sábado, 30 de dezembro de 2017

Cariocas organizam festas particulares de réveillon em Copacabana para ganhar dinheiro extra

RIO - Em meio à crise, cariocas conseguiram um meio de obter dinheiro extra na virada do ano. Cris Oliveira, dona de uma agência de turismo, uniu-se a ao amigo Israel Gomes, empresário de seguros, para organizar uma festa de réveillon pela primeira vez. Com foco nos turistas estrangeiros, a Be carioca será uma festa marcada por danças, músicas e comidas típicas brasileiras. Cris alugou um apartamento para temporada de 130 metros quadrados, na orla de Copacabana, com vista para o palco principal do show, e espera lucrar pelo menos 50% do valor investido. Para participar do evento, o convidado deve pagar R$1,5 mil. réveillon
- Como trabalho com turistas, percebi que eles buscam cada vez mais passeios exclusivos por questões de segurança. Sendo assim, não se importam em pagar essa quantia para assistir aos fogos em uma festa seleta – explica a organizadora.
O requinte inclui recepção por passistas, contagem regressiva pelo intérprete do Salgueiro Leonardo Bessa, apresentação de dança em homenagem a Iemanjá e ainda cardápio com feijoada, caipirinha e moqueca.
A advogada Renata Carrilho percebeu que o período é uma ótima oportunidade para ganhar dinheiro há três anos. Desde estão, ela aluga o apartamento de um conhecido na orla de Copacabana, por um valor mais barato que o preço do mercado, e organiza o Réveillon Tropical, cujo convite custa R$ 450 este ano.
Para divulgar a festa, com cardápio que vai do churrasco ao japonês, ela conta com a ajuda do sobrinho Pedro Carrilho, de 19 anos, e espera faturar cerca de 30% do valor aplicado na organização:
- Tudo começou com uma festa familiar, foi crescendo e se tornou algo profissional. Copacabana é um lugar que todo mundo quer passar a virada, então, a cada ano aparece mais gente querendo participar.
De acordo com o RioCeptur, Centro de Estudos do Rio Convention & Visitors Bureau, 53% dos turistas que passarão a virada no Rio de Janeiro são de São Paulo e Minas Gerais, enquanto a maioria dos estrangeiros vem da Argentina, dos Estados Unidos e do Chile.
Segundo a 5ª pesquisa prévia do réveillon 2018, divulgada pela Associação de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), a ocupação hoteleira da cidade já está prevista em 87%, índice que supera o do ano passado, que foi de 85%.

Chuva derruba árvore em Ipanema; réveillon também será de tempo instável

Uma árvore caiu na Rua Prudente de Moraes, em Ipanema, na Zona Sul, em frente ao Country Club. Ninguém ficou ferido. A via está fechada na altura da Rua Aníbal de Mendonça. Os motoristas devem optar pela Rua Garcia d'Ávila. Equipes da CET-Rio, bombeiros, Comlurb e da Guarda Municipal estão no local.
Mais cedo, outra árvore caíra na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, na altura do número 370. A via chegou a operar em sistema de pare-siga, mas foi liberada por volta de 13h20.
PREVISÃO DE CHUVA MODERADA
Turista caminha protegida por um guarda-chuva, na praia do Leme
Turista caminha protegida por um guarda-chuva, na praia do Leme Foto: Marcos de Paula / Agência O Globo
O tempo continuará instável durante este sábado na cidade, segundo boletim divulgado pelo Sistema Alerta Rio. A previsão é de novas pancadas de chuva, com rajadas de vento forte, a partir da tarde, devido à atuação de áreas de instabilidade. De acordo com o Centro de Operações Rio, as áreas que envolvem os bairros de Sepetiba, Guaratiba, Vargem Grande e Recreio, na Zona Oeste, estão sob maior atenção, com riscos de temporais. Na Zona Norte, pontos da Grande Tijuca e Irajá também tiveram elevada precipitação na manhã deste sábado.
Até as 22h50 desta sexta-feira, a região metropolitana do estado, incluindo municípios da Baixada Fluminense, esteve sob estágio de atenção. Ruas e avenidas ficaram alagadas por conta do temporal, e 15 voos que tinham como destino ou sairiam do Aeroporto Santos Dumont foram cancelados. Em comunidades da Penha, na Zona Norte, sirenes foram acionadas para alertar a população sobre possíveis desmoronamentos.
NOITE DE RÉVEILLON SERÁ DE CHUVA
Quem começou a se programar para passar a virada do ano nas praias do Rio de Janeiro já deve separar uma capinha e um guarda-chuva. Novos boletins emitidos por institutos de meteorologia apontam que haverá pancadas de chuva a qualquer momento no dia 31, principalmente no período da tarde, da noite e da madrugada. "Raios e rajadas de vento de intensidade moderada a forte também estão previstos", comunica a nota mais recente do Sistema Alerta Rio.
Imagens de radar mostram núcleos de chuva fraca a moderada que se deslocam em direção ao município do Rio

