sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Gabeira vê o PT em crise existencial

Ex-petista, Fernando Gabeira diz que o partido decidiu se comportar como o marido infiel de Nelson Rodrigues: irá sempre negar as evidências
 
Ex-petista, Fernando Gabeira tem sido um dos mais ácidos críticos do partido e diz que a agremiação vive sua “hora do lobo”. Um momento de crise existencial, de uma sigla que decidiu se comportar com o marido infiel de Nelson Rodrigues, negando sempre as evidências. Leia:
O ESTADÃO - 28/09
A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow.

Como projeto destinado a mudar a cultura política do País,o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na floresta amazônica. Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente.

O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando- as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart. A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados.

Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público? Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. Ninguém comprou ninguém, eram apenas empréstimos entre aliados. Teses que se tornam risíveis diante da origem e do volume do dinheiro. O PT salvando o PP de José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry da fúria dos credores?

O relatório de Joaquim Barbosa apresenta o mensalão como uma evidência reconhecida pela maioria do Supremo, dos órgãos de comunicação e dos brasileiros. Como ficará a tática do PT diante dessa realidade? Negar a evidência? É um tipo de reação que, mesmo em tempo de prosperidade econômica, não funciona quando os fatos são inequívocos.

Ao longo de minhas viagens observei que o mensalão não havia afetado as eleições municipais. Mas o processo está em curso. Algumas cidades já estão afetadas, como São Paulo e Curitiba. Nesta ocorre algo bastante irônico: o candidato Gustavo Fruet (PDT) é acusado de ter o apoio do PT e por isso perde votos. Fruet foi um dos deputados que investigaram o mensalão na CPI dos Correios.

A reação do PT diante da possível condenação de seus líderes vai ser decisiva. Encontrará forças para reconhecer seu erro, aceitar o julgamento do STF e iniciar um processo de autocrítica? Tudo indica que não. A teoria conspiratória domina suas declarações. O mensalão foi uma invenção da mídia golpista, dizem alguns. Na nota dos partidos aliados, que deviam ser chamados de partidos submissos, acusa-se uma manobra da oposição, como se tudo isso tivesse sido construído por ela, que descansa em berço esplêndido.

Numa entrevista raivosa, um dos réus, Paulo Rocha (PT-PA), alega que as denúncias do mensalão ocorrem porque Lula abriu o mercado brasileiro aos países árabes. A tese conspiratória é tão clássica que os judeus não poderiam ser esquecidos

O ex-presidente Lula parece viver realmente a hora do lobo.Percorre o Brasil atacando adversários e diz que, tal como venceu o câncer, vai derrotar os candidatos de oposição. Se o ressentimento e o rancor brotam com tanta facilidade dos lábios do líder máximo, o que esperar do exército virtual de combatentes pagos para atirar pedras?

Este é um momento crítico na história do PT. Deve contestar estas evidências com a mesma eloquência com que contestou outras. Mas as de agora são transmitidas ao vivo, foram submetidas ao exame de ministros do Supremo, estão coalhadas de fatos, depoimentos, provas.

Ao contestar as evidências o PT não inventa um caminho. Paulo Maluf foi acusado durante anos de desviar dinheiro para o exterior e sempre negou. A condenação e a eventual prisão de líderes não afastam o PT do poder, mas transformam o encontro nos jardins da casa de Maluf em algo mais que uma simples oportunidade fotográfica. O PT não só verteu milhões para os caixas do partido Maluf, como aceitará a tática malufista de negar as evidências, mesmo quando são esmagadoras.

Em defesa de Maluf pode-se dizer que ele nunca prometeu a renovação ética da política brasileira.Usa apenas um mesmo e fiel assessor de imprensa para rebater críticas nos espaços de cartas de leitores. Descendente de árabes, Maluf jamais, ao que me consta, culpou uma conspiração sionista por sua desgraça. Sempre foi o Maluf apenas,sem maiores mistificações.

Montado numa máquina publicitária, apoiado por uma miríade de intelectuais, orientado por competentes marqueteiros, o PT viverá em escala partidária a aventura individual de Maluf: negar as evidências. Até o momento nada indica que assumirá a realidade. Seu caminho deve ser negar, negar,como o marido infiel nas peças de Nelson Rodrigues - por sinal, o inventor da expressão "óbvio ululante".

O mensalão não é um cadáver no armário, invenção de opositores ou da imprensa. Nasceu, cresceu e implodiu nas entranhas do governo. É difícil sentar se em cima dos fatos. Ele são como uma baioneta: espetam.

"Lula é um líder de facção"

Senador mineiro Aécio Neves (PSDB) "desce o sarrafo" em cima do ex-presidente Lula durante sua passagem pelo Recife; Aécio também criticou duramente a nota de apoio ao petista assinada pelos partidos aliados do PT, Apesar das críticas, senador declarou que, caso eleito presidente em 2014, "irá trabalhar muito para permitir ao PT reencontrar-se com sua história"
 
Paralelamente às trocas de farpas entre os candidatos a prefeito do Recife, os “medalhões” resolveram entrar em cena. Depois das duras críticas do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) a Lula e ao também senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do presidente nacional dos tucanos, Sérgio Guerra, ao peemedebista, chegou a vez do congressista mineiro atacar o ex-presidente. Para o tucano, o maior nome do Partido dos Trabalhadores se porta como “um líder de facção”.
 
Em jantar realizado no apartamento do deputado federal Sérgio Guerra, no Recife, Aécio Neves afirmou que o ex-presidente, por ser tão querido pelo povo brasileiro e ter ganhado destaque no exterior, poderia estar ocupando um papel em nível internacional. Mas, segundo o parlamentar, a liderança do petista está indo por água abaixo.
 
“(Lula) é importante para a história do Brasil, mas infelizmente está deixando de se portar como um ex-presidente da República de todos os brasileiros optando pelo papel de um líder de facção. Não é bom para a história dele. Eu gosto do Lula, companheiro de jogar bola. Era lateral esquerda reserva do meu time, antes de ser presidente. Lula é um cara extremamente querido fora do Brasil e podia estar ocupando um papel internacional”, declarou, em entrevista ao Blog da Folha.
 
Além disso, o senador afirmou que é normal o fato de Lula servir como principal cabo eleitoral em várias cidades pelo Brasil afora, onde o PT lançou postulante, porém, os ataques aos adversários "maculam" a história do ex-presidente.
 
“Apoiar candidatos do seu partido, acho normal. Agora, apoiar candidatos com ataques tão violentos, pessoais a adversários, porque são adversários, não está a altura da biografia dele“, avaliou. “O PT abdicou o projeto reformador para se contentar em ter um projeto de poder”, acrescentou.
 
O tucano também criticou a nota assinado pelos presidentes do PT (Rui Falcão), PMDB (senador Vaudir Raupp), PSB (governador de Pernambuco, Eduardo Campos), PDT (Carlos Lupi), PC do B (Renato Rabelo) e PRB (Marcos Pereira) em apoio ao ex-presidente, na qual os partidos disseram que a oposição busca “golpear a democracia e reverter conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula”, tentando enquadrá-lo no processo de julgamento do Mensalão.
 
