sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Palanque do DEM no RJ é opção de Aécio

presidente Dilma Rousseff parece não ter problemas no Estado do Rio. Pelo menos no que diz respeito a palanques para sua campanha à reeleição em 2014. Se confirmado o atual quadro pré-eleitoral, a petista poderá ter ao seu lado o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o deputado federal Anthony Matheus (PR) e o senador Lindbergh Farias (PT), três dos que disputam a sucessão de Sérgio Cabral. O mesmo não se repete com seu principal opositor, o senador Aécio Neves (PSDB). Até o momento, o tucano só encontrou acolhida no ninho do Democratas, que deve ter o vereador Cesar Maia como candidato ao Governo do Estado.

Para o vice-presidente do PSDB em Campos, Robson Colla, ainda é muito cedo para ter um posicionamento do PSDB estadual: “Certo é que ele não se alia com o PT nem o PMDB”, afirma.
— O PSDB pode sair com candidato próprio ou apoiar alguma candidatura que se alinhe com os preceitos que orientam nossa legenda. Ainda não vi nenhum direcionamento por parte da Estadual — explica o tucano, acrescentando: “Mas, sem dúvida, apoiando Aécio ou qualquer outro que for escolhido pelo PSDB para concorrer à Presidência!”.

O PSDB do Rio possivelmente não lançará nome próprio ao Governo, porque Otávio Leite e Luiz Paulo Corrêa da Rocha — dois de mais destaque no ninho tucano — deverão tentar a reeleição para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).

Desde maio o senador Aécio Neves vem discutindo uma aliança com o ex-prefeito e agora vereador Cesar Maia. “O DEM-RJ terá candidato. Não necessariamente eu. Se surgir um nome forte estamos abertos, mas desde que seja com o número 25. Sobre candidato do DEM (à Presidência da República), há segmentos, como nós, no Rio, que queremos Aécio. Mas da Bahia para cima e em Goiás, o nome de Eduardo Campos é ainda mais forte”, disse Cesar Maia recentemente. “Ideal para nós é o apoio do PSDB-RJ a um nome do 25. Aceitamos sugestões deles com muito prazer”, afirma o ex-prefeito.

A eleição para governador do Rio de Janeiro em 2014 promete ser acirrada, com, pelo menos, cinco fortes candidatos: Além de Pezão, Lindbergh, Anthony Matheus e Cesar Maia, o ministro da Pesca e Aquicultura, o Bispo Marcelo Crivella (PRB), já confirmou que é pré-candidato para o próximo ano.


Crivella foi reeleito em 2010 para uma das vagas de senador pelo Rio de Janeiro, junto com Lindbergh Farias (PT), só ficaria sem mandato em 2018, então não há muitos riscos politicamente para ele. Miro Teixeira (PDT) e Romário (PSB) são outros nomes possíveis para 2014.

Começa na segunda-feira pagamento da metade do 13º de aposentados e pensionistas


A primeira parcela do décimo terceiro salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começará a ser paga na próxima segunda-feira (26/08). O pagamento foi autorizado por uma portaria no início de agosto. Os depósitos serão feitos entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro.
 
Segundo o Ministério da Previdência Social, a expectativa é que 26,5 milhões de pessoas recebam a primeira parcela e que sejam injetados na economia aproximadamente R$ 12 bilhões. No ano passado, foram pagos R$ 130 bilhões com o décimo terceiro dos trabalhadores brasileiros, equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Sobre a primeira parcela do décimo terceiro, não incidem imposto de renda ou recolhimento para a Previdência - cobrados somente sobre a segunda parcela do benefício. Para os trabalhadores com carteira assinada, a primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro. A segunda, até o dia 20 de dezembro. Para os servidores públicos, a regra é diferente. A primeira parcela é paga em julho, com base no salário de junho; e a segunda, em dezembro, com base no salário de novembro.