Porto do Rio deve receber mais de 21 mil turistas nos últimos dias de 2017

RIO — O Boulevard Olímpico e as ruas da Zona Portuária ficaram repletos de turistas na manhã deste sábado, quando três transatlânticos chegaram à cidade, com cerca de 12 mil pessoas a bordo. Nos dois últimos dias de 2017, o Pier Mauá, na Zona Portuária do Rio, vai receber quatro navios, com mais de 21 mil turistas. No domingo, último dia do ano, às 7h, atraca o navio MSC Poesia, que veio de Buenos Aires, na Argentina. À noite, ele ficará posicionado na Praia de Copacabana junto com outras seis embarcações, para que os hóspedes acompanhem o espetáculo da queima de fogos.
A estimativa é que, com a movimentação habitual de turistas nessa época do ano (por causa do Réveillon e da aproximação do Carnaval), os visitantes injetem cerca de US$ 90 milhões na economia carioca durante a temporada de cruzeiros.
Neste sábado, às 7h, chegou o MSC Musica que fará escalas em Cabo Frio, Copacabana, Salvador e Ilhéus. Às 8h, o navio Costa Fascinosa que permanece até o dia 31 e segue para Argentina, passando por Ilha Bela. O último navio do dia 30 foi o Sovereing, que atracou às 9h. O navio, que faz um minicruzeiro de bate e volta, parte de Santos, atraca no Pier Mauá e no mesmo dia segue viagem para Búzios.
Mesmo com o tempo chuvoso, os turistas não desanimaram e saíram em passeios para conhecer a cidade. O casal de mineiros Cecília Farias, de 26 anos, e Augusto Salles, de 27 anos, desembarcou do navio Costa Fascinosa após um cruzeiro de 8 dias e saiu para passear pela Orla Conde.
— Fiquei impressionada com a mudança desta região. Estivemos aqui ano passado, antes das Olimpíadas e já estava mudando. Hoje quando desembarcamos vimos que ficou lindo, colorido — elogiou Cecília, que pretendia conhecer o Aquario.
Alguns turistas, no entanto, reclamaram da falta de banheiros químicos na orla Conde e da demora da liberação de saída dos navios.
— No navio em que estávamos, havia só dois despachantes para ver os passaportes e liberar as saídas. Ficamos duas horas e meia na fila — disse o carioca Victor Alexander, de 54 anos, que desembarcou de volta à cidade após um cruzeiro.
Segundo Alexandre Gomes, gerentes de operações do Píer Mauá, a Cidade Maravilhosa foi escolhida esse ano como o principal destino do brasileiro para o Réveillon ultrapassando Miami, até então a primeira colocada, além de ser a mais visitada da América do Sul.
—O Rio este ano volta a ser alvo do turista brasileiro e a ter navios que embarcam e desembarcam na cidade. É um navio dedicado ao carioca e aos brasileiros que utilizam os aeroportos como porta de chegada. O navio começa o cruzeiro no Rio e termina na cidade. Vai para outros destinos, como o Nordeste, e em algumas viagens segue para Buenos Aires, mas utiliza o Rio como a casa dele — afirmou.
Ele afirma que esta foi uma temporada acima das expectativas.
—Serão 94 atracações, das quais 23 são cruzeiros de longo curso (internacionais) e 25 navios no total; 60% são do Mercosul e outros 40% vindos da Europa e Estados Unidos registrando um aumento de 12% em relação à temporada anterior — diz, acrescentando que a maioria dos turistas (70%) que chegou para o Ano Novo é da Argentina.
Até abril de 2018, são esperadas cerca de 400 mil passageiros durante a temporada, iniciada no final de outubro.
A estimativa é que, com a movimentação habitual de turistas nessa época do ano (por causa do Réveillon e da aproximação do Carnaval), os visitantes injetem cerca de US$ 90 milhões na economia carioca durante a temporada de cruzeiros.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

