segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Campanhas mais caras para cargo de deputado federal chegarão a R$ 3 milhões

O que é preciso para eleger um parlamentar? Com pouco espaço nos programas de rádio e televisão e sem os comícios milionários de eleições anteriores, candidatos a deputado federal e estadual investem maciçamente em material impresso, placas, estandartes e faixas, no esforço para fixar nome e número, sempre aliados à própria imagem. A contratação de pessoal, diretamente ou por intermédio de serviços terceirizados, é o segundo item mais dispendioso. Os gastos registrados no primeiro mês de campanha confirmam que essa estratégia é usada pela maioria dos candidatos em todo o país. Dos R$ 37 milhões já consumidos por candidatos à Câmara dos Deputados, mais da metade foram gastos com propaganda visual.

Os custos de uma campanha impressionam. Até agora, candidatos a deputado federal já arrecadaram R$ 73 milhões, enquanto os candidatos às assembleias legislativas receberam R$ 85,2 milhões em contribuições registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As campanhas mais caras, com despesas como fretamento de avião, podem ficar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões(1). No primeiro mês, as 10 mais ricas somaram quase R$ 8 milhões. A maior arrecadação foi de Eduardo da Fonte (PP-PE), com R$ 1,5 milhão.

O candidato à Câmara que mais gastou com impressos foi Odílio Balbinotti (PMDB-PR). Ele imprimiu 400 mil revistas, com uma versão para cada um dos 60 municípios que compõem a sua base eleitoral. Também fez santinhos, cartazes e “colinha”, para ajudar o eleitor a decorar o seu nome. Gasto total: R$ 260 mil. E precisou contratar cerca de 250 cabos eleitorais para distribuir esse material todo. Também alugou carros para transportar tanta gente. O assessor Amarildo Torres estima que a campanha vai ficar em R$ 2 milhões, mas a metade já foi gasta no primeiro mês.

A contratação de cabos eleitorais incrementa o mercado de trabalho em todo o país, mas apenas o informal, sem carteira assinada. O gasto de todos os pretendentes a deputado com pessoal soma R$ 1,58 milhão. No espaço previsto pelo TSE para “encargos sociais”, estão registrados apenas R$ 4,9 mil, o que corresponde a apenas 0,3% das contratações.

Perfil único

O perfil de gastos é mantido em praticamente todos os estados, mas há pequenas variações de uma região para outra. Nos estados mais ricos, o investimento em placas fica próximo ou até supera o gasto com impressos. No Rio de Janeiro, por exemplo, os candidatos gastaram R$ 1,2 milhão com impressos e R$ 1,5 milhão com placas. Os recordistas foram os deputados Rodrigo Maia (DEM) e Nelson Bornier (PMDB). Juntos, aplicaram R$ 550 mil em placas, estandartes e faixas. Na maior parte da Região Norte, os gastos com aluguel de carro são insignificantes.

A campanha de Cândido Vaccarezza (PT-SP) está entre as 10 mais caras. Ele concentrou os gastos em gráfica, contratação de pessoal e visual. “É a melhor coisa: gráfica e gente. É isso que dá voto”, resumiu o deputado. Ele explicou o motivo da sua estratégia: “Tenho que divulgar o meu nome. Eu sou líder do governo Lula. Algumas pessoas me conhecem. Como nós não temos televisão… eu não tenho programa de televisão, os candidatos do PT não aparecem na televisão. Só aparece o meu número”.

O deputado ACM Neto (DEM-BA) também investiu muito em impressos, mas teve um gasto especial. “Eu tenho dois gastos muito pesados. Um é com material de propaganda. Impressos, confecção de placas, adesivos. São aqueles minidoors, de até quatro metros quadrados. Outro gasto pesado é com aeronaves. A Bahia é bem grande e é difícil fazer campanha. E tem outros itens importantes, como carro de som, mas os itens de divulgação são os mais onerosos”, relatou o candidato, que estima gastar R$ 3 milhões na campanha. Ele também justificou o gasto em divulgação pela falta de tempo na televisão. “O tempo de TV é pouco para os candidatos proporcionais. Gasto, mas não muito. Esse é o maior gasto nas majoritárias.” Ele repassou recursos para candidatos a deputados estaduais. “Eu estimulei várias candidaturas a estadual regionais. Então, é natural que distribua recursos a esses candidatos.”