Têm direito ao décimo terceiro salário os trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, urbano ou rural, avulso e doméstico, bem como os aposentados e pensionistas do INSS. Para receber o benefício, o trabalhador tem de ter exercido alguma atividade com carteira assinada por pelo menos 15 dias no ano. Caso não tenha trabalhado o ano integralmente, o pagamento do décimo terceiro é proporcional.
Quem recebe amparo previdenciário do trabalhador rural, renda mensal vitalícia, amparo assistencial ao idoso e a pessoa com deficiência, auxílio suplementar por acidente de trabalho, pensão mensal vitalícia, abono de permanência em serviço, vantagem do servidor aposentado por autarquia empregadora e salário-família não têm direito ao benefício referente a esses pagamentos.

Estacionamento irregular contribui para desordem no trânsito em Nova Iguaçu



A Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria de Transporte, Trânsito e Mobilidade, está iniciando um choque de gestão no setor, estabelecendo novas medidas para ordenar o caótico trânsito da cidade. Recursos tecnológicos, nova sinalização, orientação aos motoristas de coletivos, treinamento de agentes e restrição da circulação de caminhões, são algumas das ferramentas que serão utilizadas.

Mas além da capacitação dos agentes de trânsito, outro grupo que precisa receber treinamento urgente são os profissionais credenciados da empresa Nova Park, que explora o estacionamento nas ruas da cidade. Muitos motoristas reclamam que esse sistema funciona de forma desordenada e sem fiscalização. Nos trechos onde a empresa atua, alguns profissionais estabelecem a posição de “donos da rua”, permitindo em muitos casos o estacionamento em local proibido.

Um exemplo é o trecho da rua na esquina da Praça João Pessoa, em frente ao Hospital Iguaçu. No local, nossa equipe flagrou veículos estacionados em cima da calçada com o aval do agente credenciado da Nova Park, que inclusive emitiu o talão para que o veículo parasse na área destinada aos pedestres. Questionado por nossa equipe de que havia estacionado em local proibido, o motorista que não quis se identificar explicou que não tinha medo de ser multado pois a agente que emitiu o talão garantiu que naquele trecho não há fiscalização.
Comerciantes da região explicaram que é muito comum o estacionamento na calçada do Hospital Iguaçu, já que a unidade de saúde não está funcionando. “Aqui na calçada sempre tem carro estacionado, inclusive com talão. Todos da redondeza até conhecem a funcionária da Nova Park que sempre encontra uma vaguinha para os motoristas, mesmo de forma irregular”, explicou Sr. Antonio Silva.

Nossa equipe indagou a funcionária da Nova Park, sobre o fato de permitir o estacionamento em local irregular e ainda emitir um talão de cobrança, correndo o risco do veículo ser multado. Sem se intimidar, afirmou: “Quem manda aqui sou eu”.

Obras de reurbanização melhoram a qualidade de vida em Nilópolis

Os moradores de Nilópolis ganharam um novo shopping a céu aberto, com a implantação de área de convivência popular e cobertura na Avenida Mirandela, conhecida como Calçadão da Mirandela. Inauguradas na quarta-feira (21/08), as obras de reurbanização do principal centro comercial da cidade foram feitas com recursos do programa Somando Forças, da Secretaria de Obras, no valor de R$ 4,6 milhões, sendo R$ 4,3 milhões do Estado e R$ 300 mil da prefeitura.
No dia do aniversário de 66 anos da cidade, os nilopolitanos conheceram alguns dos novos presentes que ganharão em breve. Na inauguração, as duas esferas de governo também assinaram um protocolo de intenções para formalização de novos convênios do Somando Forças, no total de R$ 17,7 milhões. As obras incluem a implantação de uma Companhia da Polícia Militar, reforma do Hospital Municipal Juscelino Kubitschek, construção de portais na entrada da cidade e projeto paisagístico e de arborização, que plantará mais de 40 mil árvores.
As intervenções nos 200 metros do calçadão, entre as ruas Getúlio Moura e Getúlio Vargas, vão melhorar a acessibilidade das cerca de 50 mil pessoas que circulam diariamente entre as lojas. O público conta ainda com uma praça central, cercada por palmeiras e coberta por uma estrutura metálica. Os pedestres ganharam ainda quatro escadas rolantes que ligam a estação ferroviária à rua.
“Aqui tínhamos um risco na travessia para a estação. Com as escadas rolantes, o perigo acaba”, afirmou o secretário de Obras, Hudson Braga.
Frequentadora assídua do calçadão, Mariana Ferreira, de 60 anos, comemorou as obras.
“Venho muito a banco, médico e lojas e terei mais conforto”, disse a aposentada.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Desfile das escolas marca a Semana do Patrono no Jardim Primavera

