quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Investimento em bondes foi insuficiente, diz secretário



Ao contrário do que disse mais cedo o governador Sérgio Cabral (PMDB), que negou falta de investimento nos bondes de Santa Teresa, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, afirmou que, apesar de significativo, o montante investido não foi o necessário e terá de ser ampliado. 'Tínhamos muitas prioridades', afirmou o secretário, que participa de reunião com o presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Rogério Onofre, designado ontem por Cabral como interventor no sistema de bondes. Segundo ele, R$ 14 milhões foram investidos.

Sobre as 13 vezes em que o bonde 10, envolvido no acidente, passou por manutenção nos últimos 22 dias - inclusive com trocas das sapatas de freio -, Lopes disse ser 'uma prova de que o bonde tinha 116 anos'. 'Toda vez que entrava na oficina, tinha que fazer uma série de intervenções', disse.

Ele afirmou que por inúmeras vezes determinou a paralisação da circulação de bondes, inclusive do 10. 'Nossa determinação sempre foi a segurança'. O secretário afirmou que o acidente é 'inexplicável, como são todos os acidentes. O que espero é que a perícia apure com rigor o que aconteceu'.

Paes decreta estado de alerta no Rio por causa da dengue



SÃO PAULO - O Prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou nesta quarta-feira, 31, estado de alerta para a dengue em toda a cidade em consequência da possibilidade do aumento do número de casos da doença no verão de 2012.

O anúncio foi feito hoje em conjunto com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, durante a apresentação do Plano de Combate à Dengue para o verão de 2012. O decreto será lançado amanhã.

A prefeitura, diante da possibilidade de um aumento significativo do número de casos nos próximos meses, planejou uma série de ações imediatas de prevenção e atenção aos doentes, como aumento na quantidade de agentes, ampliação do número de polos de hidratação e aquisição de novos carros e equipamentos.

Segundo a prefeitura, o conjunto de medidas vai agilizar as vistorias em imóveis e envolver toda a sociedade e os diferentes órgãos públicos numa campanha contra o Aedes aegypti. O Centro de Operações vai funcionar como o Quartel General de combate à doença.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

RJ: após acidente, ferroviários debatem segurança de bondinhos

                        Perito fotografa bonde virado no bairro de Santa Teresa

                     Foto: Murilo Rezende/Futura Press


Ferroviários fazem uma assembleia na manhã desta segunda-feira na estação Carioca dos bondinhos de Santa Teresa, no centro do Rio de Janeiro. O grupo discute medidas de segurança e manutenção das composições. O bondinho acidentado em Santa Teresa, que matou cinco pessoas e feriu 57, sábado, estava com um arame substituindo um parafuso acima da roda traseira esquerda e uma sapata (espécie de pastilha de freio) completamente desgastada na mesma roda.

Os problemas foram constatados pela Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Rio de Janeiro (Crea-RJ), que vistoriou o que sobrou do veículo. A cena causou indignação até nos integrantes da comissão.

"Mesmo que não seja nenhuma peça de importância para o sistema de segurança, demonstra falta de manutenção. É inadmissível", disse o engenheiro Luiz Antônio Cosenza, coordenador da comissão, que acredita que o sistema de freios falhou.

O governador Sérgio Cabral emitiu nota lamentando o acidente. Ele disse que o transporte ficará interrompido e a Secretaria de Transportes conduzirá plano de modernização dos bondes



Lula viaja pela América Latina para falar de integração regional

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta semana para Bolívia, Costa Rica e El Salvador para falar sobre a integração latinoamericana. Ele chega nesta segunda-feira a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde deve se encontrar com o presidente Evo Morales e participar de um encontro com os movimentos sociais no estádio Real Santa Cruz, às 19h, horário local.

Na manhã do dia seguinte, Lula fará uma palestra sobre integração regional e o desenvolvimento social e econômico dos países latinoamericanos para a Confederação de Empresários Privados Bolivianos, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Santa Cruz, a Câmara Agropecuária do Oriente e a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos.

Ainda na terça, o ex-presidente viaja para a Costa Rica, onde se encontra com a presidente Laura Chinchilla. Na quarta, vai para El Salvador, onde se reúne com o presidente Maurício Funes e discursará sobre a integração latinoamericana.

No dia seguinte, em San Salvador, Lula visita dois projetos do governo salvadorenho: o Ciudad Mujer, centros que oferecem uma série de serviços sociais integrados para as mulheres; e o Territórios da Ciudadania, que será inaugurado durante a visita e teve inspiração e cooperação da versão brasileira, Territórios da Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Na própria quinta-feira, o ex-presidente retorna ao Brasil. Na sexta, participa do congresso do Partido dos Trabalhadores, e, no sábado, visita as obras do estádio do Corinthians, em São Paulo.



domingo, 28 de agosto de 2011

Haddad gasta quase R$ 100 mil por dia com eventos


O Ministério da Educação, do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, gastou em média R$ 97 mil por dia com a organização de eventos desde 2009, quando criou o Comitê de Eventos, que centralizou esse tipo de custo.

A beneficiada dos valores gastos, que chegam a R$ 94 milhões, é a FJ Produções, empresa alvo de inquérito civil público no Ministério Público Federal e de operação da Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de superfaturamento e corrupção.

Desde 2009, a FJ Produções ganhou dois pregões eletrônicos para organizar seminários, fóruns e oficinas do Ministério da Educação, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e da Capes.

De acordo com dados do sistema de execução orçamentária do governo, no ano passado foram R$ 50 milhões para a realização dos eventos. O valor torna a FJ Produções a empresa que mais recebeu recursos da Subsecretaria de Assuntos Administrativos da pasta, que teve um total de despesas de R$ 164 milhões.

Entre os eventos pagos pela pasta de Haddad, está a inauguração do campus de Catalão da Universidade Federal de Goiás no dia 19 de setembro de 2010, em plena corrida eleitoral pela Presidência da República. O ministério pagou R$ 120.403 a FJ Produções por uma cerimônia que não ocorreu. Segundo a pasta, estava prevista a visita do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desmarcou o encontro. Os serviços contratados, no entanto, tiveram de ser pagos a empresa, alegou o ministério.

Em agosto de 2010, concorrentes denunciaram a FJ Produções ao Tribunal de Contas da União (TCU), alegando fraude nos preços apresentados no pregão promovido pelo ministério. A acusação era de que o valor de itens da ata de preços era 'inexequível'.

Ao analisar o pregão, o tribunal criticou a ausência de estimativas sobre a quantidade de itens contratados em cada evento, o que 'violava' a legislação. O tribunal acabou por arquivar o caso, mas os técnicos do TCU viram 'inadequação da pesquisa de mercado' que serviu de base ao pregão eletrônico. Para justificar os preços baixos, a FJ Produções alegou ao TCU que tinha acordos que lhe davam equipamentos 'a título de cortesia' e que possuía itens próprios da ata apresentada pelo ministério, como máquina de café e ar condicionado. Em janeiro, o Ministério Público Federal abriu um inquérito para apurar o caso.

No final de junho, a Polícia Civil do DF realizou a Operação Balder, que cumpriu mandados de busca e apreensão na FJ Produções. Para a polícia, em um dos eventos para o governo do DF, a empresa apresentou relação falsa de serviços prestados.

