sábado, 27 de janeiro de 2018

Temer adia viagem e ataca de 'mídia man' para aprovar a PEC 287


Com a falta de aliados necessários para aprovar a Reforma da Previdência no Congresso - o governo não divulga qual o balanço de votos, apenas diz que o número "está crescendo" -, o presidente Michel Temer decidiu centrar esforços para angariar mais adeptos à PEC 287. Para isso adiou a viagem que faria à Portugal no dia 1º de fevereiro para participar da XII Cimeira Luso-Brasileira no dia 2. Uma nova data será marcada para o encontro com o primeiro-ministro português, António Costa.
Segundo auxiliares, Temer quer aproveitar a semana que vem para amarrar conversas a fim de garantir que as discussões da Previdência comecem no dia 5, como está pré-estipulado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No último final de semana, o presidente disse a auxiliares que pretende colocar o texto da Reforma da Previdência em votação mesmo sem os votos necessários, ou seja, 308 deputados.
Na avaliação do presidente Temer, em caso de derrota, o governo terá o discurso de que "fez a sua parte" e passará a responsabilidade aos parlamentares, que seriam obrigados a assumir uma postura perante seus eleitores. O discurso de que sem a reforma "não haverá aposentadorias" no futuro foi reforçado pelo presidente e seus ministros em vídeos publicados recentemente.
Além do esforço com parlamentares, Temer vai atacar de "mídia man" para convencer a população de que a reforma é necessária. Hoje começam a ser transmitidos os programas na TV aberta, que será transmitido no programa Amaury Jr, na TV Bandeirantes. Domingo é a vez de a gravação do programa do Silvio Santos ir ao ar. E na segunda o presidente aparecerá no programa do Ratinho (SBT).

Aposentados do INSS vão receber mais de R$ 39 milhões de atrasados

Serão quitadas ações que tiveram sentenças finais em dezembro para 2.381 segurados do Rio e ES.

Rio - Mais de 2,3 mil aposentados e pensionistas do INSS no Rio e no Espírito Santo receberão R$ 39,08 milhões de atrasados de processos de revisão e concessão de benefícios. As ações tiveram sentenças finais da Justiça em dezembro e não cabe mais contestação do INSS.
Os recursos foram liberados pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) para o Tribunal Regional Federal da 2ª (TRF-2), que abrange os dois estados. O tribunal vai pagar os atrasados a 2.381 segurados por meio de Requisições de Pequeno Valor (RPVs), limitadas a 60 salários mínimos (R$ 56.220), considerando o piso de R$ 937. Ainda não há data para o pagamento.
O conselho liberou R$314,6 milhões para os demais tribunais do país a fim de quitar ações encerradas no fim do ano passado. São 27.964 processos que beneficiam 30.856 segurados do INSS. Segundo o CJF, a verba é repassada diretamente aos tribunais federais, responsáveis pelos pagamentos dos processos e pelo calendário de liberação.
As RPVs são depositadas em contas abertas no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica. O crédito é feito em nome de quem ganhou o processo.
Para verificar quanto vão receber, os segurados podem acessar www.trf2.jus.br. Lá, precisam ir ao menu à esquerda, procurar Precatórios/RPV, e clicar em "Consultas", depois em Pesquisa ao Público. Devem ter o número do requerimento do processo ou do CPF ou da ação judicial que ganhou. Ao digitar o código, basta clicar em "Confirmar" para concluir a operação.
Ao TRF da 1ª Região (DF, MG, entre outros) foram liberados R$ 37,1 milhões de 2.294 processos de 2.446 pessoas. O TRF da 3ª Região (SP e MS) recebeu R$ 30,1 milhões, para a 1.996 processos.
Já o tribunal da 4ª Região (RS, PR e SC) teve R$ 134 milhões para pagar 14.484 segurados. E o da 5ª Região (PE, CE entre outros) teve R$ 74,3 milhões de 6.809 processos de 9.549 beneficiados.