O desfile cívico comemorativo àSemana do Patrono de Duque de Caxias levou para a Rua 2, em Jardim Primavera, centenas de moradores do bairro que aplaudiram a passagem dos alunos das escolas municipais, estaduais e particulares daquela região. A solenidade foi acompanhada pelo prefeito Alexandre Cardoso, que estava com a primeira-dama e secretária de Ações Institucionais e Comunicação, Tatyane Lima, e com o vice- prefeito Laury Villar. Também estiveram presentes todo o secretariado, o presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Moreira, e vários representantes do Legislativo municipal.

Desde que assumiu a administração da prefeitura de Duque de Caxias, o prefeito Alexandre Cardoso vem resgatando tradições da cidade que tinham sido deixadas de lado em governos anteriores. “O desfile cívico sempre foi uma tradição na cidade. Estamos resgatando esta tradição e incentivando o civismo em nossos alunos. Queremos que tenham amor à pátria, à nossa bandeira e ao hino do país. Duque de Caxias está mudando e voltando a ocupar o lugar que sempre teve na região. Ou seja, a liderança na Baixada Fluminense”, afirmou.

A solenidade foi aberta com desfile de viaturas da Guarda Municipal e da Defesa Civil do município, seguido do grupo Desbravadores da 3ª Região do Rio de Janeiro, acompanhados pela banda do Colégio Aquino de Araújo, conhecida como Ases Indomáveis, que apresentou coreografia durante sua passagem, sendo aplaudida pelo público e autoridades municipais. Depois foi a vez da Escola Municipal Bom Retiro, Escola Municipal Marechal Mascarenhas de Moraes, Escola Municipalizada Alberto Santos Dumont, Escola Municipal Marilândia, Ciep Municipalizado Paulo Mendes Campos.

Também o Instituto Souza Motta, Colégio Gama, Instituto Alves Corrêa, Associação Cultural e Educacional Pedro Ernesto, Ciep 209- Ataulfo Alves, Educandário Primavera e o Ciep Darcy Vargas encerraram a participação das escolas da região no primeiro dia de desfile cívico em homenagem ao patrono da cidade, o Duque de Caxias.

Nesta quarta-feira (21/08) em Santa Cruz da Serra, escolas das redes pública e privada, além da Guarda Municipal e Defesa Civil participam de desfile na Praça da Matriz, a partir das 9 horas. Já no domingo (25/08), acontece na Avenida Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), o desfile cívico militar, marcado para iniciar às 8 horas.

Campos recebe 50 milhões em royalties

A verba mensal dos royalties foi depositada nesta terça-feira pelo Tesouro da União nas contas das prefeituras dos municípios produtores da região da Bacia de Campos. Como maior produtor, Campos obteve a maior arrecadação: R$ 50,3 milhões (exatos R$ 50.335.491,67), enquanto Macaé foi a segunda melhor receita, com pouco mais de R$ 37 milhões.

O terceiro município que mais recebeu foi Rio das Ostras, e Cabo Frio, com cerca de R$ 15,1 milhões. Depois, São João da Barra, com R$ 9,1 milhões; Quissamã, com R$ 6,4 milhões; Casimiro de Abreu com R$ 6,2 milhões; Búzios, com R$ 4,9 milhões; Arraial do Cabo com R$ 3,9 milhõese Carapebus com R$ 2,9 milhões. 