O Ministério da Educação alega que a FJ 'comprovou todas as certidões negativas requeridas e não tinha impedimento para participar da licitação'. Quanto ao número de eventos, afirma que entre 2009 e 2010 houve a consolidação do Plano de Desenvolvimento da Educação e a expansão das redes federais de ensino superior. Também citou a promoção de conferências, como a Nacional de Educação Básica.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lei do sigilo vai para a geladeira após senadores demonstrarem receio


Disposto a amenizar o clima no Congresso, o governo reduziu a marcha de apreciação da nova lei de acesso à informação, também chamada de lei do sigilo, e voltou atrás no apoio ao texto aprovado pela Câmara — que permitia maior divulgação dos arquivos oficiais do que o projeto original do Executivo. Ontem, depois que o senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentou na Comissão de Relações Exteriores (CRE) um relatório com mudanças estruturais no projeto que saiu da Câmara, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi incisivo: “Vamos deixar debater. Não são duas ou três semanas que vão representar um atraso. A ordem do governo é deixar debater na comissão. Isso também ajuda a melhorar um pouco o clima”, comentou.

Antes do recesso, o governo tinha decidido evitar a polêmica e a ordem era aprovar o texto da Câmara, contrariando a posição dos ex-presidentes Collor e José Sarney (PMDB-AP). O texto que saiu da Câmara liberava os documentos, sem exceção, e garantia 50 anos (25 anos, renováveis por mais 25) como prazo máximo para o sigilo. A proposta do Executivo não tem limite para a renovação do segredo.

Collor defendeu em seu parecer que determinados papéis, como aqueles considerados segredos de Estado, permaneçam sigilosos indefinidamente. “Preocupou-nos, no projeto como nos foi apresentado, o excesso em se tornar públicas informações cuja natureza seja eminentemente sigilosa em qualquer nação do globo. Destacamos aqui aquelas oriundas de comunicação entre a chancelaria e as missões diplomáticas, as produzidas no âmbito da Defesa e das Forças Armadas (como os planos militares e a doutrina de emprego das Forças), os dados sensíveis na área de pesquisa tecnológica de ponta e o conhecimento produzido pelos serviços secretos. A divulgação de informações com esse teor constituiria verdadeira oficialização do WikiLeaks, que tantos desconfortos gerou entre as maiores democracias do planeta”, escreveu o ex-presidente da República e hoje senador.

O entendimento de Fernando Collor contou com o apoio de colegas no Senado, como Marcelo Crivella (PRB-RJ). Houve um pedido de vista coletivo para que todos reavaliem o projeto e retomem a votação na semana que vem. À tarde, Collor se reuniu com um grupo de parlamentares da Casa para explicar as suas preocupações. Um dos pontos mais polêmicos do substitutivo do ex-presidente é que a proposta passa a exigir justificativa para qualquer pedido de informação.

Reação

O PT não gostou. O senador Walter Pinheiro (BA) disse ao Correio que o projeto nem deveria ter sido analisado pelo Comissão de Relações Exteriores, presidida por Collor. “Já votamos a proposta em três colegiados. Não tinha que levar esse projeto para outro. Se o Jucá quer deixar debater na CRE, que retire a urgência. A comissão que trata desse tema é a de Comunicação. Se Jucá quer debater, que diga isso aos senadores e retire o pedido de urgência no plenário”, reclamou. “Esse projeto que veio da Câmara vai permitir que não tenhamos vergonha de olhar nosso passado. O projeto do Collor é um retrocesso”, afirmou o petista.

De cardápio a catálogo, tablet ganha novos usos

Localizado no cruzamento das avenidas Ipiranga e São João - um cenário imortalizado por Caetano Veloso em sua homenagem a São Paulo - o Bar Brahma é um dos endereços mais tradicionais da boemia paulistana.

Mas o ritual de sentar-se à mesa e esperar que o garçom traga um cardápio, anotando o pedido no bloquinho de papel, está dando lugar a hábitos diferentes. Agora, os funcionários do bar usam um tablet para mostrar o menu; no mesmo equipamento, anotam os pedidos e os enviam a uma impressora na cozinha.

Os tablets conquistaram os consumidores ao permitir que eles pudessem ler livros e jornais, assistir a filmes e ouvir música, entre outras atividades, tudo em um só dispositivo. Agora, começa a ser usado pelas empresas de vários setores, o que inclui aplicações inusitadas, que vão muito além do escritório

"A novidade atraiu muita gente e chama bastante atenção de quem vem ao bar", diz Álvaro Aoas, sócio-diretor da Fábrica de Bares, grupo que administra o estabelecimento. No local, quatro tablets circulam entre os garçons, mas os clientes mais curiosos também "brincam" com o equipamento, afirma o executivo.

Os sócios do bar trouxeram os tablets de Las Vegas, nos Estados Unidos, em novembro de 2010. A ideia foi sugestão da empresa de software Esys Colibri, que desenvolveu o aplicativo utilizado pelos garçons para exibir o cardápio aos clientes e enviar os pedidos para a cozinha.

Da mesa do bar para a garagem, o tablet também está sendo testado por grandes montadoras. No Salão de Genebra deste ano - um dos principais eventos da indústria automobilística - a Volkswagen lançou o carro-conceito Bulli (uma nova geração da velha Kombi) e substituiu o som comum por um iPad, da Apple. Com a mudança, a ideia é estimular o chamado infotainment, um conceito que mistura informação e entretenimento. Com o tablet, o usuário pode ler notícias e ouvir música, entre outras atividades, sem sair do automóvel.

A premissa básica de um carro-conceito é mostrar possíveis aplicações de novas tecnologias e testar tendências que, no futuro, possam ser usadas em carros de série. Só para tomar como exemplo, a tecnologia Park Assist - que auxilia o motorista a estacionar o veículo e hoje encontrada no modelo Passat, da Volkswagen - foi originalmente mostrada em um carro-conceito.

A indústria da moda também está aprendendo a fazer uso do tablet, usando o equipamento para solucionar um antigo problema: a falta de espaço para expor todas as peças da coleção nas lojas.

A Billabong, marca controlada pelo grupo australiano GSM, passou a utilizar tablets para mostrar seu catálogo aos clientes. Segundo Leonardo Santos, gerente de tecnologia da informação (TI) do grupo GSM Brasil, o equipamento ajudou a mostrar mais peças, além de atrair consumidores que gostam de tecnologia.

A facilidade para trocar o catálogo na mudança de estações foi outro diferencial que influenciou o investimento no uso dos tablets. Cada loja da marca conta com 3 a 4 unidades do dispositivo.

Como os tablets ainda são caros, as empresas cercam seu uso de cuidados especiais. Restaurantes não se importam se o cliente leva para casa o cardápio ou se, na loja, o consumidor carrega o catálogo. Se eles estiverem no tablet, porém, o prejuízo é grande. "Preferimos inovar e correr o risco", diz Santos, da GSM. Até o momento, nenhuma loja da Billabong registrou algum tipo de incidente dessa natureza.

Na área da construção civil, a Cyrela passou a usar tablets em seus estandes de venda para mostrar, principalmente, como o projeto ficará depois de concluído. "A casa própria é um sonho e o que nós tentamos fazer foi mostrá-la em um equipamento próximo do nosso cliente", diz Fernando Moulin, gerente de e-business da Cyrela. Por enquanto, a companhia tem usado tablets na venda de imóveis de médio e alto padrões.

O próximo passo será adotar o equipamento em trâmites administrativos e financeiros da venda. "Temos planos de ampliar o investimento no equipamento", diz Moulin.

Fonte: Valor Econômico

Autor: Fenacon

Presidente da Câmara usou avião de plano de saúde para ir a reunião do PT

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), usou aviões particulares para viajar nos fins de semana pelo País. No sábado passado, ele embarcou em um avião e um helicóptero da Uniair, empresa de transporte aéreo da Unimed do Rio Grande do Sul - seu reduto eleitoral -, para participar de eventos partidários do PT nas cidades gaúchas de Erechim e Gramado.

