segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dilma embarca para a França onde se reúne com Brics e cúpula do G20

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (31) à noite para Cannes, no Sul da França, onde participa da reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo). Em discussão, os impactos da crise econômica internacional. Antes, Dilma se encontra, na quarta-feira (2), com o presidente da Rússia, Dimitri Medvedev; com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh; e com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma; países que integram o Brics (acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Nas últimas viagens que fez à Europa e à África, Dilma defendeu que o Brics adote um discurso unificado nas reuniões do G20. Porém, deve predominar o clima de tensão, segundo negociadores que participam das reuniões preliminares em Cannes, porque a cúpula ocorre logo depois de a União Europeia (UE) definir a ajuda aos países da zona do euro que atravessam uma crise de solvência.

Paralelamente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou que podem faltar 40 milhões de vagas de emprego no mundo nos próximos dois anos, em decorrência da crise econômica, enquanto o governo dos Estados Unidos tenta evitar o agravamento da situação no país.

Será a segunda vez que Dilma participa de uma reunião de cúpula do G20. No ano passado, já eleita, ela acompanhou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Seul, na Coreia do Sul. Na ocasião, Lula apresentou Dilma como “a futura presidenta do Brasil” dirigindo-se aos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy.

Nas reuniões em Cannes serão discutidos temas como regulação financeira, agricultura, energia, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Também estarão em pauta educação, combate à pobreza e estímulos à redução das desigualdades sociais, assim como o respeito aos direitos humanos. O G20 deve fazer uma referência à violência que ocorre nos países árabes, principalmente na Síria, onde o presidente Bashar Al Assad é cobrado pela comunidade internacional para parar com a repressão às manifestações populares que pedem o fim do regime e tentar o diálogo com os manifestantes. Assad é alvo de protestos de manifestantes que o acusam de corrupção, violação de direitos humanos e desrespeito à democracia.

O princípio do G20, criado há 12 anos, é buscar o diálogo ampliado. Das reuniões participam presidentes, primeiros-ministros e ministros da Fazenda dos países do grupo, além de dirigentes dos bancos centrais. O comando do grupo este ano está com a França (a presidência do G20 é rotativa).

A presidenta deve viajar com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Ela só deve retornar ao Brasil no dia 5.

Presidente da Câmara defende criação de comissão especial para discutir royalties do petróleo

Rio de Janeiro – O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu hoje (31) a proposta do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) de criar uma comissão especial para discutir as novas regras de distribuição dos royalties do petróleo, antes da votação do projeto de lei sobre a matéria. Maia participou de encontro com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

O deputado gaúcho disse que a decisão final sobre os royalties deve preservar o pacto federativo. “A tendência é a constituição da comissão especial. Ela dá uma condição melhor para debater o tema. Concentra os debates, não permitindo que aconteçam de forma dispersa dentro da Câmara e permite que cada deputado possa se expressar na comissão.” Ele adiantou que vai conversar ainda hoje com os líderes partidários sobre o assunto, embora a decisão seja prerrogativa sua.

Em discurso ao empresariado fluminense, Maia defendeu que a União aumente sua “contribuição” no debate sobre a distribuição dos royalties. “O governo federal deve ser chamado a dialogar permanentemente sobre esse tema para dar uma contribuição de forma efetiva. O governo já abriu mão de parte dos recursos, já apresentou proposta ao Senado, mas também terá que se fazer presente no debate na Câmara. A minha convicção é que talvez o governo tenha de apresentar uma proposta que ajude na consolidação de um acordo.”

O deputado Otávio Leite disse que a comissão sugerida ao presidente da Câmara será formada por 25 deputados titulares e 25 suplentes, permitindo uma grande diversidade de opiniões sobre o assunto. “Essa comissão vai aprofundar a discussão. Vamos chamar não só a ANP [Agência Nacional do Petróleo], mas também técnicos das universidades, para nos ajudar a entender uma equação que é muito complexa, que tem a ver com projeções futuras de produção de petróleo, que são oscilantes. O importante é o diálogo. A palavra é o combustível do Parlamento.”

Novo ministro do Esporte diz que “não é inimigo de ONGs”, mas dará prioridade a convênios com órgãos públicos

Brasília - O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (31) que vai cumprir a prioridade do governo de firmar convênios com órgãos governamentais. No entanto, ele fez questão de deixar claro que "não é inimigo das ONGs [organizações não governamentais].”

“A primeira coisa que tem que ficar clara é que o ministério e eu não somos inimigos das ONGs”, assinalou Rebelo. “Tenho um grande apreço pelas ONGs e pelo seu trabalho. Só que pelo próprio nome são organizações não governamentais.”

Rebelo disse que o governo prefere desenvolver parcerias com órgãos públicos. “A prioridade do governo é outra, é trabalhar com órgãos do governo, mas não rejeitamos a presença nem a ação das ONGs. Agora, vamos cumprir a determinação da presidente Dilma de fazer esse trabalho neste prazo de 30 dias”, disse Rebelo, após tomar posse no Palácio do Planalto.

Segundo ele, a intenção do governo é cumprir os contratos já firmados. "Os [convênios] que estão em curso são contratos já formalizados. Se você rompe um contrato há consequências jurídicas decorrentes desse seu ato. Agora, aqueles que forem encerrados, a minha ideia é não renovar nem fazer novos. Vamos priorizar entes públicos ou outras instituições sem fins lucrativos, mas isso eu vou examinar direito.”

domingo, 30 de outubro de 2011

Alckmin e Kassab cortejam PSB em Congresso Estadual

Em meio às articulações que envolvem as eleições municipais de 2012, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD), foram ontem ao 9.º Congresso Estadual do PSB prestigiar o evento e os líderes da legenda. Tanto os tucanos quanto a nova sigla veem os socialistas como potenciais aliados na disputa do próximo ano, em especial na capital paulista.

Nas eleições de 2010, o PSB foi um dos partidos que mais aumentaram suas bancadas e, consequentemente, a fatia a que tem direito no programa eleitoral. Tanto Alckmin quanto Kassab estão de olho no tempo de TV da legenda presidida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Alckmin e Kassab sentaram cada um de um lado de Campos durante os discursos. Ambos fizeram elogios ao pernambucano, cada um à sua moda. Kassab, que se aproximou fortemente de Campos nos últimos tempos e foi um dos principais aliados na eleição da mãe do governador, Ana Arraes, ao Tribunal de Contas da União (TCU), fez até uma menção indireta à possibilidade de Campos ser candidato à Presidência. 'Tenho certeza que vocês estão preparando uma liderança não só para Pernambuco, para o Nordeste, mas para o Brasil', disse o prefeito à plateia.

Alckmin, por sua vez, lembrou que há alguns meses esteve com Campos em um evento na Colômbia e disse recordar-se de uma palestra do governador de Pernambuco sobre a administração do Estado. 'Modernidade, boa gestão, correta aplicação do dinheiro público, desenvolvimento', elencou o tucano.

De público, os três negaram estar discutindo alianças para as eleições de 2012. Campos classificou as presenças de Alckmin e Kassab como 'cortesia política de dois amigos'. Sobre alianças, afirmou: 'Esse debate vai crescer a partir do próximo ano'.

As tratativas com o PSB, no entanto, dependerão dos acertos entre Alckmin e Kassab. O prefeito, que meses atrás chegou a dizer que o tucano foi um dos que se manifestaram contra a criação do PSD, passou a fazer gestos de reaproximação. O governador devolveu a gentileza e admitiu que PSDB e PSD podem estar juntos nas eleições municipais para a capital paulista.

Interesses eleitorais do PC do B são obstáculo para 'faxina' no Esporte

A 'faxina' exigida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério do Esporte obriga o novo titular da pasta, Aldo Rebelo, a mexer num 'paredão' de comunistas, boa parte composta por ex-dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), alocados em áreas estratégicas e suspeitos de desvio de recursos públicos. Aldo vive um dilema. Recebeu a ordem da presidente para mudar o comando da pasta, mas sabe que as trocas em meio a um escândalo de corrupção respingam nas pretensões eleitorais do PC do B em 2012.

