sexta-feira, 29 de maio de 2015

PLANO DE HADDAD PARA SE REELEGER É SE DESCOLAR DO PT


:
Secretário de Transportes, Jilmar Tatto, um dos principais aliados do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirma que “o PT ficou velho, perdeu o discurso inovador” e agora pode atrapalhar nas eleições; segundo ele, Haddad, no comando da principal capital petista, representa a modernidade que o partido não conseguiu e, para reeleger-se em 2016, deve se descolar da imagem da legenda; para consolidar apoio para a reeleição, Haddad também quer abrir espaço para PR, PDT e PC do B
 Na disputa pela reeleição em 2016, o prefeito Fernando Haddad deve se deslocar da imagem do PT. É o que defende o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, um de seus principais aliados na capital paulista.
Em entrevista ao Valor, ele afirma que “o PT ficou velho, perdeu o discurso inovador” e agora pode atrapalhar nas eleições. Segundo ele, Haddad, no comando da principal capital petista, representa a modernidade que o partido não conseguiu e, para reeleger-se em 2016, deve se descolar da imagem da legenda.
Para consolidar apoio para 2016, Haddad também quer abrir espaço para PR, PDT e PC do B. A principal mudança envolve a Secretaria das Subprefeituras, com a entrada do ex-deputado federal Luiz Antônio de Medeiros, fundador e ex-presidente da Força Sindical (leia mais).

GLOBO SILENCIA SOBRE A CORRUPÇÃO NO SEU QUINTAL


:
Um dos focos das investigações da Justiça americana sobre o escândalo de corrupção na Fifa são transações comerciais em que a Rede Globo, da família Marinho, atua diretamente há décadas; parceira incondicional da Fifa desde o mundial 1970, a Globo é detentora da transmissão no Brasil de praticamente todos os eventos investigados pelo FBI: Copa do Mundo, Libertadores, Copa América e até a Copa do Brasil; o elo mais forte entre Globo e Fifa é o brasileiro José Hawilla, da Traffic Group, que assumiu os crimes de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e vai devolver US$ 151 milhões; além disso, J. Hawilla é dono da TV TEM, maior afiliada da Globo no país; apesar das ligações perigosas, a Globo se limitou a dizer, no Jornal Nacional, que "o ambiente de negócio do futebol seja honesto"; também afirmou que "sobre essas empresas de mídia não pesam acusações ou suspeitas"
As investigações do Departamento de Justiça americano e do governo da Suíça sobre o escândalo de corrupção na Fifa, que sacudiram o mundo do futebol e levaram à prisão cartolas como o brasileiro José Maria Marín, envolvem transações comerciais em que a Rede Globo, da família Marinho, atua diretamente há décadas: a compra de direitos de transmissão de eventos esportivos nacionais e internacionais.
Segundo a polícia federal (FBI) e a receita federal americanas, as investigações na Fifa tiveram início por causa do processo de escolha das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar, mas foi expandida para analisar os acordos da entidade nos últimos 20 anos.
A investigação atua em várias frentes. Sobre a compra dos direitos de transmissão o esquema funcionava basicamente assim: para ter contratos de direitos de transmissão de eventos organizados pela Fifa, como a Copa da Mundo ou Copa Libertadores, empresas de marketing esportivo pagavam propinas milionárias aos dirigentes da Fifa. De posse dos direitos de transmissão, as empresas revendia-os a grupos de comunicação do mundo todo. Só em relação aos direitos de transmissão da Copa América de 2015, 2019 e 2023, a Datisa, formada formada pela Traffic, do brasileiro J. Hawilla, e duas companhias sul-americanas, aceitou pagar US$ 352,5 milhões e mais US$ 110 milhões em propinas para os presidentes das federações sul-americanas. A Rede Globo comprou da Datisa os direitos de transmissão da Copa América no Brasil. 
A empresa da família midiática mais rica do planeta não é citada nas investigações do FBI. Mas faz transações com a Fifa sobre transmissão de eventos esportivos desde o mundial de 1970. Em 2012, a Globo anunciou a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. Os valores dos negócios não são divulgados oficialmente.
Na época do anúncio, o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, comemorou a compra da transmissão dos mundiais. “Por mais de 40 anos, a Globo e a Fifa desenvolveram uma parceria muito frutífera, que trouxe ótimos resultados para ambas as partes. Durante todos estes anos, a Fifa conseguiu fazer do futebol o esporte mais popular, com um grande público em todo o mundo, e a Globo se sente orgulhosa de ser parte desta história. Por esta razão, nós estamos orgulhosos de prolongar esta parceria’, afirmou Marinho.
J. Hawilla, parceiro dos Marinho
Entre a Fifa e a Globo aparece um elo de ligação que é peça chave nas investigações de corrupção das autoridades americanas: o empresário José Hawilla, dono da Traffic Group, maior empresa de marketing esportivo da América Latina.
J. Hawilla, como gosta de ser chamado, confessou à Justiça dos EUA ser culpado pelos crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça - ele é o único brasileiro entre os réus confessos declarados culpados pela Justiça dos EUA. Ele se comprometeu a devolver US$ 151 milhões de seu patrimônio - US$ 25 milhões deste total já teriam sido pagos no momento da confissão. O mandatário da Traffic já foi classificado diversas vezes pela imprensa nacional como "dono do futebol brasileiro".
A ligação entre J. Hawilla e a família Marinho inclui a transmissão de eventos esportivos de peso. A Traffic teve exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. A empresa de J. Hawilla é a atual responsável pelos direitos de torneios como a Copa Libertadores, cujo direito de transmissão foi comprado pela Rede Globo.
Além relações perigosas no futebol, Rede Globo e J. Hawilla têm parceria comercial também nas Comunicações. Ex-repórter da área de esportes, ele se tornou afiliado da Rede Globo a partir da Traffic. Em 2003, ele fundou a TV TEM, no interior de São Paulo – hoje a maior subsidiaria do grupo, cobrindo 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. J. Hawilla também comprou, em 2009, o "Diário de S.Paulo", mas vendeu o jornal logo em seguida.
Sonegação na Copa de 2002
A Rede Globo criou um "antecedente criminal" em sua relação comercial com a Fifa, intermediada por empresas como a Traffic. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e Japão, da qual o Brasil foi campeão. 
A engenharia da Globo para disfarçar a operação envolveu dez empresas criadas em diferentes paraísos fiscais. Todas essas empresas pertencem direta ou indiretamente à Globo, segundo os documentos. O esquema funcionava de modo que o dinheiro para a aquisição dos direitos era pago através de empréstimos entre empresas pertencentes à Globo sediadas em outros países. Deste modo, a empresa brasileira TV Globo, não gastava dinheiro diretamente com a operação. Posteriormente, as empresas que detinham os direitos de transmissão eram compradas pela TV Globo.
“Essa intrincada engenharia desenvolvida pelas empresas do sistema Globo teve, por escopo, esconder o real intuito da operação que seria a aquisição pela TV Globo dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002, o que seria tributado pelo imposto de renda”, afirma em relatório do processo o auditor fiscal Alberto Sodré Zile.
A artimanha fiscal resultou na sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores da época. Segundo a Receita Federal, somando juros e multa, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. 
Em 2013, o blog O Cafezinho divulgou 29 páginas do processo da Receita Federal contra a Rede Globo. O relatório divulgado comprova que as organizações Globo criaram um esquema internacional envolvendo diversas empresas em sedes por todo o mundo para mascarar a compra dos direitos da Copa de 2002. O objetivo principal seria o de sonegar os impostos que deveriam ser pagos à União em pela compra dos direitos (leia mais).
Via Bonner, Globo diz querer “futebol mais honesto”
A única manifestação da Rede Globo até o momento sobre o escândalo na Fifa foi um editorial lido por William Bonner no "Jornal Nacional" nessa quarta-feira, 27, quando a emissora ressaltou que apoia as investigações promovidas pela justiça americana.
"A TV Globo, que compra os direitos de muitas dessas competições, só tem a desejar que as investigações cheguem a bom termo e que o ambiente de negócio do futebol seja honesto. Isso só vai trazer benefícios ao público, que é apaixonado por esse esporte, e às emissoras de televisão do mundo todo, que como a Globo fazem um esforço enorme para satisfazer essa paixão", acrescentou Bonner.
No "Jornal da Globo" desta quarta (29), também disse que "não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão", caso da Globo.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