“A nota assinada pelo presidente do PT (Rui Falcão) beira o ridículo. A nota, nunca antes da história do Brasil nós vimos um partido alertar o Brasil sobre a possibilidade da deposição de um ex-presidente da República”, disparou.
 
Porém, diferentemente de outras figuras do cenário político nacional, como Jarbas e Guerra, que não poupam críticas negativas ao PT, o senador mineiro deu a entender que está disposto a criar uma relação mais estreita com os petistas, caso seja eleito presidente da República em 2014, já que seu nome é um dos mais cotados do PSDB para se candidatar ao Palácio do Planalto. “Vou trabalhar muito para permitir ao PT reencontrar-se com sua história”, completou.

Câmara pagou mais de R$ 1 milhão a 14 servidores

Em 18 meses, houve um grupo de funcionários da Casa que recebeu, em média, R$ 60 mil mensais brutos; todos estão aposentados
 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nova pesquisa Precisão confirma vitória de Rosinha; Makhoul ultrapassa Arnaldo

Vitória da candidata do PR à Prefeitura de Campos é apontada no primeiro turno. E, pela primeira vez, Makhoul Moussalem ultrapassa Arnaldo Vianna
 
Mais uma pesquisa eleitoral confirma o favoritismo da prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), para conquistar a reeleição já no primeiro turno das Eleições 2012, caso a votação fosse hoje. Nesta quinta-feira (27), o Precisão divulgou números de seu último levantamento, com Rosinha registrando 62% das intenções de votos na estimulada. Makhoul Moussalem (PT) surge com 13%; Arnaldo Vianna (PDT) tem 10%; Erik Schunk (Psol) e José Geraldo (PRP) estão empatados com 1% cada. Responderam que votariam em branco ou anulariam o voto 5% dos entrevistados e o índice de indecisos está em 9%.
A pesquisa, realizada e contratada pelo próprio Precisão, ouviu mil eleitores, entre 18 e 22 de setembro, com o registro número RJ-00130/2012 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A margem de erro é de 3.1 pontos percentuais para mais ou para menos.
Arnaldo tem o maior índice de rejeição
No quesito rejeição, quando o eleitor revela em qual candidato não votaria de jeito nenhum, podendo escolher mais de uma opção, Arnaldo aparece em primeiro lugar com 19%; Rosinha tem 13%; Makhoul e Erick Schunk, com 12%; e José Geraldo, 10%. Indecisos alcançam 22%.
Na última pesquisa do Precisão, entre 21 e 23 de julho, contratada pelo Diretório Municipal do Partido da República, em Campos, com o registro 00028/2012, no TRE, mesma margem de erro da atual e número de entrevistados, Rosinha apareceu com 57%; Arnaldo, 10%; e Makhoul, 4%. Erik Schunk e José Geraldo não pontuaram.

Eleições 2012: Pesquisa GPP mostra diferença de 8.8% entre os dois primeiros colocados

Eleições 2012: Pesquisa GPP mostra diferença de 8.8% entre os dois primeiros colocados.
 
PESQUISA REGISTRADA: PROTOCOLO RJ-00116/2012

Data do registro: 19/09/2012

Contratante: Eleição 2012 Washington Reis de Oliveira Prefeito

Local: Pesquisa realizada em Duque de Caxias / RJ.

Data: A pesquisa foi realizada nos dias 22 e 23 de setembro de 2012.

Amostra: 600 entrevistas

Número de eleitores: 607.663 (TSE/ agosto 2012)

Metodologia: Pesquisa do tipo quantitativa.

A amostra foi distribuída de forma proporcional ao número de moradores/ eleitores existentes em cada Região/ Distritos. Dentro de cada região a amostra foi distribuída por bairros ou grupamento de bairros de forma proporcional ao número de moradores/ eleitores existentes nos mesmos. Dentro de cada bairro foram realizados sorteios de quadras. Dentro das quadras os domicílios, onde foram realizadas as entrevistas, foram selecionados por amostragem sistemática.

Os bairros pesquisados foram: Jardim Gramacho, Parque Duque, Beira Mar, Vila São Luiz, Laureano, Leopoldina Sarapuí, Jardim Leal, Olavo Bilac, Parque Senhor do Bonfim, Centenário, Parque Lafayete, Vila Flávia, 25 de Agosto, Parque Lagunas e Dourados, Vila Santo Antônio, Pilar, Figueira, Parque Eldorado, Jardim Primavera, Cângulo, Bom Retiro, Campos Eliseos, Parque Alvorada, Parque Fluminense, Vila Rosário, Vila Uruçaí, Vila Maria Helena, Saracuruna, Parada Angélica, Santa Lucia, Santa Cruz da Serra, Parque Paulista, Nova Campina, Barro Branco, Jardim Anhangá, Imbariê, Xerém, Vila Santa Alice e Jardim Olimpo

O universo da pesquisa foi a população eleitora do município de Duque de Caxias a partir dos 16 anos e a abordagem foi domiciliar. Vale lembrar que foi realizada apenas uma entrevista por residência com morador, eleitor do município, apto a responder a pesquisa.

Amostra e margem de erro: Esta amostra de 600 entrevistas permite inferências sobre o universo pesquisado com margem máxima de erro de 4,0 pontos percentuais, para mais ou para menos, para um intervalo de confiança de 95%.
 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

BH apresenta estabilidade na taxa de desemprego

Após quatro meses consecutivos em que a taxa de desemprego se manteve estável, o indicador cresceu no mês de agosto em todo o país; na região metropolitana de Belo Horizonte, no entanto, a taxa de desemprego manteve "relativa estabilidade", segundo levantamento; alta foi moderada e passou de 5 para 5,2%.
 
Após quatro meses consecutivos em que a taxa de desemprego se manteve estável, o indicador cresceu no mês de agosto em todo o país. Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), revela que a taxa passou de 10,7%, em julho, para 11,1%, em agosto, em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal.
 
Na região metropolitana de Belo Horizonte, no entanto, a taxa de desemprego manteve "relativa estabilidade", segundo o levantamento. A alta foi moderada e passou de 5 para 5,2%. Os outros dois centros urbanos que estão na área de estabilidade são Porto Alegre, que teve alta de 7% para 6,9%; e o Distrito Federal, que variou de 12,7% para 12,6%.
 
No Recife, passou de 11,6% para 12,3%; em Salvador subiu de 17,8% para 18,8% e em São Paulo, de 11,1% para 11,6%.
 
Apenas em Fortaleza, o indicador caiu mais consideravelmente, passando de 9,7% para 9,4%.
De julho a agosto deste ano, o número absoluto de desempregados aumentou em 100 mil. Na comparação com agosto de 2011, houve acréscimo de 120 mil desempregados, uma variação de 5%. No mesmo período do ano passado, o número absoluto de desocupados era 2,399 milhões.
 
No último mês, houve pequena elevação no número de postos de trabalho - com 35 mil novas vagas - mas que não foram suficientes para absorver as 135 mil pessoas que passaram a ser contabilizadas como população economicamente ativa.
 
Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes devido aos conceitos e metodologia usados.
 
Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A PED, feita pelo Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o número de desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, não está incluída as regiões de Fortaleza e do Distrito Federal.