A tropa do partido dentro do ministério não é técnica, mas política e com objetivos concretos na disputa municipal do ano que vem. São dirigentes regionais e nacionais da legenda, homens de comando do PC do B nos Estados, que agora temem a exposição pública. Temem ainda ser demitidos a partir de amanhã, quando Aldo Rebelo toma posse, numa 'faxina' semelhante à que ocorreu no Ministério dos Transportes em julho.

Por enquanto, Aldo Rebelo só confirmou a saída do secretário executivo, Waldemar Souza, do PC do B do Rio - uma espécie de número dois da pasta. Há pelo menos mais sete pessoas que podem entrar na forca após a queda de Orlando Silva: Wadson Ribeiro, Ricardo Capelli, Ricardo Gomyde, Alcino Reis Rocha, Fábio Hansen, Vicente José de Lima Neto e Antonio Fernando Máximo.

Desses, apenas um tem o respaldo do Palácio do Planalto para continuar: Alcino Rocha, secretário nacional de Futebol, que tem atribuições ligadas à Copa de 2014.

Para o governo, Alcino está desvinculado do esquema montado no ministério e Aldo Rebelo já foi avisado que, se quiser, poderá mantê-lo. Alcino foi quem assinou um convênio de R$ 6,2 milhões, em dezembro de 2010, com um sindicato de cartolas para um projeto de cadastramento de torcedores que não sai do lugar. O Estado publicou reportagem, em agosto, em que o presidente do Sindicato das Associações de Futebol (Sindafebol), Mustafá Contursi, admitia que a entidade não tinha estrutura para tocar o convênio.

Wadson. O caso mais emblemático para Aldo resolver será o de Wadson Ribeiro, ex-presidente da UNE e hoje secretário de Esporte Educacional, setor que cuida do programa Segundo Tempo, foco de irregularidades e desvios de verba.

Ribeiro é também membro da direção nacional do PC do B e pré-candidato à Prefeitura de Juiz de Fora. Wadson foi secretário executivo do ministério na gestão passada e assinou boa parte dos convênios suspeitos, entre eles um que beneficiou uma entidade de sua cidade com repasses de mais de R$ 9 milhões.

A demissão do secretário de Esporte Educacional agora enfraqueceria o PC do B em Minas, na avaliação de dirigentes da sigla. O PC do B gostaria que Wadson saísse somente em 2012 do Ministério do Esporte para disputar a eleição.

Outro nome da pasta que está na berlinda e é protegido do partido é o chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, Antônio Fernando Máximo. Secretário regional de Ação Institucional e Políticas Públicas do partido, o nome dele foi envolvido nos escândalos de corrupção do Esporte pelo fato de uma empresa com a qual tem ligações ter sido favorecida com recursos da pasta. Aldo quer demiti-lo.

Para diminuir o desgaste com o PC do B mineiro, porém, gostaria de manter Ana Maria Prestes Rabelo, neta de Luiz Carlos Prestes e assessora internacional do ministério.

O PC do B do Paraná rejeita o nome de Ricardo Gomyde numa lista de degola pós-escândalo. Ex-dirigente da UNE, Gomyde é assessor especial do gabinete do ministro do Esporte e vice-presidente regional do partido.

Gomyde chegou ao ministério após brigar com o ex-governador do Paraná e hoje senador, Roberto Requião (PMDB), que o demitiu da Secretaria de Esportes. É ex-deputado federal e pré-candidato a prefeito em 2012.

Dirigente do PC do B no Rio de Janeiro, Ricardo Cappeli é outro que tenta se segurar no ministério. Assim como Aldo Rebelo, Orlando Silva e Wadson Ribeiro, ele já foi presidente da UNE. Hoje dirige o programa da Lei de Incentivo ao Esporte como trampolim para as eleições de 2012.

Cappeli já teve seu nome envolvido em irregularidades no programa Segundo Tempo quando foi candidato a vereador em 2008.

Fora do baralho. O chefe de gabinete do ministério, Vicente José de Lima Neto, é praticamente carta fora do baralho. Dirigente do PC do B baiano, ele é amigo e conselheiro de Orlando Silva. Passam por Lima os temas mais importantes da pasta que precisam de uma opinião do ministro.

É esperada também a exoneração de Fábio Hansen, que hoje trabalha no Departamento de Programas do Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. Ele é acusado pelo policial militar João Dias Ferreira de participar do esquema de fraude no Segundo Tempo. O militar afirmou, em entrevista à revista Veja, que o ex-ministro Orlando Silva recebia dinheiro desviado de ONGs conveniadas ao Esporte. Doze dias após a denúncia, Orlando Silva deixou a pasta. Hansen está na conversa gravada por Ferreira em abril de 2008, quando negociam um acordo para salvar a entidade do delator das cobranças que o ministério fazia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Para eliminar extrema pobreza, pesquisador defende aumento do Bolsa Família e inclusão de mais beneficiários

A eliminação da extrema pobreza no Brasil depende do aumento do benefício do Bolsa Família e da inclusão de mais pessoas no programa, na avaliação do pesquisador da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Rafael Osório.

Diante das projeções de menor crescimento da economia nos próximos anos em função da crise financeira e do seu impacto sobre o emprego, o técnico não acredita que o lucro com o trabalho será suficiente para a elevar a renda de brasileiros extremamente pobres para mais de R$ 70.

Por isso, em vez de apenas complementar a renda do beneficiário do Bolsa Família, o economista do Ipea defende que o programa considere o rendimento das famílias abaixo da linha de pobreza igual a zero e lhes conceda um benefício fixo de pelo menos R$ 70 mensais.

“Vamos supor que uma pessoa receba R$ 20 de bolsa para complementar o trabalho de R$ 50. Se em um determinado momento perde o emprego ou tem uma renda menor, volta para a extrema pobreza”, apontou Osório, explicando que há grande volatilidade de renda entre os pobres.

Durante apresentação de pesquisa sobre os desafios do Bolsa Família no 35º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), ontem (27), o técnico também propôs o fim do limite de cinco filhos para recebimento de benefício pelo programa, que paga cerca de R$ 30 por criança.

“Esse limite pune as crianças. É uma justificativa moral para a sociedade porque as pessoas ainda acreditam que pobres se reproduzem como coelhos”, disse. Segundo ele, nenhuma pesquisa conseguiu provar a relação entre o recebimento da bolsa e a decisão das famílias de ter mais filhos.

Ao lado disso, o pesquisador também sugeriu a inclusão de cerca de 800 mil famílias no programa, que não foram identificados justamente por estarem em áreas remotas, de difícil acesso ou por serem novos núcleos familiares, casais sem filhos ou cujos filhos já deixaram a casa.

Com essas mudanças, com menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), nos cálculos do economista, um orçamento de R$ 33 bilhões resolveria o problema dos muito pobres no Brasil. Nos 8 anos de programa, o gasto médio foi de 0,4% do PIB. O orçamento do Bolsa Família em 2011 é R$ 17 bilhões.

Para o representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Luis Henrique de Paiva, presente no debate sobre a pesquisa do Ipea, um aumento no benefício é possível em parceria com os estados, atendendo objetivos do Programa Brasil sem Miséria.

Segundo Paiva, já foram firmadas parcerias com oito estados para complementar o valor da bolsa: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rondônia, Acre, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Amapá, sendo que esses dois últimos vão disponibilizar até R$ 100 e até R$ 80 por família, respectivamente.

Por meio da colaboração com órgãos que atuam em áreas rurais e reservas extrativistas, onde se estima que vivam pessoas com o perfil do programa, mas que não estejam cadastradas, Luis Henrique também disse que há o intuito de incluir 320 mil famílias e fechar 2011 com 13,3 milhões de beneficiários.

O encontro da Anpocs reuniu cerca de 1,8 mil pessoas em Caxambu e termina hoje (28).

Rio lança programa de aluguel de bicicletas na cidade

A prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou nesta sexta-feira (28) o novo programa de aluguel de bicicletas na cidade. O sistema foi desenvolvido com a empresa concessionária Serttel, em parceira com o banco Itaú, e vai instalar 60 estações de aluguel de bicicleta em 14 bairros da zona sul até 13 de dezembro.