Sem passaporte, Lula cancela viagem à Etiópia, onde falaria em série de eventos sobre corrupção

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a viagem que faria à Etiópia nesta sexta-feira. Os advogados do petista já foram notificados da decisão do juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara, do Distrito Federal, de reter o passaporte de Lula e impedi-lo de deixar o país.
Embora aconteça apenas um dia depois de sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância na Lava Jato, a decisão de impedi-lo de viajar ao exterior não tem relação com o processo avaliado pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A medida é parte de um processo sigiloso que investiga se teria havido corrupção no procedimento de compra de caças da Suécia pelas Forças Armadas Brasileiras.
Lula daria uma palestra neste sábado, 27 de janeiro, em Addis Ababa, capital da Etiópia. O evento era parte de uma série de atividades que compõem o Encontro Anual da União Africana, cujo tema é "Vencendo a luta contra a corrupção". A participação de Lula se daria no evento intitulado "Parceria renovada para acabar com a fome na África até 2025 - Cinco anos depois: fazendo um balanço de progressos e lições à luz dos objetivos de desenvolvimento sustentável".
Na abertura do encontro, nesta quinta-feira, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, lamentou a disseminação de corrupção entre países africanos:
"A corrupção, juntamente com os fluxos financeiros ilícitos, priva a África de cerca de US$ 50 bilhões por ano. Os números falam por si. Todas as nações africanas estão preocupadas, de uma forma ou de outra, em graus diferentes. Como o terrorismo, essa luta deve ser global e só pode ser vencida pela nossa ação coletiva. O ano de 2018 está marcado para ser o ano dessa luta (contra a corrupção)".
Parte dos escândalos recentes de corrupção no continente africano tem relação com a atuação de empreiteiras brasileiras em esquemas investigados pela operação Lava Jato. Exemplos disso são obras da Odebrecht em Angola e Moçambique.
Em novembro, reportagem da BBC Brasil retratou aeroporto fantasma construído pela empreiteira em Moçambique com recursos do BNDES, que tomou calote na operação.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a viagem que faria à Etiópia nesta sexta-feira. Os advogados do petista já foram notificados da decisão do juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara, do Distrito Federal, de reter o passaporte de Lula e impedi-lo de deixar o país.
Embora aconteça apenas um dia depois de sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância na Lava Jato, a decisão de impedi-lo de viajar ao exterior não tem relação com o processo avaliado pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A medida é parte de um processo sigiloso que investiga se teria havido corrupção no procedimento de compra de caças da Suécia pelas Forças Armadas Brasileiras.
Lula daria uma palestra neste sábado, 27 de janeiro, em Addis Ababa, capital da Etiópia. O evento era parte de uma série de atividades que compõem o Encontro Anual da União Africana, cujo tema é "Vencendo a luta contra a corrupção". A participação de Lula se daria no evento intitulado "Parceria renovada para acabar com a fome na África até 2025 - Cinco anos depois: fazendo um balanço de progressos e lições à luz dos objetivos de desenvolvimento sustentável".
Na abertura do encontro, nesta quinta-feira, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, lamentou a disseminação de corrupção entre países africanos:
"A corrupção, juntamente com os fluxos financeiros ilícitos, priva a África de cerca de US$ 50 bilhões por ano. Os números falam por si. Todas as nações africanas estão preocupadas, de uma forma ou de outra, em graus diferentes. Como o terrorismo, essa luta deve ser global e só pode ser vencida pela nossa ação coletiva. O ano de 2018 está marcado para ser o ano dessa luta (contra a corrupção)".
Parte dos escândalos recentes de corrupção no continente africano tem relação com a atuação de empreiteiras brasileiras em esquemas investigados pela operação Lava Jato. Exemplos disso são obras da Odebrecht em Angola e Moçambique.
Em novembro, reportagem da BBC Brasil retratou aeroporto fantasma construído pela empreiteira em Moçambique com recursos do BNDES, que tomou calote na operação.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Passarela cai em cima de caminhão na Avenida Brasil

Pelo menos uma pessoa teria ficado ferida. Segundo relatos, a caçamba do veículo abriu.Desde o início da manhã, moradores relatam intenso tiroteio na comunidade. Policiais do 18º BPM (Jacarepaguá), do Batalhão de Choque (BPChoque) e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) realizam uma operação na favela. Até o momento, não há informações sobre feridos no local.