Ao todo, esses 10 municípios da principal zona de produção de petróleo do Brasil, a Bacia de Campos, receberam um montante de cerca de R$ 150 milhões. 

Maricá, Niterói e Angra dos Reis também receberam royalties: a ex-capital fluminense ficou com R$ 7,9 milhões; Maricá com R$ 8,6 milhões; e Angra, com R$ 5,4 milhões.

A quase totalidade dos municípios fluminenses também recebem royalties, mas em proporção bem menor, na condição de limítrofe, caso de São Francisco de Itabapoana, que obteve este mês R$ 675 mil.

 

Para Garotinho, Cabral está a favor da elite






O líder do PR na Câmara, deputado federal Anthony Garotinho, acusou o governo do Estado de ter abandonado o programa de restaurantes populares e investir em concurso gastronômico entre endereços estrelados da Zona Sul do Rio. "Sergio Cabral virou pó. É vaiado por onde passa porque despreza o povo e privilegia a elite", desferiu o deputado, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de governador; "Há apenas uma unanimidade no Brasil hoje, contra Cabral".

Nem mesmo um concurso gastronômico para promover o Rio como pólo de restaurantes sofisticados escapou às críticas que cercam os movimentos do governador Sergio Cabral. 


Pré-candidato ao governo do Estado pelo PR, em 2014, Garotinho ocupou a tribunapara acusar o governo do Estado de ter desmontado o programa de restaurantes populares, criado no governo dele, nos quais são servidas refeições ao preço de R$ 1. "Para manter e ampliar os restaurantes populares, o governo do Estado diz não ter dinheiro, mas para patrocinar concurso de restaurantes de elite, onde comem os homens mais poderosos do Rio de Janeiro, aí tem dinheiro", comparou Garotinho.



Ele prosseguiu batendo de frente com Cabral, fiel em sua estratégia de consolidar a candidatura do PR ao Palácio Guanabara como oposição integral à administração do PMDB. "Cabral é um político decadente por esse tipo de escolha, a favor da elite e contra os trabalhadores. Por isso ele não pode entrar em casa, é por isso o Palácio Guanabara vive cercado, e por isso é vaiado por onde passa".



Até 18h00, o governo do Estado não havia respondido ao pronunciamento do ex-governador.




http://youtu.be/WLDQ4wI0tN0


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Eike Batista vende LLX

No final da tarde desta quarta-feira, a LLX Logística S.A., responsável pelo Super porto do Açu, em São João da Barra, emitiu um comunicado informando que assinou Termo de Compromisso com a EIG Managent Company LLC, que agora é a maior acionista e controladora da empresa. A operação que envolve um investimento de R$ 1,3 bilhão ainda não foi concluída. Nesta quinta-feira analistas de mercado farão uma teleconferência às 13h para concluir a operação.

O compromisso prevê o investimento por meio de participação em operação de aumento privado do capital social da companhia. As ações a serem emitidas terão o preço de emissão fixado em R$ 1,20. Os acionistas minoritários terão preferência na participação do aumento de capital. Além de assumir a totalidade das ações do Acionista Controlador, a EIG também se comprometeu a subscrever a totalidade das ações no valor do investimento.

A operação está sujeita a condições precedentes, como a celebração dos contratos definitivos, aprovações regulatórias e societárias aplicáveis, além da finalização de due diligence pelo Grupo EIG. Após concluída, Eike deixará o controle da empresa. O investimento, somado às linhas de crédito, será destinado à construção do Super porto do Açu.

Em nota, o diretor presidente da LLX Marcus Berto afirmou que "o compromisso assumido pelo Grupo EIG confirma a capacidade de atração de grandes investidores internacionais pela LLX, além das vantagens competitivas e importância estratégica do Super porto do Açu para o Brasil".