No Rio Grande do Norte, Felipe Maia (DEM) aplicou R$ 371 mil em aluguel de carros. Foram locados 20 carros de passeio, três kombis, uma caminhonete Silverado e uma van Sprinter para transporte de funcionários da campanha, além de um trio elétrico. Ele disse que os 20 carros foram transformados em “baratinhas” (carros de pequeno porte com uma caixa de som em cima). “Quando faço caminhadas, o carro de som vai junto. O carro é para divulgar a mensagem, as realizações do mandato. Neste ano não existe comício, que era um momento em que você reunia um grande número de pessoas. A campanha é feita para pequenas concentrações de pessoas, em caminhadas. Com o carro de som, a gente atinge um número maior.” Ele já gastou R$ 531 mil, mas só arrecadou R$ 174 mil.

1 - Interesses diversos

Se estivessem interessados apenas no salário e em R$ 16,5 mil, muitos deputados teriam prejuízo com os investimentos feitos na campanha eleitoral. Em quatro anos, com 15 salários anuais, eles recebem um total de R$ 990 mil. Muitos candidatos vão investir de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões nestas eleições, parte disso com recursos próprios. Mas deve ser considerado que a maior parte da campanha é financiada por doações de empresas e pessoas físicas. Além disso, há outros interesses em jogo no Congresso, sejam eles financeiros ou políticos



































Primeira disputa nas urnas após a ditadura teve recorde de candidatos: 22

O homem que lutou contra a ditadura e que esteve à frente dos principais momentos da história contemporânea do país cometeu um erro político e assim acabou sem qualquer chance de chegar ao Palácio do Planalto. O ex-deputado Ulysses Guimarães amargou uma sétima colocação nas eleições presidenciais de 1989, a única da qual participou em sua carreira, e também a primeira do processo de redemocratização do Brasil. Um ano antes, durante a Constituinte, o ex-deputado desvinculou os pleitos presidenciais dos estados. Era uma maneira de manter as bases trabalhando, mas para candidaturas distintas. Isso não ocorreu com relação ao ex-deputado, que acabou abandonado pelos correligionários nos estados.


Ulysses, que ficou conhecido como o Senhor das Diretas Já, sempre esteve à frente de acontecimentos marcantes, como bancar a posse do então presidente e hoje senador, José Sarney (PMDB-AP), no Palácio do Planalto, após a morte de Tancredo Neves. “O doutor Ulysses Guimarães era uma espécie de Lula daquela época”, lembra Marco Aurélio Costa, dono do Piantella, restaurante na 202 Sul frequentado pelo ex-deputado e que, por muito tempo, foi reduto da oposição ao regime militar.

O revés dos peemedebistas começou com o fracasso do Plano Cruzado, um pacote de medidas econômicas adotadas por Sarney em 1986 para baixar a inflação. Até então, o PMDB tinha uma boa posição no cenário político brasileiro. “Enquanto o Cruzado deu certo, o partido fez mais de 20 governadores e a maioria no Senado e na Câmara”, explica Marco Aurélio, que passou a ser um dos seguidores de Ulysses, com quem convivia há mais de 30 anos. Todos achavam que o partido iria eleger qualquer candidato ao Planalto, mas isso acabou não acontecendo por um erro involuntário do próprio Ulysses. “Durante a Constituinte, ele havia desvinculado as eleições presidenciais. O doutor Ulysses achava que os prefeitos eleitos iriam trabalhar para ele nas bases. Mas isso não ocorreu”, conta Marco Aurélio. O ex-deputado só ganhou dos principais adversários em Tubarão (SC) e São Lourenço da Mata (PE).

Picadinho

Marco Aurélio ainda mantém a mesma mesa que Ulysses utilizava para tomar algumas decisões importantes, no mezanino do restaurante, muitas vezes comendo picadinho de carne, como prato principal, e sorvete de creme com cobertura de chocolate, de sobremesa. Foi no estabelecimento que o político começou a alinhavar sua candidatura, onde foi amargar a derrota e deixou exemplos de vida. No último dia de campanha, em 1989, ele jantou no Piantella, quando se deparou com jovens usando adevisos de Lula. Ao vê-lo, os rapazes tentaram desgrudar a propaganda das roupas, mas o próprio Ulysses impediu. “Ele disse ao grupo: eu lutei pela democracia, por isso, podem colocar o adesivo de volta ao peito de vocês”, conta Marco Aurélio. No mesmo lugar, ele deixou várias lembranças, como o cheque de 130 mil cruzeiros que pagou um jantar em 12 de agosto de 1985, quando assumiu a Presidência da República, durante uma viagem de Sarney ao exterior, e as seis receitas(1), para ser um bom político.

