quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Viagem de Crivella no Carnaval não foi oficial, diz jornal

Ao contrário do que divulgou o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), a viagem dele a Darmstadt, no estado alemão de Hessen, durante o Carnaval de 2018, não teria sido oficial. Ao jornal O Globo, o porta-voz oficial do governo de Hessen, Michael Schaich, afirmou que o estado não ficou sabendo da presença de Crivella, perdendo a oportunidade de mostrar a ele um projeto de segurança pública envolvendo o uso de drones – nas redes sociais, o prefeito do Rio disse que viajaria para buscar tecnologias sobre esse tema.
A reportagem também ouviu um funcionário da Agência Especial Europeia (ESA), indicada pelo político do PRB como destino da viagem. Segundo o profissional, Crivella provocou constrangimento na instituição ao dizer que seria oficial a visita, de “caráter puramente privado”. Da mesma fora, a ESA também não fornece tecnologia de segurança, tendo como principal meta “entender o surgimento do espaço e os buracos negros”.
Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella vem sendo tachado de “anticarnaval” pela animosidade com que trata a festa popular, que todo ano atrai milhares de turistas para o Rio de Janeiro. A ausência do prefeito dos desfiles das escolas de samba pelo segundo ano seguido pegou mal.
A VEJA, o vice-prefeito, Fernando MacDowell, admitiu que o prefeito deveria ter estado no sambódromo da Marquês de Sapucaí. “Eu gostaria que ele estivesse aqui, honestamente, para representar o Rio. A presença dele é importante”. A ausência de Marcelo Crivella se tornou ainda pior com a chuva intensa que atingiu a cidade na quarta-feira de cinzas.
Pelas redes sociais, o prefeito, que segue na Europa, disse estar atento à situação e enviou dois secretários, Jorge Felippe Neto (Meio Ambiente) e Paulo Messina (Casa Civil), “para coordenar as equipes”. O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) também está ausente da cidade, passando uma semana de descanso em Piraí (RJ).
Utilizando o mesmo canal, Marcelo Crivella se defendeu de críticas e reafirmou ter viajado no Carnaval motivado pela segurança pública. “Já passamos pela Alemanha, Áustria e estamos Linköping [na Suécia] em busca de tecnologias que possam fazer parte do sistema de segurança da cidade do Rio de Janeiro”, disse, em vídeo.

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