estas catástrofes como no ano passado no morro do bumba em Niterói  que o povo continua sem a devida assistência perambulando pelas ruas porque deixou de ser noticias nos jornais e nas TVs, este ano volta acontecer  em Petrópolis,Teresópolis e Nova Friburgo. O governo precisa tomar vergonha na cara, parar de roubar e ter uma atitude digna junto ao povo. Com certeza obras de saneamentos básicos como a limpeza dos rios, esgotos e encostas isto não aconteceria mais. Culpado também é o povo que não cobra destas amebas uma solução, vai se acomodando e achando que isto é normal e depois só sabe chorar os entes queridos, vamos às ruas colocarem para fora do poder aqueles que lá estão sem nada fazer e que demos um titulo de parlamentar para nos representar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Kirchner e Patriota acertam visita de Dilma à Argentina

A visita de Dilma Rousseff está prevista para o dia 31 de janeiro
A presidente argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, se reuniram nesta segunda-feira, em Buenos Aires, para acertar a visita de Dilma Rousseff à Argentina.

"É um momento de grande potencial para os dois países. É uma grande oportunidade histórica que estamos comprometidos a aproveitar", disse Patriota em entrevista coletiva, ao lado de seu colega argentino, Héctor Timerman.
A visita de Dilma, a primeira da presidenta brasileira ao exterior, está prevista para o dia 31 de janeiro.Patriota qualificou a relação bilateral de "exemplar" e destacou "o nível sem precedentes (...) do intercâmbio comercial entre os dois países", superior aos 30 bilhões de dólares em 2010.
Segundo Timerman, Buenos Aires e Brasília acertaram a criação de uma comissão para coordenar a forma de "sairmos juntos no mundo para vender nossos produtos com valor agregado".
Os dois chanceleres acertaram liderar reuniões de suas equipes técnicas a cada 90 dias, com a primeira rodada no Brasil."Um dos temas que interessam é que os dois países participem das compras governamentais do Brasil para os Jogos Olímpicos e o Mundial de Futebol", disse Timerman sobre as duas competições, em 2012 e 2014, respectivamente.

Xuxa será indenizada em R$ 150 mil pela Igreja Universal

Motivo foi uma matéria publicada pela "Folha Universal" que chamava a apresentadora de "satanista"
Xuxa Meneghel vai receber uma indenização por danos morais de R$ 150 mil da Igreja Universal. Tudo isso porque em 2008 o jornal "Folha Universal" publicou uma matéria de capa dizendo que a apresentadora se vendeu ao diabo por R$ 100 milhões para conquistar o sucesso.



A chamada da reportagem era “Pacto com o Mal?” e trazia declarações do reverendo Josué Yrion, afirmando inclusive que Xuxa doa sangue duas vezes por ano à Igreja do Satanás, em São Francisco nos Estados Unidos.

Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Xuxa declarou na petição do processo que "tem uma imagem pública a zelar principalmente no meio infantil". A apresentadora também reforça que sofreu danos morais por ser uma pessoa de muita fé.
Para a juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, a reportagem tem conotação especulativa e Xuxa não teve a oportunidade de ser ouvida.
O jornal ainda será obrigado a desmentir a matéria para os leitores, uma edição após a finalização do processo, dizendo na capa: "Maria da Graça Xuxa Meneghel afirma que tem profunda fé em Deus e respeita todas as religiões".

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Neto de Lula também recebeu passaporte diplomático

Após a confirmação de que dois filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam renovado o passaporte diplomático, no final do ano passado, dois dias antes do término do mandato, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o neto do ex-presidente, de 14 anos, também conseguiu o benefício na mesma época. A assessoria do Itamaraty não soube informar o nome do menor nem sequer qual dia teria sido retirado o passaporte.

Conforme a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, a concessão dos passaportes foi feita 'com base na legislação vigente, de acordo com o decreto 5.978 de dezembro de 2006', que beneficia presidentes, vice-presidentes, ministros de Estado, ocupantes de cargos de natureza especial e titulares de secretarias vinculadas à Presidência da República, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes.
Os cônjuges e os dependentes, inclusive os enteados, até 21 anos de idade ou, se estudante, até 24 anos, também estão autorizados a receber o documento. Para dependentes portadores de deficiência não existe limite de idade.
Assim como no caso dos filhos de Lula, o então ministro de Relações Exteriores Celso Amorim autorizou a expedição do passaporte diplomático ao menor 'em caráter excepcional' e 'em função de interesse do País'. O Itamaraty não soube explicar por que a concessão de passaporte diplomático a dois filhos e ao neto do ex-presidente Lula é de interesse da nação.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Governo deu passaportes diplomáticos a 2 filhos de Lula

Rio de Janeiro, 6 jan (EFE).- O Ministério de Relações Exteriores concedeu passaportes diplomáticos a dois filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dois dias antes do fim de seu mandato, informou nesta quinta-feira o jornal "Folha de S. Paulo".
Luís Cláudio Lula da Silva, de 25 anos, e Marcos Cláudio Lula da Silva, de 39 anos, receberam os passaportes reservados a autoridades no dia 29 de dezembro de 2010, com validade de quatro anos, conforme o jornal.
A "Folha" afirmou que teve acesso à decisão ministerial e que nela se indica que a medida é "excepcional" devido ao "interesse do país", que não se justifica.
O passaporte diplomático é concedido a presidentes, vice-presidentes, ministros, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, magistrados dos tribunais superiores e ex-presidentes.
Cônjuges e filhos de até 21 também têm direito ao documento. O passaporte sem limite de idade existe no caso de filhos incapacitados, o que não é o caso dos dois filhos de Lula.
A imprensa também questionou que o ex-presidente passe atualmente suas férias em uma mansão localizada num forte do Exército, na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo, à qual não tem direito por não ocupar mais o posto de chefe de Estado.

