segunda-feira, 30 de abril de 2018

Temer diz ter cancelado viagem para não prejudicar Congresso

Planalto: Temer cancelou viagem para não prejudicar votações: Segundo nota oficial desta segunda-feira (30), ausência do chefe de governo do país, neste momento, obrigaria os presidentes da Câmara e do Senado a também deixarem o território nacional simultaneamente
O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta segunda-feira (30) justificando a decisão do presidente Michel Temer de desistir de viagem internacional que faria na próxima semana ao Sudeste Asiático.
De acordo com o texto, o cancelamento se deu "unicamente porque, tendo em vista o calendário eleitoral, a ausência do chefe de governo do país, neste momento, obrigaria os presidentes da Câmara e do Senado a também deixarem o território nacional simultaneamente, prejudicando votações importantes ao país".
Na ausência de Temer do país, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), teriam de se licenciar dos cargos ou deixarem o território brasileiro durante todo o período em que Temer estiver fora. Isso porque a legislação eleitoral torna inelegível aquele que ocupa o posto de presidente seis meses antes da eleição, com a exceção do próprio.
Temer tem ainda pelo menos mais duas viagens programas para o exterior até o fim do ano. Em junho ele deve ir à África do Sul, onde será realizada a Cúpula dos Brics, e em setembro, aos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral da ONU.
Entre as votações importantes, a Presidência da República menciona um projeto de lei que autoriza um recurso extra de R$ 1,3 bilhão no orçamento deste ano para cobrir as despesas de um calote dado no Brasil pela Venezuela e Moçambique, no valor de R$ 1,5 bilhão.
Com o calote, o Brasil será classificado como inadimplente, o que fará com que o BNDES e bancos privados acionem o Fundo Garantidor de Exportações. Sem o pagamento, cabe ao governo federal pagar os valores devidos ao BNDES e a bancos privados por financiar exportações ao vizinho, principalmente obras da Odebrecht no metrô de Caracas e de Los Teques.
Está marcada para a próxima quarta (2) sessão do Congresso para aprovação desse montante. Nos bastidores, o governo admite que terá dificuldade em reunir o quorum necessário para votar o projeto, já que com o feriado do Dia do Trabalho, nesta terça (1), a tendência é de que muitos parlamentares não venham a Brasília.
INVESTIGAÇÕES
Na nota, o Palácio diz ainda que a desistência da viagem não tem relação com as acusações das quais o presidente e seus familiares são alvo.
"O inquérito que inclui acusações contra o presidente tem 150 dias e pedido de prorrogação de mais 60, não sendo causa urgente que justifique mudança de agenda. Somente pessoas desinformadas sobre tal circunstância espalhariam versão tão inverossímil."
A programação inicial no continente asiático era de que Temer passassem por quatro países: Cingapura, Indonésia, Tailândia e Vietnã. Ele embarcaria no dia 5 e só voltaria ao país em 14 de maio. É a segunda vez que ele cancela o roteiro. Na primeira, desistiu por recomendação médica, em janeiro.
Apesar da negativa do Planalto, a decisão coincide o pedido da Polícia Federal de prorrogação de inquérito que investiga Temer sobre a edição de um decreto que favoreceria empresa portuária.
Está marcado para a próxima semana o depoimento da filha do presidente, Maristela Temer, que teve o material para a reforma de sua casa pago por Maria Rita Fratezi, esposa do coronel João Baptista de Lima Filho.
Com o avanço das investigações, o presidente foi aconselhado durante a semana passada a encurtar ou cancelar a viagem internacional. No país, ele teria melhores condições de cuidar da estratégia de reação jurídica.
A principal suspeita de investigadores da Polícia Federal é de que o presidente tenha lavado dinheiro de propina no pagamento de reformas em casas de familiares e dissimulado transações imobiliárias em nomes de terceiros.
O envolvimento de seus familiares irritou o presidente, que fez pronunciamento na última sexta-feira (27) afirmando ser vítima de "perseguição criminosa disfarçada de investigação". Com informações da Folhapress.