'É UMA TRAGÉDIA A BAÍA DE GUANABARA NÃO ESTAR LIMPA'


:
A limpeza da Baía de Guanabara seria o projeto de maior retorno social e econômico para o Rio de Janeiro, apontou o economista e especialista do Instituto Millenium, José Márcio Camargo; em resposta, o secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, Julio Bueno, informou que este problema deve ser resolvido com um projeto de Parceria Público-Privada (PPP), que ainda está em fase de estudo; "É uma tragédia a gente não ter a Baía de Guanabara limpa", disse; "A agenda é do século 19. É um dever de casa que a gente precisa fazer"
 A limpeza da Baía de Guanabara seria o projeto de maior retorno social e econômico para o Rio de Janeiro, apontou o economista e especialista do Instituto Millenium, José Márcio Camargo, nesta terça-feira (26), em evento que buscava apontar soluções para a crise econômica do Estado. Em resposta, o secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, Julio Bueno, informou que este problema deve ser resolvido com um projeto de Parceria Público-Privada (PPP), que ainda está em fase de estudo. "É uma tragédia a gente não ter a Baía de Guanabara limpa", disse o secretário. "A agenda é do século 19. É um dever de casa que a gente precisa fazer", completou.
Para José Márcio Camargo, o "coração" da região que ele classifica como "Triângulo Mágico", que vai de Paraty até a Serra Fluminense, passando pela capital, é a Baía de Guanabara. Se apenas a sua despoluição fosse garantida, as perspectivas de geração de riquezas sociais e econômicas já seriam muito maiores. "Nós não fomos capazes de usar a Olimpíada (de 2016) para executar esse projeto", lamentou. "A gente está desperdiçando uma grande riqueza."
Com o fracasso dos projetos lançados para garantir a despoluição da Baía de Guanabara até a Olimpíada do ano que vem, o governo do Estado está para lançar um outro projeto, uma Parceria Público-Privada (PPP) de saneamento para a Baixada e Leste Fluminense, em fase de estudo pelo BNDES. O edital deve sair entre outubro e novembro deste ano, informou Julio Bueno ao JB. O prazo para que a Baía fique efetivamente limpa ainda está sob discussão interna no governo do Estado.
"Eu não acho que a gente consiga fazer água em menos de cinco anos, e saneamento básico completo em 10 anos. Isso não quer dizer que a Baía não fique limpa em quatro anos", comentou o secretário, após o evento promovido pelo Instituto Millenium, Instituto de Formação de Líderes e pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no Centro do Rio de Janeiro.
Com a aproximação da Olimpíada, o fracasso do projeto de despoluição da Baía de Guanabara tem ganhado maior espaço no debate público. Na semana passada, ambientalistas, entidades e representantes do município, em reunião organizada pela OAB-RJ, sugeriram que o governo estadual e o Ministério Público Federal deveriam firmar um Termo de Ajustamento de Conduta para pactuar esforços que garantam a despoluição da Baía de Guanabara, com a apresentação de um cronograma físico-financeiro para a execução das obras necessárias.
Além do secretário Julio Bueno e do economista José Márcio Camargo, participaram do evento "Propostas inovadoras: Tornando o Rio mais atrativo para os negócios" o vice-presidente do Sistema Firjan, Carlos Fernando Gross; e o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Antenor Barros Leal.

MARINA NEGA INTENÇÃO DE DISPUTAR PREFEITURA DO RIO


Vagner Campos: Candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva cumpre agenda em São Paulo. Na foto Marina Silva e durante passeio em carro aberto na zona leste da capital Paulista no bairro de São Miguel Paulista.
04/10/2014
Fotos
Ex-presidenciável pelo PSB, Marina Silva disse que jamais pensou na hipótese de se candidatar em 2016 no Rio de Janeiro, segundo a colunista Sônia Racy; se fosse o caso, ela teria até setembro para transferir seu título eleitoral do Acre para o Rio: “Não vou fazer isso”, afirma.
A ex-presidenciável pelo PSB Marina Silva descartou a possibilidade de concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2016.
Comandar a cidade maravilhosa, de acordo com correligionários da ex-senadora, daria a ela visibilidade nacional, mas segundo a colunistaSônia Racy, ela disse que jamais pensou na hipótese.
“Se fosse o caso, a idealizadora da Rede teria até setembro para transferir seu título eleitoral do Acre para o Rio, enquadrando-se nas normas para a disputa de 2016. “Não vou fazer isso”, afirma”.