2018 e o desafio de deter a bomba-relógio fiscal e crescer com bons empregos



O ano que se despede nesta semana foi definitivamente de notícias mais animadoras para a economia brasileira. Após atravessar a maior recessão das últimas décadas, o país começa emitir alguns sinais positivos que indicam que, provavelmente, o pior já ficou para trás. O ano de 2017 chega ao fim com um índice de inflação rondando os 3%, ante 6,29% de 2016, e com a taxa básica de juros de 7% ano, o menor patamar histórico. A atividade econômica também saiu do vermelho, e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresce há três trimestres consecutivos. Além disso, o fantasma do desemprego vem, ainda que timidamente e com oscilações, em trajetória de queda.
Diante desse cenário mais alentador, o presidente Michel Temer aproveitou o pronunciamento de fim de ano para afirmar que agora o país está "em ordem" e "mais barato para viver". No apagar das luzes de 2017, o Ministério da Fazenda aumentou a projeção para o crescimento da economia para o próximo ano. A estimativa para o PIB passou de de 2% para 3%, em 2018. Segundo o ministro da pasta, Henrique Meirelles, as empresas e as famílias reduziram o endividamento e as taxas de juros reais (descontada a inflação) está mais baixa, o que permite maior crescimento da atividade econômica.
Mas a equação para uma retomada contundente não é tão simples assim. Apesar de algumas boas novas, o caminho para recolocar o país nos trilhos e reequilibrar as contas públicas ainda é grande e desafiador, segundo especialistas ouvidos pelo EL PAÍS.

Desemprego

O nível ainda elevado do desemprego pode ser mais um entrave para um crescimento mais virtuoso. Apesar do desemprego ter começado a cair antes do estimado por algumas instituições financeiras, a composição dos novos empregos é ruim. O desemprego no país recuou para 12,2% no trimestre encerrado em outubro. No trimestre anterior, encerrado em julho, a taxa havia sido de 12,8%. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, 586 mil pessoas deixaram a fila do emprego no período. Houve, no entanto, um aumento de vagas informais ao invés de postos com carteira. Das 2,303 milhões de vagas geradas no país ao longo deste ano, 75%, ou 1,743 milhão, são informais, segundo a Pnad, o que inclui tanto os empregos por conta própria como os empregos sem carteira assinada. Os postos restantes foram gerados pelo setor público.
O ano termina ainda com uma nota inesperada: o fechamento de vagas em novembro. No mês passado, o Brasil viu sumir 12.292 vagas formais de emprego. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho. Os dados frustraram o mercado porque a expectativa dos agentes financeiros entrevistados pelos serviços Valor Data e Reuters era de criação de vagas.
Novembro foi o primeiro mês em vigor da reforma trabalhista, mas ainda é bastante cedo para vincular estatisticamente as cifras a esse fato. Seja como for, 2018 será o ano em que empresários, trabalhadores e Justiça testarão para valer as utilidades e os problemas das novas regras trabalhistas, que podem impactar também na qualidade dos empregos a serem criados. Há quase uma dezena de ações questionando a reforma no Supremo Tribunal Federal sem falar de uma regulação por Medida Provisória ainda pendente de aprovação no Congresso.

Ajuste fiscal e reforma da Previdência

No plano político e das contas do Estado, ainda está ativa a bomba-relógio das contas públicas. A economia ainda precisa de um ajuste fiscal grande ante os déficits projetados. No ano prestes a começar, a estimativa é de um rombo de 159 bilhões de reais. Caso as agendas de reformas e do ajuste não avancem, a atividade econômica pode voltar a retroceder, e o país continuará a gastar mais do arrecada nos próximos anos, como vem acontecendo desde 2014, o que faz a dívida pública brasileira aumentar cada vez mais. Atualmente, de acordo com o Banco Central, ela está em 74,4% do PIB, e se situa acima da média de 48% do PIB dos países emergentes.
Em 2017, as várias renegociações de dívidas, como os diversos parcelamentos de débitos tributários (Refis) não ajudaram o quadro  fiscal. Além disso, uma liminar do STF suspendeu o adiamento do reajuste dos servidores - que traria alívio de 6 bilhões de reais. Sem falar que a equipe econômica ainda luta para tentar restabelecer cobrança de alguns tributos suspensos no Governo passado e nem sequer discute outras opções como mexer progressivamente na tributação da renda e dos dividendos empresariais.
Neste quadro, o maior revés, no entanto, foi o Governo Temer não ter tido força política para votar e aprovar a reforma da Previdência, adiada para fevereiro. Projeções do Ministério do Planejamento apontam que, sem a reforma da Previdência, os gastos que o Governo não pode cortar (como aos benefícios previdenciários, pessoal, abono e seguro desemprego) vão saltar de 91,8% do orçamento neste ano para 101,4% em 2022. Ou seja, não haverá dinheiro para fazer investimentos e a equipe econômica terá que fazer um malabarismo para fechar suas contas. Atualmente, os investimentos públicos já estão minguados. Eles alcançaram apenas 2% do PIB em 2017, o mais baixo nível da série histórica, iniciada em 1995.
Na avaliação do economista Nelson Marconi, da FGV, dificilmente Temer conseguirá aprovar em 2018, ano eleitoral, uma reforma da Previdência. "É uma matéria muito polêmica para um fim de mandato. Isso vai gerar uma dificuldade fiscal maior e um aumento da insegurança sobre o que vai acontecer no próximo Governo. Acho que está muito claro que, tirando o [Jair] Bolsonaro, que é muito imprevisível, todos os candidatos terão uma preocupação com a questão fiscal", explica. Segundo o economista, certamente tudo isso vai fazer com que o próximo ano  haja mais especulações no mercado financeiro. "O que pode gerar mais turbulência no câmbio e pode dificultar a equipe econômica de Temer a continuar o ciclo de queda da taxa de juros". 
Sergio Valle, economista-chefe da MB Associados, concorda que dada a situação fiscal, é impossível pensar que a reforma da Previdência não será aprovada no máximo em dois anos, mesmo que mais enxuta. "Ela estará no radar dos candidatos. Toda a discussão que aconteceu neste ano foi importante para os congressistas e a população terem consciência dos problemas e dos números da nossa Previdência", diz.
Outro desafio complicado que a gestão de Temer terá que enfrentar em 2018 para manter as contas públicas sob controle será o teto de gastos. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto, promulgada em  2016, estabeleceu que os gastos da União não poderão crescer mais do que a inflação do ano anterior durante os próximos vinte anos. "Como a inflação esse ano foi muito baixa, a correção do aumento de gastos vai ser muito baixa também. O Governo vai ter que pensar em alguma solução para não estourar a meta, talvez o aumento de impostos, o que é muito difícil, ou terá que cortar ainda mais gatos, será uma situação fiscal complicada", ressalta Marconi.
O adiamento da votação da reforma Previdência não só agrava o quadro fiscal como coloca em risco a nota de crédito do Brasil, que pode ser rebaixada novamente pelas agências de risco no início de 2018.