Anastasia e Aécio vão se empenhar por Lacerda

Enquanto é praticamente dado como certo que a presidente Dilma Rouseff não virá ao palanque de seu amigo Patrus Ananias, o senador e virtual candidato à Presidência da República Aécio Neves e o governador Antônio Anastasia, ambos do PSDB, devem se engajar na caminhada do prefeito candidato à reeleição à Prefeitura de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, nesta reta final de campanha.
 
Enquanto o clima de frustração paira sobre o céu do candidato petista Patrus Ananias, do lado do prefeito candidato à reeleição para a Prefeitura de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB), o céu é de brigadeiro.
 
Pode até não ser equivalente para os fanáticos, mas enquanto é praticamente dado como certo que a presidente Dilma Rouseff não virá ao palanque de seu amigo Patrus, o senador e virtual candidato à Presidência da República Aécio Neves e o governador Antônio Anastasia, ambos do PSDB, devem se engajar na caminhada de Lacerda nesta reta final de campanha.
 
Quem afirma é o presidente municipal do PSB, João Marcos Lobo. "Não temos as datas fechadas ainda, mas já conversamos e está certo que eles estarão mais presentes". Anastaia já entrou em campo. Na propaganda eleitoral gratuita de Marcio Lacerda na TV, na noite desta segunda-feira (24), o governador apareceu falando de problemas e soluções para BH.
 
"Estamos o tempo todo mobilizando a militância para ela trabalhar, pedir voto. Ainda temos muito trabalho, muita conversa e muito convencimento (para fazer)", disse Lacerda.
 
O presidente do PSB sustenta que a campanha vai seguir no mesmo ritmo e com a mesma estratégia, apostando na divulgação de propostas nos programas eleitorais gratuitos de televisão e de rádio e aproveitando os debates televisivos da última semana.
 
Em relação ao panfleto da campanha do adversário Patrus Ananias (PT), divulgado nesta segunda, com referência negativa a sua pessoa, o prefeito disse que está sendo atacado de várias maneiras, mas que não vai responder e não vai "baixar o nível".
 
Ele afirmou que a população está atenta ao que de fato foi feito de concreto em sua gestão e assegurou: "Em uma reta final de campanha tudo pode acontecer, a baixaria pode aumentar, mas não da nossa parte".
 

Títulos de propriedade no Alemão chegam para 1,4 mil famílias

No total, 16,8 mil famílias de moradores do complexo serão beneficiadas com o recebimento de títulos de propriedade; entrega de documentações começa amanhã; "certificados são garantia de cidadania e dignidade", diz secretário estadual de Habitação, Rafael Picciani; "população passa a ter mais direitos a partir de agora", completa Mayumi Sone, do Iterj
 
Agência Rio - O Secretário de Habitação do Estado do Rio, Rafael Picciani, e a presidente do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio (Iterj), Mayumi Sone, entregam, nesta quinta-feira (27), os primeiros 1.400 títulos de posse e moradia aos moradores dos morros da Baiana e do Adeus, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio. O trabalho de regularização fundiária na comunidade vai beneficiar no total 16.875 mil famílias.
 
O secretário Rafael Picciani ressalta que a concessão, mais do que a garantia da comprovação do endereço, permite aos moradores inclusão social.
 
- Os títulos fazem parte de um processo histórico de regularização de terras. Garantem cidadania e dignidade, uma vez que possibilita a universalização do acesso dessas famílias à moradia formal e o direito à cidadania, além de afastá-las da clandestinidade.
 
A primeira comunidade a receber as escrituras definitivas de suas casas foi o Cantagalo, em maio de 2010.
 
- É importante lembrar que a legalização dos imóveis garante a transferência do direito da propriedade para os herdeiros do beneficiário.
 
Nesta primeira etapa do trabalho, 772 famílias foram consideradas aptas (apresentaram toda a documentação necessária e se encaixavam no perfil legal do processo) para receber os títulos no Morro da Baiana. No Adeus, 625 famílias foram habilitadas. Outras 352 famílias apresentaram pendência nos documentos e receberão os títulos na próxima fase - já encaminhada.
 
A presidente do Iterj, Mayumi Sone, informa que a entrega dos termos de posse e moradia é o primeiro passo para a regularização definitiva dos imóveis na comunidade recém-pacificada.
- Quando a situação cartorária estiver definida, os termos de posse e moradia serão substituídos pelas escrituras definitivas - esclarece.
 
Mayumi acrescenta que os títulos entregues nesta quinta-feira já permitem aos moradores comprovarem endereço junto aos principais órgãos e concessionárias de serviços públicos, além de oferecer a possibilidade a eles de adquirirem financiamentos e linhas de crédito para a reforma de seus imóveis.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Gurgel alivia no caso Cachoeira, mas STF reage

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu o arquivamento do caso que envolve o repasse de R$ 175 mil do bicheiro para o deputado Stepan Nercessian; no entanto, o ministro Ricardo Lewandowski não deve aceitar o pedido, em razão da nova jurisprudência que vem sendo criada pelo STF no caso do mensalão.
 
Algoz do PT na Ação Penal 470, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já demonstrou ter a mão mais leve no que diz respeito à Operação Monte Carlo. Além de ter engavetado durante dois anos a investigação contra o ex-senador Demóstenes Torres, ele agora pediu o arquivamento do caso que envolve o deputado Stepan Nercessian, que recebeu R$ 175 mil do bicheiro Carlos Cachoeira.
 
Gurgel alegou que não ficou demonstrado o envolvimento de Nercessian com os crimes atribuídos a Cachoeira, que está, há mais de seis meses, preso na Papuda, em Brasília. “Não tenho envolvimento com nenhum tipo de esquema e a sensação é de alívio com essa decisão do procurador”, disse o parlamentar, que, no auge do escândalo, falou até em renunciar.
 
Ocorre que o caso caiu nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski, que não parece disposto a aceitar o pedido de arquivamento. Segundo ele, a nova jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que vem sendo aplicada no julgamento do mensalão, pode caracterizar o dinheiro recebido pelo deputado como corrupção passiva. Nercessian alega que recebeu um empréstimo de seu amigo Cachoeira e que já o quitou.

E tudo começou com a venda de Alencar ao PT

Esta segunda-feira foi dia de Valdemar Costa Neto, condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo revisor Ricardo Lewandowski. A origem de tudo já havia sido narrada abertamente pelo ex-porta-voz de Lula, Ricardo Kotscho, no livro "Do Golpe ao Planalto". Valdemar vendeu o vice José Alencar ao PT por R$ 10 milhões.
 
A política como um grande negócio. Nenhum personagem ilustra tão bem esse conceito como o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que nesta segunda-feira foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo revisor Ricardo Lewandowski.
 
Mercador assumido, Valdemar vendeu ao PT, em 2002, um vice-presidente: José Alencar. O preço? Dez milhões de reais para as campanhas dos candidatos do PL (ex-PR). E esse episódio foi narrado abertamente pelo ex-porta-voz de Lula, Ricardo Kotscho, no livro "Do Golpe ao Planalto". Leia:
 
DO GOLPE AO PLANALTO
 
Ricardo Kotscho
 
(início página 222 – passa à 223 / capítulo "RUMO À VITÓRIA")
 
Descrição de episódio em 2002)
 
(........)
 