Aécio aposta em votação mais apertada de MP que muda pensão por morte


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) diz apostar que o governo deverá ter ainda mais dificuldade para aprovar a MP 664/14, do que teve na aprovação de MP 665/14.
Na noite desta terça-feira, o governo conseguiu uma importante vitória ao aprovar a MP 665/14, que muda regras do Seguro Desemprego e do Abono Salarial. A vitória no Senado foi apertada, 39 a 32.
Para o presidente nacional do PSDB, o placar mostra “a fragilidade do governo”. Segundo ele, a tarefa desta quarta-feira, quando o governo tentará aprovar mudanças na concessão de pensão por morte por meio da MP 664/14, será ainda mais dura.
“A fragilidade do governo é visível aqui se percebe a cada instante. Até poucos minutos antes da votação havia chance de derrota”, afirmou ele
Assista:

“Eduardo Cunha foi derrotado mesmo tendo chantageado deputados”, denuncia líder do PSol


Em meio à derrota do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta madrugada, durante a votação do projeto de reforma política, o que mais se via no plenário eram deputados do PT e de partidos menores festejando.
Não tanto pelos temas do projeto em votação, mas mais pela derrota do até então todo poderoso presidente da Casa, que costumava dizer que só se aprovava ali o que ele queria.
Assim mesmo, este colunista teve dificuldades para encontrar deputados do PT e da base do governo dispostos a gravar declarações contra Cunha.
O líder do PSol na Cãmara, Chico Alencar ()RJ), no entanto, não temeu gravar.
Só escorregou ao falar sobre o resultado da votação da proposta de Distritão, defendida por Eduardo Cunha, porque nem ele mesmo acreditava que o presidente da Câmara tivesse perdido pela larga margem de 267 votos a 210 (seriam necessários 308 votos para aprovar a emenda). Depois, em outra emenda, na que propunha o financiamento empresarial de campanhas políticas, Cunha foi derrotado por 264 a 207 votos.
Na entrevista ao iG, Chico Alencar denunciou ter ouvido de colegas que foram chantageados pelo presidente da Câmara. Citou o caso do PCdoB, com alguns deputados que teriam lhe dito que votaram com o presidente da Câmara porque ele ameaçou retaliar com a aprovação do projeto que limita a participação na Câmara e no Fundo Partidário às agremiações que atingirem determinado patamar de votos, a chamada cláusula de barreira.
Veja o que disse o líder:

terça-feira, 26 de maio de 2015

“NÃO ESTOU VENDO FRENTE DE ESQUERDA NENHUMA NO RIO”


:
Prefeito Eduardo Paes (PMDB) minimiza o movimento liderado pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro e outros petistas, como Lindbergh Farias e Alessandro Molon, com o intuito de romper a aliança com o PMDB nas eleições municipais do Rio em 2016; "Sem querer parecer desrespeitoso, não estou vendo frente de esquerda nenhuma", disse a jornalistas; o peemedebista diz apenas ver Tarso e Lindbergh, "juntos, reclamando de alguma coisa, mas não sei o que é"; Paes pretende lançar seu secretário Pedro Paulo à prefeitura, plano que recebe o apoio de Lula, do presidente do PT no Rio, Washington Quaquá, e da maioria do partido; "O nosso esforço, desde 2008, tem sido de unir as forças políticas do Rio em torno de um projeto de transformação da cidade e o PT é importante para isso", defendeu Paes.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), minimizou nesta terça-feira 26 o movimento articulado por petistas que vem sendo chamado de "frente de esquerda" e pretende romper a aliança com o PMDB para a disputa municipal em 2016. "Não estou vendo frente de esquerda nenhuma no Rio", declarou a jornalistas.
Paes pretende lançar à Prefeitura, no ano que vem, seu secretário de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, um plano que recebe o apoio da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e da maioria do partido, inclusive o presidente do diretório estadual, Washington Quaquá (leia mais).
Já os petistas querem lançar o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) e defendem o fim da aliança com o PMDB no Estado. Na última semana, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro organizou o ato político "A saída é pela esquerda", junto com Molon e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), para discutir a viabilidade da proposta.
"Sem querer parecer desrespeitoso, não estou vendo frente de esquerda nenhuma. Estou vendo um governador que perdeu a reeleição no Rio Grande do Sul, que é uma figura que eu gosto, tenho muito respeito, que é o governador Tarso Genro, se aliando ao senador que perdeu a eleição para governador do Rio, que eu também gosto e respeito, que é o senador Lindbergh Farias, enfim, juntos, reclamando de alguma coisa, mas não sei o que é", disse Eduardo Paes.
De acordo com os petistas do Rio, o plano de Tarso é apoiado por cerca de apenas 20% do partido. Hoje o PT tem a vice-prefeitura, com Adilson Pires, que declara que a aliança entre as legendas está "consolidada". Paes acrescentou que interessa a ele "construir a maior aliança que puder" para sua sucessão nas próximas eleições, mas que cabe aos petistas a pergunta se continuarão apoiando o PMDB.
"O Rio sempre tem a lógica muito da divisão, do racha, da briga, do conflito, e o nosso esforço, desde 2008, tem sido de unir as forças políticas do Rio em torno de um projeto de transformação da cidade e o PT é importante para isso. O PT tem o governo federal, tem quadros no Rio de Janeiro e a gente quer que ele siga na aliança", comentou. Na eleição ao governo estadual, no ano passado, o PT rompeu a aliança com o PMDB para lançar Lindbergh contra Luiz Fernando Pezão (PMDB), que foi reeleito.