Cenário incerto

Sondagens realizadas pela FGV com empresários e consumidores mostram que os índices de confiança vem avançando nos últimos meses. Ao mesmo tempo, o Indicador de Incertezas da Economia vem diminuindo, afastando-se do pico mais recente observado em junho de 2017 após o escândalo da JBS, envolvendo Temer. Segundo relatório da Instituição Fiscal Independente, do Senado, a manutenção de um ambiente de baixa incerteza é essencial para a aceleração da retomada da economia em 2018, mas ele não é garantido. "Existe um balanço de riscos que perpassa a estimativa de crescimento econômico, principalmente no que diz respeito às incertezas do cenário político eleitoral e ao desafio de redução do déficit primário e da sustentabilidade do endividamento público, que poderia afetar as medidas de prêmio de risco e, consequentemente, as expectativas de inflação e a condução da política monetária", explica o instituto em nota.


No plano internacional, o panorama é positivo, com perspectiva de crescimento tanto das economias desenvolvidas como as emergentes, mas nada impede que o tabuleiro internacional de maior instabilidade prejudique essas previsões.

Aneel anuncia que contas de luz de janeiro terão bandeira verde

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as contas de luz terão bandeira verde no mês de janeiro. Com isso, os consumidores não terão de pagar taxa adicional no próximo mês. Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar, cuja taxa é de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A mudança da bandeira foi possível em razão do aumento das chuvas nas últimas semanas, que ajudaram a recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas.
"O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). Mesmo com a bandeira verde, é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica", informou a Aneel.
O sistema de bandeiras tarifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista (PLD). Essa metodologia está em audiência pública e pode ser alterada no início de 2018.
No novo sistema, a bandeira verde continua sem taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,00 a cada 100 kWh. No primeiro patamar da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. E no segundo patamar da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5,00 a cada 100 kWh.
O sistema de bandeiras tarifárias é uma forma diferente de cobrança na conta de luz. O modelo reflete os custos variáveis da geração de energia.
Antes, esse custo era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao consumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz.
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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

TOC continua presente na vida de Roberto Carlos

Para muitos o cantor tem apenas manias, mas na verdade é uma doença mental grave acompanhada de rituais complexos e rígidos.

Em 2004, o cantor Roberto Carlos deu uma entrevista reveladora ao "Fantástico" em que revelara sofrer de uma doença chamada Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que para muitos parecem ser apenas manias, mas na verdade é uma doença mental grave acompanhada de rituais complexos e rígidos que comprometem a qualidade de vida de quem tem. A coluna descobriu que até hoje eles persistem. E em conversa com vizinhos de Roberto, eles relataram alguns exemplos de TOC.
Roberto comprou uma geladeira nova mas o aparelho teve que ficar algumas semanas na garagem do prédio onde ele vive na Urca. A geladeira só podia entrar na casa de Roberto quando a lua virasse, mais precisamente quando entrasse a Lua Nova.
O edifício chegou a entrar em reforma e foram colocados andaimes para consertar a fachada do prédio. Roberto viajou para Miami para passar um mês enquanto as obras aconteciam. Nesse meio tempo, a obra foi concluída. O cantor decidiu pagar para manter o andaime até ele voltar, para que seu carro passasse novamente pela tal armação metálica. Sem isso, ele não entraria novamente no prédio.
Roberto tem quatro apartamentos no prédio onde mora: um pra governanta, outro pro filho, um terceiro para guardar suas coisas e o quarto, a cobertura, onde vive. Certa vez, ele de casa e o porteiro abriu o elevador com o interfone na mão. Quando ele voltou ele pediu ao porteiro para segurar o interfone novamente, como fez quando ele saiu, para que ele pudesse entrar de novo no elevador.