Nas redes sociais, internautas publicaram fotos mostrando que os bandidos colocaram barreiras nas ruas para tentar impedir a entrada da polícia na favela. "Mais uma manhã de tiroteio", contou um deles. "Saí de casa para trabalhar com muito medo. Muito tiro!", afirmou outro.

Rio - Uma passarela caiu em cima de um caminhão, no início da tarde desta quarta-feira, na Avenida Brasil, na altura de Cordovil, na Zona Norte do Rio. De acordo com as primeiras informações, uma pessoa teria ficado ferida no local. Testemunhas contaram que a caçamba do veículo abriu no momento em que passava pela estrutura.
Por causa do acidente, os dois sentidos da Avenida Brasil foram interditados por volta das 14h30. Os motoristas devem optar pela Linha Vermelha. Às 14h50, os bombeiros ainda estavam no local.
Rio em Estágio de Atenção
O Centro de Operações Rio informou que o município entrou em Estágio de Atenção após a queda da passarela. Além disso, a Linha Amarela tem interdições intermitentes perto da Cidade de Deus, na Zona Oeste. Os motoristas que forem em direção à Barra da Tijuca e a Jacarepaguá devem seguir pela Estrada dos Bandeirantes.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Crivella faz balanço sobre o primeiro ano na prefeitura do Rio

Ele alegou que possíveis erros da gestão podem ter sido cometidos pela inexperiência na administração pública

Rio - O prefeito Marcelo Crivella fez um balanço sobre seu primeiro ano à frente da prefeitura na manhã desta segunda-feira. Além de mostrar o que foi realizado em 2017, Crivella fez uma projeção das principais ações previstas para esse ano.
A apresentação começou com a Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca. Na sequência, foi exibido um vídeo resumindo as ações do governo em 2017. Crivella fez um balanço das viagens ao exterior para tentar parcerias público-privadas nas áreas de urbanismo e da iluminação pública.
Também presente na reunião, a secretária de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa, deu um panorama da situação das finanças da cidade em 2017. Ela frisou a seriedade da gestão e outros índices. "É na crise que nós crescemos, nos reinventamos e, com criatividade e austeridade, trabalhamos por quem mais precisa", reforçou.
A subsecretária Aspásia Camargo apresentou as metas cumpridas em 2017 e os compromissos a cumprir em 2018. Segundo a subsecretária, 46% das promessas estipuladas para 2017 foram plenamente cumpridas, 31% parcialmente e 23% ainda serão realizadas.
O secretário da Casa Civil, Paulo Messina, demonstrou os cortes e contenções da prefeitura em 2017. Só nos dez primeiros meses de gestão, a prefeitura economizou quase R$ 1 bilhão em custeio. Entre as medidas de diminuição de gastos estão o corte de 1.500 cargos políticos e a utilização de imóveis municipais por parte dos órgãos da prefeitura, em detrimento de imóveis alugados. "A crise é uma oportunidade para otimizarmos a máquina pública", afirmou Messina.