Desde o início, Lula viajou em jatinhos fretados e, em vez de encontrar apenas a militância e os setores do movimento social que já o apoiavam, mantinha constantes reuniões com entidades e setores do empresariado antes refratários ao PT. Por isso, ele se empenhava tanto em consolidar a aliança com o PL, o que só foi conseguido no último momento do último dia do prazo para a inscrição de chapas. Numa tensa reunião no apartamento funcional do deputado Paulo Rocha (PT-PA), da qual participaram , além de Lula e Alencar, os presidentes do PT, José Dirceu, e do PL, Valdemar Costa Neto, bem como vários diligentes dos dois partidos, houve um momento em que parecia ter fracassado a tão sonhada aliança capital-trabalho. Dirceu chegou a dar as conversações por encerradas. Lula pediu uma ligação para o petista Patrus Ananias, mineiro como Alencar, que seria o vice do plano B – chapa "puro-sangue" que o candidato e a coordenação da campanha queriam evitar.
 
Dezenas de jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício de Rocha. Por pouco não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no quarto do anfitrião. Embora sempre procurasse me manter à distância nessas horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazer sua campanha. Somente três anos depois, quando estourou o "escândalo do mensalão", eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10 milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram que a aliança estava selada, como queriam Lula e Alencar.

Uma outra versão para a saída de Sepúlveda

Ele pode ter deixado o conselho de Ética simplesmente porque seu filho, Evandro Pertence, não foi nomeado para o TSE.
 
A manchete desta terça-feira do jornal Correio Braziliense informa que a saída de Sepúlveda Pertence da presidência da Comissão de Ética Pública abre uma “crise ética em Brasília”. Mas há uma outra versão, disponível na coluna Painel, de Vera Magalhães. Segundo ela, Sepúlveda saiu porque nem Lula, nem Dilma Rousseff nomearam seu filho, Evandro Pertence, para o Supremo Tribunal Federal. Leia:
 
Laços de família
 
Amigos de Sepúlveda Pertence dizem que uma das razões que levaram o presidente da Comissão de Ética Pública a pedir demissão foi o fato de a presidente Dilma Rousseff ter preterido seu filho Evandro para vaga no Tribunal Superior Eleitoral, em outubro de 2011. Petistas afirmam que os problemas do ex-ministro do STF com o governo tiveram início ainda sob Lula, quando o ex-presidente escolheu outro nome na primeira lista ao TSE na qual figurava seu filho, em 2009.
 
Escolhidos No lugar de Evandro Pertence, Lula indicou Joelson Dias, que foi sócio de Erenice Guerra, para o TSE. Dilma optou por Luciana Lóssio, advogada de sua campanha em 2010.
 
DNA Pesou para a não-recondução de Flávio Coutinho à Comissão de Ética e-mail em que reiterava concordar com a advertência dada a Fernando Pimentel pelas consultorias prestadas pelo ministro do Desenvolvimento, o mais próximo a Dilma.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Curso gratuito de formação de 'Papais Noéis'




Ainda faltam quase que três meses para o Natal, mas o mercado de produtos e serviços para esta época especial do ano já está aquecido, principalmente pela abertura de novos shoppings centers. Para garantir o espírito natalino em diversas festas, shoppings, clubes, escolas e residências, a Escola de Papais Noéis do Brasil abriu inscrições para o curso gratuito que visa preparar os candidatos ao posto de 'Bom Velhinho'. Os ganhos podem variar de R$ 3 mil a R$ 15 mil por um período de 40 dias de trabalho.

O interessado deve ter cabelo e barba branca ou grisalha, mais de 50 anos e não ter vícios, como fumar e consumir bebidas alcoólicas. Gostar de crianças e ter boa saúde são fundamentais. Haverá uma pré-seleção e as aulas são eliminatórias: o aluno que não se encaixar no perfil abre a vaga para outro que está na lista de espera. Também há vagas para 'Noeletes', as tradicionais ajudantes de Papai Noel.

O Curso de Papai Noel vai começar no dia 16 de outubro e será realizado sempre às terças-feiras, das 14 às 18h, até o dia 6 de novembro, no Rio's Presidente Hotel, na Praça Tiradentes, no Centro (a formatura será no dia 13/11, em local a ser definido). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail papainoeltapume@gmail.com ou pelo telefone (21) 2532-3066      

Noblat viu um gatinho na nomeação de Zavascki para o STF

Na coluna “Miau! Miau! Miau!”, jornalista do Globo estranha a rapidez na indicação de Teori Zavascki para o STF, ainda que ele tenha dito que não vai julgar o mensalão.
 
Indicado para o Supremo Tribunal Federal pela presidente Dilma Rousseff, o juiz Teori Zavascki garante que não irá participar do julgamento da Ação Penal 470, mas, por via das dúvidas... convém desconfiar. É o que sugere o jornalista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, na sua coluna “Miau! Miau! Miau!”, desta segunda-feira.
 
Sim, tal qual o personagem Piu-Piu, dos desenhos animados, Noblat acha que viu um gatinho na escolha-relâmpago de Zavacski. “Tem rabo de gato. Focinho de gato. Olhos de gato. Pelo de gato. Mia como um gato. Mas está longe de ser um gato, segundo a malta dos que nada veem demais na escolha em tempo recorde do ministro Teori Zavascki para a vaga do ministro Cesar Peluzo no Supremo Tribunal Federal (STF). E também na pressa com que estão sendo tomadas as providências para que ele assuma o cargo o mais rapidamente possível...”, diz o jornalista.
 
Noblat desconfia em função da rapidez no processo de escolha e também por que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se dispôs a relatar o caso com presteza. O colunista afirma ainda que o juiz “tem fama de homem sério” e “não se prestaria a ser peão de jogada política” com o objetivo de adiar a conclusão do processo. Mas ele ressalta que o ex-presidente Lula está furioso com a “independência” de Joaquim Barbosa e satisfeito com o “bom comportamento” de Ricardo Lewandowski.
 
Na mesma coluna, o jornalista também toma como verdadeiras as supostas acusações de Marcos Valério contra Lula e diz que a hipótese de golpe contra o ex-presidente (levantada aqui no 247) só aos ignorantes impressiona. “Digam lá: em que parte do mundo civilizado já se ouviu falar de ameaça de golpe contra um ex-presidente? Golpeia-se presidentes; ex, não”, argumenta.
 
Ao contrário de Noblat, acreditamos que há, sim, um movimento organizado para colocar o ex-presidente Lula em posição de impedimento, com a ameaça de um processo judicial ancorado em acusações que ainda não se provaram (foram negadas pelo próprio “entrevistado”), evitando, assim, que ele volte a concorrer em 2014 ou 2018.

Inédito, “domínio do fato” servirá contra Dirceu

Nunca antes na história desse País o STF condenou alguém com base na teoria jurídica do "domínio do fato", aquela em que se presume a responsabilidade penal de quem, apesar de não executar um crime, supostamente o ordena; mas em relação ao ex-ministro José Dirceu, linha encampada pelo relator Joaquim Barbosa na AP 470 já é admitida por pares como Carmen Lúcia; "provas indiciárias" serão determinantes para os demais?
 