Fuzil estoura na mão de policial durante confronto com criminosos em São Gonçalo

Segundo a polícia, agentes foram atacados por homens em uma motocicleta. Ao revidar, arma sofreu uma pane e estourou

Rio - Um fuzil sofreu uma pane e estourou nas mãos de um policial militar durante confronto com criminosos, no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, na noite desta segunda-feira. 
De acordo com a PM, policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo) foram atacados por criminosos em uma motocicleta durante policiamento. Os criminosos fugiram e o policial militar foi atendido no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) e liberado em seguida. A arma foi encaminhada ao Centro de Criminalística da Polícia Militar (CCrim) para perícia.

Estado paga na quinta-feira salário de novembro de quem ganha até R$ 2.805

De acordo com a Secretaria de Fazenda, 134.760 servidores serão beneficiados com o depósito do próximo dia 28

Rio - A Secretaria de Estado de Fazenda deposita, nesta quinta-feira, os salários integrais de novembro de todas as categorias que têm vencimento líquido de até R$ 2.805. De acordo com a Sefaz, 134.760 servidores serão beneficiados com o depósito do próximo dia 28. Os pagamentos serão depositados ao longo do dia, mesmo depois do expediente bancário.
Com esses depósitos, que somam R$ 200 milhões, o Estado terá pago integralmente os salários de novembro para 84% do funcionalismo público. Somados os pagamentos referentes ao mês de novembro já efetuados anteriormente, os vencimentos ficarão quitados para 391.078 servidores, em um total de R$ 1,212 bilhão. Os salários de novembro ficarão pendentes para 71.134 servidores ativos, inativos e pensionistas, em um total de R$ 375,97 milhões.

No último dia 14, décimo dia útil do mês, a Secretaria de Fazenda já havia depositado os pagamentos integrais do mês de novembro para os servidores ativos da Educação e do Degase, e para os servidores ativos, aposentados e pensionistas da Segurança — policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários e funcionários das secretarias de Segurança e Administração Penitenciária e órgãos vinculados. De acordo com o resultado da arrecadação, a Fazenda anunciará posteriormente quando se dará um novo depósito.

Atriz divulgou imagens nas redes sociais nesta terça-feira

Rio - Cleo Pires está curtindo o final de ano em família. A atriz postou no Instagram fotos de momentos de descontração entre ela e o irmão, Bento. Nas imagens, Cleo aparece de biquíni se bronzeando e, de repente, Bento joga um balde de água na cabeça da atriz. "Eu sereiando só na inocência", escreveu Cleo na legenda de uma das fotos, momentos antes da brincadeira do irmão. 



Temer assina MP que reduz idade mínima para saque do PIS/Pasep

Temer assina MP que reduz idade mínima para saque do PIS/Pasep: Medida deve atingir 12,5 milhões de pessoas© Tiago Queiroz/Estadão Medida deve atingir 12,5 milhões de pessoas
O presidente Michel Temer assinou nesta terça-feira, 26, a Medida Provisória (MP) que reduz a idade mínima para o saque do PIS/Pasep. A proposta vai permitir que homens e mulheres possam sacar o benefício a partir dos 60 anos de idade. Temer havia anunciado a medida na semana passada, durante café da manhã com jornalistas.
Segundo o Ministério do Planejamento, a expectativa é de que a medida injete R$ 23,6 bilhões na economia e beneficie 12,5 milhões de pessoas. A medida será publicada nesta quarta, 27, no Diário Oficial da União. A MP entrará em vigor 10 dias após a publicação.
A redução da idade mínima para acesso ao PIS/Pasep já havia sido alvo de uma primeira MP, editada em agosto e que perdeu a validade no dia 21 deste mês. A proposta estabelecia que homens a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 62 poderiam ter acesso ao saldo. Antes dessa primeira MP, só era possível sacar o dinheiro a partir dos 70 anos ou em caso de aposentadoria. Como a MP não foi votada, o conteúdo dela não virou lei, embora tenha validade no período de vigência do texto. Daí a necessidade de uma nova MP.
A expectativa do governo era que a primeira redução de idade injetasse cerca de R$ 16 bilhões na economia, beneficiando 8 milhões de pessoas. O resultado, porém, ficou abaixo do esperado. Segundo dados do Planejamento, até o final da vigência da primeira MP, foram pagos apenas R$ 2,2 bilhões a cerca de 1,6 milhão de cotistas. Descontando o público que já sacou recursos em 2017, a pasta estima que ficarão disponíveis 21,4 bilhões a 10,9 milhões de pessoas a partir de janeiro de 2018.
Gerido pelo Banco do Brasil, o Pasep é um fundo ao qual tem direito pessoas que trabalham como contratadas no serviço público. Ele foi criado em 1970 para estender aos funcionários públicos os benefícios concedidos aos trabalhadores da iniciativa privada pelo PIS. Em 1975, os dois foram contabilmente unificados e deram origem ao PIS/Pasep, do qual têm direito servidores públicos e funcionários da iniciativa privada que atuaram antes de 4 de outubro de 1988.
A segunda rodada de saque do PIS/Pasep faz parte das medidas do governo para ajudar na retomada da economia em 2018, como ocorreu com o saque das contas inativas do FGTS neste ano. O governo decidiu fazer uma nova redução na idade mínima com base nas emendas que os parlamentares apresentaram à Medida Provisória (MP) 797, que reduziu a idade do saque do PIS/Pasep para 65 anos de homens e 62 mulheres.