TRF4 só absolveu cinco dos 77 condenados por Moro

Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, absolveu apenas cinco dos 77 condenados pelo juiz federal Sergio Moro em quase quatro anos de Operação Lava Jato.
Nesta quarta-feira, a Corte de segunda instância vai analisar o primeiro recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso seja confirmada a pena de nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação do triplex no Guarujá (SP), o petista poderá ficar inelegível.
O resultado do julgamento terá impacto na disputa pelo Palácio do Planalto e vai mexer com o xadrez da eleição deste ano. A dificuldade jurídica de Lula se reflete em seu futuro político e no de seu partido. O PT teme encolher na Câmara, no Senado e nos governos estaduais caso o petista seja impedido pela Lei da Ficha Limpa de disputar a Presidência mais uma vez.
A defesa do petista alega inocência. As estatísticas do TRF4, porém, revelam obstáculos impostos a Lula. O índice de absolvição na 8ª Turma Criminal da Corte é de 6,5%. Responsável em Porto Alegre por julgar os recursos contra as sentenças de Moro, a Turma é formada pelos desembargadores João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus. Apesar das reformas das decisões, 93,5% dos condenados não conseguiram escapar da pena de prisão.
O criminalista Carlos Eduardo Scheid, doutor em Direito, prevê “desafio muito grande” para Cristiano Zanin Martins e equipe, uma vez que, ao longo de vinte anos, a jurisprudência do TRF4 considera “o estado frágil em relação à criminalidade econômica”. Lula foi condenado por envolvimento no esquema de cartel e desvios na Petrobras.
“Normalmente um processo que tem uma prova indiciária e um processo cuja prova traz dúvidas é um processo que conduz à absolvição. Mas, em alguns casos especiais, o TRF4 entende que essa dúvida não é uma dúvida razoável, porque eles aplicam a teoria do domínio do fato e aplicam a questão da cegueira deliberada”, explicou Scheid, que atua na Corte, mas não defende nenhum acusado na Lava Jato.
Segundo o criminalista, Moro conhece bem a jurisprudência do Tribunal. “As ações que são analisadas pelo TRF4 são processos que tendem a ter um afrouxamento das garantias constitucionais e uma valoração das posições do juiz de primeiro grau. Por isso, o índice de reversão das decisões de Moro é baixíssimo”, afirmou Scheid.
O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato em Curitiba, comemorou os números e a coesão entre primeira e segunda instâncias. “O mais relevante é o grau de sucesso das acusações. Como o TRF4 é o último grau de avaliação probatória, podemos dizer que o convencimento das provas levantadas nas acusações é superior a 90%”, afirmou Lima, um dos integrantes da força-tarefa.

Absolvições

Até o momento, 98 decisões de Moro – um condenado pode ter mais de uma sentença – foram analisadas pelo TRF4 em 23 recursos. Foram absolvidos o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (duas vezes), os executivos da empreiteira OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Fernando Augusto Stremel Andrade, o operador André Catão de Miranda e também Maria Dirce Penasso, mãe da operadora Nelma Kodama.
Preso desde abril de 2015, Vaccari foi condenado em cinco ações penais a 45 anos e seis meses, por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Três sentenças de Moro já foram analisadas pela Corte – uma de quinze anos e quatro meses, outra de nove anos e a terceira de dez anos. Nas duas primeiras, a defesa conseguiu a absolvição. Na terceira, a pena foi aumentada para 24 anos.
A primeira vitória de Vaccari na 8ª Turma Criminal ocorreu em junho do ano passado e a segunda, em setembro. Os desembargadores federais entenderam que “a existência exclusiva de depoimentos” de delatores não era capaz “de subsidiar a condenação”.
“A lei brasileira exige provas que confirmem a palavra do delator”, disse Luiz Flávio Borges D’Urso, defensor de Vaccari e ex-presidente da OAB-SP. “A reforma de decisões proferidas pelo juiz da Lava Jato repousa, exclusivamente, no aspecto técnico. Aliás, é para isso que servem os recursos: para que as instâncias superiores possam rever as decisões de primeiro e segundo graus, e corrigi-las”, afirmou.

Para líder do MST, seria ‘melhor’ Lula não ir a protestos em Porto Alegre

PORTO ALEGRE - Em uma coletiva de imprensa improvisada no acampamento da Via Campesina em Porto Alegre, na tarde desta segunda-feira, João Pedro Stédile, integrante da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou que na sua opinião, seria melhor Lula não participar dos atos em Porto Alegre. Para ele, a presença do ex-presidente poderia ser vista como provocação. Stédile criticou a postura do judiciário na condução do processo.
“Acho difícil ele vir, porque pode ser interpretado como uma provocação. Se ele me pedisse opinião eu diria que é melhor não vir”, afirmou. 

Stédile afirmou que quem está no banco dos réus é o judiciário. 

AO VIVO: O julgamento de Lula no TRF-4

“Não é o Lula que estará no banco dos réus em Porto Alegre, é o poder judiciário. Ele tem que dizer para o povo brasileiro se vai continuar seguindo a constitucionalidade e os ditames da lei ou se vai continuar fazendo sentenças de acordo com a vontade da burguesia brasileira”, afirmou, tecendo também críticas à imprensa na cobertura do processo.
Stédile disse considerar três possíveis resultados do julgamento do recurso de Lula no caso do triplex do Guarujá pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na quarta-feira, 24: manutenção da condenação em primeiro grau por unanimidade, condenação por dois votos a um ou absolvição por dois votos a um. 