A trajetória do PSB, partido 'socialista' que quer lançar Joaquim Barbosa à Presidência

Joaquim Barbosa e políticos do PSB: Ex-ministro Joaquim Barbosa tem participado de encontros com membros do PSB para discutir candidatura
Quatro anos atrás, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) perdeu em um acidente de avião seu principal nome e aposta para chegar pela primeira vez à Presidência da República, Eduardo Campos. O projeto interrompido agora pode ser retomado com uma figura que pouca gente imaginava estar na disputa: Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mesmo sem lançar oficialmente sua candidatura, Barbosa - que se filiou ao PSB em 6 de abril - aparece com 10% das intenções de voto em pesquisa Datafolha publicada neste mês. O número surpreendeu analistas e surpreendeu membros de seu partido, que não acreditavam que ele figuraria entre os primeiros colocados a seis meses da eleição. No levantamento, Barbosa está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de Jair Bolsonaro (PSL) e de Marina Silva (Rede).
Apesar do nome fazer referência ao socialismo, ideologia que, na sua origem, defendia a socialização dos meios de produção e segue inspirando partidos de esquerda, há quem duvide que o PSB ainda seja, de fato, um grupo à esquerda do espectro político.
Nos últimos três anos, a sigla por várias vezes se aliou ao polo oposto: o PSB foi a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e, depois, fez parte da base de Michel Temer (PMDB), votando projetos de interesse para o governo, tidos como benéficos a setores do empresariado, mas vistos como retrógados por entidades que representam trabalhadores. Esse comportamento foi criticado por membros e militantes mais antigos, sob o argumento de que o partido estava se afastando de suas origens.
Joaquim Barbosa: O ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa deve ser candidato a presidente pelo PSB

Quais origens? De onde veio o PSB?

Existem dois PSBs na história.
O primeiro partido surgiu em 1932, no Rio de Janeiro. Era formado por delegados, interventores federais, integralistas e tenentistas - movimento político-militar que provocou uma série de rebeliões diante da situação política do país na década de 1920.
Esse PSB ficou conhecido por pregar um "socialismo róseo", pois acreditava num convívio harmônico e conciliatório entre empregados e patrões. Seu programa trazia demandas trabalhistas que só viriam a ser consolidadas depois, como a jornada máxima de trabalho de oito horas e a implementação da Justiça trabalhista gratuita.
Esse partido não durou muito. Foi extinto em 1937, com a promulgação do Estado Novo pelo ditador Getúlio Vargas (1982-1954).
Além do nome, o PSB que surgiu uma década depois, pouco tinha a ver com o primeiro. Ele nasceu da Esquerda Democrática, uma ala autônoma da União Democrática Nacional (UDN), partido fundado em 1945 no bojo da abertura política promovida no fim da ditadura de Getúlio Vargas.
A Esquerda Democrática tinha em suas fileiras intelectuais como Gilberto Freyre, João Mangabeira, Sérgio Milliet, Antonio Candido e Paulo Emílio Sales Gomes, todos simpatizantes do socialismo.
"O programa da Esquerda Democrática insistia na necessidade de mudanças na estrutura agrária e na melhoria 'das condições de vida das classes médias e pobres', na proteção aos pequenos comerciantes e agricultores e na supressão de impostos aos gêneros de primeira necessidade'", escreve Maria Victoria Benevides, socióloga e professora da USP, em texto publicado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea da Fundação Getúlio Vargas.
"As propostas de política salarial eram nitidamente progressistas em relação à política oficial, pois pregavam não apenas o salário mínimo para o trabalhador, mas o 'salário mínimo justo, capaz de assegurar ao trabalhador a sua manutenção e de sua família e a educação de seus filhos'", diz Benevides.
Em sua segunda convenção, em agosto de 1947, a frente decide se separar da UDN e se transformar num partido, o PSB.
"Nos anos 1950, o partido era formado principalmente por ex-trotskistas críticos ao modelo soviético de Stálin, o que era um tabu em parte da esquerda brasileira da época", explica o historiador Herbert Anjos, autor do livro Socialismo e Liberdade - Uma História do PSB.
O crítico literário Antônio Cândido: O crítico literário Antonio Candido foi um dos intelectuais que participaram da fundação do PSB, em 1947
Segundo ele, nesse período, a sigla não conseguiu se transformar em um "partido de massa", pois sua atuação ficava restrita a uma classe média mais progressista e intelectual. Junto à classe trabalhadora, o PSB acabou ofuscado pelo PCB (comunista) e o PTB, que herdou o trabalhismo de Vargas.
"A nossa grande diferença para o restante da esquerda da época é que nosso partido sempre acreditou no socialismo democrático, um socialismo que vem por meio da democracia e não pela tomada do poder", diz Carlos Siqueira, presidente do PSB.
Já nos anos 1960, os socialistas se aproximaram do então presidente João Goulart (PTB) e de suas propostas de reformas de base, como a agrária. Em outubro de 1965, um ano após o golpe militar que implantou uma nova ditadura, o PSB acabou extinto pelo Ato Institucional 2, que dissolveu todos os partidos, com exceção da governista Arena e do MDB, de oposição moderada.
O que restou do PSB se dividiu entre o MDB e a luta armada, segundo o historiador Herbert Anjos.
Vinte anos depois e com o fim do regime militar, em 1985, o PSB ressurgiu pelas mãos de políticos de esquerda, como Roberto Amaral e Jamil Haddad, e de intelectuais, como o filólogo Antônio Houaiss e o escritor Rubem Braga.
Na época, Houaiss, que depois virou presidente da sigla, definiu o que seria o PSB dali para frente: "Um partido de massas, que afastava o elitismo e a imagem ligada a intelectuais, mas que também retomaria ideais da experiência anterior com uma ideologia mais nítida". A ideia era ocupar um espaço entre a esquerda e o centro - algo entre o PT, tido mais à esquerda, e o PMDB da época, ao centro.