Solto, Garotinho afirma ter documentos provando acusações à Globo




O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR), acusado de compra de votos nas eleições de 2012 e de receber dinheiro de caixa 2 no pleito de 2014, publicou texto em seu blog no qual afirma ter documentos que irá divulgar como prova de que a TV Globopagou propina a dirigentes da Fifa, da CBFe da Concacaf (federação de futebol da América Central e do Norte) para adquirir o direito de transmissão de eventos esportivos. Em nota, a emissora reafirmou seu “compromisso com relações éticas” nesse tipo de negociação e seu “total apoio às investigações e medidas judiciais que garantam a integridade e transparência no futebol”.
Preso em um desdobramento da Operação Chequinho, que apura a compra de votos nas eleições de Campos dos Goytacazes (RJ), Garotinho foi solto na semana passada, por decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nesta terça-feira, seis dias depois de deixar a cadeia, ele retomou a atividade de seu blog pessoal para divulgar um texto contra a emissora. Garotinho alega possuir documentos e depoimentos que incriminariam a TV Globo no escândalo de corrupção da Fifa, no que chamou de “Padrão Globo de Propina (PGP)”.
Um dos relatos de posse do ex-governador seria o do empresário e jornalista J. Hawilla, “que promete levar para a prisão outros dirigentes da entidade que comanda o futebol brasileiro e de outras federações, confederações e da própria Fifa”. A ponte de Hawilla com a emissora seriam anotações de pagamentos com a sigla “MCP”, que Garotinho diz ser uma referência ao ex-diretor da Globo Marcelo Campos Pinto, e sociedades entre o empresário e a família Marinho, dona da emissora.
Na lista desses negócios, o político cita a unidade da TV TEM, afiliada da TV Globo no interior de São Paulo, em Sorocaba (SP). A VEJA, a emissora explica que “não há, desde 2010, qualquer participação da família Marinho na TV TEM”. A Globo ainda reitera que “em sua cobertura jornalística, continuará a divulgar todas as informações relevantes sobre o assunto”.
Uma das testemunhas mais importantes no escândalo de corrupção da Fifa, Hawilla é dono da empresa de marketing esportivo Traffic, que Garotinho acusa de ser a “principal ponte da propina” para a Globo. “O grande negócio da vida de Hawilla é a Traffic. Foi através dessa empresa que ele se tornou a ponte de propina paga pelo Grupo Globo aos dirigentes da FIFA, da CBF, da Concacaf (América Central) e outras entidades do futebol mundial”, escreveu o ex-governador.

Leia na íntegra a nota da TV Globo

Não há, desde 2010, qualquer participação da família Marinho na TV TEM, uma afiliada da Rede Globo.
O Grupo Globo reafirma seu total apoio às investigações e medidas judiciais que garantam a integridade e transparência no futebol e seu compromisso com relações éticas na aquisição de direitos esportivos.
Reitera ainda que, em sua cobertura jornalística, continuará a divulgar todas as informações relevantes sobre o assunto