Além de Ulysses, personagens atuais da política brasileira disputaram as eleições de 1989. O senador Fernando Collor de Melo (PTB) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram na corrida eleitoral. O ex-governador de Alagoas chegou à campanha como o caçador de marajás em seu estado, enquanto que Lula tinha a seu lado a nata da intelectualidade e do mundo artístico, e o fato de ter sido operário. Os dois enfrentaram expoentes do cenário nacional, como o próprio Ulysses, Mário Covas (PSDB), Paulo Maluf (PDS), Leonel Brizola (PDT), entre outros, mas tiveram 16 concorrentes.

A eleição de 1989 também trouxe ao cenário político nacional novos personagens, como Lívia Maria de Abreu (PN), a primeira candidata mulher que disputou o Planalto. O povo conheceu o médico Enéas Carneiro (Prona), que conseguiu 360 mil votos dizendo rápidas palavras nos parcos segundos que dispunha no rádio e na televisão. Mais tarde, se tornaria um dos deputados federais mais votados de São Paulo. Fernando Gabeira lançou o PV naquele ano, e também entrou na corrida presidencial, mas teve pouco mais de 125 mil votos. Armando Corrêa (PMB) foi o que obteve menor votação: 4,3 mil.

1 - Conselhos

As seis receitas foram criadas por Ulysses Guimarães durante uma entrevista:

1) Não seja impaciente;

2) Na política, se não puder fazer amigo, não faça inimigo;

3) Nunca se deve proferir palavras irretratáveis;

4) Nunca deve estar tão próximo de alguém que amanhã possa ser inimigo;

5) É preciso aprender a arte de escutar;

6) A arma do grande político é o trabalho.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lula fala em “emendinha para mais uns anos de mandato”

Ao sancionar lei que reestrutura o ministério da Defesa Lula brincou com Jobim e falou sobre mais tempo no governo.


 Ao sancionar a lei que reestrutura o ministério da Defesa, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou com o ministro Nelson Jobim e lamentou que ele não enviou ao Congresso, junto com o projeto de reestruturação, uma “emendinha” para ampliar o mandato presidencial, que é de quatro anos.
“Está no final do mandato, você poderia junto dessa emenda complementar ter mandado uma emendinha para mais uns anos de mandato, você não mandou. Embora esteja no final de mandato, saio da presidência mais gratificado, pois vamos ter nova lógica na nossa Defesa e vamos ser mais respeitados”, disse.
Durante a cerimônia Lula afirmou que o país precisa de Forças Armadas compatíveis com o “novo Brasil”. Segundo ele, o país, que era motivo brincadeiras, agora ocupa outro espaço no cenário internacional.
“Quem viaja o mundo hoje em qualquer país que for tem a nítida noção que mudou o tratamento que se dá ao país. Somos uma grande nação, com grande perspectiva. E só somos pois decidimos. E Grande nação tem que ter Forças Armadas altamente preparadas”, disse.
Devia ter comprado dois aviões
O Presidente falou sobre a necessidade de gastar recursos públicos para melhorar a estrutura brasileira. Segundo ele, “antes” tudo era considerado gasto. “Com saúde, educação... Único investimento era pagar FMI (Fundo Monetário Internacional), quando na verdade era o único gasto, era como aluguel, não há retorno”.
Ao falar do assunto, Lula lembrou da compra do avião presidencial. “Disseram que a imprensa ia cair em cima (...) Hoje meu arrependimento é de não ter comprado um maior, ou dois ao invés de um. Pois hoje sei quanto custa montar delegações de empresários e levar para o exterior para desenvolver o Brasil”.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

O ódio obsessivo de O Globo

Mais uma mentira para confundir





Olhem, posso imaginar como deve ter sido recebida na redação de O Globo, a notícia de que o TRE manteve o mandato de minha filha Clarissa. Torciam e davam como certo, que o mandato de vereadora, de Clarissa seria cassado, mesmo sabendo que ela era vítima de uma perseguição. Já deviam ter espaço reservado na capa. Mas as coisas não saíram como eles esperavam e foi feita justiça com a minha filha. Foi decisão unânime do colegiado do TRE a favor dela.