“Isso porque o voto do João Pedro Gebran, pelas declarações que ele fez extraprocesso, o que não é comum, já anunciam que ele está comprometido com a condenação, até porque ele tem amizade pessoal com o Moro. Existe aí uma promiscuidade entre eles, que não deveria existir, ficam fazendo elogios públicos um para o outro, não é assim que um juiz deve proceder nos processos, mas isso nos leva a crer que o João Pedro já tomou a decisão, os outros dois juízes ninguém sabe o que pode acontecer”, comentou.

++ Entorno do TRF-4 terá bloqueio ‘aéreo, terrestre e naval’ a partir de terça-feira

Em qualquer das três hipóteses, segundo o dirigente do MST, o futuro político de Lula já está definido: ele será candidato, independentemente do que for decidido na quarta-feira. “Quem dirá se os votos serão válidos ou não, posteriormente, será o TSE e não as instâncias penais”, disse Stédile.

Marchezan. As alfinetadas de Stédile se estenderam também ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, a quem ele se referiu como “prefeitinho” ao comentar as medidas de segurança em torno das manifestações. Para Stédile, houve “muito exagero e muita firula” da parte do prefeito. 

O dirigente do MST respondeu ainda sobre as declarações da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que repercutiram no fim de semana, as quais Stédile classificou como “desapropriadas”, feitas “no calor dos debates”.

Até o momento, cerca de 5 mil pessoas participam do acampamento montado no Anfiteatro Pôr-do-Sol, a poucas quadras do TRF-4. Novas caravanas são esperadas para esta terça e quarta-feira, devendo, na expectativa dos organizadores, somar 30 mil manifestantes em apoio a Lula.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Irmão de Garotinho pode ser julgado no STF por estupro

Nelson Nahim pode ganhar foro privilegiado na investigação após a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil para Ministério do Trabalho.

Rio - Nelson Nahim (PSD-RJ), irmão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR), pode ganhar foro privilegiado na investigação que o condenou a 12 anos de prisão em regime fechado, por estupro, após a nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho. Nahim é suplente de Cristiane na Câmara.
O caso agora deve ser deslocado para o Supremo Tribunal Federal, o que pode atrasar a tramitação da ação penal. Nahim já foi condenado em primeira instância também pelos crimes de submissão de criança ou adolescente a prostituição ou exploração sexual e coação no curso de processo. A defesa de Nahim diz que a sentença foi "assustadora" e "sem provas".

Nelson NahimReprodução Internet

Na denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça, o político foi acusado de obrigar adolescentes a manter relações sexuais em seu Sítio Nossa Senhora das Graças, na localidade de Caxeta, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
Uma das adolescentes relatou, segundo os promotores, "que era submetida à violência física durante a prática do ato sexual com Nelson Nahim, bem como com todos os outros, que era obrigada a fazer sexo (...) e que não eram usados preservativos". Ela também acusou Nahim de comandar a suposta rede de prostituição e de forçá-la a usar drogas.

A juíza Daniela Barbosa Assumpção, da 3.ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, condenou outras 13 pessoas no processo - o caso que ficou conhecido como "Meninas de Guarus". As penas variam de 6 a 31 anos de prisão. Nahim foi preso no dia 9 de junho de 2016. Foi solto em outubro do mesmo ano, por decisão ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Defesa. Segundo o advogado que protocolou o habeas corpus de Nahim no STF, Bruno Espiñeira Lemos, a decisão da primeira instância "é assustadora, não tem qualidade jurídica, é pura ilação, sem provas".
Já o advogado de Nahim no processo da primeira instância, Marcello Ramalho, disse que "caberá ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidir sobre o deslocamento ou não da competência para a Suprema Corte". 
Em janeiro do ano passado, quando Nahim assumiu como deputado federal por menos de dez dias, os seus advogados mandaram um ofício ao Tribunal do Rio comunicando que o processo deveria subir para o STF por causa do foro privilegiado.
Nahim já foi vereador, presidiu a Câmara Municipal de Campos e até assumiu interinamente a prefeitura campista. Ele e o irmão Garotinho estão rompidos há anos. Na eleição passada para o governo estadual, em que Garotinho concorreu, Nahim apoiou o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB). 