Procurado pelo Estado ontem, cinco dias após a viagem, Marco Maia admitiu que o voo não foi pago. Questionado sobre a origem do dinheiro que vai cobrir o gasto, afirmou que bancaria a viagem com o próprio salário. 'Eu ganho bem', disse.

Na entrevista gravada, Maia garantiu que o voo do fim de semana no avião da Unimed foi o primeiro fretado por ele no ano. 'Foi a primeira vez que utilizei um voo particular', disse.

Horas depois, o presidente da Câmara foi obrigado a mudar a versão após a reportagem confirmar que ele também viajara num avião particular, no dia 4 de junho, de Brasília para Goiânia, para assistir ao jogo da seleção brasileira de futebol contra o time da Holanda. De lá, seguiu na mesma aeronave para Porto Alegre. 'Foi um voo privado dele como cidadão', respondeu a assessoria de imprensa do presidente.

Num primeiro momento, Maia afirmou 'não se lembrar' do nome da empresa contratada nem o valor pago pelo voo do jogo da seleção. Diante da insistência da reportagem, informou que o serviço fora prestado pela Ícaro Táxi Aéreo.

Segundo a empresa, o trecho Brasília-Goiânia-Porto Alegre voado por Maia custa entre R$ 30 mil e R$ 45 mil, a depender do avião. Na declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2010, Maia disse ter um patrimônio de R$ 342 mil. Ou seja, o pagamento do frete do avião corresponderia a aproximadamente 13% de seu patrimônio.

Salário. As prestações de conta da verba indenizatória (destinada ao custeio da atividade parlamentar) de Maia não registram neste ano o pagamento de aeronaves. Sobre o dinheiro usado nos deslocamentos, o presidente da Câmara disse que banca as despesas aéreas com o salário bruto de R$ 26,7 mil.

Ontem, após admitir que a viagem do sábado passado ainda não havia sido paga, assessores do deputado relataram ao Estado a preocupação em conseguir um recibo com a data da viagem, dia 20 de agosto.

Naquele dia, o presidente da Câmara usou o avião da Unimed, prefixo PT-WZC, para fazer o trecho de ida e volta entre Porto Alegre e Erechim e, depois, um helicóptero para viajar até Gramado. No dia 17 de fevereiro, dias depois de ser eleito presidente da Câmara, Maia recebeu em seu gabinete o assessor da presidência da Unimed Brasil, José Abel Ximenes, que dirige a entidade em Tocantins e Goiás.

No site da Câmara, são listados pelo sistema de busca cerca de 250 projetos de lei sob análise dos parlamentares referentes a planos de saúde. Boa parte refere-se a fiscalização dos planos, ressarcimento de despesas decorrentes de atendimento médico e coberturas obrigatórias.

O site pessoal de Maia destacou o encontro dele com o dirigente da Unimed. Ao reproduzir texto do portal da Câmara, afirmou que, 'na ocasião, Ximenes entregou ao parlamentar a publicação Ações Político-Institucionais da Unimed Brasil - Agenda 2011, na qual estão expostas as ações que devem ser desenvolvidas pela instituição neste ano'.

Na viagem de sábado passado, Maia foi a Erechim no avião da Uniair/Unimed para encontrar prefeitos e vereadores da região que formam a Associação dos Municípios do Alto Uruguai e visitar as obras da Universidade Federal da Fronteira Sul.

O prefeito da cidade gaúcha, Paulo Alfredo Polis (PT), recepcionou o presidente da Câmara dos Deputados.

De acordo com texto publicado no site do presidente da Câmara, na reunião os políticos 'agradeceram a Maia pela indicação de emendas parlamentares ao orçamento de 2011, as quais contemplam 16 cidades da região e somam R$ 2,6 milhões'.

Logo depois, o deputado encontrou-se com cerca de mil militantes e dirigentes petistas, entre eles o presidente do partido em Erechim, Claudionor Bernardi. De Erechim, o presidente da Câmara voltou para Porto Alegre, de onde partiu de helicóptero para Gramado.

A direção da Uniair foi procurada pela reportagem e informada do teor do assunto envolvendo o deputado. Mas nenhuma resposta foi dada até o fechamento desta edição.

VOANDO ALTO

Polêmicas sobre políticos e transporte aéreo

Mário Negromonte (PP-BA)

Ministro das Cidades

Pagou despesas de empresas de táxi aéreo - que foram contratadas durante a sua campanha nas eleições do ano passado - com dinheiro da Câmara

Paulo Bernardo(PT-PR)

Ministro das Comunicações

Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Ministra da Casa Civil

Segundo a revista Época, o casal teria sido visto em avião de uma construtora que teria financiado a campanha de Gleisi ao Senado e que mantém negócios com o governo federal. Em nota, Bernardo admitiu que utilizou aeronaves de 'várias empresas' no ano passado

José Sarney (PMDB-AP)

Presidente do Senado

Usou um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para visitar sua ilha particular em junho e julho deste ano, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. O presidente do Senado admitiu ter usado o helicóptero e, em nota, disse ter 'direito a transporte de representação em todo o território nacional'

Wagner Rossi (PMDB-SP)

Ex-ministro

Voou no jatinho da empresa Ourofino Agronegócio em pelo menos duas ocasiões no ano passado. Caso foi o estopim para sua saída da Agricultura

Sérgio Cabral (PMDB-RJ)

Governador do Rio

Em junho, Sérgio Cabral foi à Bahia, em um jatinho do empresário Eike Batista, para a festa de Fernando Cavendish, dono da Delta Construções

Cid Gomes (PSB-CE)

Governador do Ceará

Em janeiro, foi 'de carona' aos EUA em avião do empresário Alexandre Grendene, dono da indústria de calçados que leva o seu sobrenome

Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Ex-senador

Em 2009, foi acusado de usar recursos da sua cota de passagens aéreas no Senado para fretar jatinhos. O procedimento não era permitido pela Casa

Ronaldo Sardenberg

Ex-ministro de FHC

Entre 1996 e 1998, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia foi acusado de usar aviões da FAB para viagens particulares a Fernando de Noronha

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cabral contrata firma cujo diretor é sócio de aliado

Além da Delta Construções e de duas empresas doadoras para a campanha à reeleição de Sérgio Cabral (PMDB), o pacote de 18 obras emergenciais celebrado na semana passada pelo governo inclui uma construtora dirigida por um sócio do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Paulo Melo (PMDB) - aliado e homem forte do governador no Legislativo. Por quatro contratos, a Oriente Construção Civil vai receber R$ 11,4 milhões.

Diretor e filho de uma das donas da construtora, o empresário Geraldo André de Miranda Santos formou, em abril, uma outra sociedade em parceria com o deputado estadual. A PMGA Incorporação e Construção Ltda. tem R$ 4,5 milhões de capital social e cotas divididas em partes iguais entre Santos e Melo.

Os quatro contratos da Oriente são para obras na Região dos Lagos, base eleitoral do parlamentar: duas em Saquarema, uma em Maricá e outra em Araruama, onde fica a sede da construtora. Melo é casado com a prefeita de Saquarema, Franciane Motta. Nessa cidade, as intervenções da Oriente vão custar R$ 5,1 milhões ao Estado.

Outro lado

Melo alegou atuar no ramo imobiliário há mais de 15 anos e que a PMGA não vai trabalhar com o poder público. 'Não sou governador. Não faço licitação nem assino dispensa no governo do Estado', disse. 'Não há conflito de interesses. A cidade cresceu, há uma necessidade imobiliária muito grande e eu tenho que encontrar alguém apto e interessado nesse ramo.'