Agora vejam, estou escrevendo esta nota às 23h40m. Há mais de duas horas, a notícia de que o TRE manteve o mandato de Clarissa está aqui no blog e no meu twitter. Até agora, O Globo on line não deu uma linha. Em compensação percebam o absurdo. Na reprodução acima, reparem a hora (22h37m), na matéria sobre a decisão do TRE paulista de barrar a candidatura de Maluf, logo abaixo (está destacado em amarelo) colocam um link “Conheça alguns casos emblemáticos de candidatos ‘ficha suja’ no Brasil”.
Pasmem, colocam minha foto, com o texto-legenda dizendo que “segundo especialistas, terá dificuldade para obter o registro”. Todos sabem que o ministro do TSE, Marcelo Ribeiro, analisando a decisão absurda do TRE do Rio, autorizou a minha candidatura. Portanto que história de “ficha suja” é essa? Mais uma vez querem confundir os eleitores. Deve ser uma retaliação de O Globo, porque Clarissa não foi cassada e precisavam descarregar o ódio contra mim de alguma maneira. Virou uma coisa doentia, obsessiva. Os leitores do jornal, por mais que não sejam favoráveis a mim, já perceberam que é um caso patológico. Por isso O Globo está perdendo a credibilidade para cada vez mais pessoas.
Só quero adiantar, que nesta terça-feira (24) acionarei os meus advogados para que entrem com representação contra O Globo, no TRE, e tomem todas as medidas legais cabíveis.

Em tempo: Para quem porventura acessa pouco o meu blog e não acompanhou o meu caso, é bom deixar bem claro, que a decisão do TRE do Rio não foi tomada por nenhuma acusação de improbidade ou desvio de dinheiro público. A única acusação foi de que entrevistei Rosinha, no meu programa de rádio, em Campos e dizem que isso pode ter influenciado o resultado da eleição. Detalhe: a entrevista foi em junho de 2008, antes do período eleitoral e todos os candidatos adversários de Rosinha foram chamados. Por isso todos os juristas que viram o processo se disseram estarrecidos, afirmando que nunca viram caso igual na Justiça Eleitoral.

TRE mantém por unanimidade mandato de Clarissa Garotinho



A reprodução é do site do TRE. O Garotinho está com Clarissa fazendo campanha em Nova Sepetiba. Mais tarde comentará a decisão, que faz justiça com Clarissa que cumpriu a lei eleitoral em todos os momentos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tiroteio vira munição eleitoral

Fernando Gabeira (PV) vai usar imagens do duelo entre policiais e traficantes, em São Conrado, em programa a ser exibido durante a semana. Marina critica política de segurança de Cabral, enquanto Dilma elogia ação da polícia



POR MAHOMED SAIGG


Rio - O confronto entre policiais e traficantes em São Conrado, sábado, no Rio, será usado como munição pelo candidato Fernando Gabeira (PV). Adversário do governador Sérgio Cabral — que tenta se reeleger —, Gabeira abriu fogo contra a política de segurança do atual governo. E prometeu exibir as imagens do tiroteio no programa eleitoral gratuito.
“Essas cenas precisam ser levadas até os eleitores porque o governo lança uma ideia de que estamos vivendo um momento de paz, que o Rio mudou, que estamos vivendo um novo Rio. Mas, no Rio por onde ando, sempre encontro gente de metralhadora, fuzil, pistola e granada”, disparou Gabeira.
“Nessas horas eu me pergunto: Será que o governador está mentindo, ou sou eu? Acho que os dois estão falando a verdade. Só que eu estou falando a verdade sobre 99% das comunidades. Ele fala sobre 1%”, completou o verde, que enviou uma equipe para a porta do Hotel Intercontinental, que no sábado foi invadido pelos bandidos.
O grupo ligado ao candidato do PV fez imagens do local e gravou entrevistas com moradores, que falaram sobre os momentos de terror que viveram. Ontem, Gabeira fez caminhada na favela de Manguinhos.
Mais cauteloso depois de ter sido ameaçado por traficantes em Macaé, Gabeira gravou imagens apenas nas ruas periféricas da comunidade. Depois, pediu que o fotógrafo e o cinegrafista que o acompanhavam mantivessem os equipamentos desligados. “Aqui tem que tomar um certo cuidado com a câmera, você já viu, né”.
Para evitar surpresas, Gabeira foi guiado pelo presidente da Associação de Moradores, Erivaldo Lira. Apesar de ter passado por vários homens que tentavam esconder suas armas, não houve nenhum momento de tensão. O candidato só ficou constrangido ao cumprimentar dois moradores que fumavam maconha no meio da rua.