Marina pede pressa na regularização de seu partido

A ex-senadora Marina Silva reuniu-se nesta quarta-feira com a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, para pedir agilidade na validação de assinaturas para a criação da Rede Sustentabilidade. De acordo com ela, os cartórios estão atrasando os procedimentos e anulando assinaturas sem justificativa. O problema pode inviabilizar a participação da Rede na disputa eleitoral do ano que vem.
- Essas assinaturas precisam ser validadas, porque não temos culpa se eles (os cartórios) não têm o parâmetro para fazer a validação ou se contam com estrutura de pessoal que não está dando conta de fazer o processamento dentro do prazo”, disse Marina, ao deixar o encontro. “Alguns cartórios simplesmente não justificam porque estão invalidando as fichas, e, por isso, precisamos de orientação para recorrer dessas decisões – completou.
Para obter registro, um partido político tem que reunir cerca de 500 mil assinaturas, o que corresponde a 0,5% dos votos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Também é exigido que as assinaturas tenham sido colhidas em pelo menos nove estados brasileiros. As condições têm que ser validadas pelo TSE até o próximo dia 5 de outubro para que o partido esteja apto a disputar as próximas eleições.
Segundo Marina Silva, alguns cartórios estão atrasados 60 dias, sendo que a legislação aponta prazo máximo de 15 dias para a validação. Caso a situação se agrave, a Rede pode apresentar as assinaturas diretamente à Justiça Eleitoral, sem validação prévia, mas Marina indica que isso não está nos planos, pois os trâmites estão dentro do prazo.
A ex-senadora também mostrou preocupação com descartes de assinaturas em determinados estados. Enquanto a média nacional é 24%, em São Paulo a taxa é 30%, e no Distrito Federal é  29%. “A única coisa que temos certeza é que encaminhamos as fichas no prazo certo, e que eles [os cartórios] estão atrasados nas respostas”, disse, ao ser perguntada sobre possíveis boicotes direcionados à legenda.
Segundo Marina, a Rede coletou 850 mil assinaturas de apoio até agora e apresentou 600 mil aos cartórios após triagem prévia, mas apenas 215 mil foram certificadas. “Temos 11 estados com cota mínima de ficha validada”, garantiu. Ela informou que a presidenta do TSE não deu prazo para apresentação de documentos no TSE para que a validação ocorra até 5 de outubro.
Nos próximos dias, os dirigentes da Rede vão se reunir com a corregedora-geral Eleitoral, Laurita Vaz, para discutir a padronização das assinaturas. “(Estão anulando) as pessoas jovens que não votaram nas últimas eleições, as pessoas idosas que têm voto facultativo e até mesmo quem não fez assinatura legível, apenas um visto. Todas as questões precisam de orientação da corregedoria”, analisou Marina.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Nova Iguaçu tira o pé da lama com obras



Ontem, depois de semanas de hostilidades praticadas por jovens acampados na porta do prédio onde mora, no Leblon, Zona Sul do Rio, o governador Sérgio Cabral ganhou, finalmente, manifestações de afago de moradores de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde também foi recebido com fogos de artifícios.
Ele, que chegou de surpresa à cidade, passou parte do dia visitando obras do Projeto ‘Bairro Novo’, na Rodilândia, em Austin, e Figueira, no