Tarifa branca reduz a conta em 13%

Para não cair em armadilha e pagar mais, cliente precisa usar energia fora de período de 17h30 às 20h30.

Rio - Os moradores do Município do Rio de Janeiro que quiserem ter um alívio de até 13% na conta de luz podem aderir à tarifa branca, aponta estudo da Comerc Energia, especializada em gestão de energia livre. Mas o que é a tarifa branca? É um mecanismo que cobra menos fora do horário de pico. A possibilidade de economia para quem tem consumo médio de 500 quilowatts-hora (kWh) é boa, mas os clientes devem ter atenção. Isso porque nesse modelo tem horário em que a energia sai mais cara. Para participar, é preciso entrar em contado com a concessionária e aderir ao programa.
Clientes da Light para economizar terão que fugir do horário de picoDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Para evitar surpresas desagradáveis na conta de energia é preciso ficar atento ao próprio perfil de consumo, alerta a Light, distribuidora de energia que atende a cidade do Rio. O horário de ponta da concessionária vai das 17h30 às 20h30 e o intermediário das 20h30 às 22h30. Já no horário de verão vai de 18h30 às 21h30.
"O cliente precisa adotar hábitos que priorizem o consumo de energia fora dos períodos de ponta e intermediário, dessa forma o valor da conta poderá cair, se ele fizer a opção pela tarifa branca ou flexível. Mas caso contrário, vale ressaltar, que a opção pela nova modalidade poderá resultar em um aumento no valor da conta de luz", adverte a Light.
Simulador
Algumas distribuidoras oferecem aos clientes um simulador para que os consumidores possam avaliar se vão ter economia ao optarem pela nova modalidade tarifária. Esse é o caso da Energisa, concessionária responsável pelo abastecimento de energia elétrica de 74 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.
Procurada pelo DIA a Light informou que "está avaliando a possibilidade de disponibilizar o simulador online para os clientes".
A opção de aderir à tarifa branca será oferecida aos poucos para os consumidores, de acordo com sua média de consumo mensal. Quem consome entre 250kWh e 500 kWh, pode aderir em 2019; e abaixo de 250 kWh, a partir de 2020.
É necessário mudar hábitos
A princípio, a ideia de saber a hora em que o consumo é maior parece boa, mas antes é preciso avaliar muito bem os hábitos dos moradores da residência, para não decidir por impulso pela nova tarifa. Afinal, pode ser armadilha para muita gente, principalmente para quem passa o dia todo fora de casa, orienta a associação Proteste.
Todos são obrigados a aderir ao sistema de tarifas? Não. A adesão será opcional e não valerá para grandes consumidores, como as indústrias nem para quem é incluído na tarifa social de energia do programa do governo.

Polícia Federal descarta sabotagem em acidente aéreo que matou Teori

A Polícia Federal rejeitou a hipótese de sabotagem no avião envolvido no acidente aéreo que matou o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas há quase um ano.
A perícia feita pelo Grupo de Bombas e Explosivos da PF do Rio de Janeiro não detectou qualquer indício de que tenha ocorrido um incêndio interno. Não há sinais de explosivos ou produtos químicos.
Teori Zavascki morreu no dia 19 de janeiro do último ano, após o avião em que viajava de férias cair no mar de Paraty, no Rio de Janeiro. Além do ministro, o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69 anos, o piloto Osmar Rodrigues, 56, a massoterapeuta Maíra Panas, 23, e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk, 55, também morreram no acidente.
De acordo com a coluna Poder, da 'Folha de S. Paulo', a investigação está sendo realizada em caráter sigiloso pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica), em Brasília, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de Angra dos Reis.
Aspectos como destroços do avião, motor, informações do tráfego aéreo, análise das gravações feitas por um aparelho recuperado após a queda são alguns dos pontos que foram analisados por mais de 15 peritos da PF de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
A PF informou que a investigação está dentro de um prazo compatível com o tipo de acidente e ainda não informou um prazo para a conclusão do inquérito, pois ainda depende de informações que estão sendo levantadas por empresas e outros órgãos.
"O Brasil receberá todas as informações tão logo se tenha ciência do resultado do inquérito", informou a presidente do STF, Cármen Lúcia.