                                               Dilma sai em defesa de Sérgio Cabral
A ação dos bandidos, que levou terror a São Conrado, continua chamando a atenção dos candidatos à Presidência. Depois de José Serra (PSDB), ontem foi a vez de as candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) lamentarem o ocorrido. Marina criticou, enquanto Dilma saiu em defesa de Cabral. “A polícia agiu prontamente. O governo do Rio tem feito um combate sistemático ao crime organizado e tem tido sucesso”, ressaltou Dilma. “Como 40 pessoas podem andar armadas na cidade? É lamentável”, disse Marina.

Sérgio Cabral, que se recupera de cirurgia no joelho, não comentou o assunto. Hoje à noite, ele participa de entrevista no ‘RJ TV’, da TV Globo.

Catamarã bate em pedras e três pessoas ficam feridas

Rio - Um catamarã que fazia a travesia Rio- Niterói sofreu uma pane elétrica na manhã desta segunda-feira e bateu nas pedras próximas à Estação Araribóia em Niterói, Região Metropolitana. A embarcação Ingá II estava se preparando para atracar no terminal quando houve o acidente. Um passageiro e dois funcionários da concessionária ficaram levemente feridos.

Os passageiros foram retirados para uma outra embarcação. As filas para o embarque em direção ao Rio de Janeiro estão grandes, se estendendo pela Praça Arariboia. Em função da ocorrência, o tempo médio de espera para embarque em direção à Praça XV é de aproximadamente 1 hora.
Em uma semana, este é o segundo incidente na Estação Araribóia. Na quinta-feira passada, houve um tumulto depois que a Barcas S.A, administradora do serviço, cancelou um dos horários de embarque por causa de uma pane em uma barca.
A concessionária Barcas S/A confirmou que a embarcação Ingá II, que partiu da Praça XV com destino a Niterói às 7h50, com 376 passageiros a bordo, apresentou pane elétrica no momento da atracação. Segundo a concessionária, o catamarã realizou manobra de emergência e atracou nas pedras do Aterro do Gragoatá. A embarcação Ingá II foi rebocada para a estação de Araribóia onde os passageiros desembarcaram.

Chefão da Rocinha escapa por condomínio de luxo

Rio - Testemunhas relatam ontem que o chefe do tráfico na Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, escapou da polícia ao invadir, escoltado por um grupo de traficantes, o condomínio Village São Conrado. O bando rendeu porteiros e vigilantes numa das entradas, na Avenida Aquarela do Brasil, e saiu pelos fundos, na Autoestrada Lagoa-Barra. “Foi uma cena incrível. Com fuzis, pistolas e granadas, eles fizeram uma barreira em torno de um homem, porque outro gritava toda hora: ‘protejam o chefe!’, contou V., 35 anos.
Quando ouvi o barulho dos tiros, o porteiro interfonou dizendo que os bandidos tinham passado por dentro do condomínio para chegar à autoestrada. Tinha muita munição no chão”, afirmou um engenheiro, de 62 anos.