Nesta sexta-feira serão entregues 11 estações em Copacabana: Posto Seis, Sá Ferreira, Miguel Lemos, Cantagalo, Santa Clara, Dias da Rocha, Serzedelo Correia, Siqueira Campos, Copacabana Palace, Cardeal Arcoverde e Princesa Isabel.

Para utilizar o sistema basta o usuário se cadastrar no site (www.movesamba.com.br) e adquirir o passe Samba, optando pelo pacote mensal, ou diário.

As estações serão alimentadas por energia solar. No total, 600 bicicletas serão distribuídas. Travas e pinos de fixação reforçam o sistema de segurança, para dificultar o furto das bicicletas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aldo Rebelo é o novo ministro do Esporte

Único nome apresentado pelo PC do B à presidente Dilma Rousseff, o deputado Aldo Rebelo foi oficializado para chefiar o Ministério do Esporte. Em reunião na manhã desta quinta-feira, 27, a presidente acatou a indicação do partido para substituir Orlando Silva, que pediu demissão nessa quarta-feira, 26, após 12 dias sob denúncias de desvio de dinheiro público na pasta.

Ao sair da reunião, Rebelo falou rapidamente com a imprensa mas evitou falar sobre temas polêmicas, como a aprovação da Lei Geral da Copa. 'Vamos começar a fase de transição e só então posso falar sobre outras questões', afirmou.

O PC do B estudava também a indicação da deputada Luciana Santos (PE) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (MA). Na reunião desta manhã, no entanto, o presidente do partido, Renato Rabelo, apresentou somente o nome do deputado, que no fim da manhã participou do encontro da sigla com Dilma. Momentos antes, o ex-ministro Orlando Silva, no Twitter, sinalizou, nesta pela manhã, a indicação de Aldo para o ministério, ao lhe desejar bom trabalho.

Aldo Rebelo, de 54 anos, é deputado por São Paulo e foi relator do projeto do novo Código Floresta. Foi também ministro da coordenação política e líder de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Nova Iguaçu: MP acusa governo Lindbergh de fazer contratos com empreiteira de fachada.


O Ministério Público de Nova Iguaçu acusa o governo de Lindbergh Farias — que, atualmente, é senador pelo PT do Rio de Janeiro — de contratar uma empreiteira, que seria de fachada, para obras de saneamento básico na cidade. Entre 2005 e 2006, a Rumo Novo venceu pelo menos oito contratos, que totalizaram R$ 5,9 milhões. Todos eles são questionados na ação civil pública do MP, que acusa Lindbergh de improbidade administrativa.

De acordo com o MP, a empresa tinha como sócios Vitor Luiz Vicente Távora e Cleonice Paulina das Neves, e contaria com dois sócios ocultos: Norberto José Torradefló Palácios e Francisco de Assis Martins Pinto.

Segundo o MP, a Rumo Novo era fachada da Imacil Iguaçu Manufaturado de Cimento Ltda.. Nesta, o irmão de Vitor, Paulo Fernando Vicente Távora, é um dos sócios. As empresas funcionavam no mesmo endereço no Jardim Alvorada, em Nova Iguaçu.

Pelas investigações, as duas e uma terceira empresa, a Aporte Serviços e Comércio de Materiais, Equipamentos e Insumos Ltda., participaram das mesmas licitações. A Rumo Novo sempre vencia as disputas, por apresentar valores menores. Uma das sócias da Aporte é Paola Michelle Neves Torradefló, filha de Cleonice e de Norberto. Todos são réus no processo.

Nesta terça-feira, o EXTRA esteve nos endereços das empresas e constatou que nenhuma delas funciona nos locais registrados na Receita Federal.

Rumo Novo e Imacil deveriam estar numa numeração não encontrada na Avenida Abílio Augusto Távora. Já a Aporte teria de funcionar no 6º andar de um prédio comercial no Centro de Nova Iguaçu. No local, existe, há mais de dois anos, um escritório de advogacia. Um funcionário do prédio lembrou que, há cerca de cinco anos, época das licitações, a sala pertencia a uma empresa, mas os donos só apareciam para buscar a correspondência.

Só R$ 194 mil em bens

A juíza da 1ª Vara Cível de Nova Iguaçu, Maria Aparecida Silveira de Abreu, decretou o bloqueio dos bens móveis e imóveis de Lindbergh e dos outros oito réus no processo por improbidade administrativa. No registro de bens declarados por Lindbergh ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2010, quando foi eleito senador, o ex-prefeito de Nova Iguaçu possui apenas três terrenos na Paraíba, duas contas bancárias e uma caderneta de poupança, que totalizam R$ 194.861,80.

Oito órgãos fora notificados pela Justiça quanto ao bloqueio dos bens: Banco Central, cartórios dos registros de imóveis de São Paulo e do Rio de Janeiro, Detran do Rio de Janeiro e de São Paulo, Departamento de Aviação Civil (DAC), Capitania dos Portos e Comissão de Valores Mobiliários.

Ontem, mais uma vez, O EXTRA tentou falar com Lindbergh sobre o caso. Os dois assessores do senador, porém, não atenderam as ligações. Na segunda-feira, o seu assessor de gabinete, Fausto Trindade, informou que o senador não comentaria a acusação contra a Rumo Novo, já que todas licitações foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

No telefone residencial de Vitor Távora, uma outra pessoa afirmou que o número não pertence a ele. Já o telefone de Paola, que estaria em Goiás, deu como inexistente. Cleonice, Norberto e Francisco não foram localizados. Por telefone, a empregada de Paulo Távora disse que transmitiria o recado a ele, que não retornou a ligação do EXTRA.







 





quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dilma recebe Cabral para tratar de royalties


Em meio à discussão sobre a troca de comando no Ministério do Esporte, a presidente Dilma Rousseff terá de fazer uma pausa na agenda para tratar de outro tema espinhoso: o impasse na discussão da redivisão dos royalties do pré-sal.

A presidente se reúne com o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), na tarde desta quarta-feira para tentar achar uma solução que não seja a aprovação do projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que retirou recursos do Rio.


Governo tenta blindar Haddad de problema no Enem

O governo age para blindar o ministro Fernando Haddad no episódio do que parece ser um novo vazamento de questões da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

A preocupação é evitar que o episódio prejudique a pré-campanha de Haddad à Prefeitura de São Paulo.

A estratégia de blindagem inclui os seguintes movimentos:

1. Agir rápido. O MEC tomou a iniciativa de pedir à Polícia Federal que investigue o vazamento de questões da prova para um colégio do Ceará. Ainda hoje deve definir a anulação da prova para esse colégio e marcar uma nova aplicação no fim do ano.

2. Tratar o caso como episódio localizado. A ordem na pasta é diferenciar o caso de agora do roubo da prova em 2009. Segundo as explicações do MEC, desta vez o suposto vazamento só atingiu os 640 alunos do colégio cearense, numa prova com o tamanho do Enem.

Assessores dizem que Haddad está "tranquilo" e avaliam que o caso não vai macular sua campanha interna no PT para ser candidato --nem a eventual posterior candidatura a prefeito.

Ele deixou de participar da última rodada de encontros do PT com pré-candidatos sob a justificativa de que ficaria em Brasília pilotando a execução do Enem. Isso e os recentes episódios que colocaram a prova em xeque são uma demonstração de que o petista temia, sim, que novos embaraços repercutissem em sua pré-candidatura.

Aldo é preferido do Planalto

O Palácio do Planalto já deixou claro ao PC do B que seu nome para o posto de ministro do Esporte é o do deputado Aldo Rebelo (SP).

A ex-prefeita de Olinda (PE) e hoje deputada Luciana Santos teria perdido pontos ao ser defendida pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. A entidade mundial do futebol e o governo travam um embate em torno das regras para a Copa.

Tratada como fato consumado desde a manhã desta quarta-feira tanto no governo quanto no Congresso, a saída de Orlando Silva do Esporte ainda esbarrava numa questão de timing.