Meirelles se diz contra suspensão da 'regra de ouro' do gasto público

O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) disse nesta sexta-feira (5) ser contra "a suspensão pura e simples" da chamada "regra de ouro" - que limita a capacidade da União de inchar dívidas e despesas públicas emitindo dívida em volume superior a investimentos.
A fala do ministro e possível pré-candidato à Presidência colide com uma PEC (proposta de emenda à constituição) para suspender temporariamente essas rédeas nos gastos públicos, urdida nas estranhas do próprio governo para o qual ele capitaneia a equipe econômica.
De autoria do deputado Pedro Paulo (MDB-RJ), a PEC é vista como manobra para evitar que Michel Temer e o presidente eleito em 2018 sejam acusados de crime de responsabilidade.Meirelles disse que não gosta nem aprova a sugestão parlamentar de paralisar por alguns anos a norma constitucional.
"Acho é que precisamos criar mecanismos autorreguláveis: se houver quebra da regra de ouro, que isso seja imediatamente ajustado cortando despesas, subsídios, congelando gastos, de forma que a regra seja seguida". Com informações da Folhapress. 

Sete ministros que vão disputar eleição só querem sair em abril

Apesar da expectativa de uma substituição gradual de ministros que vão se candidatar nas próximas eleições, pelo menos metade deles quer ficar em seus cargos de primeiro escalão até a data-limite, 7 de abril.
Dos 14 ministros que estudam participar da disputa deste ano, 7 prometem ficar em suas pastas até essa data. Três deles dizem que ainda não definiram quando deixarão seus cargos e dois afirmam que não decidiram se vão se candidatar. Outros dois não responderam aos questionamentos da reportagem.
O presidente Michel Temer passou a trabalhar com a possibilidade de antecipar as trocas do primeiro escalão depois que dois ministros pediram demissão em uma semana: Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Marcos Pereira (Indústria e Comércio Exterior).
A expectativa era de que eles pedissem exoneração em abril, quando a legislação eleitoral obriga que candidatos deixem cargos no Executivo, mas ambos alegaram que precisavam sair para organizar suas campanhas.
Nogueira, que é deputado pelo PTB do Rio Grande do Sul, pretende se candidatar à reeleição. Pereira, presidente nacional do PRB, quer disputar uma vaga na Câmara por São Paulo.
"Todos os ministros que serão candidatos têm que sair até março. Eu acredito que alguns podem sair antes do Carnaval, mas é um processo e cada ministro vai avaliar o seu momento", afirmou Carlos Marun (Secretaria de Governo).
Parte dos ministros quer ficar no cargo o maior tempo possível para poder entregar obras que podem impulsionar suas candidaturas. Alguns desses projetos ainda não estão concluídos e, portanto, eles resistem em deixar os ministérios agora.
Procurados pela reportagem, disseram que deixarão o cargo em abril os ministros Leonardo Picciani (Esporte), Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Marx Beltrão (Turismo), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Ricardo Barros (Saúde) e Blairo Maggi (Agricultura).
Mesmo ministros que não definiram uma data de saída apontam que podem deixar o cargo apenas em abril, embora digam que podem antecipar o cronograma.
"Não estabeleci nenhum prazo. Evidentemente, tenho o prazo da lei", disse Mendonça Filho (Educação).Temer tentou realizar em dezembro uma reforma ministerial para desalojar da linha de frente do governo os políticos que vão disputar cargos nas urnas este ano.
O presidente queria redistribuir esses espaços para as siglas de sua coalizão, em busca de apoio para a reforma da Previdência. O Planalto foi obrigado a recuar depois de uma forte reação dos partidos da base aliada.
Temer foi obrigado a chamar os dirigentes dos partidos para renegociar o ritmo da reforma e decidiu adiá-la para este ano. Com informações da Folhapress.