SENADO PRECISA DAR QUALIDADE A AJUSTE, DIZ RENAN


:
"Nunca é demais lembrar que o ajuste parece na contramão, no caminho errado. Nós precisamos dar qualidade ao ajuste, fazê-lo na medida certa. O que nós estamos vendo é o aprofundamento da recessão, do desemprego, a diminuição da massa salarial. A economia está esmorecendo e o ajuste não pode agravar esse cenário", criticou o presidente do Senado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou para esta terça-feira 26 o início das votações em plenário das medidas provisórias (MP) relacionadas ao ajuste fiscal. "No que depender de nós [senadores], vamos tentar votar hoje e amanhã", disse. Renan criticou o ajuste fiscal proposto pelo governo.
"Nunca é demais lembrar que o ajuste parece na contramão, no caminho errado. Nós precisamos dar qualidade ao ajuste, fazê-lo na medida certa. O que nós estamos vendo é o aprofundamento da recessão, do desemprego, a diminuição da massa salarial. A economia está esmorecendo e o ajuste não pode agravar esse cenário", destacou.
Para o parlamentar, o ajuste é inevitável, mas não deve atingir direitos trabalhistas e previdenciários. Na sua opinião, a extinção de ministérios e de cargos em comissão seria mais eficaz do que o corte no Orçamento para diminuir os gastos públicos. Essa deve ser, segundo ele, a próxima etapa do ajuste que o governo vai ter que passar.
"O papel do Senado é qualificar o ajuste. Há um consenso com relação à necessidade do ajuste. Mas há um dissenso muito grande sobre qual ajuste o Brasil deve fazer. Essa é que é a grande discussão", disse o presidente do Senado. "O Brasil está pagando um duro preço e nós temos que acenar no sentido de que essas coisas se invertam rapidamente", acrescentou.

REALE JUNIOR: IMPEACHMENT É UMA BALA DE PRATA


:
Jurista Miguel Reale Junior, autor da petição da ação penal contra a presidente Dilma Rousseff, afirma que o PSDB já tem pronto um parecer jurídico que justifique o pedido de impeachment; no entanto, diz que não será usado agora para não desperdiçar a “bala de prata”: “Uma derrota da petição de impeachment na Câmara dos Deputados daria uma enorme vantagem para a presidente. Fatos novos estão acontecendo”; questionado sobre os ativistas do Movimento Brasil Livre que acusam Aécio Neves de traidor, ele disse que ‘falta cultura política para os meninos da marcha”
Autor da petição da ação penal contra a presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Junior afirma que o PSDB já tem em mãos um parecer jurídico que justifique o pedido de impeachment.
No entanto, diz que ele não será usado agora para não desperdiçar a “bala de prata”: “Uma derrota da petição de impeachment na Câmara dos Deputados daria uma enorme vantagem para a presidente. Fatos novos estão acontecendo”, disse em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’.
Questionado sobre os ativistas do Movimento Brasil Livre que acusam o senador tucano Aécio Neves de traidor, ele disse que ‘falta cultura política para os meninos da marcha”: “O caminho da representação, que é o mais seguro e está muito bem fundamentado, leva o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a ter que tomar uma medida” (leiamais).

TRATOR DE CUNHA MUDARÁ HOJE AS REGRAS DA POLÍTICA?


Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados: Brasília- DF- Brasil- 25/05/2015- Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante a reunião do colegiado de líderes para discutir a pauta de votações.

Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados
Numa decisão sem precedentes na história do parlamento brasileiro, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atropelou a comissão interna da casa que se dedicava à reforma política e decidiu levar vários temas, hoje, ao plenário; eles incluem questões cruciais, como o voto obrigatório, a duração dos mandatos, o chamado "distritão", a continuidade ou não da reeleição e, claro, o sistema de financiamento privado, que Cunha pretende consagrar no País, a despeito de todos os escândalos recentes de corrupção e da decisão do Supremo Tribunal Federal, que poderia coibir as doações empresariais; postura tida como "ditatorial" revoltou partidos de esquerda, mas Cunha promete passar o trator; quem vence essa batalha decisiva?
"Trata-se de uma ofensa ao rito parlamentar e um absoluto desrespeito aos seus integrantes. Mais uma vez a vontade imperial do presidente Eduardo Cunha, seguida servilmente por aliados, sobrepõe-se aos procedimentos democráticos costumeiros", diz ele.
"O que Cunha pretende, na real, é fazer uma contra-reforma política. Cunha quer aprovar, a qualquer custo, o sistema distritão e constitucionalizar o financiamento empresarial de campanha", disse o deputado estadual Marcelo Freixo, também do Psol (leia mais aqui).

sexta-feira, 22 de maio de 2015

'Consultores' da Lava Jato multiplicaram seus bens em até 97 vezes

O lobista Milton Pascowitch, preso preventivamente nessa quinta (21), era dono de bens e direitos que somavam R$ 574 mil em 2003. As posses se multiplicaram por 50 no período, saltando para R$ 28,2 milhões

Donos de empresas de consultoria e assessoria investigados na Operação Lava Jato tiveram um enriquecimento meteórico entre 2003 e 2013, período em que o esquema de corrupção na Petrobras funcionou, segundo seus delatores, de forma "institucionalizada". Conforme o caso, o patrimônio dos envolvidos se multiplicou por até 97 vezes.
Os dados constam de relatório da Receita Federal elaborado a pedido da força-tarefa encarregada das investigações. O Fisco avaliou as finanças declaradas por 11 pessoas apontadas como operadoras do esquema e descobriu que, apenas entre 2006 e 2013, elas movimentaram R$ 311,2 milhões.
O lobista Milton Pascowitch, preso preventivamente nessa quinta-feira, 21, era dono de bens e direitos que somavam R$ 574 mil em 2003. As posses se multiplicaram por 50 no período, saltando para R$ 28,2 milhões.
Pascowitch é dono da Jamp Engenheiros, uma das empresas que teria usado para pagar, em nome de empreiteiras, propinas ao PT e à Diretoria de Serviços da Petrobras. Entre 2006 e 2013, ele movimentou, sozinho, R$ 51 milhões.
A Receita também fez um pente-fino nas contas de Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva. Ele é um dos sócios da Oildrive Consultoria, uma das representantes da multinacional holandesa SBM Offshore, suspeita de pagar subornos em troca de contratos na Petrobras. Ele tinha R$ 517 mil em 2003, valor que saltou para R$ 50 milhões em 2013. Uma evolução de 97 vezes, destacou a Receita.
Também investigado como um dos operadores, Zwi Sckornicki, dono da consultoria Eagle, tinha R$ 1,8 milhão em 2003, patrimônio que "engordou" bastante, passando para R$ 63,2 milhões - 35 vezes mais.
No documento, a Receita destaca a necessidade de quebrar os sigilos não só dos operadores, mas das empresas mantidas por eles. Justifica que, na Lava Jato, identificou-se a constituição de diversos escritórios para a prestação de "serviços falsos de consultoria e assessoria" a gigantes do setor de infraestrutura.
"As empresas serviriam, em tese, como instrumento para que, a partir da celebração de contratos fraudulentos e da emissão de notas fiscais inidôneas, as citadas empreiteiras efetuassem pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos e privados, inclusive a empregados públicos ligados à Petrobras", sustenta.
O relatório também cita as finanças do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na Lava Jato. Os analistas explicam que a maioria dos bens do petista estão em nome da mulher, Giselda de Lima, e sugerem a quebra do sigilo fiscal dela.