Se Dilma Rousseff demitir o auxiliar nesta quarta, dia em que o policial militar João Dias volta a depor no Congresso, vai passar a mensagem de que o denunciante conseguiu seu intento e derrubou um ministro.

Isso fragiliza não só Orlando e o aliado PC do B quanto a própria posição de Dilma, que neste caso, diferentemente de denúncias anteriores contra outros ex-ministros, deu um voto de confiança ao titular do Esporte.

Mas a avaliação é que, independente de haver um elo direto entre Orlando e as acusações de desvios de recursos e cobrança de propina no ministério, está muito estabelecida uma rede de pagamentos sistemáticos a ONGs ligadas a filiados do PC do B, alguns deles parentes do ministro, o que prejudica a imagem da pasta responsável por coordenar Copa e Olimpíadas.

Justiça condena ex-juiz e ex-senador a devolver dinheiro desviado em construção de fórum

A Justiça Federal condenou vários réus, entre pessoas físicas e jurídicas, envolvidas no superfaturamento da construção do Fórum Trabalhista da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Os condenados terão de devolver ao erário público os prejuízos sofridos com a construção do fórum. Entre os condenados estão o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, o ex-senador Luiz Estevão de Oliveira Neto e os empresários Fábio Monteiro de Barros Filho, José Eduardo Ferraz e Antônio Carlos da Gama e Silva.

A decisão é da juíza federal Elizabeth Leão, titular da 12ª Vara Federal Cível em São Paulo. O prejuízo foi orçado em R$ 203 milhões. A magistrada absolveu da acusação Délvio Buffulin, presidente do TRT da 2ª Região entre 1996 e 1998.

As condenações foram proferidas em duas ações civis públicas movidas pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusou os réus de terem desviado o montante de R$ 203.098.237,71 durante a construção do fórum.

“Indubitável que Nicolau dos Santos Neto, aliado de Fábio Monteiro de Barros Filho, José Eduardo Teixeira Ferraz e Luiz Estevão de Oliveira Neto, mantiveram em erro a entidade pública, dando a aparência de realização de atos regulares no que concerne à contratação e realização da obra do Fórum Trabalhista, mas que escondiam, na verdade, a finalidade de obtenção de vantagens ilícitas”, afirma a juíza na sentença.

Ainda de acordo com a magistrada, também ficou comprovado que houve um concatenado esquema de distribuição de valores, em decorrência do superfaturamento da obra, tendo como beneficiários os diversos integrantes das fraudes.

Sobre o réu Nicolau dos Santos Neto, a juíza ressaltou que são inequívocas as provas de seu enriquecimento ilícito, pois “não decorreu dos rendimentos de sua atividade de magistrado, sendo inexplicável a relação renda versus patrimônio”.

Além de Nicolau dos Santos Neto, foram condenados também: Incal Incorporações S.A., Monteiro de Barros Investimentos S.A., Fábio Monteiro de Barros Filho, José Eduardo Ferraz, Construtora Ikal Ltda. e Incal Indústria e Comércio de Alumínio Ltda. Todos responderão pelos prejuízos causados ao patrimônio público por danos materiais e morais, multa civil e perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos réus, além da suspensão dos diretos políticos por dez anos e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais.

Em relação a Nicolau dos Santos Neto foi determinada a consolidação da perda da função pública. Ficou mantida a indisponibilidade dos bens destes réus.

Antônio Carlos da Gama e Silva foi condenado à restituição ao erário público do valor recebido da Recreio Agropecuária Empreendimentos e Participações Ltda., empresa do Grupo Monteiro de Barros, no equivalente a U$ 42.483,35, valor a ser devidamente corrigido à época do recebimento, suspensão dos direitos políticos por cinco anos, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos. Ficou facultado ao réu a possibilidade indisponibilizar apenas os bens que atinjam o valor que deverá ser restituído.

Em outra ação foram condenados os réus Grupo Ok Construções e Incorporações, Grupo Ok Empreendimentos Imobiliários Ltda., Saenco Saneamento e Construções Ltda., Ok Óleos Vegetais Indústria e Comércio Ltda., Ok Benfica Companhia Nacional de Pneus, Construtora e Incorporadora Moradia Ltda. – CIM, Itália Brasília Veículos Ltda., Banco Ok de Investimentos S.A., Agropecuária Santo Estevão S.A., Cleucy Meireles de Oliveira e Luiz Estevão de Oliveira Neto.

Todos responderão pelos prejuízos causados ao patrimônio público por danos materiais e morais, multa civil e perda dos bens e valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos réus. Foi determinada a suspensão dos diretos políticos por dez anos e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais. Ficou mantida a indisponibilidade dos bens destes réus.

Sobre os bens passíveis de depreciação e deterioração, como veículos terrestres, aquáticos, aéreos entre outros, já disponibilizados ou que venham a sê-lo, foi determinado prazo de 10 dias para que façam a entrega ao leiloeiro público, permanecendo os valores em depósito judicial até o trânsito em julgado da decisão.

Deputado mais votado no Rio, Wagner Montes se filia ao PSD de Kassab

Mais votado deputado estadual da história do Rio, o apresentador de TV Wagner Montes anunciou ontem que está deixando o PDT para se filiar ao PSD.

A chegada de Montes, primeiro-secretário da Mesa Diretora, consolida o poderio do recém-criado PSD na Assembleia do Rio, onde já tem a maior bancada, com 13 dos 70 deputados --inclusive o líder do governo, André Correa, ex-PPS.

São dois deputados a mais do que tem o PMDB do governador Sérgio Cabral.

Por meio do microblog Twitter, Montes disse que sua saída do PDT é "pacífica, sem nenhum tipo de atrito".

O apresentador teve no ano passado 528 mil votos, 350 mil a mais do que o segundo mais votado no Estado, Marcelo Freixo (PSOL).

A maior parte da bancada do PSD veio do PR do ex-governador Anthony Garotinho, que perdeu 4 de seus 9 deputados. O partido tirou ainda a única deputada do DEM no Estado, Graça Pereira.

Com isso, a já minguada oposição a Cabral na Assembleia se resume agora a 15 dos 70 deputados estaduais.

Apesar do tamanho da bancada, que o coloca na posição de principal sustentáculo do governo, o PSD diz que apoiará Cabral sem cobrar cargos.

Dois dos secretários do governo, Sérgio Zveiter (Trabalho) e Christino Áureo (Agricultura), também se filiaram ao PSD.

O presidente do PSD no Estado, Indio da Costa, já anunciou, inclusive, apoio à candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão, também do PMDB, ao governo em 2014 --oposição que nem o PT, principal aliado de Cabral fechou até agora, já que o senador Lindbergh Farias (PT) também é pré-candidato.

Para Indio, devido ao calendário de grandes eventos que o Estado receberá, essa não é hora de ser oposição, mas de contribuir com as diferentes esferas de governo, o que inclui o apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes, também do PMDB.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Empresa que importou lixo hospitalar é multada em R$ 6 milhões

Multa foi aplicada pelo Ibama, que defende dois contêineres com tecidos sejam devolvidos aos Estados Unidos.



O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em R$ 6 milhões a Império do Forro de Bolso, empresa têxtil pernambucana responsável por importar toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos. A companhia dona do navio que trouxe os dois contêineres apreendidos no Porto de Suape nos dias 11 e 13 de outubro, a companhia marítima Hamburg Süd será multada em R$ 2 milhões.

Leia também: Agentes do FBI chegam ao Brasil para investigar lixo hospitalar

O órgão ambiental aplicou multa de R$ 2 milhões a cada um dos três estabelecimentos da Império do Forro de Bolso interditados nas últimas semanas: dois galpões e uma loja localizados nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru e Toritama. Em nota, o Ibama informou que as multas se devem a danos causados ao meio ambiente pelo material irregular, classificado como potencialmente infectante pela legislação sanitária brasileira.

Ainda na nota, o órgão defende que os dois contêineres, com cerca de 46 toneladas de tecido com a logomarca de hospitais norte-americanos e manchas que o Instituto de Criminalística de Pernambuco analisa para saber se são de sangue, devem ser devolvidos aos Estados Unidos.