Nunca antes na história desse país... o Supremo Tribunal Federal condenou qualquer réu a partir da tese que os juristas chamam de "domínio do fato". Além de não ter aceitado o argumento para condenar, a mais alta corte do Brasil mal tem usado essa linha jurídica nos debates decisórios sobre processos de crimes econômicos. Mesmo assim, porém, esse deve ser o caminho que o relator Joaquim Barbosa, seguindo as conclusões do procurador geral da República, Roberto Gurgel, deverá usar contra o réu número um da Ação Penal 470, o ex-presidente do PT e ex-ministro José Dirceu.
 
O ineditismo foi observado pelo professor titular de Direito da USP Renato de Mello Jorge Silveira ao jornal Valor Econômico. "É uma teoria que procura explicar a responsabilidade penal de quem, apesar de não executar o crime, dá a ordem", disse ele à jornalista Cristine Prestes. Ele contabilizou que, além do atual julgamento, o SF só trabalhou lateralmente com o "domínio do fato" outras três vezes.
 
O nome de José Dirceu, com efeito, apesar de ser o chamado "chefe da quadrilha", pelo procurador Gurgel, e figurar, efetivamente, como réu número 1, é um dos menos citados até aqui pelos juízes do Supremo em seus votos. Prova cabal, como um grampo incriminatório, um e-mail, quanto mais um vídeo, como já aconteceu tantas vezes em outras investigações, não aparece no processo.
 
O procurador Gurgel se adiantou em dizer, na leitura da peça acusatória ao STF, que não havia provas contra Dirceu, mas apenas fortes indícios. Ministros como Luiz Fux e Carmen Lucia, por exemplo, já compraram essa tese. A juíza lembrou, a certa altura do julgamento, que "os generais estrategistas" são igualmente culpados quanto os soldados que executam suas ordens. Na ocasião dos fatos narrados na AP 470, José Dirceu não era mais presidente do PT, partido apontado pelos juízes como o 'comprador' de apoios políticos mediante pagamentos a líderes políticos de outras agremiações.
 
A teoria do domínio do fato surgiu na Europa nos anos 1960 e passou a ter alguma disseminação no Brasil apenas nos últimos dez anos. Caso passe a vigorar a partir do julgamento da AP 470, a pergunta que ficará no ar é: valerá para todos os casos ou ficará circunscrita ao juizo sobre José Dirceu?

domingo, 23 de setembro de 2012

Estadão vê desespero nas atitudes de Lula

Jornal da família Mesquita diz em editorial que ex-presidente está ameaçado e corre o risco de ser diplomado em improbidade; isso, segundo a publicação, explicaria a nota que denuncia o golpismo dos meios de comunicação.
 
O jornal Estado de S. Paulo enxerga um Lula desesperado e ameaçado. Isso explicaria a nota que denuncia o golpismo dos meios de comunicação. Leia editorial do jornal da família Mesquita:
O Estado de S.Paulo - 23/09

Lula sente-se ameaçado. De fato, está. Seu governo corre o risco de receber diploma de improbidade com o julgamento da Ação Penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E seu partido pode levar uma surra histórica nas urnas de 7 de outubro - como mostra o último Datafolha. São as razões do desespero que levou o ex-presidente a pedir socorro a alguns dos partidos da base do governo, constrangendo-os a subscrever uma nota dirigida "à sociedade brasileira" na qual se tenta colocar o chefão do PT a salvo das suspeitas a respeito de seu verdadeiro papel no escândalo do mensalão.

Como não pegaria bem atacar diretamente o STF injusto ou o eleitorado ingrato, a nota volta-se contra os partidos da oposição, que tiveram a ousadia de sugerir ampla investigação sobre quem esteve de fato por detrás da trama criminosa do mensalão, conforme informações atribuídas ao publicitário Marcos Valério pela revista Veja.

A propósito dessa suspeita natural que a oposição não teve interesse ou coragem de levantar em 2004, o comportamento do ex-presidente no episódio merece, de fato, algum "refresco de memória". Quando o escândalo estourou, Lula declarou que se sentia traído e que o PT devia pedir desculpas ao País; depois, em entrevista à televisão em Paris, garantiu, cinicamente, que seu partido havia feito apenas o que todos fazem - caixa 2; finalmente, já ungido pelas urnas, em 2006, lançou a tese que até hoje sustenta: tudo não passou de uma "farsa" urdida pelas "elites" para "barrar e reverter o processo de mudanças" por ele iniciado, como afirma a nota.

Por ordem do chefão essa manifestação de desagravo a si próprio foi apresentada pelo presidente do PT, o iracundo Rui Falcão, a um grupo selecionado de aliados. Da chamada base de apoio ficaram de fora o PP de Valdemar Costa Neto e o PTB de Roberto Jefferson, ambos sendo julgados pelo STF. O documento leva a assinatura dos presidentes do PT e de cinco outras legendas: PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB. Seus termos obedecem ao mais rigoroso figurino da hipocrisia política. Iniciam por repudiar a nota em que PSDB, DEM e PPS, "forças conservadoras", "tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva". E a classificam como "fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro".

Para PT e aliados, numa velada referência ao processo do mensalão, as oposições "tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados". Nenhuma referência, é claro, ao fato de que, no momento, os interesses que estão sendo contrariados são exatamente os de Lula e do PT. Mas, em matéria de fazer o jogo de espelho, acusando os adversários exatamente daquilo que ele próprio faz, o lulopetismo superou-se em alusão explícita ao julgamento do mensalão: "Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam o STF, estão preocupados em fazer da Ação Penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula".

Nos últimos dias, os sintomas de desespero nas hostes lulopetistas traduziram-se em despautérios de importantes personalidades do partido. O presidente da Câmara dos Deputados acusou o ministro Joaquim Barbosa de ser falacioso ao denunciar a compra de apoio parlamentar pela quadrilha que, segundo a denúncia da Ação Penal 470, era chefiada por José Dirceu. O senador Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do Acre, ele próprio investigado pela suspeita de compra de votos, voltou ao tema do "golpe contra o PT". E o deputado federal André Vargas (PT-PR), chefe da equipe nacional de Comunicação do partido, revelou sua peculiar concepção de transparência da vida pública ao condenar a transmissão ao vivo das sessões plenárias do STF como "uma ameaça à democracia". São esses os combatentes da "batalha do tamanho do Brasil" convocada pelo desespero de Lula&Cia. Convocação atendida também pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em esfuziante entrevista no jornal Valor de sexta-feira.

sábado, 22 de setembro de 2012

Joaquim Barbosa faz degola geral e irrestrita

Relator da Ação Penal 470 propõe a condenação de Roberto Jefferson, do PTB, de José Borba, do PMDB, de Pedro Henry e Pedro Correa, do PP, assim como já havia feito com Valdemar Costa Neto, do PR. Todos venderam seu apoio ao PT.
 
O ministro relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, condenou diversos réus ligados ao PP, PTB, PMDB e PR pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O voto de Barbosa teve início na segunda-feira, quando se iniciou o julgamento do chamado "núcleo político", a partir de parlamentares do PP. Na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, ele falou sobre as acusações que envolvem nomes do PR (ex-PL) e do PTB. Hoje, a conclusão de sua análise levou à condenação do presidente do PTB e pivô do escândalo do "mensalão", Roberto Jefferson, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
 
Nesta quarta-feira, Barbosa condenou, junto com Jefferson, os réus Romeu Queiroz e Emerson Palmieri, do PTB, por corrupção passiva. Queiroz também foi condenado por lavagem de dinheiro, assim como o delator do "mensalão", crimes do qual Palmieri foi absolvido. Hoje, o relator concluiu que José Borba, então líder do PMDB na Câmara, também se beneficiou do esquema do PT e o condenou pelos dois crimes.
 