O fator Arraes

Até hoje, o PSB é fortemente identificado com a família de Miguel Arraes (1985-2005), avô de Eduardo Campos. Porém, Arraes entrou no partido apenas em 1990, quando já havia sido governador de Pernambuco, cassado e exilado pela ditadura militar como um "esquerdista".
O pernambucano deu um empurrão na trajetória do PSB, pois sua influência no Nordeste ajudou a eleger prefeitos, deputados e governadores. Seu peso foi tamanho que o PSB ficou com fama de partido que só se dava bem na região e não conseguia deslanchar no resto do país.
"O partido tinha essa imagem de 'nordestinizado', porque o Arraes fez muitas coisas boas no sertão de Pernambuco, como levar água, poço artesiano, energia elétrica", diz o deputado federal Júlio Delgado, líder do PSB na Câmara.
José Paulo Bisol e Lula em 1989: José Paulo Bisol participou de duas campanhas de Lula, em 1989 e 1994
O partido fez oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso e participou de duas chapas de Lula à Presidência, emplacando José Paulo Bisol como candidato a vice - em 1994, o deputado gaúcho deixou a campanha após denúncias de uso de emendas parlamentares para benefício de seu reduto político.
Arraes apoiou Lula nas duas ocasiões.
Em 2002, quando o petista finalmente venceu, o PSB chegou em terceiro lugar com Anthony Garotinho, tendo 18% dos votos (15 milhões de eleitores).
Nos anos seguintes, o PSB orbitou as gestões petistas, ocupando vários ministérios. Eduardo Campos, por exemplo, foi ministro da Ciência e Tecnologia por mais de dois anos.

O fator Eduardo Campos

Miguel Arraes costumava dizer que não gostaria que seus filhos entrassem na política. Seu neto, no entanto, acabou sendo visto como seu sucessor político.
Eleito governador de Pernambuco em 2007, Campos conseguiu se destacar ao levar uma série de obras para o Estado, como o Porto de Suape. Ele era próximo de Lula, o que lhe garantiu financiamento para seus projetos. Em 2013, ao final de seu segundo mandato, Campos tinha 53% de aprovação dos pernambucanos, o maior índice entre os governadores do país.
Por outro lado, foi citado pela Polícia Federal como suspeito de ter recebido propina da Odebrecht. Seu sucessor e herdeiro político em Pernambuco, o atual governador Paulo Câmara, também do PSB, é investigado no STF no âmbito da Operação Lava Jato. Ele nega irregularidades. Geraldo Júlio, outra cria de Campos e prefeito do Recife, também foi citado em delações.
A influência de Eduardo Campos em Pernambuco criou o que o cientista político Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco, chamou de "eduardismo" em entrevista recente à BBC Brasil: Campos tinha eleitores em todas as faixas sociais no Estado, era carismático e tinha capacidade de aglutinar pessoas de várias vertentes, tanto que elegeu seu sucessor mesmo depois do acidente que o matou.
Desde 2000, o PSB parecia estar a caminho de se tornar um dos partidos mais importantes do país, pois sua força eleitoral vinha crescendo continuamente. Em 2000, o partido elegeu 133 prefeitos, a maior parte em Pernambuco. Nas eleições seguintes, o número subiu para 174. Em 2008, novo aumento, para 310. Finalmente, em 2012, 440 prefeitos eleitos.
As eleições de 2012 marcam o auge eleitoral do partido. Naquele ano, o PSB foi a sigla que mais cresceu, em todos os quesitos - tanto em número de prefeituras, como de votos e de eleitores a serem governados. Além de Pernambuco, o partido passou a ter grande peso no Piauí, Ceará, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo. Também conseguiu conquistar prefeituras de cidades grandes, como Fortaleza, Recife e Belo Horizonte, e se tornou o quarto maior partido do país em número de população governada, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB.
Em 2016, entretanto, a trajetória de ascensão do PSB foi interrompida pela morte de Campos. Pela primeira vez em 16 anos, o partido perdeu influência e elegeu 26 prefeitos a menos que na eleição anterior.
Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e ex-candidato a Presidência: Eduardo Campos morreu no dia 13 de agosto quando o avião em que estava caiu em Santos, litoral paulista