Já as cerca de 25 toneladas encontradas na loja e nos galpões da Império do Forro não podem, segundo o Ibama, ser devolvidos e devem ser incinerados por uma empresa especializada. O material encontrado nos estabelecimentos é, provavelmente, proveniente de seis contêineres que a Império do Forro recebeu este ano da mesma exportadora norte-americana e que não foram inspecionados pela alfândega.

Procurada pela Agência Brasil para se manifestar sobre a multa, a empresa Hamburg Süd não se pronunciou.





Projeto recicla computadores e promove inclusão social em comunidade do Rio

Rio de Janeiro – Computadores velhos têm destino certo no Complexo do Alemão, zona norte do Rio. Desde junho, 120 alunos da área pacificada, que abriga treze favelas e mais de 80 mil moradores, estão reaproveitando lixo eletrônico para produzir computadores que funcionem. As máquinas são doadas a entidades sem fins lucrativos e órgãos públicos instalados nas comunidades.

O projeto Fábrica Verde é uma iniciativa do governo estadual para reduzir o volume de resíduos sólidos descartados e promover a inclusão social de jovens e adultos do Complexo do Alemão, por meio de cursos de capacitação em montagem e manutenção de microcomputadores.

Hoje (25), o secretário do Ambiente, Carlos Minc, esteve no local para lançar a segunda etapa do projeto, que prevê novas turmas e a contratação dos 11 alunos que apresentarem o melhor desempenho ao fim dos três meses de curso, com remuneração de um salário mínimo.

“Os computadores velhos têm cádmio, zinco, cobre. Poluem o meio ambiente. É um problema para as empresas e, aqui, nós podemos resolver esse problema. Até o fim de 2013, vamos qualificar 720 jovens, além de reaproveitar, pelo menos, 2 mil máquinas, cerca de 80 por mês”.

Minc informou que serão criados seis telecentros (com acesso à internet gratuita), equipados com computadores reciclados. O secretário fez um apelo às empresas para que doem máquinas ao projeto que, até o momento, já recebeu doações do Instituto Vital Brazil, do Instituto Estadual do Ambiente e da Justiça do Trabalho.

A coordenadora pedagógica do projeto, Jussara Carvalho, conhecida como Bizuca pelos alunos e pela comunidade da Vila Cruzeiro, onde mora, explicou que a fábrica tem múltiplos papéis dentro do Complexo do Alemão, uma das regiões mais carentes do Rio e que ainda sofre com a forte influência dos traficantes de drogas, apesar da ocupação da Polícia Militar e das Forças Armadas.

“Damos aula sobre cidadania e meio ambiente todas às sextas-feiras. fazemos palestras e cursos com nossos parceiros. Também falamos sobre doenças sexualmente transmissíveis e orientamos os jovens a aproveitar o tempo ocioso para não ficar 'de bobeira' na comunidade”.

Damião Pereira de Jesus, 24 anos, é aluno do projeto e ajudou a pintar o edifício que abriga a Fábrica Verde. Além de montar e desmontar computadores, ele e outros alunos aproveitam a sucata para fazer artesanato, que decora as salas de aula. “Amo trabalhar aqui. A gente utiliza as peças condenadas para fazer artes plásticas. Este portarretrato aqui, por exemplo, foi feito com a peça de um gabinete de computador e pastilhas”, explica o rapaz enquanto apresenta os trabalhos na sala de artes, cujas paredes foram grafitadas pelos próprios alunos.


domingo, 23 de outubro de 2011

Zveiter anula voto no caso do deputado Domingos Brazão


A novela em torno da punição do deputado estadual Domingos Inácio Brazão (PMDB-RJ) por crime eleitoral teve mais um capítulo inesperado. Depois de dar o voto de minerva contra a cassação do deputado, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral fluminense, desembargador Luiz Zveiter, descobriu-se impedido e anulou sua decisão nesta quinta-feira (20/10).

Brazão, como candidato, em setembro de 2010 fez doação de R$ 800 para a campanha de Sérgio Zveiter, irmão do desembargador, que concorreu a deputado federal pelo PDT. Nesta quinta-feira, Luiz Zveiter mostrou-se surpreso ao ser informado pela reportagem da ConJur sobre a doação de R$ 800, datada de 30 de setembro, como registrado na prestação de contas deste junto ao TSE.

O próprio deputado federal Sérgio Zveiter, procurado pelo irmão por telefone, não lembrava da doação, pois sequer fez parceria com o candidato a deputado estadual por outro partido. Ao constatar pelo site Tribunal Superior Eleitoral a veracidade da informação, Luiz Zveiter decidiu anular sua decisão “antes que isto vire uma bola de neve”.

Ao retornar à presidência da sessão após o julgamento do processo em que se deu por impedido, comunicou o fato publicamente. Agora, o voto de minerva caberá ao vice-presidente da corte, desembargador Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz, que alegou desconhecer o processo e pediu vista até a próxima sessão, dia 26.

Político reconhecido como do chamado baixo clero, Brazão é acusado de trocar votos por favores. Ele foi denunciado no TRE-RJ por ter mantido, na campanha do ano passado, em funcionamento seus Centros de Ação Social Gente Solidária onde fazia a prestação gratuita de atendimento médico, serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia, atendimento ambulatorial, utilização de ambulâncias, doação de cadeiras de rodas, realização de exames clínicos, distribuição gratuita de remédios e cursos gratuitos.

No mês de julho, em outro processo, no qual a acusação foi de abuso de poder político pela Lei da Ficha Limpa, também por conta do funcionamento desses centros de ação social, ele foi cassado pelo mesmo plenário do TRE-RJ, em processo relatado pelo juiz Antônio Augusto de Toledo Gaspar. A decisão, porém, foi suspensa pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski, porque o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Lei da Ficha Limpa não se aplica à eleição de 2010.

Neste outro processo, cujo relator foi o juiz Luiz Roberto Ayoub, a acusação era de uso de bens públicos (o material doado no centro era obtido em órgãos do governo) e manter os centros sociais em funcionamento no período eleitoral, propiciando a troca de votos pelo atendimento. No julgamento do último dia 6 de outubro, três dos membros do TRE entenderam que deveria haver cassação e multa de 15 mil Ufirs, dois dos julgadores optaram apenas pela multa enquanto que o último inocentou-o. Naquela sessão, o presidente proclamou a votação anunciando a cassação e a multa.

Na semana seguinte (13/10), Zveiter levantou uma questão de ordem. A partir de questionamentos da defesa e recorrendo a uma súmula do TSE, entendeu que havia um empate com relação à cassação, pois três votos foram a favor e três contra (os dois que optaram pela multa e o que inocentou). Assim, deu o voto minerva optando apenas pela multa, decisão da qual a procuradora regional eleitoral, Mônica Ré, pretende recorrer.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Polícia faz megaoperação contra fraudes em postos do Detran no RJ


A partir de informações passadas pela Corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com o órgão, o Ministério Público e a Corregedoria Geral Unificada (CGU), desmantelou uma quadrilha que agia há pelo menos dois anos fraudando os processos de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação. A "Operação Contramão II" teve como objetivo cumprir 42 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão em todo o estado do Rio de Janeiro.

As investigações começaram em 2009, a partir de irregularidades constatadas pela Corregedoria do Detran, que passou as informações à Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela coordenação da ação desta sexta-feira. Segundo o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, os criminosos cobravam de R$ 800 a R$ 4 mil para aprovarem os candidatos no exame de habilitação. Os valores cobrados dependiam do nível de exigência para a obtenção da CNH. Ao candidato totalmente incapaz, era cobrada uma quantia mais elevada, enquanto os que simplesmente queriam conseguir os documentos sem se submeter aos exames obrigatórios, pagavam menos. Em média, 200 pessoas por mês se beneficiavam dos serviços dos fraudadores, o que significava um lucro anual estimado em R$ 10 milhões.

Mais de 300 agentes, da Polícia Civil, do Detran e do Ministério Público, se reuniram na Academia de Polícia Sylvio Terra (Acadepol) no fim da madrugada para receberem os endereços onde iriam cumprir os mandados de prisão e busca e apreensão. A operação abrangeu onze municípios e 37 bairros do estado. Vinte e uma auto-escolas estão envolvidas na fraude. As buscas também aconteceram em algumas dependências do Detran, onde trabalhavam funcionários e prestadores de serviços envolvidos no esquema.