As últimas condenações, ao final de seu voto, foram dos réus Pedro Corrêa, Pedro Henry e João Cláudio Genu, ligados ao PP. Os três cometeram os crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, na conclusão do ministro. Corrêa e Henry também foram condenados por corrupção passiva, crime do qual Genu foi absolvido. Barbosa fez uma proclamação parcial dizendo que Palmieri era inocente de certa operação de lavagem de dinheiro, mas como o ex-tesoureiro foi denunciado dez vezes pelo crime, não ficou claro se a absolvição era para uma operação ou para todas.
 
Subfatiamento do voto
 
O julgamento teve uma subdivisão no capítulo sobre compra de apoio no Congresso Nacional entre 2003 e 2004. O subfatiamento do Capítulo 6, confirmado por Joaquim Barbosa, pode atrasar em alguns dias a análise das acusações de corrupção ativa, que envolvem o núcleo político.
 
Inicialmente, o relator havia programado continuar seu voto falando sobre os dez acusados do crime de corrupção ativa, mas ele achou melhor dar uma pausa e abrir a votação dos itens já analisados por ele, ontem e hoje, aos demais ministros. A subdivisão foi acertada nesta quarta-feira de manhã, em uma ligação telefônica do relator para o revisor do processo, Ricardo Lewandowski.

Temer diz que discurso de delator é "apalhaçado"

Vice-presidente da República ri ao ser questionado sobre acusação que o envolve no chamado "mensalão do DEM", suposto esquema de compra de votos no DF; delator do escândalo, Durval Barbosa disse na Justiça ter ouvido do ex-governador José Roberto Arruda que o apoio do PMDB foi comprado por R$ 1 milhão por mês em 2007 e que parte do dinheiro ia para Temer.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), riu nesta quinta-feira ao ser questionado sobre a acusação de estar envolvido no chamado "mensalão do DEM", suposto esquema de compra de votos que derrubou o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. "Eu dou risada, porque é tão apalhaçado isso daí, né?", disse Temer, durante ato de campanha do candidato Maguito Vilela (PMDB) em Aparecida de Goiânia, a 15 Km de Goiânia.
 
Delator do escândalo, o ex-secretário Durval Barbosa envolveu Temer durante depoimento prestado à Justiça do DF na última terça-feira. Barbosa revelou ter ouvido de Arruda que o governo da capital federal havia conseguido o apoio do PMDB nacional, em 2007, por um custo de R$ 1 milhão por mês, pagos ao atual vice-governador do DF, Tadeu Filippelli. Durval disse que, segundo Arruda, parte do dinheiro ia para Temer.
 
"Já distribuí uma nota dizendo do absurdo disso. Aliás, isso se falou há três anos atrás, né?", acrescentou Temer. Na nota, a vice-presidência alega que "é completamente fantasiosa a versão divulgada" por Durval Barbosa e que "o vice-presidente repudia com veemência e indignação essas calúnias". A resposta oficial acrescenta que "esse assunto jamais chegou aos seus ouvidos". Também por meio de nota, Filipelli afirmou que o depoimento de Barbosa é "irresponsável e absurdo".
 

Dilma esclarece depoimento usado por Barbosa no julgamento do mensalão

Presidenta rebate relator por ter dito que ela afirmara ter ficado 'surpresa' com a rapidez da aprovação do marco regulatório do setor energético para corroborar tese de compra de votos.
 
A presidenta Dilma Rousseff rebateu, em nota oficial, a citação de seu nome pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, durante sessão do julgamento do mensalão, realizada na quinta-feira. Barbosa se referiu ao depoimento que a presidenta fez à Justiça em outubro de 2009, no qual, de acordo com o relator da ação penal, Dilma teria dito que ficara "surpresa com a rapidez com que foi aprovado o marco regulatório do setor energético".

A presidenta Dilma Rousseff rebateu as declarações de Joaquim Barbosa em nota
Leia mais: Barbosa diz que houve compra de votos e condena 12réus
"Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os poderes Executivo e Judiciário", diz a presidenta.
Na nota, Dilma relembra a crise do apagão entre 2001 e 2002 e que o presidente Lula, no final de seu primeiro ano de mandato, enviou ao Congresso as Medidas Provisórias (MPs) 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor energético, "com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária".
Mudanças: Julgamento de núcleo do PT acontecerá às vésperas das eleições
A presidenta afirma que as MPs foram aprovadas na Câmara, onde receberam quase 800 emendas, sendo 128 peças acatadas pelos relatores. Em março, as MPs foram aprovadas no Senado.
"Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a ‘surpresa’ que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema", diz a nota.
Joaquim Barbosa citou o depoimento da presidenta durante a sessão em que condenou 12 réus do núcleo político, entre eles Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto. Ele usou a "surpresa" demonstrada na época por Dilma para corroborar sua tese de que houve compra de votos de parlamentares para consolidar a base aliada do novo governo, e não um esquema para o pagamento de dívidas de campanha, como sustentaram algumas defesas.
Veja a nota na íntegra:
Na leitura de relatório, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como “apagão”.
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a ‘surpresa’ que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, “ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras”.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Governo pede 'esforço' para aprovar medidas provisórias depois das eleições

Planalto teme não conseguir fazer a redução da conta de luz chegar ao consumidor em fevereiro e repassar R$ 6,8 bilhões para compra de equipamentos.
 
Com o Congresso vazio na reta final das eleições municipais -- o chamado ‘recesso branco’, que inviabilizou a aprovação de projetos do Planalto nesta semana -- , o governo pediu para a base aliada fazer um “esforço concentrado” para aprovar duas medidas provisórias (MPs) e 14 projetos de lei para injetar mais R$ 11,787 bilhões no Orçamento de 2013.
O governo está com medo de perder o prazo principalmente da MP 573, do PAC Equipamentos, que precisa do aval de deputados e senadores para destinar R$ 6,8 bilhões à conta de ministérios para compra de ambulâncias, retroescavadeiras e caminhões – um esforço do Planalto para estimular a retomada da indústria no começo do próximo ano.
 
O mesmo vale para a MP 572, cuja maior parte dos R$ 381 milhões deve ser usada pelo Ministério da Defesa na aquisição de caminhões-pipa para atender regiões atingidas pela seca no Nordeste.
Ambas as medidas já foram prorrogadas pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-TO), em agosto e vencem em 28 de outubro. Caso o novo prazo não seja cumprido, as medidas provisórias precisarão ser reeditadas pelo Planalto.
 
Luz acesa para tarifa
 
O “esforço” também vale para a MP 579, que trata da prorrogação das concessões do setor elétrico e serve de base para a redução da conta de luz entre 16% e 28% anunciada pela presidenta Dilma Rousseff.
 
A medida recebeu 431 emendas parlamentares, incluindo uma que pede a prorrogação para 90 dias no prazo dado pelo Planalto para as concessionárias dizerem se aceitam ou não continuar no comando de ativos da União por mais 30 anos.
 