Estaleiro diz ter pago propina em obra da Petrobras na gestão FHC

Estaleiro Keppel Fels: O estaleiro Keppel Felsted, no Rio de Janeiro© Divulgação O estaleiro Keppel Felsted, no Rio de Janeiro
O estaleiro de Singapura Keppel Fels, um dos maiores fornecedores da Petrobras, afirmou, em acordo assinado com autoridades de três países, ter pagado propina para assegurar o ganho de um contrato com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso(PSDB) para a construção da plataforma P-48 da estatal, segundo informa o jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira.
O suborno de 300.000 dólares – equivalente hoje a 994.000 reais – foi pago nos anos de 2001 e 2002 para “funcionários do governo”, de acordo com o documento que está no Departamento de Justiça do Estados Unidos. O valor da propina, entretanto, seria menor do que os relatados em contratos fechados nos governos do ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rouseff(PT).
Conforme o jornal, no primeiro contrato do estaleiro com a gestão petista, em 2003, o valor da propina chegou a 13,3 milhões de dólares – 44 milhões de reais -, valor equivalente a 1% do custo da plataforma P-53, que foi de 1,3 bilhão de dólares, construída naquela época. Já no caso do suborno pago durante o governo de FHC, ele correspondeu a 0,03%, já que a P-48 custou por volta de 800 milhões de dólares.
No acordo de leniência – uma espécie de delação feita por empresas – consta ainda que o Keppel Fels pagou um total de 55,1 milhões de dólares ao PT e executivos da Petrobras ligados ao partido entre 2003 e 2012, num total de cinco contratos. O montante equivale a 182,6 milhões de reais em valores atuais.O estaleiro fez esse tipo de acordo com Brasil, EUAe Singapura e pagou uma multa de 1,4 bilhão de reais.
Segundo o jornal, havia um esquema fixo para fazer a propina chegar ao PT. A empresa tinha contratos falsos de consultoria com o engenheiro Zwi Skornicki. Ele recebia os recursos e os repassava para Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobrás, Renato Duque, ex-diretor da estatal, e para o partido.
Duque e Barusco foram indicados para os cargos pelo partido. O dinheiro para o PT era repassado por meio do tesoureiro João Vaccari Neto, segundo Skornicki, que fez um acordo de delação.
Luis Flávio Borges D’Urso, advogado de Vaccari, afirmou que seu cliente jamais negociou ou recebeu suborno ou qualquer valor de origem ilícita. O ex-tesoureiro do PT está preso em Curitiba há dois anos e oito meses.
Questionados pelo jornal, o PSDB e o PT não quiseram se pronunciar sobre os relatos feitos pela Keppel Fels acerca de supostos pagamentos de suborno durante os governos FHC e Lula e para executivos.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Governo libera mais R$ 1,2 bilhão para gastos sociais de prefeituras

O governo federal liberou R$ 2,8 bilhões para todas as prefeituras brasileiras neste ano para o custeio de atividades na área de assistência social, como o financiamento das unidades de acolhimento. Só nesta semana, depois da liberação de recursos que estavam bloqueados no Orçamento, foram repassados R$ 1,2 bilhão. 

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, o repasse da assistência social em 2017 para os municípios brasileiros alcançou o patamar mais alto da série histórica iniciada em 2011. “Conseguimos zerar os passivos deixados pela gestão anterior. Vamos entrar 2018 com as contas em dia.”
Osmar Terra: ‘Conseguimos zera os passivos’, afirma o ministro do desenvolvimento social e agrário, Osmar Terra



Mas, para o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a grande preocupação é em relação ao corte que foi feito no orçamento de 2018 para essa área. “Estamos extremamente preocupados. O corte é muito grande. O grande penalizado é o cidadão porque o governo vai cortar áreas numa área muito sensível”, afirmou.

Ele disse que se encontrou com o ministro Terra e o presidente Michel Temer para alertá-los sobre esse “grande drama”. “A prefeitura é um executor dos programas do governo federal. No momento de cortes, os cidadãos que precisam desses recursos não procuram a União ou o Estado, ele vai atrás da prefeitura”, afirma.

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Os recursos repassados aos municípios esta semana não compõem as negociações paralelas que o Planalto fez com os prefeitos para a aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer prometeu, no meio dessas negociações, ampliar os investimentos nos municípios em R$ 3 bilhões para o 2018, além de um auxílio financeiro de R$ 2 bilhões ainda em 2017.

Receita. Entre novembro e dezembro, a equipe econômica fez dois desbloqueios de despesas do Orçamento, um de R$ 7,5 bilhões e outro de R$ 5 bilhões, anunciado na última quarta-feira. As verbas para a assistência social não são gastos obrigatórios, ou seja, o governo dependia de uma melhora da arrecadação para liberar os recursos. 

Há um ano e meio, informou Terra, a União tinha uma dívida de R$ 1,3 bilhão relativo a oito meses de pagamentos que não foram feitos entre 2015 e 2016, durante o governo Dilma. 

Segundo o secretário executivo do ministério, Alberto Beltrame, por conta dos atrasos, as prefeituras tiveram dificuldades para manter a prestação dos serviços em dia. Agora, disse, vão começar 2018 – ano de campanha eleitoral – numa situação muito melhor para a prestação de serviços na área social.