Dilma veta fim do sigilo em operações do BNDES

Dilma veta fim do sigilo em operações do BNDES
A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 13.126, resultado da aprovação da Medida Provisória 661, que autorizou em dezembro do ano passado o Tesouro Nacional a conceder R$ 30 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A nova lei veio com sete vetos ao texto aprovado pelo Congresso no mês passado. Entre eles, a presidente rejeitou a emenda que determinava o fim do sigilo em todas as operações de crédito do banco. A quebra do sigilo foi apresentada pela oposição na Câmara e mantida no Senado.
O trecho vetado previa que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas operações de apoio financeiros do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário ou interessado, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras". A intenção da oposição era, com isso, ter acesso aos dados do financiamento do BNDES na construção do Porto de Mariel, em Cuba. As obras custaram US$ 957 milhões e receberam aporte de US$ 682 milhões do BNDES.
Nas razões do veto encaminhadas ao Congresso, Dilma argumentou que o BNDES "já divulga em transparência ativa diversas informações a respeito de suas operações, tais como clientes, projetos e, no caso de operações internas, os valores contratados em cada empréstimo".
A presidente também justificou o veto afirmando que "a divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresarias e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços, já que evidenciaria aspectos privativos e confidenciais da política de preços praticada pelos exportadores brasileiros em seus negócios Internacionais". Dilma ainda alegou que "o dispositivo incorreria ainda em vício de inconstitucionalidade formal", já que o sigilo das operações de instituições financeiras é matéria de lei complementar.
Outros pontos incluídos na MP durante a tramitação também foram vetados pela presidente. Destaque para a rejeição aos dispositivos que ampliavam o limite do chamado crédito consignado, de 30% para 40% da renda. A medida abria a possibilidade para descontos em folha de diferentes modalidades de empréstimo, inclusive despesas com cartões de crédito. Se o trecho tivesse sido mantido, aposentados e pensionistas também iriam poder ampliar sua margem em folha para pagar empréstimos. Essa foi a segunda vez que o Congresso tentou ampliar o limite de comprometimento da renda dos trabalhadores. Na primeira vez, a presidente também havia vetado.
Ainda foi retirada da lei a emenda que determinava que 2,5% de todo o financiamento realizado pelo BNDES a taxas subsidiadas deveria ser destinado à extensão rural. Clique aqui e veja a nova lei e os respectivos vetos.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Lewandowski cita preço no supermercado por reajuste

 
 
“Nós precisamos sempre (de reajuste). Quem é que não precisa pagar o supermercado, já que houve um aumento do preço dos produtos? Se for possível uma recomposição das perdas salariais este ano, será evidentemente bem-vinda”, disse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, sobre o salário dos servidores do Judiciário.
 
Em defesa de uma revisão no salário dos servidores do Judiciário, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, mencionou o aumento de preços no supermercado.
“Nós precisamos sempre (de reajuste). Quem é que não precisa pagar o supermercado, já que houve um aumento do preço dos produtos? Se for possível uma recomposição das perdas salariais este ano, será evidentemente bem-vinda”, disse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.
Ele reconhece a crise econômica atual e disse que o impacto do plano em tramitação no Congresso sobre a questão foi dividido ao longo de 4,5 anos.

Em Londres, CPI ouvirá executivo da SBM Offshore

 
 
Deputados viajaram à Inglaterra para ouvir nesta terça-feira 19 o depoimento do executivo Jonathan Taylor, da empresa holandesa SBM Offshore, que é acusada de pagar propina em troca de contratos para a construção de sondas de perfuração para a Petrobras; em entrevista à Folha, Taylor afirmou ter entregue no ano passado, à CGU, documentos que comprovariam os pagamentos.
 
Antonio Vital, Agência Câmara - Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras estão em Londres, na Inglaterra, para ouvir nesta terça-feira (19) o depoimento do executivo Jonathan Taylor, da empresa holandesa SBM Offshore. A SBM é acusada de pagar propina em troca de contratos para a construção de sondas de perfuração para a Petrobras.
Outro executivo da SBM Offshore, Júlio Faerman, também foi acusado pelo ex-diretor de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco de pagar propinas.
Faerman não foi localizado pela CPI, mas Taylor deu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em que afirmou ter entregue no ano passado, à Controladoria-Geral da União (CGU), documentos que comprovariam os pagamentos. A CGU disse estar apurando as denúncias.
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), falou da importância do depoimento de Taylor para a investigação da empresa SBM. "Foi uma das empresas que tiveram as maiores denúncias, até na Holanda, onde ela já reconheceu o pagamento de propina e pagou multa. O depoimento de Jonathan Taylor pode contribuir muito com o nosso trabalho."
Depoimentos em Brasília
A CPI quer ouvir ainda nesta semana, na Câmara dos Deputados, depoimentos de quatro empresários que estão em prisão domiciliar. Todos eles ocupam cargos de direção em empreiteiras acusadas de formação de cartel e pagamento de propina. São eles: Dalton Avancini e Eduardo Leite, presidente e vice-presidente da Camargo Corrêa; Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia; e Gerson Almada, vice-presidente da Engevix.
Os depoimentos ainda não estão confirmados.
O relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), diz que é importante ouvir os empresários antes de fazer acareações ou chamar outras pessoas, como o ex-presidente Lula e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como quer a oposição.
"Nós temos que ouvir ainda os empresários. Pular etapas só serve àqueles que estão preocupados com a disputa política e não com a apuração dos fatos", afirmou o relator.
A comitiva que está em Londres é chefiada pelo vice-presidente da CPI, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Renan só tem a perder em campanha contra Fachin