A emenda é do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e altera a data apresentada pelo governo (15 de outubro) para a decisão das empresas. A prorrogação obrigaria a extensão do tempo de aprovação da MP por mais 60 dias após 11 de novembro, quando vence a validade da medida. Com isso, a 579 precisaria ser prorrogada para 11 de janeiro.
 
A obstrução da pauta de votações pela oposição até janeiro pode ser semelhante a do código florestal na Câmara, que após alteração na comissão mista do Congresso deu uma esticada política no prazo de aprovação e deixou para o Senado a responsabilidade de aprová-lo em sessão extra até dia 8 de outubro – durante o ‘recesso branco’. Nas contas do governo, isso pode prejudicar a intenção do Planalto de fazer a redução da conta de luz chegar ao consumidor em fevereiro.

sábado, 15 de setembro de 2012

"Lula era o chefe", diz Valério (em off) a Veja

Bomba anunciada pela revista Veja contra o ex-presidente Lula não traz propriamente uma entrevista de Marcos Valério à publicação. São declarações ditas a supostos interlocutores próximos, reproduzidas pela revista. "Off the records", como se diz no jargão jornalístico. Ou seja: nada está gravado, ou declarado oficialmente. Mas Veja faz pairar no ar a ameaça de uma delação premiada contra Lula.
 
Desde ontem à noite, Veja anuncia por meio de dois de seus porta-vozes extraoficiais, os jornalistas Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, uma capa bombástica contra o ex-presidente Lula. A “mais importante desde a entrevista de Pedro Collor”, que gerou o impeachment de seu irmão Fernando Collor, há exatos vinte anos. A capa, no entanto, não entrega a mercadoria. Traz uma declaração de Marcos Valério de Souza (“Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”) que não foi dita diretamente à revista. Trata-se, na verdade, de algo dito a interlocutores próximos do empresário, já condenado na Ação Penal 470, mas não oficialmente à revista. Off the records, portanto.
 
A reportagem começa com uma narrativa sobre a rotina de Valério, como o fato dele levar todos os dias os filhos à escola, para dar ar de verossimilhança ao texto. Mas nenhuma das declarações – todas elas capazes de provocar uma crise política de proporções inimagináveis – foi dita a jornalistas da revista. Eis algumas delas:
 
“Lula era o chefe”.
 
“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.
 
“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.
 
“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.
 
“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.
 
“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.
 
“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.
 
Não sabe, portanto, se Valério realmente disse o que Veja atribui a ele. Pode ter dito, como não dito. O fato é que não assume publicamente suas declarações – algo bem diferente do que aconteceu vinte anos atrás, com Pedro Collor. Em vários depoimentos, todos eles gravados, ele narrou ao jornalista Luís Costa Pinto, então repórter da revista em Recife, detalhes da vida privada do ex-presidente Collor. Era uma entrevista em “on” – contestada apenas por aqueles que diziam que Pedro Collor não estava no juízo normal quando deu suas declarações.
 
No caso atual, pode-se acreditar ou não na versão de Veja. Valério disse porque Veja disse que disse. Ou Valério não disse porque Veja mantém sua cruzada contra o ex-presidente Lula, iniciada em 1º de janeiro de 2003, dia de sua posse.
 
Como se sabe, Lula não foi alvo de um processo de impeachment em 2005, porque a oposição, regida pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem de enfrentá-lo. Sobrou para o “capitão do time” José Dirceu, muito embora o delator Roberto Jefferson agora acuse Lula de ser o “mandante” de todo o esquema – uma contradição que o procurador Roberto Gurgel desconsidera, uma vez que Jefferson serve para incriminar Dirceu, mas não Lula.
 
Agora, com a capa desta semana, Veja sugere que Marcos Valério poderá fazer uma delação premiada para incriminar também o ex-presidente Lula. Assim, não apenas alguns símbolos da era Lula seriam condenados, como, talvez, o próprio ex-presidente.
Anunciam-se tempos de radicalização política no País.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Poesia na agenda

O final de semana chegou e muita gente se planeja para aproveitar os dias de folga. Com a literatura em foco na região, Campos realiza a final dos três concursos da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) e São Fidélis chega a final do seu IV Festival de Poesia Falada.

No auditório Amaro Prata Tavares, do Palácio da Cultura, a partir das 19h, acontece a final do XXII Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho, do XIV Fest Campos de Poesia Falada e do II Fest Campos Es-tudantil de Poesia Falada. As premiações do concurso de contos vai de R$ 3 mil para o primeiro colocado a R$ 1 mil para o quinto colocado. O concurso de poesia falada tem premiação variando de R$ 2,2 mil para o primeiro colocado e chegando a R$ 800 para o quinto colocado. O Fest Campos Estudantil não tem prêmios em dinheiro, mas oferece ao primeiro colocado um notebook e premia até a quinta colocação, que receberá um aparelho de MP3.

Também começa hoje e tem continuidade amanhã o IV Festival de Poesia Falada de São Fidelis, na Praça Guilherme Tito de Azevedo, a partir das 20h nos dois dias. A abertura do evento nesta noite contará com um recital com Artur Gomes, que participou da comissão julgadora do concurso. No festival, quem tiver a primeira colocação receberá o prêmio de R$ 5 mil; o segundo lugar levará para casa R$ 2 mil e o terceiro lugar receberá R$ 1 mil. O melhor interprete receberá R$ 2 mil e uma menção honrosa de interpretação será oferecida com o valor de R$ 2 mil.

Voltando a Campos, nesta noite, o Teatro Sesi oferece, às 20h, o espetáculo “As Eruditas — Uma comédia de Molière”. Com personagens marcantes, como o marido intimidado pela mulher, a socialite deslumbrada e o oportunista, entre outros, o autor consegue levar à reflexão de temas como a hipocrisia, a crueldade e outras fraquezas humanas. Os ingressos custam R$ 15 (inteira) e R$ 7 (meia). A classificação é 16 anos.

No mesmo horário, outra peça teatral começa no Teatro Sesc. “Noite Intensa” contém piadas e situações hilárias que traduzem o espetáculo encenado pelo ator Luan Abreu, incumbido de incorporar várias personagens, passando por uma aeromoça e chegando até um pai velho. O espetáculo é realizado com a Cia. de Teatro Nós na Rua. Os ingressos custam R$ 3 (assoc. Sesc Rio), R$ 6 (est. e id.) e R$ 12 (inteira). A classificação indicativa é de 16 anos.

A Cia. de Arte Persona encerra a temporada de “Mil Pedaços”, no Teatro de Bolso, prosseguindo até domingo, sempre às 20h. Totalmente inspirado na obra da Legião Urbana, o mu-sical apresenta jovens e talentosos atores. Os ingressos custam R$ 20, 00 (inteira) e R begin_of_the_skype_highlighting GRÁTIS 00 (inteira) e R end_of_the_skype_highlighting $ 10,00 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, a partir das 18h. A peça tem classificação livre.

A ONG Orquestrando a Vida realizará uma série sinfônica com a Orquestra Mariuccia Iacovino na Igreja São Francisco, às 20h30. O evento te-rá participação de cantores campistas como Alberto Gomes da Costa, Hermes Cunha e Luis Cláudio da Cunha Junior. A entrada é gratuita.