Por nota, o diretor da Oriente e sócio da PMGA explicou que suas atividades não se misturam. 'Invisto no ramo imobiliário da Região dos Lagos há 15 anos, assim como o Paulo Melo, com quem me associei para construir casas naquela região.'

A Secretaria de Obras informou que as contratações foram precedidas pela apreciação de três propostas e a escolha pelo menor preço. Em nota, o governador disse apenas que 'não interfere nos procedimentos das diversas secretarias de Estado'. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CARTA A PRESIDENTA DA REPUBLICA.

Senhora Presidenta,


Venho lhe fazer um convite em nome de toda a população carioca que anda de metrô. Gostaria que a senhora nos desses a honra de sua presença, entrando em alguma das seguintes estações: Vicente de carvalho / Del Castilho / Maria Graça, nos seguintes horários: 06h40min ate 08h00min ou 17h00min ate 20h00min.



Será que vendo esta foto acima ainda aceitaria este convite? Claro, sem os seus seguranças ou qualquer outro aparato, para que sinta este calor humano, que nos trabalhadores não temos outras escolhas há não ser enfrentar este inferno diariamente.

Olhando esta imagem o que acha a senhora como uma presidenta de um país que se diz estar em melhores condições econômica do que os EUA e outros países mais ricos?

(SEXTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2011

Estações da Linha 2 do metrô vão ganhar limpeza.

Dez estações da Linha 2 do metrô vão ganhar um capricho a partir desta semana. O Metrô Rio será responsável pela pintura das fachadas, que serão revestidas com verniz antipichações. O entorno das estações será reformado pela Secretaria Municipal de Conservação. Os trabalhos, que começam por Thomaz Coelho, incluem faxina geral, melhoria da iluminação, desobstrução do sistema de drenagem e recuperação do asfalto e de calçadas das ruas que ficam nas redondezas. A prefeitura também tentará organizar o comércio em volta das estações.

http://ligadonorio.blogspot.com/2011/08/estacoes-da-linha-2-do-metro-vao-ganhar.html

Gostaríamos que realmente a Presidenta se importasse com seu povo que neste momento apenas implora um pouco de dignidade para ir e vir do trabalho.

Desde já agradeço sua atenção e aguardo uma posição.

Kelly Cristina.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dilma é a 3ª mulher mais poderosa do mundo, diz Forbes

Presidenta brasileira como a primeira mulher a comandar a maior economia da América Latina.

A presidenta Dilma Rousseff aparece em terceiro lugar na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, divulgada hoje pela revista Forbes. Entre as 100 mulheres, estão políticas, empresárias e personalidades da mídia e do entretenimento.

A lista é encabeçada pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de 57 anos, e em segundo lugar está a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, de 63 anos. A presidenta brasileira, de 63 anos, é descrita como a primeira mulher a comandar a maior economia da América Latina.

    Dilma ficou atrás apenas de Angela Merkel e Hillary Clinton

"Dilma Rousseff fez manchetes quando foi eleita para liderar a maior economia da América Latina em outubro de 2010, mas de muitas maneiras a eleição não foi uma surpresa. Como primeira chefe da Casa Civil sob o presidente reformista Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, era amplamente esperado que ela o sucedesse. Foi a sua trajetória até o cargo que é marcante. Envolvida na política radical da América Latina, ela ficou presa por dois anos", diz o texto da Forbes.

A revista erra no perfil quando afirma que a atual presidente foi ministra das Minas e Energia a partir de 2001. Na realidade, Dilma passou a ocupar o cargo em janeiro de 2003, após a eleição e posse de Lula: "Em 2001, quando foi indicada para o Ministério das Minas e Energia, Rousseff começou a alterar sua visão em direção a uma abordagem mais pragmática e capitalista", escreveu a Forbes. A modelo gaúcha Gisele Bündchen, de 31 anos, é a outra brasileira que aparece na lista, em 60º lugar.

A lista traz breves biografias de todas as 100 mulheres. A mais jovem é a cantora americana Lady Gaga (nascida Stefanie Germanotta), de 25 anos, que aparece em 11º lugar. Riqueza e carisma são apontados como motivos para Gaga estar na lista. A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, de 58 anos, aparece em 17º lugar.



Dilma minimiza demissões e diz que faxina não é meta do governo

Presidenta diz que não faz 'escala de demissões' e afirma que sua gestão não é a 'Roma Antiga'.

Questionada sobre a crise política que já causou demissões de ministros e gerou tensões na relação com a base aliada, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje que "se combate o malfeito sem se fazer disso meta de governo". O comentário foi feito a jornalistas após cerimônia de anúncio da expansão do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), no Palácio do Planalto, em Brasília.

"Não se demite nem se faz escala de demissão, nem sequer demissão todos os dias. Isso não é de fato Roma Antiga", afirmou Dilma. "Tanto a forma como colocam a política do meu governo contra malfeitos chamando-a de faxina, eu não concordo com isso, acho que isso é extremamente inadequado", disse. A presidente afirmou que se combate o malfeito sem se fazer disso meta de governo - "faxina no meu governo é contra pobreza", voltou a defender.
     Dilma disse que não concorda com a tese de que está comandando uma "faxina" no governo


Dilma frisou que "a lei é igual para todos", destacando o respeito aos direitos individuais e às liberdades. "É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes e eu sei disso porque já passei por isso", afirmou.

O discurso de Dilma remete ao episódio da Operação Voucher, realizada pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de 35 pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades no Ministério do Turismo. Na ocasião, o Palácio do Planalto considerou "inaceitável" a divulgação de fotos dos presos





Corrupção no Ministério do Turismo já avança sobre a Copa do Mundo de 2014

Ministro Pedro Novais ampliou convênio de qualificação de pessoal para o Mundial de 2014 investigado pela Procuradoria da República.
O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), prorrogou convênio alvo de fraude e de desvio de dinheiro público, apesar das apurações do Ministério Público Federal. A pasta repassou R$ 1,1 milhão para a Associação Brasileira de Transportes Aéreos Regionais (Abetar) para capacitação profissional visando a Copa do Mundo. O inquérito materializa a preocupação do Palácio do Planalto com a corrupção envolvendo projetos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O dinheiro fazia parte do programa Bem Qualificar Copa.

A decisão do ministro, que assinou a prorrogação do convênio, foi publicada no Diário Oficial da União em 17 de março de 2011, quase um ano depois da prorrogação assinada pelo então secretário-executivo Mário Moyses. A pasta já havia desembolsado no ano anterior todo o valor previsto no contrato. Antes mesmo do fim do convênio, em 7 de julho, a Abetar pediu ao ministério um novo prazo para concluir os cursos e o aditivo de R$ 553,8 mil. Com base em nota técnica assinada pela ex-coordenadora de Qualificação Freda Dias, o pedido foi aceito e a prorrogação de ofício, validada até 2013 pelo ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa.
A Abetar, que já recebeu R$ 4,5 milhões do governo federal em outros contratos, deveria oferecer cursos de qualificação à distância para funcionários de empresas aéreas e dos aeroportos regionais. As investigações da Procuradoria da República em São Paulo e da Polícia Federal revelam indícios de má aplicação dos recursos, superfaturamento, favorecimento de diretores da entidade e uso de empresas fantasmas. A análise do material didático mostra ainda a utilização de trechos copiados da internet e de cursos de capacitação de grandes empresas brasileiras. O conteúdo dos cursos incluía aulas de ética, cidadania e comportamento.