Pragmatismo x ideologia

Uma das críticas que se faz ao PSB atual é o fato de ele ter deixado parte de sua ideologia na gaveta diante de um projeto maior de poder. Isso criou uma aparente dicotomia: enquanto o grupo tem nomes bastante identificados com a esquerda, como a senadora baiana Lídice da Mata, também há políticos como o atual governador de São Paulo, Márcio França, aliado do PSDB há anos.
"Eduardo Campos viu que precisava chegar a outros setores da sociedade para conseguir fazer do PSB um partido nacional. Por isso, abriu o partido para pessoas que não eram muito próximas de nossas bandeiras", diz o deputado federal Júlio Delgado.
Presidente da sigla, Carlos Siqueira concorda com essa visão, e diz que o PSB teve de "fazer um saneamento para tirar essas pessoas".
Em 2014, após a morte de Campos, o partido optou pela ex-senadora Marina Silva, vice na chapa, para a corrida presidencial, mas ela não chegou ao segundo turno.
Alckmin e Marcio França, durante transmissão de cargo: Aliado dos tucanos por anos, Márcio França herdou o governo de São Paulo após Geraldo Alckmin sair para concorrer à Presidência
Após o impeachment de Dilma, a sigla fez parte da base de apoio de Temer. Mas quando a reforma trabalhista chegou à Câmara, houve um racha. Parte da bancada do PSB, inclusive sua líder, a deputada Tereza Cristina, era a favor das mudanças. Outro setor era contra, dizendo que a reforma prejudicava os trabalhadores e, apoiá-la, seria negar as raízes do PSB. Resultado: 14 parlamentares votaram favor da medida e 16, contra.
"Depois da morte de Eduardo Campos, o partido dá uma guinada à direita", diz o historiador Herbert Anjos. "Mas o desgaste de Temer e a pressão das bases internas faz ele dar um pequeno giro à esquerda novamente. O pragmatismo eleitoral acaba deixando a ideologia de lado, como aconteceu com muitos partidos no Brasil."
Nesse braço de ferro, os defensores da fidelidade à raiz ideológica do partido levaram a melhor e vários parlamentares deixaram a legenda diante de uma ameaça de expulsão - Tereza Cristina entre eles. Hoje, o partido faz parte da oposição.
"Somos um partido socialista, o PSB não deve negar suas raízes", disse à BBC Brasil o ex-deputado Beto Albuquerque, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul. "Quando surge um conflito entre o capital e trabalho, nossa tendência é sempre olhar para o trabalho. Há partidos de sobra para olhar o capital."
"O problema do Brasil não é Bolsa Família, mas o 'bolsa empresário'. Os governos do PT criaram esse sistema de financiamentos com juros subsidiados, que ajudaram meia dúzia de empresários próximos a eles."
Votação do impeachment de Dilma, em abril de 2016: Em abril de 2016, o PSB votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff

Agora, Joaquim Barbosa

Neste ano, a legenda não tinha candidato para presidente. Até que apareceu Joaquim Barbosa, que se filiou no último dia estipulado pela Justiça Eleitoral.
Barbosa surge como possível candidato carregando uma imagem de luta contra a corrupção, perfil criado durante o julgamento do mensalão, que condenou petistas históricos à prisão pela primeira vez. Agora, desponta no cenário eleitoral no momento em que políticos e partidos tradicionais são alvo de denúncias, processos e prisões.
A seis meses da eleição, a pontuação do ex-ministro nas pesquisas é melhor que a de Eduardo Campos às vésperas do pleito de 2014. Em agosto daquele ano, o pernambucano era o terceiro colocado, com 9%.
Barbosa ainda não confirmou sua candidatura, mas vem conversando com líderes partidários para fechar um programa de governo. Na economia, tem se mostrado a favor de privatizações em setores menos estratégicos - energia e petróleo estariam fora. Oficialmente, o projeto partidário do PSB prega a "gradual e progressiva socialização dos meios de produção".
No campo social, Barbosa é mais próximo da esquerda - no STF votou a favor das cotas raciais em universidades, do aborto em caso de anencefalia e de pesquisas com células-tronco.
O deputado Júlio Delgado relata uma conversa que teve com o ex-ministro sobre sua postura diante da ideologia do PSB: "Ele disse o seguinte: sou um pouquinho mais de centro que vocês, vocês são 7 e eu sou 6".
Deputado federal Júlio Delgado: O deputado federal Júlio Delgado diz que outros partidos já procuraram o PSB para alianças
Para Mauro Paulino, diretor do Datafolha, a origem pobre de Barbosa e sua imagem anticorrupção, criada com o julgamento do mensalão, podem ajudá-lo a vencer. "Uma vez fizemos uma pesquisa qualitativa, que mostrava que o eleitor brasileiro buscava um candidato que fosse uma mistura da origem de Lula e com a cultura de Fernando Henrique", diz.
Porém, Paulino acredita que, para ser vitorioso, Barbosa terá de fazer alianças para aumentar seu tempo de exposição na TV - o PSB tem direito a apenas 1 minuto e 23 segundos por dia.
O deputado Delgado afirma que, após a última pesquisa Datafolha, o PSB foi procurado por siglas à esquerda e à direita. "Está todo mundo querendo se pendurar em Joaquim Barbosa", diz.

Myrian Rios faz proposta a Roberto Carlos na TV: ‘A gente podia voltar’

myrian_rios_750: Myrian Rios no 'Programa Silvio Santos'
Roberto Carlos está solteiro, mas, se depender de Silvio Santos, não por muito tempo. No programa que foi ao ar na noite deste domingo no SBT, o apresentador instigou Myrian Rios, que viveu por doze anos com o cantor, a lembrar o casamento, mergulhar na nostalgia e fazer uma proposta ao “rei” da música brasileira romântica. “A gente podia voltar”, disse a atriz.
A conversa, com toques maliciosos na linha SS, foi pontuada por músicas que Roberto Carlos fez para Myrian Rios, segundo a própria. Tudo Para Quando a Gente Faz Amor foi a primeira a tocar, depois de Silvio Santos perguntar se Roberto era “bom de cama”. “Ê-ê, fiz alguma pergunta errada? Ah-ah. Queria saber se ele dorme bem”, emendou o apresentador.
“Pode ser que ele esteja até vendo o programa. O que você acha que ele vai pensar quando vir você dizendo que essa música foi feita para ele? Você acha que ele vai ficar com saudade ou vai dizer ‘Graças a Deus que eu me livrei dela?'”, provocou Silvio em seguida. Ao que Myrian Rios respondeu em tom idílico. “Ele vai dizer, ‘Puxa, foi uma época tão boa, a gente se amava tanto, a gente vivia sorrindo'”, respondeu a atriz. “Uma época boa, romântica.”
Mais adiante, ao comentar o estado civil de Roberto Carlos, Myrian Rios concluiu. “Ele está solteiro, eu também. A gente podia voltar, não podia?”