Até o meio-dia, 25 dos 42 mandados de prisão já haviam sido cumpridos, com vasta apreensão de documentos e material para análise posterior, como CPUs, telefones celulares, anotações e cheques, além de R$ 145 mil em espécie.

O delegado titular da DDEF, Gabriel Ferrando, afirmou que o material apreendido será usado para o aprofundamento das investigações.

- Esse material será usado para identificar pessoas que adquiriram a Carteira Nacional de Habilitação de maneira ilegal - afirmou o delegado.

Segundo o corregedor do Detran, David Anthony, essas pessoas sendo identificadas perderão suas carteiras e responderão criminalmente. O corregedor lembrou ainda que a corregedoria fez um trabalho pró-ativo, levantando todos indícios, sem aplicar medidas disciplinares, que pudessem atrapalhar as investigações, encaminhando o material para a Delegacia de Defraudações.

O promotor de Justiça, Homero das Neves, ressaltou que a ação foi inédita.

- Estamos em uma fase nova. A integração de todos os órgãos envolvidos fez com que o trabalho pudesse ser realizado - afirmou.

Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos no sistema de informações.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dornelles e Dias lideram batalha final pelos royalties no Senado

Hoje ocorre reunião para tentar acordo sobre partilha do recursos entre Estados. Petista leva vantagem sobre 'raposa' do Congresso

De um lado, uma velha raposa do Congresso: Francisco Dornelles (PP-RJ), cinco mandatos como deputado e há quatro anos e 10 meses senador. Do outro, um novato que tem se destacado na Casa: Wellington Dias (PT-PI), quatro anos como deputado federal e apenas 10 meses no Senado. A geografia, o tempo e as classes sociais os separam, mas a fala mansa os iguala nos embates sobre a nova distribuição de royalties de petróleo em discussão no Senado. A última batalha de argumentos está marcada para esta segunda-feira, quando vão tentar firmar um acordo sobre o projeto de lei que aumenta o repasse de recursos da União para Estados não produtores de petróleo.

    Em defesa do Rio, Dornelles e Lindbergh Farias (PT-RJ) lutam para manter royalties de áreas já licitadas

Perfil de raposa

Mineiro com carreira política no Rio de Janeiro, Francisco Oswaldo Neves Dornelles, 76 anos, assumiu o papel de negociador contra as mudanças na partilha. O Estado fluminense é o maior produtor de petróleo do País. E, com a descoberta do pré-sal, já planejava ganhar muito mais para poder pagar dívidas e fazer investimentos a longo com prazo. Para tanto, contava com recursos de áreas de exploração já licitadas. Sua principal luta, portanto, é para manter as coisas como estão.

“O desaparecimento ou redução dos recursos oriundos de royalties e participação especial de áreas já licitadas retirariam do Estado do Rio de Janeiro recursos já comprometidos”, disse Dornelles, em discurso em plenário na semana passada. O senador tem ressaltado que o fato poderá levar o governo fluminense à insolvência com a União. “Por isso, queremos garantir que o que já foi licitado não se mexe”, afirmou ao iG, na semana passada.

É justamente o oposto do que pensa José Wellington Barroso de Araújo Dias, 49 anos, piauiense de Oeiras, cidade que fica a 313 km da capital Teresina. No município encrustado no semi-árido nordestino, onde a caatinga e o cerrado se confundem, o mineral mais produzido é a argila. O senador petista representa o interesse dos Estados não-produtores de petróleo, que formam maioria no Congresso.

Apesar da vantagem numérica, Dias não deixa de ouvir Dornelles. “Tenho muito respeito por ele. É uma pessoa preparada, experiente”, disse. “Mesmo em desvantagem, ele não desiste. É homem paciente. Apesar de representar o Rio de Janeiro, luta como um bom mineiro”, afirma o senador petista, que está no primeiro ano de mandato no Senado. Antes, Dias foi governador do Piauí, entre 2003 e 2010.

Quando Dias ingressou no PT em 1985, Dornelles era nada mais, nada menos que o ministro da Fazenda. Ou seja, na prática, o dono das chaves dos cofres do Brasil. Dornelles chegara ao posto por indicação do tio, Tancredo Neves, que havia sido eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral mas que morrera antes de tomar posse em 21 de abril daquele ano. José Sarney assumiu em seu lugar e manteve a indicação do nome de Dornelles para o Ministério.

Em agosto de 1985, Dornelles acabou deixando a Fazenda. Antes disso, porém, já possuía uma larga experiência política e, sobretudo, administrativa. No governo João Figueireido (1979-1985), havia sido secretário da Receita Federal. Na primeira administração de Tancredo à frente do governo de Minas Gerais, no fim dos anos 50, comandou a Secretaria de Finanças.

Além do laço familiar com Tancredo por parte de mãe, Dornelles é primo em segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas. O avô dele, Ernesto Francisco Dornelles, gaúcho de São Borja, era irmão de Cândida Dornelles Vargas, a mãe de Getúlio. Portanto, o pai do senador do PP do Rio do Janeiro, Mozart Dornelles, era primo em primeiro grau do presidente que governou o País por duas vezes (1930-1945 e 1951-1954).

Getúlio Vargas foi fundador do PTB, partido pelo qual Dornelles ensaiou uma candidatura a deputado estadual em Minas Gerais em 1962. Ele só desistiu porque ganhou uma bolsa de estudos no exterior. Naquele mesmo ano, nascia Wellington Dias, filho de um caminhoneiro chamado João Antônio Neto e de Teresinha Araújo Dias, professora. Apesar de ter nascido em Oeiras, Dias foi criado na cidade de Paes Landim.

            Dias, à esquerda, conversa com José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso


Estilo prodígio

Em 1982, Dias formou-se em Letras pela Universidade Federal do Piauí. A vida profissional, no entanto, teve início como bancário, onde se destacou também como dirigente sindical. No mesmo período em que se filiou ao PT, iniciou suas atividades à frente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Entre 1986 e 1989, foi presidente da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal. Na sequência, assumiu o comando do Sindicato dos Bancários do Estado do Piauí.

Enquanto isso, em Brasília, Francisco Dornelles se consolidava ano após ano como um importante articulador no Congresso. Depois que saiu da Fazenda, em 1985, disputou uma cadeira de deputado federal constituinte no ano seguinte. Na formulação da Constituição de 1988, Dornelles teve papel destacado ao presidir a Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças. Em 1990, reelegeu-se deputado.

Em seguida, tentou disputar pela primeira vez um cargo majoritário. Foi candidato a prefeito do Rio de Janeiro e amargou o sétimo lugar. A má experiência também resultou numa troca de partido. Em 1993, ele deixou o PFL, no qual havia ingressado em 1987. Dornelles acabou se filiando ao PDS, partido que tinha como origem a Arena, ligada à ditadura militar. O curioso é que o PFL havia sido criado em 1985 por um grupo de políticos dissidentes do PDS.

No começo dos anos 1990, Dias ocupava pela primeira vez um cargo eletivo. Em 1992, ganhou nas urnas uma cadeira de vereador em Teresina. A experiência durou pouco. Dois anos depois, foi eleito deputado estadual para Assembleia Legislativa do Piauí e, em seguida, assumiu o comando do PT no Estado. Em 1998, resolveu disputar uma cadeira de deputado federal. Venceu de novo.

Entre 1995 e 2002, Dornelles ocupou dois ministérios ao longo dos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso. Foi primeiro ministro de Indústria e Comércio e depois assumiu a pasta do Trabalho. Em 2002, conquistou mais uma vez a reeleição para a Câmara. No mesmo ano, Dias chegou ao ponto mais alto de sua carreira ao se eleger governador do Piauí.

Em 2006, o petista disputou a reeleição e venceu. Já Dornelles concorreu pela primeira vez ao Senado e teve uma vitória surpreendente. Ele não era o favorito, mas acabou conquistando o voto do eleitorado mais conservador. Chegou ao Senado com destaque e, em 2007, assumiu a presidência do PP (Partido Progressista), nome atual da sigla que se chamava PDS.