A apuração começou no ano passado pela Procuradoria da República em São José dos Campos (SP). Segundo o MPF, a diretoria da Abetar contratava — sem licitação — empresas ligadas ao presidente da entidade, Apóstole Lazaro Chryssafidis, o Lack, para executar serviços previstos no convênio. Uma delas, a CH2 Comunicação, está registrada no apartamento de Lack e em nome do sobrinho dele. Em depoimento aos procuradores, Andreas Lazaro confirmou que a empresa, fundada em 2006, tinha sido criada exclusivamente para atender demandas do tio e que Lack era responsável por manipular a conta bancária da empresa.

A segunda empresa — Tovi Treinamemento — é fantasma, segundo o MPF. Não tem sede e nem funcionários. Está registrada em uma casa simples em São José dos Campos. A empresa estava em nome de uma antiga assistente administrativa da Abetar que era responsável pela produção do conteúdo dos cursos. A outra sócia é a filha de Helen Maria de Lima e Silva, contadora e amiga de Lack, que aparece em diversos contratos da entidade com o Ministério do Turismo.

DVDs

A terceira empresa contratada pela associação é o Instituto Nova Cidadania, que deveria funcionar em uma sala ao lado da Abetar, mas nunca abriu as portas. A diretora da entidade é a própria Helen, e tem como presidente outra funcionária da Abetar. A quarta empresa investigada pelo MPF é a ARC Consultoria Empresarial, da ex-diretora do ministério Anya Ribeiro de Carvalho.

Funcionária comissionada, ela foi nomeada em janeiro de 2004 para o cargo de diretora do Departamento de Planejamento e Avaliação. Mesma época em que foram contratados o ex-secretário executivo Frederico Silva da Costa e a diretora de qualificação, Regina Cavalcante, ambos presos pela Polícia Federal na Operação Voucher.

Em um dos depoimentos prestados aos procuradores, a funcionária de uma empresa informou que havia sido contratada para copiar o material do curso para DVD. Cada reprodução custaria R$ 7. Ao todos, seriam copiados 1.500 DVDs, o que dá R$ 10,5 mil. No entanto, o ministério pagou R$ 190 mil. Segundo o MPF, o inquérito está em fase final.

“A grande dificuldade é distinguir o que realmente foi feito do que foi desviado dos cofres públicos. O convênio fere, desde o princípio, o interesse público porque oferece cursos de treinamento para empresas privadas ,” destaca o procurador da República Fernando Lacerda Dias. Ao todo, o Ministério Público Federal está investigando 15 contratos do ministério com a Abetar. São três inquéritos diferentes que apuram suspeitas de fraudes entre 2006 e 2010.

Em nota, a Abetar negou qualquer irregularidade na destinação do dinheiro público e afirmou que “as contratações foram estabelecidas diante de rigorosos critérios de seleção e procuraram os melhores profissionais de mercado para o desenvolvimento das atividades.” A entidade afirma que as prestações de contas foram aprovadas pelos órgãos competentes e que a apuração dos fatos também é de interesse da Abetar.

O Ministério do Turismo informou que o ministro Pedro Novais prorrogou o convênio em decorrência de atrasos no repasses dos recursos. A pasta informou ainda que encaminhou processo do convênio com a Abetar para a Controladoria-Geral da União (CGU) em 12 de agosto, três dias depois da Operação Voucher.

Respaldo no Senado

» Paulo de Tarso Lyra

O ministro do Turismo, Pedro Novais, respaldou ontem o trabalho da Associação Brasileira das Empresas Brasileiras de Transporte Regional (Abetar). A entidade é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por fraudes em um convênio para cursos de qualificação da Copa do Mundo de 2014. Durante depoimento na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, Novais confirmou que a associação está elaborando um estudo, a pedido do ministério, para analisar as alternativas para a aviação regional brasileira. A Abetar também prepara um levantamento para adequação da infraestrutura aeroportuária nas regiões de interesse turístico.

Pressionado por parte da bancada de deputados que cobra sua saída do cargo e na berlinda desde que estourou a Operação Voucher, o ministro levou uma claque para aplaudi-lo durante depoimento no Senado. Ao término de uma sabatina morna de três horas, aberta com as mesmas palavras ditas no pronunciamento na Câmara, Novais foi questionado por jornalistas se estava firme no cargo. “O que você acha?”, devolveu a pergunta, o suficiente para irromperem aplausos de um grupo de senhores engravatados. Sobre a resistência a seu nome vindo de quase metade da bancada da Câmara — ele próprio é deputado —, Novais afirmou: “Até gostaria de ser unanimidade. Mas no atual momento, me contento em ter o apoio da maioria”, disse.

Novais prestou depoimento aos senadores durante três horas: aplausos de uma claque de engravatados

O ministro eximiu-se de qualquer responsabilidade sobre as irregularidades detectadas na Operação Voucher, da Polícia Federal, que levou 36 pessoas à prisão. “Todas as irregularidades são de administrações anteriores à 31 de dezembro de 2010.” Antes de sua gestão, Walfrido dos Mares Guia (PTB), Marta Suplicy (PT) e Luiz Carlos Barreto (PT) comandaram a pasta — todos ministros na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. “Foram administrações boas, apesar de algumas coisas que foram cometidas”, apontou ele. Novais não quis, contudo, afirmar se a Polícia Federal deveria investigar também as gestões petistas no Turismo. “Não devo me pronunciar sobre as atividades de outros órgãos do governo. Devo me ater ao meu ministério”, completou.

Gabinete

Novais foi contraditório ao se referir à Operação Voucher. Disse que ela não pegou o ministério de surpresa, pois já havia algumas ações internas de suspensão de empenhos e convênios, inclusive firmados com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Informou que o Tribunal de Contas da União já havia notificado o ministério quanto a irregularidades nessa parceria, mas que a informação não havia chegado ao seu gabinete.

Ele também afirmou desconhecer um parecer da Controladoria-Geral da União (CGU) de 2009 dizendo que 100% dos convênios firmados pelo Ministério do Turismo continham irregularidades. “Eu não soube disso ,mas acho difícil que 100% dos convênios sejam irregulares”, discordou.

Devolução de recursos

O ministro do Turismo, Pedro Novais, disse que as ações de controle realizadas pela pasta levaram à devolução de recursos e ao cancelamento de empenhos e convênios considerados irregulares. Segundo Novais, nos primeiros oito meses de gestão foram devolvidos R$ 15,8 milhões pagos indevidamente e outros R$ 3,7 milhões estão sendo parcelados. Além disso, foram cancelados R$ 3,84 milhões em convênios e suspensos empenhos no valor de R$ 19 milhões.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Como escolher um notebook

Conheça os critérios mais importantes na hora da compra.


Desde meados de 2010, as vendas de notebook têm superado às de PCs de mesa (desktops) no Brasil. Cada vez mais, os brasileiros levam em conta a portabilidade e a praticidade dos notebooks e escolhem esse tipo de equipamento como seu computador principal de uso doméstico.

Notebooks cada vez mais substituem PCs de mesa no Brasil

Tem alguma dica para escolher o notebook certo? Está em dúvida sobre o melhor modelo? Comente no fórum.

Escolher um aparelho adequado pode ser uma tarefa complicada, pois há vários critérios a serem pesados na hora da compra. A seguir, o iG mostra quais os itens mais importantes para escolher o notebook ideal para você.

Itens obrigatórios

Atualmente, mesmo notebooks básicos vêm com webcam, conexão Wi-Fi e gravador de DVD. Portanto, não se deixe enganhar por anúncios que apontam esses itens como diferenciais.

Sistema operacional

Quase todos os notebooks vendidos no mercado brasileiro vêm com o Windows 7. Essa é a opção mais adequada para a maioria dos usuários, já que o Windows é o padrão na área de computadores pessoais. Notebooks mais simples costumam vir com a versão Home Basic do Windows 7. Já a Professional é encontrada em laptops sofisticados. O site da Microsoft tem uma tabela comparativa das versões do Windows 7.