Empregado de um edifício na Av. Aquarela do Brasil, J. disse que já “cansou” de ver ‘bondes’ passando pela via entre o fim das madrugada de sextas-feiras e o início das manhãs de sábado. “Isso é comum. Todo mundo já viu. Eles passam com armas pesadas em punho em motos, vans, Kombis e até em carros de luxo ”, disse.
Atingido por dois tiros no braço direito, o mecânico A., 40 anos, não consegue tirar da memória os momentos de pavor que enfrentou. “Consertava o motor de um carro na rua quando a guerra começou. Me joguei no chão, atrás do veículo, mas duas balas me atingiram. Sorte que em pleno tiroteio, um senhor parou o carro com a porta aberta para eu entrar e me levou para o Hospital Miguel Couto. Ele já levava outro homem baleado. Queria reencontrá-lo para agradecer, mas sequer sei o seu nome”, lamentou.
O outro baleado foi o despachante de ônibus Wallace Oliveira, 34 anos, atingido por um tiro de raspão no tórax. Ele se abaixou dentro de uma pequena cabine da Viação Amigos Unidos, que ficou com várias marcas de tiros.
Motorista da Comlurb traumatizado
Abalado, o motorista da Comlurb que ficou no meio do tiroteio entre policiais e bandidos, na manhã de sábado, na Avenida Aquarela do Brasil, pensa em largar a profissão. “Ele está muito traumatizado. Disse que passou a noite acordado e que tem dificuldades em conversar sobre o episódio”, contou um colega.
Para os amigos, o motorista descreveu que, ao ficar no fogo cruzado, saiu abaixado do caminhão de lixo e correu para se proteger em um condomínio. O veículo foi usado como escudo pelos traficantes durante o confronto com os PMs.
Ontem, em cada esquina de São Conrado, só havia um assunto: o dia de terror da véspera. “Vi tudo da minha janela do décimo sexto andar. Vestidos com coletes pretos, os bandidos berravam, atiravam para todos os lados e tentavam render motoristas que passavam. Quase não acreditei quando eles entraram no hotel”, disse a moradora Suad Afif, 57 anos, que reside há 25 num prédio próximo ao Intercontinental, e somente no início da tarde saiu de casa para levar seus dois cães para passear.

Reportagem de Francisco Edson Alves e Vania Cunha

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Políticos trocam votos por remédios vencidos no Rio

MP vai denunciar semana que vem candidatos que dão receitas controladas e encaminham eleitores para hospitais públicos
Flávia Salme, Samia Mazzuco e Raphael Gomide
Após mapear 106 centros sociais no Rio de Janeiro e instaurar procedimentos para investigar o funcionamento “com fins eleitoreiros” em 33 deles, o Ministério Público Eleitoral (MPE) vai denunciar candidatos pela distribuição de remédios fora da validade, dentaduras, muletas, cadeira de rodas, óculos e até bonecas, em troca de votos nas eleições de outubro.

“No começo da semana que vem teremos as primeiras ações judiciais relacionadas a centros sociais”, afirmou ao iG a procuradora regional eleitoral Silvana Battini.
Leia também:
Brazão oferece cadeiras de rodas da ABBR, muletas e cestas básica
Candidatos tinham títulos de eleitores e pediam emprego
Embora a lei permita que políticos eleitos tenham centros sociais, a regra é clara: em ano eleitoral, proporcionar qualquer bem ou serviço a eleitores pode ser considerado captação de sufrágio ou abuso de poder econômico.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) apreendeu esses produtos em mais de 20 centros sociais de deputados estaduais, vereadores da capital fluminense e candidatos que pretendem garantir um assento na Assembleia Legislativa a partir de 2011. O iG teve acesso aos relatórios e fotos de sete ações de fiscalização do órgão.


Leia o que dizem os candidatos sobre o caso:
Vereadora Lucinha nega ter pedido emprego em papel timbrado
Deputado Brazão diz ser só colaborador, não dono do centro social
Calazans e Graça Pereira negam ser donos de centros sociais
De acordo com o TRE, cerca de 80% dos remédios distribuídos nos locais estão com a validade vencida. A maioria é amostra grátis.

No foco dos atos autorizados pelo juiz eleitoral Paulo Cesar Vieira, estão deputados que são ou foram réus na Justiça e até campeões de votos nas urnas. O deputado Domingos Brazão (PMDB) foi citado na Máfia dos Combustíveis – investigada pela Polícia Federal. O colega Alessandro Calazans (PMN) respondeu por quebra de decoro parlamentar na Alerj, sob a acusação de ter negociado propina para retirar o nome do empresário Calinhos Cachoeira do relatório da CPI da Loterj. A vereadora Lucinha (PSDB) foi a mais votada em 2008 na Câmara Municipal do Rio, com 68.799.
Medicamentos encontrados pelos fiscais do TRE-RJ no Instituto Gente Solidária, ligado ao deputado Domingos Brazão


Alguns centros sociais foram fechados pela Justiça Eleitoral. Os políticos investigados recorrem para reabrir as unidades. Em outros casos, as unidades continuam funcionando normalmente, como admitem políticos como Graça Pereira (DEM), que tenta o quarto mandato na Alerj.