Brasil perde década e bomba fiscal espera próximo presidente

sd_2510: BRASIL: crescimento deste ano não significa crescimento no futuro / Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock
Ao assumir o governo, em maio de 2016, o então recém-empossado ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a situação das contas públicas do Brasil estavam piores do que ele esperava e prometeu um ajuste fiscal duro.
Quase dois anos depois, ele e seu sucessor, Eduardo Guardia, deixarão para o próximo presidente da República um árduo trabalho para trazer as contas públicas de volta do abismo.
Na semana passada, os formuladores de políticas receberam um lembrete de quão terrível é a situação do orçamento do país quando o governo central registrou seu maior déficitregistrado no mês de março.
O banco central publicará números fiscais consolidados para todo o governo, incluindo empresas estatais e estados e municípios, na segunda-feira.
Com sucessivos déficits fiscais desde 2014, e com perspectiva de voltar ao azul apenas em 2022 ou 2023, segundo dados da atual equipe econômica, a população brasileira terá sofrido com uma década no vermelho, além da queda dos investimentos.
O presidente atual, Michel Temer, viu sua promessa de melhorar as contas públicas prejudicada pela falta de medidas de ajuste fiscal aprovadas pelo Congresso e pela persistente rigidez orçamentária.
De fato, quem vencer as eleições de outubro herdará um 5º ano consecutivo de déficits primários de vários bilhões de dólares e despesas crescentes, das quais mais de 90% são obrigatórias devido às leis.
“O próximo governo não terá tempo para pensar. Terá que agir”, disse Raul Velloso, consultor econômico e especialista em finanças públicas, em entrevista. “A situação fiscal ficou tão ruim por causa da quantidade de gastos obrigatórios, e medidas para conter isso são urgentemente necessárias.”
A política fiscal do antigo governo e o fraco desempenho da economia da sob a ex-presidente Dilma Rousseff fizeram com que o Brasil perdesse o grau de investimento.
Ao assumir, Temer conseguiu uma grande vitória com a aprovação de um projeto de lei que congelava os gastos públicos em termos ajustados à inflação.
Os cofres do governo foram ajudados pelos leilões de usinas de energia e por cortes discricionários nos gastos, e os formuladores de políticas foram elogiados por sua transparência, mesmo quando anunciaram estimativas impressionantes, como a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões para 2018.
O otimismo diminuiu este ano depois que o Congresso arquivou a reforma da Previdência e o governo interveio na segurança pública do Rio de Janeiro, situação que impede a votação de mudanças na Constituição.
Agora, tanto a eficácia do teto de gastos, quanto a adesão a uma lei fiscal conhecida como “regra de ouro” podem estar em risco, segundo um membro da equipe econômica que pediu anonimato.
A regra de ouro estipula que o governo só pode pedir emprestado para investir, não para financiar despesas correntes.
“Esse governo fez tudo o que pôde, e até mais do que imaginávamos”, disse o ex-secretário do Tesouro e atual economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, em uma entrevista. “O Brasil tem que implementar a reforma previdenciária, ou todos os esforços serão perdidos”.
Procurado pela Bloomberg, o Ministério da Fazenda não respondeu aos pedidos de comentários para estra reportagem
Já neste ano, a nota de crédito soberano do Brasil foi reduzida ainda mais pelas agências Fitch e S&P Global Ratings, e Velloso alertou que a falta de confiança dos investidores está em ascensão. “Os mercados financeiros estão à espreita agora mais do que nunca”, disse ele.

sábado, 28 de abril de 2018

Feira de São Cristóvão tem maratona de forró neste sábado

Espetáculo encerra fórum com mais de 20 atrações.




Feira de São Cristóvão
Feira de São Cristóvão - 
Rio - O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestina, a Feira de São Cristóvão, no Rio, será palco do encerramento do evento "Forró de Raiz RJ", organizado pelo Sesc. O espetáculo, que acontece neste sábado, a partir das 20h30, terá mais de 20 atrações.
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Os artistas vão subir ao palco em prol de uma causa de grande importância para a cultura nordestina e brasileira: o reconhecimento do forró de raiz como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“É uma alegria para feira receber esse evento que celebra o forró. Sou nordestina e paraibana e escuto esse som arretado de bom desde a barriga da minha mãe. forró é o nosso patrimônio e está na nossa memória”, afirma Magna Fernandes, gestora do Centro Luiz Gonzaga.
 A abertura do evento tem show da cantora e atriz Tânia Alves, com performance de Maria Bonita. A artista carioca, filha de pernambucano, gravou um CD dedicado ao Forró (“Todos os Forrós”) e é considerada musa do Nordeste pela atuação de grande sucesso no especial “Morte e Vida Severina” (1981) e na minissérie “Lampião e Maria Bonita” (1982), da TV Globo. Depois da abertura, ela dará lugar aos mestres de cerimônia: os acordeonistas e atores Marcelo Mimoso e Chambinho do Acordeon. Intérpretes de Luiz Gonzaga no teatro e no cinema, respectivamente, eles animarão o público com um duelo de sanfonas.
Em seguida, sobe ao palco a Orquestra Sanfônica Balaio Nordeste, no que promete ser o ponto alto da noite. Sob a regência do maestro Lucílio da Silva Souza, o grupo da Paraíba apresentará um repertório de clássicos de grandes mestres da música brasileira, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Chico César e Sivuca. A Orquestra já levou a música nordestina para vários estados brasileiros, Peru e França.
SERVIÇO
Dia 28 de abril (sábado) - 20h30
Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestina (Feira de São Cristóvão)
Entrada: Ingresso de R$ 5 (cinco reais) mais 2kg de alimento não perecível