Dornelles é hoje o principal articulador do seu partido junto ao governo Dilma Rousseff. Apesar da experiência de 50 anos de vida pública, o senador do PP não deixa de reconhecer o talento do novato Wellington Dias: “Não o conhecia, mas posso dizer que tenho a melhor impressão possível sobre ele. Competente, sério e trabalhador”.

Nesta segunda-feira, é bem provável que o novato vença a raposa. Não porque é mais esperto, mas sim porque conta com o apoio da maioria dos colegas de Senado. Dias avisou que a votação do projeto de lei dos royalties será feita esta semana "com ou sem acordo". Ele não esbravejou na tribuna para dar o recado. Publicou um carta aberta no seu site. Estilo parecido adotado por Dornelles, que publicou artigo na imprensa carioca sob o título "O Estado sob Ameaça". É briga, mas é uma briga de voz mansa.








sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CESAR MAIA SERÁ CANDIDATO A VEREADOR NAS ELEIÇÕES DE 2012.


RIO - O ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) confirmou ao GLOBO que já bateu o martelo e será candidato a uma vaga na Câmara dos Vereadores do Rio nas eleições de 2012. Seu filho, o deputado federal Rodrigo Maia, vai concorrer à prefeitura da capital, com um vice do PR, que deve ser a deputada estadual Clarissa Garotinho.

- Já comecei a me preparar. Tem que se preparar com calma, com tempo, para saber que tipo de comunicação vou fazer, que frase eu vou usar (como slogan na campanha). Já sou candidatíssimo - afirmou o ex-prefeito.

META : PMDB do Rio quer ampliar poder e conquistar 45 prefeituras nas próximas eleições

ALIANÇA : PSOL e PV negociam aliança contra Paes em 2012

DANÇA DAS CADEIRAS: No Rio, PR e PSDB sofrem mais com as perdas para PSD de Kassab

Após exercer dois mandatos de deputado federal, governar a cidade do Rio em três ocasiões e ter eleito em 1996 seu sucessor, Luiz Paulo Conde, Cesar foi derrotado nas eleições de 2010 quando concorreu a uma vaga no Senado. Para ele, a busca por uma cadeira na Câmara não é decadência, mas uma questão estratégica:

- O nosso raciocínio é de que precisamos investir na renovação. Independentemente se a renovação dará tempo para 2014. Vamos renovar, então aqui no Rio, para começar, o candidato é o Rodrigo e não eu. Não adianta me mostrar pesquisa em que eu estou mais ou menos bem, e o Rodrigo está abaixo. Não interessa. Vamos construir a candidatura.

Cesar adiantou ainda que já ficou decidido que ele e os outros dois vereadores do DEM que tentarão a reeleição - Tio Carlos e Carlos Caiado - terão mais tempo na TV e no rádio:

- Isso é uma preliminar. Agora, todos os nossos candidatos a vereador entram na televisão.

A estratégia do DEM de lançar Cesar Maia a uma vaga na Câmara acontece num momento em que o partido amarga perdas, em nível nacional, para o recém-criado PSD. Embora não tenha perdido no Rio vereadores para a legenda do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o DEM ficou sem quatro vereadores eleitos em 2008: Rosa Fernandes, Jorginho da S.O.S., João Cabral e Aloisio Freitas. Para completar, Alexandre Cerruti e Eider Dantas não vão disputar novamente uma cadeira na Câmara. Cesar minimiza as saídas, argumentando que aqueles que abandonaram a legenda vieram de outros partidos e alguns já votavam com o prefeito Eduardo Paes (PMDB), mesmo sendo da oposição.

- Do ponto de vista das nossas opiniões, aqui no Rio não perdemos nada.

DEM espera eleger Cesar Maia e outros oito vereadores

O ex-prefeito espera conseguir pelo menos 200 mil votos, com expectativa de chegar aos 250 mil. Segundo os cálculos de Cesar, o DEM pode conquistar até nove cadeiras:

- Eu acho que vou ter voto na cidade toda. O quanto eu vou ter ali e aqui é o que eu não sei.

.Sob o argumento de que o Rio precisará de uma boa representação por conta dos Jogos Olímpicos de 2016 - principalmente para tratar em Brasília de questões municipais relativas ao evento -, Cesar defende a candidatura do ex-deputado Fernando Gabeira (PV) a uma vaga na Câmara:

- Acho que o Gabeira deveria ser candidato. Vai precisar ter na Câmara um grupo para defender recursos para o Rio, principalmente, para as Olimpíadas.

O foco da campanha do ex-prefeito será o servidor público e o discurso contra a forma como acontece o choque de ordem.

- Isso é a repressão pela repressão, assusta as pessoas - disparou.

Entre críticas a Paes, Cesar diz qual será sua primeira medida, caso seja eleito:

- Vou lutar contra a privatização da Educação e Saúde. Entro para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) imediatamente. E se não me derem CPI por maioria vai ser comissão especial para ver a vergonha que está sendo o gasto do setor privado com a Saúde e Educação.







segunda-feira, 10 de outubro de 2011

'Eu estarei pronto, seja Lula ou Dilma', diz Aécio

Diante da pressão de companheiros de PSDB para que assuma logo sua pré-candidatura a presidente em 2014, o senador Aécio Neves (MG) não deixa dúvidas. 'Se esta for a vontade do partido, eu estarei pronto para disputar com qualquer candidato do campo do PT, seja Lula ou Dilma. Serão eleições com perfis diferentes e eu não temo nenhuma das duas', disse o ex-governador ao jornal O Estado de S. Paulo, em entrevista publicada na edição deste domingo.

Mas Aécio pondera que o debate das candidaturas deve ficar para 'o amanhecer de 2013', pois 'uma decisão correta no momento errado é uma decisão errada'. Ele diz que a opção José Serra 'terá de ser avaliada por seu capital eleitoral e experiência política' e cita também os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR) como presidenciáveis. Nesse quadro, defende eleições prévias para a escolha dos candidatos tucanos a partir da eleição de 2012.

Questionado sobre seu projeto para 2014, Aécio diz: 'O que eu disse aos companheiros do PSDB é que estarei à disposição do partido para cumprir meu papel, seja como candidato ou apoiador de um candidato que eventualmente tenha melhores condições de disputa do que eu.'

Ainda na entrevista, Aécio afirma achar que 'o PSDB amadureceu o suficiente para ver que, ou vamos todos unidos de verdade, ou não teremos êxito. E o PSDB tem figuras extremamente relevantes nesse processo. O governador Alckmin é uma liderança nacional com condições até de ser o candidato com êxito. O senador Aloysio Nunes é um dos mais qualificados quadros do Congresso e será um instrumento importante na construção da unidade do partido, seja em torno de quem for, e incluo aí o companheiro José Serra. O presidente FHC terá sempre um papel de orientador maior'. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Suspeito de doar remédios vencidos, deputado Brazão é cassado no Rio


iG mostrou em 2010 como políticos usavam centros sociais com fins eleitorais. Parlamentar dava cadeiras de rodas e muletas e tinha lista de eleitores.


O deputado estadual do Rio Domingos Brazão (PMDB) foi cassado nesta quinta-feira (6) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), por ter usado um centro social para distribuir remédios (com a validade vencida), muletas e cadeiras de rodas, com objetivo “eleitoreiro”, segundo o TRE-RJ.

O deputado também foi multado em 30 mil UFIRs (R$ 64.056). Apesar da decisão, ele pode ficar no cargo até o julgamento de recurso.

O iG mostrou em reportagens de agosto de 2010 que Brazão e outros deputados usavam seus centros sociais para conseguir votos em contrapartida dos benefícios do assistencialismo político.

A fiscalização do TRE identificou que Brazão doava cadeiras de rodas e de banho, muletas, cestas básicas e remédios vencidos no centro social Associação de Defesa da Cidadania Ação Social, na Taquara, sub-bairro de Jacarepaguá (zona oeste do Rio).