bairro de Miguel Couto, onde também empinou pipa e filmou depoimentos de moradores usado o celular pessoal.
As duas regiões estão recebendo 11 quilômetros de obras de saneamento, drenagem, pavimentação e iluminação, além de áreas de lazer e uma Escola Modelo para cerca de mil alunos. O projeto atinge mais de 50 ruas, onde estão sendo investidos cerca de R$ 20 milhões.
Ao lado do vice-governador e coordenador executivo dos Projetos e Obras de Infraestrutura do Estado, Luiz Fernando Pezão e do prefeito Nelson Bornier, Cabral prometeu retornar a Nova Iguaçu dentro de duas semanas para vistoriar mais obras públicas no bairro Jacutinga, na divisa com o município de Mesquita. Aproveitou ainda a presença do pastor evangélico Carlos Henrique de Carvalho Medeiros para pedir ajuda: “Coloque meu nome em suas orações, porque tem uns caras mascarados querendo me pegar; só que não conseguirão”, disse num momento de descontração. “Estarei orando pelo senhor”, prometeu o religioso, que é coordenador de Caravanas Missionárias na região.
O governador também fez questão de abraçar e beijar moradores, enquanto caminhava embaixo de sol forte, pisando em poeira, lama e asfalto quente. Ele disse que agora, “depois de muito tempo de abandono”, a população pode esperar muitas obras em parceria do governo do estado com a prefeitura de Nova Iguaçu. “Estamos investindo R$ 1,2 bilhão para sanear, pavimentar, drenar e calçar quase 800 quilômetros de ruas na Região Metropolitana. Somente aqui, em Nova Iguaçu, serão cerca de 90 quilômetros de obras em 16 bairros. O Nelson (Bornier) pede e o Pezão executa”, disse Cabral, repetidas vezes, para moradores, com quem posou para fotografias.
O governador lembrou ainda que a população de Nova Iguaçu passou muito tempo abandonada. “Antes (em governos passados) fizemos aqui um esforço enorme de parcerias, mas nada acontecia. Agora, com o Nelson, que é outra qualidade de administrador, outro nível de governante, estamos conseguindo realizar o sonho dos moradores desta região, de viver com dignidade. O Nelson vai pra rua, identifica o problema e pede obra”, elogiou, frisando que, “agora, os benefícios públicos chegarão mais rápido à região”.

Obras chegarão no Km 32

O secretário estadual de Obras, Hudson Braga, anunciou ao lado do subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, Vicente Loureiro, que o programa ‘Bairro Novo’ já chegará neste domingo a região de São Jorge I e II, no km 32. “Ao longo de setembro, a gente entra nas demais regiões. São cerca de R$ 180 milhões em investimentos, somente para Nova Iguaçu”, explicou.
O prefeito Nelson Bornier explicou que priorizou o bairro Figueira, em Miguel Couto, por se tratar da região da cidade com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Rodilândia e Figueira jamais receberam atenção dos governantes. Estava na hora de acabarmos que essa injustiça social”, afirmou, ao lado dos secretários Thiago Portela, de Governo, e Carla Neves, de Obras, dos deputados estaduais Luiz Martins (PDT) e Rosângela Gomes (PRB), além de quase uma dezena de vereadores.

 
 

Ministra de Direitos Humanos questiona PM do Rio

Maria do Rosário disse que é “preocupante” o fato de o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, no Rio de Janeiro, ter ocorrido depois de uma abordagem policial; segundo ela, o inquérito deve ter como principal linha de investigação a responsabilização dos agentes policiais.
 
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (2) que é “preocupante” o fato de o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, no Rio de Janeiro, ter ocorrido depois de uma abordagem policial. Segundo ela, o inquérito deve ter como principal linha de investigação a responsabilização dos agentes policiais.
 
“Nos preocupa, sobremaneira, a abordagem policial e o posterior desaparecimento. A abordagem policial com o posterior desaparecimento leva à responsabilidade do desaparecimento, toda a investigação, o inquérito com a hipótese clara, concreta de que seja uma responsabilidade dos agentes públicos, do abuso de autoridade, da violência policial, algo com o qual não podemos mais conviver”, disse a ministra.
 
Segundo ela, a secretaria está acompanhando o caso e ofereceu acompanhamento externo ao estado do Rio de Janeiro. “Queremos acompanhar com os órgãos de direitos humanos e o conselho de direitos humanos”, frisou a ministra.
 
O pedreiro Amarildo de Souza desapareceu no último dia 14 de julho depois de ser retirado da porta de sua casa por policiais militares e levado para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Para Maria do Rosário, o episódio não representa a falência do processo de pacificação de comunidades, mas demonstra a necessidade de melhorar a relação da polícia com a comunidade.
“Não acredito que demonstre isso [a falência do processo de pacificação]. Demonstra que sempre temos que melhorar. Mesmo em comunidades pacificadas devemos procurar construir uma cultura de polícia que esteja próxima. A polícia tem que ser o mocinho. Tem que estar junto com as pessoas da comunidade. Não pode abordar um trabalhador e ele desaparecer”, frisou a ministra.