Morre o humorista Agildo Ribeiro

O humorista Agildo Ribeiro morreu neste sábado (28), aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Ele tinha problemas cardíacos. Conhecido como “Capitão do riso”, Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho começou no teatro de revista, passou pelo rádio e se tornou conhecido pelos personagens cômicos na televisão. A última atuação dele foi no programa "Tá no Ar: a TV na TV".
No dia 15 de março, a edição impressa do JORNAL DO BRASIL trouxe na capa do Caderno B uma reportagem sobre Agildo Ribeiro, homenageado no 2º Prêmio do Humor, único dedicado a espetáculos de comédia, criado e patrocinado por Fábio Porchat. 
Agildo Ribeiro morreu aos 86 anos
Agildo foi aplaudido de pé pela plateia de astros e estrelas, entre elas Antonio Pedro Borges,  Ney Latorraca, Evandro Mesquita, Otávio Müller, Marcius Melhem, Maria Clara Gueiros, Dani Calabresa, Luís Miranda, Lucio Mauro Filho, Ingrid Guimarães, Íris Bruzzi, Carmen Verônica,  Isabelita dos Patins, Jane di Castro, Berta Loran, Patrícia Travassos e Marcos Veras. 
Agildo tornou-se verbete do humor no Brasil. Em diversos programas da Rede Globo, esteve ao lado de Jô Soares, Paulo Silvino e Chacrinha. Foi do “Planeta dos Homens”, estrelou “Agildo no País das Maravilhas”, clássico em que haviam os fantoches de personalidades da política brasileira, como José Sarney, Jânio Quadros e Zé Brasil, que representava o cidadão brasileiro.
'JB' destacou homenagem a Agildo Ribeiro no dia 15 de março
Herdou  o mesmo nome do pai, Agildo da Gama Barata Ribeiro, militar e político brasileiro, um dos tenentes revolucionários liderado por Juarez Távora. O humorista, porém, foi expulso do Colégio Militar. “Seria um coronel nas coxas”, disparou, para deleite da multidão que foi ao Jockey Club prestigiá-lo, na ocasião. Declarações de admiração ao ídolo dividiram a noite com piadas inspiradas.

Juros travam economia e elevam desemprego

Na contramão dos dados sobre a retomada do PIB, 1,5 milhão de vagas são cortadas no trimestre.


Os juros estratosféricos para quem produz e consome, a inadimplência que já atinge 62 milhões de brasileiros e milhares de empresas, e o crescimento num ritmo vacilante estão pressionando negativamente o mercado de  trabalho, que voltou a encolher nos últimos meses. 
Só no primeiro trimestre de 2018, o país perdeu 1,528 milhão de postos de trabalho, ao mesmo tempo em que mais 1,379 milhão de pessoas migraram para o contingente de desempregados. Outros 233 mil indivíduos aderiram à população inativa no primeiro trimestre de 2018. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Taxa de desocupação
De acordo com o IBGE, o Brasil tinha 13,689 milhões de pessoas em busca de emprego no primeiro trimestre deste ano. No período, o mercado de trabalho perdeu  408 mil vagas com carteira assinada em relação ao quarto trimestre de 2017, descendo ao menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. 
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado encolheu em 402 mil pessoas, e outros 248 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O setor público teve queda de 255 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico diminuiu em 167 mil pessoas. 
Há menos 487 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,4%. O total de ocupados cresceu apenas 1,8% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,634 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 0,7%, 455 mil pessoas a mais nessa condição. 
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,7% no trimestre até março de 2017 para 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018. 
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,6% no primeiro trimestre deste ano.
Carteira assinada 
O mercado de trabalho brasileiro perdeu 493 mil vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2018 ante o quarto trimestre de 2017. 
O total de vagas formais no setor privado no País caiu a 32,913 milhões de postos, o montante mais baixo de toda a série histórica iniciada em 2012.
 Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 5,2% em um ano, com 533 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 5,7% ante o primeiro trimestre de 2017, com 234 mil pessoas a mais. 
O trabalho por conta própria cresceu 3,8% no período, com 839 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar aumentou 1,4%, com 31 mil ocupados a mais. O setor público gerou 345 mil vagas, um avanço de 3,2% na ocupação. 
Houve aumento de 145 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 2,4% de ocupados a mais nessa função, segundo o IBGE.