O centro social também oferecia serviços de dentista e exames de ultrassonografia. No local havia listas com nomes de e títulos de eleitores dos beneficiários.

Polêmico, Brazão foi suspeito de integrar a Máfia dos Combustíveis. Ele foi cassado em julho, por abuso do poder econômico, captação ilícita de voto e conduta vedada a agente público nas eleições de 2006.

O iG ligou esta quinta para o celular do deputado e deixou recado, mas não teve retorno. Na ocasião, Brazão afirmou que era apenas colaborador e não dono do centro social, que fica em seu reduto político.





quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Comissão aprova fim das coligações em eleições para deputado e vereador

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) confirmou nesta quarta-feira, 5, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que proíbe as coligações nas eleições proporcionais (deputados e vereadores). Relatado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o texto, aprovado por 14 votos a 3, já tinha sido examinado pela CCJ, mas teve de ser revisto porque recebeu emendas no plenário. Pela proposta, as coligações serão permitidas unicamente na eleição de presidente da República, senadores, governadores e prefeitos.


Tidas como uma aberração pela maior parte dos parlamentares, são as coligações proporcionais que permitem um deputado bem votado 'puxar' para a Câmara candidatos sem chance de se eleger com os próprios votos. Os dois exemplos mais conhecidos são os do ex-deputado Enéas Carneiro (PR-SP) e o atual deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), eleitos com mais de um milhão de votos, que favoreceram candidatos coligados inexpressivos, sem eleitorado suficiente para ocupar um mandato parlamentar.

Preocupado com o futuro de seu partido, o líder do PCdoB, senador Inácio Arruda (CE), apresentou voto separado tentando derrubar a proibição. Se a decisão for aprovada nas duas Casas e virar lei, o PCdoB ficará impedido de se coligar com o PT ou outros partidos maiores para eleger deputados e vereadores. Arruda chamou o fim das coligações proporcionais de 'coisa estranha', que no seu entender dificultará o processo político democrático. 'Isso é reacionário, não ajuda o País', alegou.

O relator Valdir Raupp rebateu, lembrando que a proibição fortalecerá os partidos políticos, 'acabando com esse negócio de se encostar numa coligação para se eleger'. Os dois outros votos contrários à proibição são dos senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O discurso de Aécio em apoio aos royalties para o Rio


Pouca gente percebeu, mas o principal líder do PSDB no Senado, o mineiro Aécio Neves, subiu à tribuna na semana passada para declarar apoio à manutenção dos royalties para o Rio de Janeiro e à tese do petista Lindbergh Farias (RJ), de que o aumento da participação dos estados não-produtores deve ser tirado dos recursos da União.

Com o apoio de Minas Gerais à proposta do Rio de Janeiro de acordo entre todos os Estados contra o governo federal tende a ganhar força


Dois bueiros explodem em uma mesma rua de Laranjeiras

Segundo os bombeiros, não houve feridos nem chamas. Galerias pertencem à Light.

Dois bueiros da Light explodiram na tarde desta segunda-feira (3) na rua das Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro, segundo o Corpo de Bombeiros. Não houve chamas nem feridos.
De acordo com a corporação, uma das explosões ocorreu em frente ao número 62 e a outra em frente ao número 66. Não houve chamas e a explosão não fez vítimas.


Confirmado: Monica Iozzi substitui Rafinha Bastos na bancada do ‘CQC’ nesta segunda-feira (3)


Os rumores que circulavam na Band nesta manhã se confirmaram: Monica Iozzi substituirá mesmo Rafinha Bastos na bancada do “CQC” nesta segunda-feira (3). O humorista foi afastado do programa esta semana por causa da piada infeliz envolvendo Wanessa Camargo e seu bebê.

A Band confirma que ele não estará na atração apenas nesta segunda e nega afastamento definitivo. Fontes da coluna afirmam que ele fica de fora até a poeira baixar, mas volta em breve. Na próxima semana, por exemplo, irá ao ar uma reportagem feita por Rafinha sobre o Dia das Crianças. O humorista não ficará sem trabalhar, no entanto, já que tem de dar continuidade às gravações de “A Liga”.
                                                                                            Monica Iozzi estará na bancada do "CQC"


                                                                                                 


UPPs vão ter corregedoria especial só para elasNovidade é uma das principais mudanças pretendidas pelo coronel Rogério Seabra Martins, que deverá ser confirmado hoje como comandante da CPP

Novidade é uma das principais mudanças pretendidas pelo coronel Rogério Seabra Martins, que deverá ser confirmado hoje como comandante da CPP

Rio - A mudança no comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) significará mais do que uma simples troca de nomes. A começar pelo perfil mais operacional, o novo comandante da unidade, que deve ser anunciado hoje, o coronel Rogério Seabra Martins, fará também algumas mudanças na estrutura da coordenadoria. Entre elas, a criação da figura de um corregedor próprio para as Unidades de Polícia Pacificadora, que ficará na CPP.


O coronel Rogério Seabra deve fazer também trocas de comandantes entre as unidades. O policial, que na época da implantação da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, comandava o batalhão da área, o 19º BPM, esteve ontem na favela para se inteirar da rotina das unidades.

Além do Pavão-Pavãozinho, ele visitou a UPP do Dona Marta e a do Catumbi, que abrange os morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro. Lá, no mês passado, a corregedoria da PM identificou um grupo de policiais que receberia propina de traficantes, conforme foi noticiado com exclusividade por O DIA.

Seabra foi escolhido por conciliar o perfil operacional — em seu comando, o 19º BPM foi o primeiro colocado no Sistema de Metas da Secretaria de Segurança Pública — com o de bom estrategista para o policiamento comunitário, filosofia das UPPs. Parte dessa experiência vem dos dois anos em que integrou a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guatemala, nos anos 1990, e de ter sido comandante do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), da PM. Além disso, foi relações públicas e dá aula de Comunicação na formação de oficiais.

O ex-comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues, agora é o chefe do Estado-Maior Administrativo.

Festa regada a cerveja e vodca no batalhão prisional

Investigado pela execução da juíza Patrícia Acioly, o tenente Daniel Santos Benitez deu festa com cerveja e vodca no Batalhão Especial Prisional, onde recebeu a visita do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo). Semana passada, o tenente-coronel foi preso, acusado de ser o mandante do crime. A revelação estava em escutas autorizadas pela Justiça exibidas ontem no ‘Fantástico’.

Em trecho de uma gravação, Benitez afirma a um interlocutor que “é sempre bom receber os amigos”, quando esse o avisa que o “Zero um” o visitaria, referindo-se ao tenente-coronel Cláudio. Em outro, Benitez pede que sejam levadas “seis a oito caixas de cerveja” e duas garrafas de vodca para a prisão. Numa terceira ligação, questionado pela mãe como iria sair da prisão, ele responde com deboche: “Isso (BEP) é a coisa mais fácil de sair do mundo”.

A reportagem do programa da TV Globo trouxe ainda imagens de Benitez, a pé, andando no condomínio da juíza horas antes do assassinato, além de um homem, de moto, identificado como o cabo Sérgio Costa Júnior que teria participado da execução.

Ele deu entrevista ao ‘Fantástico’ e afirmou que ficou “arrependido” do crime minutos depois de deixar o condomínio de Patrícia e confirmou visita de Cláudio ao BEP.

Mário Sérgio retirou escolta da juíza

Boletim Interno da Polícia Militar mostra que a retirada da escolta da juíza Patrícia Acioli — assassinada com 21 tiros em agosto, em Niterói — foi determinada pelo ex-comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte. No documento, de 31 de janeiro deste ano, há ainda a ressalva de que somente o comandante-geral poderia transferir os policiais novamente. De acordo com o documento, o cabo Rimel Teixeira de Siqueira foi alocado no 4º BPM (São Cristóvão), o cabo Eduardo Fernando Pascoal de Oliveira, no 12º BPM (Niterói), e o cabo Marcelo Poubel Araújo, no Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRV). Antes da decisão, eles eram lotados no 7º BPM (São Gonçalo) e faziam a escolta da juíza assassinada.

http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/10/upps_vao_ter_corregedoria_especial_so_para_elas_196490.html