Aliados do presidente do Senado alertam que ele vai sair prejudicado em qualquer resultado da votação da indicação de Luiz Fachin para o STF; ‘Se for aprovado, Fachin guardará mágoa da atuação do peemedebista ao julgar na corte; se for derrotado, Renan não conseguirá emplacar um nome de sua preferência quando Dilma Rousseff tiver de apontar outro indicado’, diz a colunista Vera Magalhães 
 
Após aprovação na Comissão do Senado, aliados de Renan Calheiros (PMDB-AL) tentarão dissuadi-lo da campanha para derrubar a indicação de Luiz Fachin para o STF no plenário.
Segundo a colunista Vera Magalhães, senadores afirmam que o presidente do Senado só tem a perder, qualquer que seja o resultado da votação:
“Se Fachin for aprovado, guardará mágoa da atuação do peemedebista ao julgar na corte; se for derrotado, Renan não conseguirá emplacar um nome de sua preferência quando Dilma Rousseff tiver de apontar outro indicado”.
Segundo ela, os correligionários alertam que Renan não tem maioria nem na bancada para derrotar Fachin: apenas 3 dos 16 senadores do PMDB acompanhariam a orientação do presidente do Senado com certeza.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

BNDES investe em qualidade do microcrédito

Organizações sociais que fazem pequenos financiamentos para empreendedores terão recursos suficientes do banco federal para sustentar crescimento de até 20% em suas atividades em 2015
Ernani Fagundes
São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está investindo R$ 2,7 milhões na profissionalização dos recursos humanos e na construção de uma rede de informações financeiras nas instituições de microcrédito produtivo orientado.
Entre os diferentes pontos do projeto, as chamadas organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) que operam o microcrédito vão passar por avaliações financeiras independentes e terão sua própria nota de risco de crédito concedidas por uma agência internacional.
"Entre 39 entidades, 22 já foram selecionadas. Ter uma auditoria externa conta pontos. As demais vão ter um tempo para se preparar", afirmou ontem o representante da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Finanças (Abcred), Almir da Costa Pereira, também diretor do Banco do Povo Crédito Solidário.
Segundo o gerente da área de inclusão social do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Paulo Roberto Anderson Monteiro, o objetivo do banco federal é continuar expandindo a concessão do BNDES Microcrédito. "O segmento não será afetado pelo ajuste fiscal, há recursos disponíveis", garante.
O banco de fomento atende 53 instituições financeiras em microcrédito produtivo orientado. Monteiro contou que o programa inicial tinha R$ 1 bilhão de orçamento para o período entre 2005 e 2014, mas que o BNDES desembolsou R$ 724 milhões, portanto ainda há uma sobra de R$ 276 milhões no orçamento a ser executada.
"O BNDES detectou que a importância das Oscips no apoio de microempreendedores formais e informais que não conseguem ter acesso ao crédito tradicional dos bancos. Para cobrir essa lacuna do mercado, vamos manter o apoio as Oscips de microcrédito", diz Paulo Monteiro.
Ele contou que em maio de 2014, o BNDES Microcrédito deixou de ser um programa com orçamento limitado e prazo determinado para ser um produto permanente do banco de investimentos. "Isso evita qualquer risco de ciclos políticos", argumentou.
Desde janeiro de 2015, o produto passou por uma revisão. "A linha passou de TJLP [taxa de juros de longo prazo] mais 1% ao ano para TJLP mais 1,2% ao ano. Além disso, foi acrescido de 0,1% ao ano de taxa de risco e uma conta garantia que ficará aplicada via conta corrente rendendo juros à instituição de microcrédito para eventualmente no caso de inadimplência, o BNDES recorrer a esses recursos", disse.
Mesmo com o reajuste das taxas, o BNDES manteve a participação de 90% nas concessões às Oscips, exigindo uma contrapartida de 10% das instituições no volume de microcrédito a ser concedido aos empreendedores produtivos.
Na prática, as organizações captam os recursos do BNDES, ou de agências regionais de fomento como DesenBahia e Badesc, e também de ONGs internacionais de inclusão social e repassam aos seus clientes com juros de até 4% ao mês.
Segundo o gerente executivo do Banco do Planalto Norte, Nivaldo Brey Junior, a taxa oscila entre 2,88% ao mês para bons pagadores até 3,9% ao mês no primeiro financiamento. "O ticket médio é de R$ 2,7 mil, e a pontualidade é de 98%", afirmou. A organização que atua em Santa Catarina possui 2,5 mil clientes ativos.
Interesse do Itaú
O presidente da Abcred, Hermes Bomfim Filho, adiantou que o banco Itaú está visitando as organizações associadas para atuar no segmento. O Itaú pretende repassar os recursos às organizações a juros entre 6% e 8% ao ano. "2% dos depósitos compulsórios dos bancos podem ser liberados para o microcrédito. Esses recursos do compulsório ficam sem remuneração no Banco Central."
Bomfim Filho disse que o volume de microcrédito pode crescer 20% em 2015 devido a restrição do crédito nos bancos comerciais. A carteira atual é de R$ 800 milhões com 200 mil clientes ativos no Brasil, diante de um potencial de 10 milhões de microempreendedores.
 