Além do Windows, há os notebooks da Apple com o sistema Mac OS X e alguns notebooks com o sistema Linux. Os computadores da Apple são mais usados por profissionais de design, publicidade e das áreas de áudio e vídeo. Já computadores com Linux podem ser interessantes para quem estuda ou trabalha na área de programação de computadores.


Processador

Ainda há no mercado notebooks com chips Core 2 Duo, Celeron e Pentium Dual Core, mas esses modelos são antigos e devem ser evitados. Por preço equivalente, na faixa entre R$ 1.000 e R$ 2.000, é possível encontrar vários modelos com processadores Core i3, o modelo mais simples da linha de chips mais recente da Intel.

Também é possível encontrar chips Core i5 e Core i7 (os mais poderosos da Intel) em notebooks na faixa de R$ 2.000. Mas eles normalmente rendem mais quando acompanhados de uma configuração mais robusta, em notebooks mais caros.


Memória RAM

O valor de 2 GB é o mínimo atualmente. Esse valor é suficiente para que o usuário navegue na web e trabalhe em arquivos simples de programas como Word, Excel e PowerPoint.

Para quem tem mais um pouco de dinheiro para gastar, optar por um modelo com 4 GB vale a pena. Com esse valor, o Windows roda com mais folga mesmo quando vários aplicativos estão abertos. Já notebooks equipados com 6 GB ou mais valem a pena somente para quem quer rodar jogos ou trabalhar com aplicativos muito pesados, como os de modelagem 3D e edição de vídeo.

Disco rígido

O espaço em HD não costuma ser um diferencial significativo para a maioria dos usuários. Notebooks básicos costumam vir com pelo menos 300 GB de espaço. Para se ter uma ideia, 10 GB são suficientes para guardar cerca de duas mil músicas ou 15 filmes com qualidade de DVD em formato DivX, o mais usado na internet.

Evidentemente, um HD maior significa mais espaço para guardar arquivos. Mas os gigabytes a mais não fazem diferença na prática para quem apenas usa o computador para navegar na web, ouvir música e ver filmes. Um espaço maior em HD faz diferença apenas para quem baixa muitos filmes da internet ou instala muitos jogos no computador. Vale lembrar ainda que, se necessário, sempre dá para aumentar o espaço do notebook comprando um HD externo.

Conexões

Notebooks básicos com telas de 14 ou 15 polegadas costumam vir com três portas USB 2.0. Na hora da compra, é importante considerar que as portas USB são usadas para conectar uma grande variedade de periféricos (multifuncionais, pen drives, HDs externos, celulares, iPods, mouses com fio ou com adaptador wireless). Por isso, verifique a posição das portas para se certificar que seus periféricos poderão ser encaixados com conforto.

Já existem no mercado alguns poucos notebooks com conexão USB 3.0, cerca de dez vezes mais veloz do que a 2.0. Essa conexão, porém, só é interessante para quem transfere arquivos muito pesados e também depende da compatibiliade do periférico. Atualmente ainda são poucos os HDs externos com esse padrão.

Uma porta interessante é a HDMI. Por meio de um cabo compatível, notebooks com essa porta podem enviar áudio e vídeo com alta qualidade diretamente para uma TV moderna (de LCD, LED ou plasma). Esse é um recurso interessante para quem baixa vídeos no computador e deseja assisti-los em uma tela maior. Boa parte dos notebooks vem também com uma entrada para cartões de foto, principalmente no padrão SD.

Tamanho e tipo de tela

De modo geral, notebooks com telas de 14 ou 15 polegadas costumam oferecer a melhor relação entre custo e benefício. Este tamanho de tela é adequado para uso doméstico, como substituto do desktop, e também permite que o notebook seja transportado com alguma facilidade.

Notebooks com telas de 16 polegadas podem ser interessantes pra gamers. Mas o preço muito alto deixa esses equipamento em desvantagem em relação a PCs de mesa com configuração parecida.

Quem necessita de um notebook ultraportátil deve optar por um netbook. A maior parte desses notebooks têm telas na casa de 10 polegadas, o que facilita o transporte.

Quanto ao tipo de tela, alguns notebooks já vêm com telas LED. Esse tipo de tela é mais fina do que as de LCD convencional e consome menos energia. Mas não há diferenças significativas na qualidade da imagem.

Placa gráfica

A maioria dos notebooks vem com uma placa de vídeo da linha Intel HD Graphics. Ela é suficiente para rodar bem aplicações básicas. Mas quem pretende usar o notebook para jogos ou aplicações de vídeo pesadas deve optar por um modelo com placas de vídeo NVidia GeForce ou AMD Radeon. A quantidade de memória dessas placas dedicadas para processamento de vídeo normalmente é de 512 MB ou 1 GB.

Redes sem fio

Como já mencionado, o Wi-Fi é obrigatório em qualquer notebook. Alguns modelos vêm também com conexão Bluetooth. Ela é usada principalmente para trocar dados com celulares e usar mouses sem fio também compatíveis com esse padrão.


Diferenciais interessantes

Quem se preocupa muito com segurança pode optar por um notebook com leitor de impressão digital. Assim, só usuários com impressão digital cadastrada no sistema poderão acessar os recursos do computador.

Para quem curte jogos, já há no mercado notebooks com recurso 3D. Como nas TVs, os notebooks com 3D exigem óculos especiais. A única exceção até o momento é o Toshiba Qosmio. Lançado recentemente nos Estados Unidos, ele não necessita de óculos para mostrar conteúdo 3D.

Alguns notebooks vêm ainda com drive leitor Blu-ray, o que permite assistir a filmes em discos nesse formato no computador.








quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dilma afaga FHC e diz que 'faxina é contra a miséria'

Depois de perder o quarto ministro em oito meses de governo, presidenta assina pacto de combate à miséria em São Paulo.

Um dia depois de perder o quarto ministro em oito meses de governo, a presidenta Dilma Rousseff viajou para São Paulo para assinar um pacto de combate à miséria com governadores da região Sudeste do País. Após ser recepcionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Dilma afirmou que o Brasil precisa de "faxina contra miséria".


"É o Brasil inteiro fazendo, de fato, como usa a imprensa, a verdadeira faxina que esse País tem de fazer: a faxina contra a miséria", disse a presidenta.

                   Ex-presidente FHC beija Dilma no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo


Ao longo de todo o evento, Dilma e FHC, que se sentaram lado a lado, conversaram ao pé do ouvido. Segundo o iG apurou, o ex-presidente pediu para participar do evento. FHC ficaria na plateia, mas foi convidado por Dilma para compor a mesa. Após o ato, em almoço oferecido pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-presidente tucano voltou a ter lugar cativo ao lado da presidenta. Os dois conversaram durante todo o almoço. A troca de afagos ocorre no momento em que ela enfrenta dificuldades com a base aliada.

A ausência do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi sentida por políticos presentes na assinatura do pacto. Nesta manhã, o prefeito esteve em Brasília com a presidenta para um café da manhã com líderes do novo partido PSD. "A presidenta conseguiu, com Alckmin, uma parceria que não conseguiu com Kassab, que por sinal não está aqui, nem com Serra (ex-governador de São Paulo José Serra)", disse a senadora Marta Suplicy (PT-SP), ex-prefeita de São Paulo e cotada para disputar o cargo novamente em 2012.

Em seus discursos, Dilma, Alckmin e os demais governadores trocaram elogios. A presidenta classificou o ato como um "pacto republicano e multipartidário". Alckmin destacou o simbolismo político do evento, que classificou como um marco. "Identifico aqui um momento em que a política, tantas vezes aviltada, cumpre sua função. Identifico aqui um marco. Ultrapassamos o momento de disputa para unir esforços", disse. O governador paulista também falou sobre a generosidade, patriotismo e do espírito conciliador de Dilma.