Dilma reúne ministros para discutir ações contra pobreza

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff está reunida nesta quinta-feira, 6, com seus principais ministros para discutir medidas de redução da pobreza. A erradicação da miséria foi um dos pontos do discurso de posse de Dilma no primeiro dia do ano. Ainda durante o período de transição de governo, no final do ano passado, ela pediu a auxiliares um plano para melhoria de vida da população de baixa renda e uma atualização dos principais programas sociais tocados pelos ministérios. A previsão é que o novo plano seja apresentado no próximo dia 13 de janeiro.


Desde o período de transição, a presidente vinha pedindo melhoria de vida da população de baixa renda

A busca de alternativas de saída dos cadastrados da lista do Bolsa Família e um reajuste no benefício do principal programa de transferência de renda do governo são algumas das propostas que estão sendo discutidas pelos técnicos e ministros da área social. A ideia do governo é agilizar programas de trabalho para os beneficiários do programa. Atualmente, 13 milhões de famílias recebem a bolsa. O valor médio do benefício é de R$ 85 e pode variar de R$ 22 a R$ 200, dependendo do número e da idade dos filhos das famílias.

Participarão do encontro hoje com a presidente os ministros da coordenação política Antonio Palocci (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e os ministros da área social Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), Tereza Campelo (Desenvolvimento Social), Fernando Haddad (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e Carlos Lupi (Trabalho). A reunião deve se prolongar por toda a manhã. À tarde, Dilma despachará com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Mulher de Temer se destaca em posse de Dilma

Miss Campinas 2003, Marcela Temer, de 27 anos, atraiu olhares no Palácio do Planalto

Marcela Temer, de 27 anos, mulher do vice-presidente da República, Michel Temer, 70 anos, se destacou entre as diversas personalidades presentes à cerimônia de posse da nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), realizada neste sábado em Brasília
Loira de cabelos longos, alta e magra, Marcela desviou olhares no Palácio do Planalto. A vice-primeira-dama vestia saia rosa, blusa rocha e ostentata uma trança nos cabelos. Por conta do tamanho sucesso, por volta das 21h, o nome dela era o mais comentando nos trending topics do Twitter brasileiro e o 5º mais citado no Twitter mundial.

Em 2002, Marcela foi eleita miss Campinas e, no mesmo ano, ficou com o 2º lugar no miss São Paulo. Ela e Temer se conheceram na cidade de Paulínia, a cerca de 128 km da capital paulista, e um ano depois, em 2003, se casaram em uma cerimônia para poucos convidados. Os dois têm um filho de 2 anos também chamado Michel. Além da beleza de Marcela, chamou a atenção a diferença de idade entre ela e o vice-presidente, que é de 43 anos.

Conheça o ministério que será comandado por Dilma Rousseff

Equipe conta com 9 mulheres, 17 petistas e reserva cargos estratégicos a aliados da confiança do ex-presidente Lula

presidenta eleita Dilma Rousseff passou meses mergulhada nas negociações para a montagem de seu ministério. A equipe foi concluída dias antes do Natal. Serão 37 os auxiliares diretos da presidenta, entre eles ocupantes de secretarias, órgãos especiais e os ministérios propriamente ditos. Vão compor a nova equipe ministerial 9 mulheres. O número que ainda fica abaixo da proposta de alcançar um terço do time, mas representa uma fatia três vezes maior que a observada no governo Lula.


Veja o especial sobre o legado do presidente Lula e os desafios de Dilma Rousseff

Os petistas representam menos que a metade do ministério, com 17 pastas. Principal aliado no arco de apoio do PT, o PMDB conseguiu levar o segundo maior número de pastas. O partido indicou oficialmente cinco ministros e manteve Nelson Jobim (Defesa). A bancada do PMDB no Senado indicou dois nomes: Garibaldi Alves (Previdência) e Edison Lobão (Minas e Energia), que retorna ao posto. Da bancada da Câmara, o único indicado é Pedro Novais (Turismo). O vice-presidente eleito emplacou dois nomes: Wagner Rossi, mantido na Agricultura, e Moreira Franco, Secretaria de Assuntos Estratégicos.
O resultado das negociações alimentou as avaliações sobre a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no novo governo. Na pastas de maior prestígio, ele conseguiu emplacar dois nomes de sua confiança: Antonio Palocci, na Casa Civil, e Guido Mantega, na Fazenda. Ambos são do PT paulista, como o ex-presidente.