Desembargador diz que decisão de Moro 'atenta contra o Judiciário'

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Ney Bello, afirmou, por meio de nota, neste sábado, 28, que o juiz federal Sérgio Moro "determinou às autoridades públicas" a "descumprir ordem judicial" ao peitar o juiz convocado da Corte Leão Aparecido Alves e manter a extradição de Raul Schmidt, alvo da Lava Jato preso em Portugal. O magistrado convocado pelo TRF-1 concedeu habeas corpus a Schmidt nesta sexta-feira, 27, para barrar a extradição ao Brasil. Pouco tempo depois, no mesmo dia, Moro decidiu no sentido de manter o processo e criticou Leão nos autos.
"O que é intolerável é o desconhecimento dos princípios constitucionais do processo e das normas processuais penais que regem estes conflitos, sob o frágil argumento moral de autoridade, e em desrespeito ao direito objetivo. A instigação ao descumprimento de ordem judicial emitida por um juiz autoriza toda a sociedade a descumprir ordens judiciais de quaisquer instâncias, substituindo a normalidade das decisões judiciais pelo equívoco das pretensões individuais", afirmou Ney Bello, presidente da 3ª Turma do TRF-1, sobre o despacho de Moro.
Sérgio Moro manteve a extradição de Raul Schmidt, alvo da Lava Jato preso em Portugal
Alvo da Operação Lava Jato, Schmidt é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, todos envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014.
Schmidt estava foragido desde 2015, quando foi para Portugal, pelo benefício da dupla nacionalidade.
Detido em março de 2016, ele fez acordo com o Judiciário português para responder o processo de extradição em liberdade. Foi preso no último dia 13, quando a Justiça de Portugal rejeitou seus últimos recursos e determinou sua extradição para o Brasil.
Na sexta-feira, 27, duas decisões conflitantes foram dadas em relação a Schmidt. Leão Aparecido Alves, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), deu uma liminar - decisão provisória - para suspender a extradição de Schmidt até o julgamento do mérito do habeas corpus pedido pela defesa.
Extradição
Em sua decisão, Leão lembrou que a ordem de execução da extradição do português está suspensa até 2 de maio, por ordem do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).
"No presente caso, a fundamentação fática e jurídica exposta pelo impetrante demanda o exame de questão somente de direito", anotou Leão. "Os fundamentos expostos pelo impetrante são razoáveis. Não há dúvidas de que a condição de português nato impede que o Brasil formule promessa de reciprocidade em se tratando de brasileiro nato."
Mais tarde, também nesta sexta-feira, 27, Moro peitou a decisão do juiz do TRF-1. "Ora, ao encaminhar o pedido de extradição, a autoridade judiciária é a autoridade requerente".
Moro afirma que "questões relativas à extradição estão submetidas a este Juízo e, por conseguinte, em grau de recurso ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) e ao Superior Tribunal de Justiça".
"O Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, apesar de todo o respeito que lhe cabe, não tem jurisdição sobre o assunto", adverte Moro. "Cogito a possibilidade de que a defesa de Raul Schmidti Fellipe Júnior tenha ocultado fatos relevantes ao relator do habeas corpus no Tribunal Regional Federal a 1.ª Região", anota o juiz da Lava Jato.
Neste sábado (28), Ney Belo, presidente reagiu ao despacho de Moro, por meio de nota. "Quando dois ou mais juízes se entendem competentes para decidirem sobre o mesmo caso o ordenamento jurídico brasileiro prevê solução para a controvérsia, em procedimento denominado Conflito de Competência. Tal conflito é julgado, em casos como este, pelo Superior Tribunal de Justiça".
"É inimaginável, num Estado Democrático de Direito, que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça sejam instados por um juiz ao descumprimento de decisão de um Tribunal, sob o pálido argumento de sua própria autoridade", afirmou.
Para o desembargador, questões de competência resolvem-se a partir do próprio ordenamento jurídico, com respeito à lei e ao sistema que nos rege.
"Instar ou determinar às autoridades públicas que descumpram ordens judiciais por delas discordar não é ato próprio de um magistrado, e só atenta contra o próprio Poder Judiciário e o sistema jurisdicional", afirmou.
Moro
A Justiça Federal do Paraná informou que o magistrado não vai se manifestar.