Os discursos foram interpretados como uma indireta para Serra, que se recusava a assinar convênios para implantação do Bolsa Família na cidade de São Paulo quando prefeito.

FHC x Lula

Em um momento de "saia justa", Alckmin creditou a Fernando Henrique Cardoso a paternidade dos programas sociais que hoje fazem parte do Brasil Sem Miséria, como o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação e o auxílio-gás. E disse que foi a estabilidade econômica conseguida nos anos 90 que possibilitou que o governo se organizasse para tirar tanta gente da miséria.

O governador ressaltou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu unificar os programas do tucano. "A inteligente medida provisória do governo Lula deu unicidade e notável expansão (para esses programas)", disse. O ex-presidente participa hoje de uma série de compromissos em Minas Gerais.

Dilma, em seu discurso, agradeceu a presença de FHC, mas fez questão de dar o crédito para o ex-presidente Lula por ter levado "uma argentina" da pobreza para a classe média. "Essa é a herança bendita que o presidente Lula me legou".
               Em São Paulo, Dilma se encontra com governadores da região Sudeste do País





quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alvo de denúncias, ministro Wagner Rossi entrega carta de demissão

Após PF anunciar investigação sobre denúncias contra Agricultura, Rossi pede desligamento. É o quarto ministro a cair em 8 meses.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB-SP), entregou nesta quarta-feira sua carta de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Na carta, publicada no início da noite no portal do Ministério da Agricultura, Rossi lembrou "importantes conquistas" e negou todas as acusações. "Durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública", afirmou.

Segundo reportagem da revista Veja, o suposto lobista Julio Fróes teria "uma sala com computador, telefone e secretária na sobreloja" do prédio, onde funciona a Comissão de Licitação da pasta. De acordo com a revista, Fróes se apresentava como representante do ministério, e teria afirmado conhecer Wagner Rossi e o secretário executivo da pasta, Milton Ortolan. Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal na última segunda-feira para apurar a denúncia.

O jornal Correio Braziliense publicou reportagem que revela que o ministro viajava de carona no jato executivo de uma empresa do setor de agronegócio com contratos com o ministério. Rossi rebateu também esta denúncia.

Com a saída de Rossi, o governo Dilma perde o quarto ministro em menos de três meses. Antes de Rossi, caíram Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil, Alfredo Nascimento dos Transportes (PR-AM) e Nelson Jobim da Defesa (PMDB-RS).


         Agora ex-ministro, Wagner Rossi é afilhado político do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP)


Leia abaixo a carta na íntegra:



"Brasília, 17 de agosto de 2011

Neste ano e meio na condição de ministro da Agricultura do Brasil, consegui importantes conquistas. O presidente Lula fez tanto pela agricultura e a presidenta Dilma continuou esse apoio integralmente.

Fiz o acordo da citricultura, anseio de mais de 40 anos de pequenos e médios produtores de laranja, a quem foi garantido um preço mínimo por sua produção.

Construí o consenso na cadeia produtiva do café, setor onde antes os vários agentes sequer se sentavam à mesma mesa, com ganhos para todos, em especial os produtores.

Lancei novos financiamentos para a pecuária, recuperação de pastagens, aquisição e retenção de matrizes e para renovação de canaviais.

Aumentei o volume de financiamento agrícola a números jamais pensados e também os limites por produtor, protegendo o médio agricultor sempre tão esquecido.

Criei e implantei o Programa ABC, Agricultura de Baixo Carbono, primeiro programa mundial que combina o aumento de produção de alimentos a preservação do meio ambiente, numa antecipação do que será a agricultura do futuro.

Apoiei os produtores de milho, soja, algodão e outras culturas que hoje desfrutam de excelentes condições em prol do Brasil.

Lutei por nossos criadores e produtores de carne bovina, suína e de aves que são protagonistas do mercado internacional.

Melhorei a atenção a fruticultura, a apicultura e a produtos regionais, extrativistas e outras culturas.

Apoiei os grandes, os médios e os pequenos produtores da agricultura familiar, mostrando que no Brasil há espaço para todos.

Deus me permitiu estar no comando do Ministério da Agricultura neste momento mágico da agropecuária brasileira.

Mas, durante os últimos 30 dias, tenho enfrentado diariamente uma saraivada de acusações falsas, sem qualquer prova, nenhuma delas indicando um só ato meu que pudesse ser acoimado de ilegal ou impróprio no trato com a coisa pública.

Respondi a cada acusação. Com documentos comprobatórios que a imprensa solenemente ignorou. Mesmo rebatida cabalmente, cada acusação era repetida nas notícias dos dias seguintes como se fossem verdades comprovadas. As provas exibidas de sua falsidade nem sequer eram lembradas.

Nada achando contra mim e no desespero de terem que confessar seu fracasso, alguns órgãos de imprensa partiram para a tentativa de achincalhe moral: faziam um enorme número de pretensas “denúncias” para que o leitor tivesse a falsa impressão de escândalo, de descontrole administrativo, de descalabro. Chegou-se à capa infame da “Veja”.

Tudo falso, tudo rebatido. Mas a campanha insidiosa não parava.

Usaram para me acusar, sem qualquer prova, pessoas a quem tive de afastar de suas funções por atos irregulares ou insinuações de que tinham atuado com interesses menos republicanos nas funções ocupadas. O principal suspeito de má conduta no setor de licitações passou a ser o acusador de seus pares. Deram voz até a figuras abomináveis que minha cidade já relegou ao sítio dos derrotados e dos invejosos crônicos. Alguns deles não passariam por um simples exame de sanidade.

Ainda assim nada conseguiram contra mim. Aí tentaram chantagear meus colaboradores dizendo que contra eles tinham revelações terríveis a fazer, mas que não as publicariam se fizessem uma só acusação contra mim. Torpeza rejeitada.

Finalmente começam a atacar inocentes, sejam amigos meus, sejam familiares. Todos me estimularam a continuar sendo o primeiro ministro a, com destemor e armado apenas da verdade, enfrentar essa campanha indecente voltada apenas para objetivos políticos, em especial a destituição da aliança de apoio à presidenta Dilma e ao vice-presidente Michel Temer, passando pelas eleições de São Paulo onde, já perceberam, não mais poderão colocar o PMDB a reboque de seus desígnios.

Embora me mova a vontade de confrontá-los, não os temo, nem a essa parte po dre da imprensa brasileira, mas não posso fazer da minha coragem pessoal um instrumento de que esses covardes se utilizem para atingir meus amigos ou meus familiares.

Contra mim nem uma só acusação conseguiram provar. Mas me fizeram sofrer e aos meus. Não será por qualquer vaidade ou soberba minha que permitirei que levem sofrimento a inocentes.

Hoje, minha esposa e meus filhos me fizeram carinhosamente um ultimato para que deixasse essa minha luta estóica mas inglória contra forças muito maiores do que eu possa ter. Minha única força é a verdade. Foi o elemento final da minha decisão irrevogável.

Deixo o governo, agradecendo a confiança da presidenta Dilma, do vice-presidente Michel Temer, do presidente Lula e dos líderes, deputados, senadores e companheiros do PMDB e de todos os partidos que tanto respaldo me deram.

Agradeço também a todos os leais colaboradores do Ministério da Agricultura, da Conab, da Embrapa e de todos os órgãos afins. Penso assim ajudar o governo a continuar seu importante trabalho, retomando a normalidade na agricultura.