Cabral faz de tudo para deixar de ser Cabral

Governador do Rio tenta recuperar imagem, abalada com denúncias e manifestações que pedem sua saída do cargo; ele já recuou na demolição do Parque Aquático Júlio de Lamare e, hoje, do Estádio de Atletismo Célio de Barros, alvo de críticas da população; disse que estava precisando de um toque de humildade, o que teria conseguido com a visita do papa à cidade; nesta quinta-feira, Sergio Cabral admitiu erros e, agora, a nova: avalia voltar atrás na privatização do Maracanã, reformado por mais de R$ 1 bi e concedido ao amigo Eike Batista.
 
Com a imagem abalada devido a denúncias e às frequentes manifestações que pedem sua saída – do cargo de governador do Rio e até como morador do bairro do Leblon – Sergio Cabral tem se concentrado, ultimamente, em deixar de ser Sergio Cabral. Aparentemente, é o que lhe resta para diminuir a rejeição que conquistou especialmente em seu segundo mandato no Estado: apenas 12% da população consideram sua gestão ótima ou boa, de acordo com levantamento realizado pelo Ibope. É ele o governador mais mal avaliado, dentre 11 estados pesquisados pelo instituto.
 
Nos últimos dias, suas ações têm mudado em prol da recuperação de sua credibilidade com o povo do Rio. Em uma entrevista concedida à rádio CBN nesta quinta-feira, Cabral chegou a dizer que cometeu erros, principalmente de falta de diálogo, o que, segundo ele, sempre foi sua marca. "Acho que da minha parte faltou mais diálogo, uma capacidade de entendimento e de compreensão", admitiu o governador. Logo após a visita do papa, disse que estava precisando de uma dose de humildade, o que teria acontecido com a vinda do pontífice à cidade. "A figura do papa me tocou. Certamente eu estava precisando muito de uma dose de humildade", afirmou Cabral.
 
Na última semana, ele anunciou a desistência de demolir o Parque Aquático Júlio de Lamare, no entorno do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. E na manhã desta sexta-feira 2, anunciou ainda, após reunião com o prefeito Eduardo Paes e autoridades do esporte no Palácio Guanabara, que também não irá mais demolir o Estádio de Atletismo Célio de Barros. Os dois seriam substituídos por prédios num projeto do novo Maracanã e a decisão de demolir as estruturas era muito criticada por atletas e vista com maus olhos pela população. Quando comentou o episódio do Júlio de Lamare, voltou a admitir erros: "Eu errei em não ouvir, por isso estou voltando atrás".
 
Reportagem da Folha de S.Paulo desta sexta-feira revela que o governador estuda voltar atrás numa outra ação que causou a revolta dos moradores do Rio de Janeiro: a concessão do Maracanã à iniciativa privada. A possibilidade também faz parte das recentes mudanças do plano do governo para o entorno do estádio. Numa coletiva de imprensa na última segunda-feira, ele admitiu ter cometido os erros de não ter ouvido atletas nem a população durante o processo de licitação – que foi motivo de protestos diários na frente do estádio. O Maracanã foi reformado com mais de R$ 1 bilhão e o consórcio vencedor do processo é de um amigo seu: Eike Batista.
 
Aliados contaminados
 
O trabalho de Cabral para recuperar sua imagem será árduo, uma vez que assessores de seus aliados já têm dado conselhos que miram o afastamento da pessoa do governador. A presidente Dilma Rousseff e o prefeito Eduardo Paes já foram alertados de que ficar ao lado de Cabral não é lá uma boa ideia. Ele próprio considera sair antes do governo – em abril de 2014, para disputar uma vaga no Senado –, decisão que beneficiaria seu candidato a sucessor, o vice Luiz Fernando Pezão.