Em Itaperuna, Válber Meireles e Banda chegam ao Teatro Sesi para o espetáculo musical “Desenvelhecendo no caminho da Pedra Preta” às 20h. Nada melhor do que “voajar” por belas canções, sentir a poesia, reviver ternos momentos, recordar tempos da infância e com isso rejuvenescer a alma. O show, com seu universo regional, convida o público a um voo inesquecível. A entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). A classificação indicativa é de 16 anos.

SÁBADO

O aniversário do Mercado Municipal será homenageado às 14h com a roda do “Samba do Mercado”, no estacionamento do próprio. O encontro promete samba de raiz com obras de Zeca pagodinho, Fundo de Quintal e Jorge Aragão.

Às 15h, a museóloga Sylvia Paes será guia de um passeio cultural diferente. O encontro é no Cemitério do Caju, onde será contada um pouco da história dos túmulos mais antigos da cidade.

A partir das 17h, o Teatro Sesi vai apresentar a peça infantil “Dezenove não é Vinte — Uma fantástica viagem no tempo”. No enredo, uma mulher do século XIX é convidada por Albert Einstein, para conhecer o século XXI. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Em Itaperuna, o Teatro Sesi apresenta a peça “As Eruditas — Uma comédia de Molière”, às 20h. O público conhecerá personagens que trazem várias reflexões.
Espetáculos teatrais são opção no domingo

No domingo, às 16h, o Teatro Sesc realiza o espetáculo “Chapeuzinho Vermelho em Tempo de Ecologia”. A peça é sobre uma menina que toma o caminho curto, onde é vista por um Lobo Mau, que reclamando que o bicho homem está desmatando toda a floresta. O espetáculo é realizado com a companhia de teatro Nós do Asfalto. Os ingressos custam R$ 2 (assoc. SESC Rio), R$ 4 (estudantes e idosos) e R$ 8 (inteira).

A Orquestrando a Vida apresenta neste domingo, no Teatro Municipal Trianon, um grande concerto sinfônico com a participação de cada um dos núcleos do projeto: Orquestra Infantil, Orquestras-Escola, Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino e Banda Sinfônica Hermes Cunha. O concerto tem o objetivo de mostrar os diferentes níveis e repertórios por onde cada aluno da Orquestrando a Vida passa para se tornar um músico profissional, apresentando seus trabalhos para o público desde o nível mais básico de aprendizado. O concerto se realizará às 16h, com entrada franca.

A adaptação de “Chapeuzinho Vermelho” será a atração do Teatro Doutor Átila Costa, em São Pedro da Aldeia, às 17h. O espetáculo é estrelado pelos atores Jone Brabo e Paulão Duplex, ao lado das atrizes Ranah Tesch e Simone Simão. A entrada pode ser adquirida na Biblioteca municpal e custa R$15 (inteira/na hora), R$40 e R$20 (meia).
Ciro Mariano e Lívia Nunes

Candidaturas femininas atingem piso pela primeira vez

Número de candidaturas femininas alcançou 31,7%, superando pela primeira vez o piso estabelecido pela Lei 9.504, de 1997; no entanto, dos 190 candidatos a prefeito nas 26 capitais, apenas 28 (15%) são mulheres, como Manuela D´Ávila, em Porto Alegre.
 
O número de candidaturas femininas alcançou 31,7%, superando pela primeira vez o piso estabelecido pela Lei 9.504, sancionada em 1997. Dados do Tribunal Superior Eleitoral apontam que, desde que a lei entrou em vigor, esta é a primeira eleição em que o piso de 30% foi ultrapassado.
No entanto, dos 190 candidatos a prefeito nas 26 capitais, apenas 28 (15%) são mulheres. A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, disse que o percentual atingido este ano foi apenas um dos desafios que as mulheres devem enfrentar na luta por seus direitos. "Outro desafio na reforma eleitoral é a questão do financiamento da campanha. Os partidos precisam considerar que as candidaturas femininas são tão fundamentais quanto as dos homens e, portanto, [também] precisam de recursos", afirmou.
Para a ministra, sem a mudança do comportamento feminino, a partir da década de 70, quando as mulheres começaram a ingressar no mercado de trabalho, o Brasil não elegeria Dilma Rousseff como presidente da República. Porém, segundo ela, essa mudança não é observada nos cargos executivos estaduais e municipais.
"Quando nós olhamos para os executivos estaduais e municipais, isso não se repete, por mais que, nesta eleição, nós tenhamos mais mulheres do que há quatro anos concorrendo a cargos executivos, ou seja, mais mulheres estão considerando a sua autonomia para se candidatar à política", ressaltou.
Segundo a pesquisadora da Fundação Casa Rui Barbosa e professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, Cláudia Maria Ribeiro Viscardi, apesar de as mulheres constituírem 52% do eleitorado feminino, somente 9% são eleitas. Com informações da Agência Brasil.

'Não quero mais saber de política', desabafa ex-ministra

Demitida na esteira de uma operação política encampada pelo Planalto para fortalecer a campanha do petista Fernando...
 





 

Demitida na esteira de uma operação política encampada pelo Planalto para fortalecer a campanha do petista Fernando Haddad, a cantora e compositora Ana de Hollanda desabafou: "Não quero mais saber de política", disse ontem ao Estado.
A ex-ministra não concorda com quem diz que ela serviu de barganha para a campanha de Haddad, mas também esquiva-se de responder o motivo da demissão. "Isso você pergunta para ela (a presidente Dilma Rousseff)", limitou-se a dizer. Mas fez questão de pontuar que não sai "magoada de forma alguma".
Ana de Hollanda afirmou ainda que não havia sido informada sobre a demissão, mas que a decisão não a surpreendeu: "Sempre soube que este tinha sido um convite muito pessoal da presidenta para mim", respondeu reconhecendo não compor estratégia no tabuleiro político.
Ela relembrou que já vivenciou a administração pública antes, em cargos como o de secretária de Cultura em Osasco (SP), mas tudo incomparável "à magnitude de um ministério". "Agora quero só produzir arte e ficar do outro lado do balcão mesmo."
No tempo em que ocupou o cargo, Ana foi atacada "com pressões injustas e excessivas", segundo palavras de Dilma durante o evento da transmissão de cargo. Sobre o assunto, a ex-ministra admitiu: "Fiz muitos inimigos enquanto estive no ministério. Desagradei a muita gente, contrariei muitos interesses". E avalia que foi um período sofrido. "Passei muito tempo tentando entender porque pessoas que nem me conheciam falavam coisas tão baixas. Depois compreendi que não era nada contra a minha pessoa, mas contra a política, uma coisa do cargo mesmo."
Durante seu pronunciamento de despedida, Ana conteve as lágrimas. Já oficialmente desempossada, chorou à vontade ao receber os cumprimentos dos colegas. "É um choro de felicidade, pelo reconhecimento do meu trabalho." Ela disse que agora, já fora do papel de ministra, pode ser mais espontânea. "Acabo de voltar a ser a Ana que sempre trabalhou com a emoção. Não preciso mais esconder meus sentimentos de vocês (jornalistas). Agora vou voltar a viver naturalmente." / D.B.