Finalmente, reafirmo: continuo na luta pela agropecuária brasileira que tanto tem feito pelo bem de nosso Brasil. Agradeço as inúmeras manifestações de apoio incondicional da parte dos líderes maiores do agronegócio e de suas entidades e também aos simples produtores que nos enviaram sua solidariedade.

Deus proteja o produtor rural e tantos quanto lutem na terra para produzir alimentos para o mundo. Deus permita que tenham a segurança jurídica necessária a seu trabalho que o Congresso há de lhes garantir. Lutei pela reforma do Código Florestal. É importante para o Brasil. Outros, talvez mais capazes, haverão de continuar essa luta até a vitória.

Confio que o governo da querida presidenta Dilma Rousseff supere essa campanha sórdida e possa continuar a fazer tanto bem ao nosso país.

Sei de onde partiu a campanha contra mim. Só um político brasileiro tem capacidade de pautar “Veja” e “Folha” e de acumular tantas maldades fazendo com que reiterem e requentem mentiras e matérias que não se sustentam por tantos dias.

Mas minha família é meu limite. Aos amigos tudo, menos a honra.

Wagner Rossi

Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento"






Governo garante emendas e espera retomar votações no Congresso

Para acabar com paralisia no Congresso, Planalto já garantiu R$ 1 bilhão em emendas e R$ 1,050 bilhão em restos a pagar.



Após concluir a rodada de negociações com os partidos da base aliada, a presidenta Dilma Rousseff espera que, na semana que vem, as votações sejam retomadas no Congresso. O governo já assegurou R$ 1 bilhão de emendas para os parlamentares e R$ 1,050 bilhão de restos a pagar, sendo que R$ 150 milhões deste total até amanhã.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, está negociando com a área econômica, por determinação da presidenta, o empenho das emendas e a intenção é que se chegue ao mesmo valor dos anos anteriores, ou seja, próximo a R$ 5 bilhões. Os parlamentares queriam R$ 7 bilhões, mas concordavam em receber entre 60% e 70% deste total.

A presidente Dilma prometeu aos líderes do PTB, PP, PRB e PSC, durante almoço no Planalto, a liberação de emendas para os parlamentares, sem especificar, no entanto, quanto e quando. "Agora temos folga fiscal", disse a presidente Dilma, ao anunciar a liberação dos recursos das emendas, conforme informou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), após encontro com a presidente e assegurar que "não haverá contingenciamento de emendas das áreas de saúde e educação, assim como as emendas para municípios".

O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), por sua vez, disse que a presidente sugeriu que os parlamentares tentassem "encaixar" as suas emendas nos programas de governo, para facilitar a liberação delas. Dilma teria reconhecido e prometido estudar uma fórmula para tentar fazer com que a emenda empenhada seja liberada para os parlamentares no prazo de um ano.

"Não pode o país ficar devendo a uma prefeitura quatro ou cinco anos", declarou o deputado Jovair, ao comentar que a presidente entendeu que existe mesmo "uma morosidade" na liberação das emendas. "A União deve aos municípios R$ 3,7 bilhões de obras já concluídas e que os prefeitos não receberam os recursos", desabafou o deputado. "Nós não podemos tratar de emendas como se fosse uma coisa criminosa", completou Arantes ao defender a liberação das emendas.

Na conversa, a presidente Dilma, segundo Jovair, agradeceu o apoio destes primeiros seis meses de governo e pediu "continuidade" neste apoio. Informou ainda que a ministra Ideli "está autorizada" a falar por ela. Ao tratar de corrupção, Dilma declarou, segundo Crivella, que "casos concretos de corrupção não terão nenhum respaldo do governo". Ela acrescentou ainda que não haverá, no entanto, "criminalização da política porque isso não é da democracia". Ele disse que ninguém tratou de reeleição ou de uma possível volta do presidente Lula, sob a alegação de que "ela não tem esse vício da política de falar em reeleição".



Ilha na Bahia é confiscada em operação contra sonegação

Terreno é avaliado em R$ 15 milhões. Segundo o comando da operação, grupo deixou de pagar pelo menos R$ 1 bilhão em tributos.

A Operação Alquimia, deflagrada nesta quarta-feira pela Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, confiscou até uma ilha da baía de Todos os Santos, perto de Salvador. Só o terreno de 20 mil metros quadrados está avaliado em R$ 15 milhões.


Leia também: Sasil é o grupo investigado na Operação Alquimia
                         Ilha confiscada na baia de Todos os Santos


O valor da ilha, divulgado pela polícia, corresponde apenas à área do imóvel, sem contar os equipamentos, utensílios e benfeitorias em geral. Pela quantidade de objetos de luxo encontrados na operação, o local foi apelidado pelos policiais de "ilha do tesouro".

O vídeo da operação chama a atenção pelo requinte das instalações. Entre os itens localizados pela polícia estão 2,4 quilos de ouro em barras, além de algumas barras de prata. Foram também localizadas várias lanchas e 15 jet skis. A polícia encontrou também algumas armas, entre as quais um fuzil e uma pistola de uso restrito das Forças Armadas, além de munição.

             Barras de ouro confiscadas na ilha


Ao longo dos dois hectares da ilha, o vídeo mostra várias mansões servidas por uma área comum com piscinas, saunas, quadras de esportes, quiosques e churrasqueiras, além de um auditório multiuso, com home theater. As mansões têm em média quatro suítes amplas, com decoração e utensílios requintados. A mansão principal tem adicionalmente uma adega recheada de vinhos finos.

As construções, incluindo um píer de mais de 300 metros de margem, foram erguidas irregularmente em área de marinha, pertencentes ao Serviço do Patrimônio da União (SPU). A PF não divulgou o nome do proprietário, que estaria entre os 31 presos na operação. A quadrilha desmantelada é responsável por um rombo estimado em R$ 1 bilhão aos cofres públicos em fraudes tributárias.

A investigação

A investigação do caso começou em 2002, com fiscalização da Receita na Bahia sobre dez empresas do grupo Sasil, um dos principais distribuidores de produtos químicos do País. Com atuação desde 1973, a Sasil Comercial e Industrial de Petroquímicos atua na venda e distribuição de produtos químicos, com destaque para resinas termoplásticas. Subsidiária da holding Stahl Participações Ltda, possui filiais em 12 Estados e depósitos por todo o Brasil
O presidente da Sasil é Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti. Ele está na lista das pessoas que a polícia quer prender, mas o comando da operação ainda não confirmou se ele já foi encontrado. A polícia ainda não confirmou se ele é o dono da ilha confiscada.


A fiscalização apontou indícios de crimes tributários e o caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal. Uma operação semelhante da Receita em Minas Gerais identificou os mesmos crimes nas empresas do mesmo grupo no Estado. O inquérito do caso, sob responsabilidade da PF, passou a tramitar na Justiça Federal em Minas - daí a razão de a PF ter divulgado o caso em Belo Horizonte. De qualquer forma, a base do grupo investigado fica em Salvador: das 37 prisões previstas, 26 devem ocorrer na Bahia.

Porém, a investigação descobriu que as operações da Sasil eram muito maiores. Segundo as apurações, o grupo é composto por 300 empresas nacionais, estabelecidas principalmente nos Estados da Bahia e São Paulo, e algumas empresas estrangeiras, que funcionariam como "laranjas". O prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, pode chegar a R$ 1 bilhão. Os órgãos envolvidos na operação apuram os indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Cerca de 90 auditores fiscais da Receita Federal e de 500 policiais federais serão responsáveis por cumprir 31 mandados de prisão, 63 conduções coercitivas e 129 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa. A Justiça Federal também decretou o sequestro de bens, incluindo veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.