“Para o prefeito, mais importante que o orçamento é manter o fluxo de caixa”, disse. Pelos cálculos do secretário, os chamados “restos a pagar” (despesas transferidas de um ano para o outro) devem ficar em torno de R$ 100 milhões.

Os recursos são basicamente usados em serviços como as unidades de acolhimento, que funcionam como moradia provisória para indivíduos e famílias afastadas temporariamente do seu núcleo e se encontram em situação de abandono ou ameaça. Também vão para os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), uma espécie de porta de entrada da assistência social, e para os Centros de

Referência Especializados de Assistência Social (Creas), que oferecem serviços para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias e indivíduos em situação de risco.

“Intocáveis” fisgados pela Lava Jato continuam atrás das grades

Sérgio Cabral, quando era governador do Rio: Cabral:m uitos já estão condenados, pegaram penas severas, outros estão prestes a receber o veredicto
Uma cena impensável até outro dia, e para perplexidade geral, marca o País na proximidade das festas de mais uma passagem de ano. Políticos, ex-ministros, empreiteiros, doleiros, gestores públicos, ex-dirigentes da Petrobras, todos fisgados pela Lava Jato, continuam atrás das grades. São quadros históricos de Brasília, nomes até então tido como intocáveis, que caíram na malha fina da grande investigação. Muitos já estão condenados, pegaram penas severas, outros estão prestes a receber o veredicto.
Integram esse rol o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), dois ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Alves, ambos também peemedebistas, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, ex-diretores e gerentes da estatal petrolífera, como Jorge Zelada e Renato Duque, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ex-deputados, como André Vargas (ex-PT/PR), ex-senadores, como Gim Argello (PTB/DF). E por aí vai.
A lista é extensa.
Na sexta, 22, chegou lá Paulo Maluf. Emblemático nome da política, condenado a 7 anos, nove meses e dez dias por lavagem de dinheiro que teria desviado dos cofres públicos quando exerceu o mandato de prefeito de São Paulo, ele está entrando na Papuda, onde já estão o ex-senador Luiz Estevão, quase 30 anos de pena por desvios de dinheiro das obras do Fórum Trabalhista de São Paulo, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, este o homem do famoso bunker de R$ 51 milhões em dinheiro vivo.
Alguns chegaram lá em 2015, como Vaccari Neto, capturado em abril daquele ano. Ele vai passar o seu terceiro Natal atrás das grades, no Complexo Médico Penal de Pinhais, arredores de Curitiba, base e origem da Lava Jato.
Outros estão recolhidos há menos tempo. Por exemplo, Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras, que chegou em julho, alvo da Fase Cobra da Lava Jato. É o seu primeiro Réveillon lá.
Em setembro de 2016, chegou Antônio Palocci, capturado na Omertà. Um mês depois, passou a fazer companhia ao grupo Eduardo Cunha. Mais um mês adiante, novembro de 2016, foi a vez de Sérgio Cabral, que governou o Rio por oito anos sucessivos e agora já acumula penas de 87 anos de cadeia – a ele impostas pelos juízes federais Sérgio Moro e Marcelo Bretas.
Assim, Cunha e Cabral – o primeiro na cadeia de Curitiba, o outro no Rio – experimentam o segundo Natal confinados.
Henrique Alves, que até ministro foi, é alvo de duas missões de uma só vez, a Operação Manus e a Operação Sépsis, que vieram na esteira da Lava Jato.
Na Custódia da Polícia Federal em São Paulo estão os irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS/J&F. Chegaram em setembro, acusados de usar informações privilegiadas de suas próprias delações premiadas para auferir ganhos milionários no mercado financeiro. Ricardo Saud, executivo do grupo, também vai passar o Natal e a virada para 2018 na cadeia, mas no caso dele em Brasília.
Muitos já passaram por lá, mas, graças a decisões judiciais – a maioria pelas mãos do ministro Gilmar Mendes, do Supremo -, conseguiram sair da prisão ou pegaram regime domiciliar. É o caso dos ex-governadores Garotinho e Rosinha, do ‘Rei do Ônibus’ Jacob Barata Filho, do ex-bilionário Eike Batista, da mulher de Sérgio Cabral, Adriana.
No último dia 19, o empreiteiro Marcelo Odebrecht – depois de quase mil dias recolhido – deixou o Complexo de Pinhais. Preso em 19 de junho de 2015, ele passou dois réveillons atrás das grades. Agora, vai ficar em casa os próximos dois anos e meio, com tornozeleira eletrônica. Faz parte do acordo de delação premiada que fez.
Assim como Palloci e Léo Pinheiro, Odebrecht confessou ter cometido crimes. A maior parte dos outros encarcerados nega.