Encaminhamentos de exames na rede pública e receitas controladas

O que mais chamou a atenção dos fiscais do TRE foi a quantidade de remédios com a data de validade vencida encontrados nos centros sociais. Levantamento preliminar dos oficiais de Justiça que comandaram as apreensões mostra que ao menos 4.470 medicamentos e mais 331 caixas de remédios já foram retirados de circulação.
Entre as apreensões estão medicamentos de uso controlado – popularmente chamados de “tarja preta”–, caixas de anticoncepcionais, remédios para cardíacos e broncodilatadores, usados no tratamento de asmáticos.
Na Associação de Defesa da Cidadania Ação Social Domingos Brazão, conhecida como Instituto Gente Solidária, na Taquara (sub-bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio), do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB), “centenas de remédios com a validade vencida” e não vencida foram apreendidos.

Foto: Reprodução


Associação de moradores apontada pelo TRE como centro social do deputado Calazans

No centro social do candidato a deputado estadual Willian Coelho (PRTB), foram recolhidos 1.966 caixas de remédios, guardados em 15 sacos plásticos. De 68 diferentes medicamentos, 71% estavam fora do prazo de validade.

O TRE apreendeu também guias assinadas para a realização de exames na rede pública, como no centro social de Alessandro Calazans, em Anchieta, onde havia “diversos pedidos e encaminhamentos para a realização de exames médicos, além de 89 caixas de remédios, sendo 13 vencidas”, segundo o tribunal regional.
No centro da deputada Graça Pereira (DEM), os fiscais da Justiça Eleitoral recolheram um bloco com formulários para encaminhamento no ambulatório do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Ministério da Saúde (Into).

“É ilegal. Fere o critério da igualdade no acesso ao serviço público”, diz a promotora eleitoral Cláudia Kondack. “Além dessa irregularidade, a gente pode pensar até num eventual suborno do funcionário público que entregou essas guias”, avalia Kondack.

No centro social de Brazão foi encontrado ainda um bloco de receituário azul, para remédios controlados e documento relatando doação “proveniente da Secretaria de Estado de Saúde Hospital Estadual Santa Maria, de 480 frascos de Doralgina Sol. Oral e 350 sachês de paracetamol.”

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou ao iG que “nenhum centro social está autorizado a agendar horário para exames nos hospitais da rede estadual” e que não faz doações de medicamentos ou blocos receituários para centros sociais mantidos por políticos.

“Os blocos de Notificação de Receita B (cor azul) do Hospital Estadual Santa Maria recebem numeração de série que consta de pedido para impressão do receituário junto ao Cremerj, e o uso desse receituário é devidamente monitorado pela direção da unidade, como determina a legislação”, informa a subsecretária de Atenção à Saúde, Hellen Miyamoto. Ela não informou, porém, a quem se destinava o bloco do Santa Maria e como foi parar no centro.

A subsecretária esclarece que “a Secretaria não foi formalmente informada da localização de bloco de receituário em nome do hospital em centros sociais, mas está à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

O Into informa que formulários para encaminhamento na unidade podem ser retirados no site do instituto, para “desburocratizar o atendimento”. “Por ser uma unidade de atendimento preferencialmente cirúrgico e de alta complexidade, nossa demanda é referenciada, ou seja, o paciente deverá ser encaminhado com a ficha de triagem devidamente preenchida por um ortopedista da rede pública de saúde”.

Os candidatos Daniella Santos (PMDB) e William Coelho (PRTB) não foram encontrados pelo iG.

Na farmácia do centro social da candidata Daniela Santos TRE-RJ recolheu 4.740 medicamentos



Cadeira de rodas apreendida na unidade ligada ao deputado Brazão



Fiscais do TRE recolhem documentos como RG e título de eleitores em centro social ligado a Graça Pereira







Ficha com número de título eleitoral com Lucinha (dados protegidos pelo iG para preservar a identidade dos eleitores)



Em unidade ligada a Calazans, em Anchieta, panfletos oferecem 'diversos atendimentos gratuitos'



Documento apreendido no Instituto Gente Solidária revela vínculo com Brazão; candidato nega



Fiscais do TRE mostram medicamentos apreendidos em centro ligado à deputada Graça Pereira



Cartaz fixado em balcão de atendimento do CGE diz que deputada convida eleitores a conhecer o trabalho dela na Alerj



TRE-RJ apreende equipamentos com selo do Ministério da Saúde em ONG ligada ao candidato William Coelho



                             





Cartaz de aniversário de centro social destaca deputada Graça Pereira como fundadora do local


 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Peregrino vai ao MP denunciar Cabral por cancelamento de multas da TELEMAR

Como podem ver na foto acima, nesta segunda-feira, Peregrino (22) entrou com uma representação, requerendo uma investigação do Ministério Público Estadual, para tornar sem efeito a anulação das multas impostas à Oi/Telemar pelo PROCOM e que somam R$ 836 milhões, que foi assinada por Cabral.