Banco de fomento tem queda em desembolsos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 33,264 bilhões no primeiro trimestre de 2015, queda de 24% na comparação com igual período do ano passado, informou o banco ontem por meio de nota.
As aprovações de novos empréstimos somaram R$ 21 bilhões, queda de 46%. Já as consultas, termômetro do ânimo das empresas em buscar crédito para projetos de longo prazo, somaram R$ 25 bilhões, recuo de 47% na comparação com os três primeiros meses de 2014.
Os dados divulgados pelo BNDES são nominais. Se fosse descontada a inflação, o recuo nos valores seria ainda maior. Segundo a nota, a queda é em parte explicada pela nova orientação do BNDES "O Banco vem reduzindo os níveis de participação máxima em TJLP nos seus financiamentos, abrindo mais espaço para a presença do mercado de capitais no financiamento de longo prazo. O último ajuste neste sentido foi feito em dezembro de 2014", diz o texto.
A equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem implementado mudanças no papel do banco, para reduzir o volume de crédito e, assim, cessar os aportes do Tesouro, que se tornaram a principal fonte de recursos da instituição. Com isso, a nova orientação do BNDES procura privilegiar projetos prioritários.
Com isso, os valores liberados para projetos de investimento no setor de comércio e serviços tiveram o maior tombo no primeiro trimestre: queda de 34%, para R$ 7,660 bilhões. O setor de infraestrutura, fortemente atingido pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, recebeu R$ 11,670 bilhões, queda de 25% ante o primeiro trimestre de 2014. Já a indústria recebeu R$ 10,379 bilhões, queda de 17%. O crédito para agropecuária somou R$ 3,555 bilhões, recuo de 13% em relação a 2014.
DCI

Contribuintes já podem conferir se há pendências na declaração do IR 2015

Segundo a Receita, se o contribuinte enviar uma nova declaração corrigindo a informação errada ele não cai na malha fina.
O contribuinte que entregou a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2015 (ano-calendário 2014) já pode consultar se há pendências no documento e fazer a autorregularização para corrigir qualquer problema.
De acordo com a Receita Federal, quem identificar algum erro no extrato do processamento deve fazer a retificação para não cair na malha fina. “O contribuinte que enviar nova declaração com as informações corretas, automaticamente fica com a declaração liberada da malha”, explicou o órgão, em nota.
O contribuinte pode ter acesso ao extrato na página do Fisco, pelo portal e-CAC. O centro virtual pode ser acessado por certificado digital ou por código, que é gerado a partir dos números do recibo de entrega das declarações de Imposto de Renda dos dois últimos exercícios.
Caso haja imposto a restituir, no entanto, a Receita passará a considerar a data da retificadora, e não mais a da original, na hora de priorizar o pagamento.
Já se a declaração está correta e o contribuinte tem toda a documentação que comprova as informações, o caminho é solicitar a antecipação da análise. Para isso, é necessário esperar até janeiro de 2016, quando será possível agendar a visita a uma unidade da Receita Federal. Esse agendamento também deve ser realizado pelo e-CAC.

Dono da UTC cita Roseana, Vaccari e nome do setor elétrico

Na delação assinada com a Procuradoria Geral da República (PGR), o dono da UTC, Ricardo Pessoa, teria envolvido no esquema da Lava Jato a autoridade militar com atuação no setor elétrico, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB); ele também citou um parente de um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), além do senador Edson Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e pelo menos cinco parlamentares federais 
 
No acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR), o dono da UTC, Ricardo Pessoa, citou uma autoridade militar com atuação no setor elétrico, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB).
Segundo reportagem de Vinicius Sassine, o empresário também mencionou um parente de um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Pessoa já tinha envolvido o senador Edson Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e pelo menos cinco parlamentares federais no esquema da Lava Jato.
Roseana é investigada em inquérito apresentado por Rodrigo Janot ao STF por suspeita de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Preso em Curitiba, Vaccari, é alvo de investigações na primeira instância e de um inquérito no STF sobre suspeitas de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha – o mesmo caso de Lobão na Corte.
No acordo, Ricardo Pessoa prometeu devolver R$ 55 milhões, segundo maior valor que será recuperado por meio da investigação até agora.
Ao negociar a delação, o réu revelou ter doado R$ 7,5 milhões à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Segundo matéria da ‘Folha de S. Paulo’, a doação teria sido para evitar retaliações em contratos com a estatal do petróleo. O valor teria sido negociado com então tesoureiro da campanha e atual ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (leia mais).

Cabral prepara retorno político no Rio

Ex-governador do Rio de Janeiro recebe visitas constantes em seu escritório na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, de políticos e empresários; aliados apostam na disputa por um terceiro mandato; “Todos concordamos. Se Cabral quiser, ele será o candidato (a prefeito do Rio em 2016)”, disse o atual prefeito Eduardo Paes; mesmo se ficar de fora dos palanques, ele é visto como determinante para montar a chapa e ‘pacificar’ o PMDB carioca.
Um ano depois deixar o cargo, com apenas 20% de aprovação do eleitor, o ex-governador Sérgio Cabral prepara seu retorno político. De seu escritório na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, ele recebe com frequência políticos e empresários.
Aliados apostam na disputa por um terceiro mandato: “Todos concordamos. Se Cabral quiser, ele será o candidato (a prefeito do Rio em 2016)”, disse o atual prefeito Eduardo Paes. Mesmo se ficar de fora dos palanques, ele é visto como determinante para montar a chapa e ‘pacificar’ o PMDB carioca.
Em entrevista ao Globo, ele comenta as críticas a sua gestão: “Foi muito duro para mim e para minha família, as crianças, principalmente. Tinha uma articulação por trás. A manifestação começou nacional e, depois, focou nos governadores. Mas tudo bem, é melhor assim, com democracia”.
Sobre o governo de Luiz Pezão, diz: “Eu não tenho o pulso da gestão. Não posso substituir o governante no dia a dia. Torço pelo seu êxito. Ele enfrenta um momento difícil, de crise econômica, no qual o primeiro impacto é sentido na arrecadação do ICMS” (leia mais).

PSDB ainda insiste em tentar golpe contra Dilma

Bancada do PSDB na Câmara, liderada por Carlos Sampaio, aguarda parecer do jurista Miguel Reale Júnior, que deverá ser entregue na próxima quarta (20), sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff; deputado levou a Reale nesta quinta (14) informações levantadas pela CPI da Petrobras e conteúdo de depoimentos do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa; mas sem acreditar muito na viabilidade de tal pedido, Reale Júnior estuda a possibilidade de sugerir uma ação penal contra Dilma por crime comum em decorrência do escândalo da Petrobras, o que a levaria a perder o mandato caso fosse condenada; golpe não tem apoio de grandes nomes do partido, como Serra, Alckmin e FHC.
 
O jurista Miguel Reale Júnior deverá entregar na próxima quarta-feira (20) parecer jurídico, encomendado pelo comando nacional do PSDB, sobre a possibilidade do partido ingressar com pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
O prazo foi dado em encontro nesta quinta-feita (14), na capital paulista, entre o jurista e o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP).
Na reunião, o tucano levou ao jurista informações levantadas pela CPI da Petrobras e conteúdo de depoimentos do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Com a finalização do parecer, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, deverá marcar na semana seguinte reunião com os partidos de oposição ao governo federal para definir se ingressarão com o pedido.
A sigla decidiu avaliar melhor a questão devido à manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que a petista não pode ser processada por crime cometido antes do atual mandato.
Além do crime de responsabilidade, Reale Júnior estuda a possibilidade de ser ingressada ação penal contra Dilma por crime comum em decorrência do escândalo da Petrobras, o que a levaria a perder o mandato caso fosse condenada.
A questão do impeachment enfrenta resistências no próprio PSDB. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP) já se manifestaram contra um pedido de afastamento da petista neste momento. A bancada tucana na Câmara dos Deputados, no entanto, insiste na tese do impeachment e ameaça ingressar isoladamente com o pedido se não tiver apoio da sigla.

Que tal mudar o sistema de governo no Brasil?

Que tal mudar o sistema de governo no Brasil? Presidencialismo não está dando certo, a monarquia que tivemos no inicio não foi boa, passamos também por um período do parlamentarismo, se fizermos do Brasil uma empresa, isto é, acabando com os partidos , votação e extinguindo o senado e a presidência, só deixando os cargos de deputados estadual, federal e alguns ministérios e aqueles pretendentes terão que passar através de concursos pagando uma taxa como é feito para todos que ingressam no serviço público, só com uma observação estes cargos não são vitalício tem prazo de quatro anos. Acho que esta medida preventiva poderá dar certo, teremos uma grande redução nas despesas e poderemos assim melhorar o país em tempo mais curto.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Trem descarrila e oito estações são fechadas.
 

O descarrilamento de um trem na Baixada Fluminense levou a Supervia, concessionária que administra o terminal, a fechar oito estações de passageiros em pleno horário de pico; descarrilamento ocorreu, na Estação Nova Iguaçu, quando a locomotiva seguia para a Central do Brasil, no centro da cidade; o trem bateu num poste; secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório disse que a SuperVia será sancionada pelo descarrilamento; segundo ele, o acidente fez com que 1,8 mil pessoas descessem na linha férrea.
 
O descarrilamento de um trem na Baixada Fluminense levou a Supervia, concessionária que administra o terminal, a fechar oito estações de passageiros em pleno horário de pico, quando milhares de pessoas estão se deslocando para o trabalho. O descarrilamento ocorreu, na Estação Nova Iguaçu, quando a locomotiva seguia para a Central do Brasil, no centro da cidade. O trem bateu num poste. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que a SuperVia será sancionada pelo descarrilamento. De acordo com o dirigente, o acidente fez com que 1,8 mil pessoas descessem na linha férrea. 
"O que houve de fato foi um trem, no sentido Central do Brasil, saindo da estação Nova Iguaçu. Na mudança de linha ele descarrilou, fez com que esse trem abalroasse no poste da linha da rede área. Isso fez com que 1,8 mil pessoas descessem na linha férrea para retornar para a estação. Nós iremos determinar, ouvir com rigor e clareza as causas do acidente, sancionar a SuperVia uma vez que passageiros foram prejudicados e determinar reparos para que incidentes como esse não voltem q acontecer", afirmou o sec secretário à imprensa.
O acidente ocorreu por volta das 6h40 e dezenas de passageiros deixaram a locomotiva caminhando pelos trilhos em direção a estações mais próximas. As oito estações que precisaram ser fechadas vão desde a Presidente Juscelino até a estação da Central do Brasil. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a Supervia diz que não houve feridos.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar as circunstâncias de acidente e informou, em nota, que técnicos da agência foram deslocados para o local da ocorrência para iniciar a apuração das causas.
"O atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia também será avaliado, assim como o acionamento e o cumprimento do Plano de Contingência Integrado. Os técnicos da Agetransp também vão acompanhar o restabelecimento da operação no ramal", diz a nota.
Ao anunciar as providências que estão sendo tomadas – inclusive o envio de agentes da concessionária para auxiliar os passageiros –, a Supervia disse que iniciou a distribuição de vale viagem para os usuários prejudicados e que os passageiros estão sendo informados do ocorrido por meio do sistema de áudio das estações afetadas.
Informou, ainda, que a circulação nos outros ramais está normal e que as estações que levam à Central do Brasil, localizadas fora da área do acidente, estão funcionando normalmente.
Picciani: 'distritão' reaproxima eleitor da política.


“Esse sistema vai acabar com a eleição de parlamentares sem voto. Se alguém tem uma votação muito expressiva, será eleito, mas não leva ninguém junto. É o cumprimento do que diz a Constituição; afinal, todo poder emana do povo, e deve prevalecer a escolha da maioria”, diz o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani; segundo ele, é uma mudança que será benéfica para a política e vai ajudar a resgatar a confiança dos eleitores” 

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, levantou a bandeira pelo chamado distritão na reforma política. Segundo ele, o sistema proporcional, que determina quantas vagas cada partido terá no parlamento, é pouco compreendido pela população e resulta em injustiças.
Com a mudança, seriam eleitos os mais votados. “Esse sistema vai acabar com a eleição de parlamentares sem voto. Se alguém tem uma votação muito expressiva, será eleito, mas não leva ninguém junto. É o cumprimento do que diz a Constituição; afinal, todo poder emana do povo, e deve prevalecer a escolha da maioria”, diz.
Picciani afirma que trata-se de “uma proposta factível, que cumpre o objetivo de reaproximar o eleitor da política. É uma mudança que será benéfica para a política e vai ajudar a resgatar a confiança dos eleitores” (leia mais).