"É a comprovação de que o governador Sérgio Cabral não dá o mínimo valor à probidade administrativa. A anulação dessas multas é um flagrante desrespeito ao povo do Rio de Janeiro porque ela evidencia o conflito de interesses. O beneficiário da anulação é a Telemar, que tem entre seus advogados a Primeira-Dama do estado", afirmou Peregrino.

Isso é escandaloso. O MP, através de nota oficial, informou que por enquanto, não vai se pronunciar.  ver que providência será tomada, se é que alguma coisa vai ser feita.

Um cancelamento puro e simples de R$ 836 milhões de multas a uma empresa é um escândalo. Ainda mais, porque, como poderão ver na matéria do jornal O ESTADO DE S.PAULO (abaixo), a Procuradoria-Geral do Estado alega que as multas eram desproporcionais. Mas não foram reduzidas. Simplesmente foram anuladas. É óbvio que se trata de uma negociata.

Eduardo Paes escapa de multa por suposta propaganda pró-Dilma

Portal Terra


BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recusou o pedido de multa ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, por propaganda eleitoral antecipada em favor da candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff. A decisão foi tomada pelo ministro Joelson Dias.
O pedido de multa havia sido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e era baseado em uma suposta propaganda fora de época, em benefício de Dilma, realizada por Eduardo Paes no dia 31 de maio de 2010, durante o evento de inauguração da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA), na Cidade de Deus.
Para o MPE, o prefeito teria enaltecido realizações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente no evento, além de ter declarado seu voto à "candidata do presidente Lula", com a finalidade de influenciar o público.
O ministro Joelson Dias disse não ter identificado no discurso de Eduardo Paes "a associação de nenhum nome com a eleição vindoura, nem qualquer manifestação favorável a quem quer que seja, exaltando-lhe os méritos ou noticiando a ação política, que pudesse levar o eleitor a votar em determinado candidato".
Segundo o ministro, Paes apenas enfatizou a "parceria administrativa" ou institucional entre os governos federal, estadual e municipal na execução da obra pública inaugurada no evento.
A declaração do voto, feita pelo prefeito, foi absolvida com a justificativa de que ele "apenas informou a própria opção pessoal do representado por uma determinada candidatura, sem nem sequer levar ao conhecimento geral, no entanto, as razões que motivaram a sua escolha".

Gabeira minimiza ausência do apoio de prefeitos

Rio - Na mesma linha que a presidenciável Marina Silva, o candidato do PV ao Governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, afirmou, nesta segunda-feira, que a falta de alianças não será problema, caso se eleja. Enquanto semana passada Marina referiu-se no Jornal Nacional ao PV não estar coligado para a presidência, Gabeira falou ao RJ TV, também da Rede Globo, do fato de não ser apoiado por nenhum dos 92 prefeitos do Estado.

"Sempre respeitei os prefeitos, como deputado federal, e, na forma de emendas parlamentares (ao Orçamento da União) destinei recursos para prefeituras independentemente do partido, inclusive para prefeitos do PMDB (partido do governador e candidato à reeleição Sérgio Cabral)", afirmou.
Com R$ 100 mil declarados na primeira prestação de contas e R$ 200 mil prometidos pelo PV, Gabeira, que tem concentrado sua campanha na região metropolitana devido à baixa arrecadação, negou que privilegiasse a Zona Sul carioca, onde, desde o início oficial da campanha (6 de julho), esteve 12 vezes, contra apenas 4 no interior, segundo levantamento do RJ TV.
"Já fui duas vezes a Petrópolis, a Teresópolis (ambas na Região Serrana), a Volta Redonda, a Pinheiral (ambas no Sul Fluminense)", respondeu. Algumas dessas visitas foram feitas a mais de uma cidade em uma mesma viagem. Gabeira também lembrou de visitas na região metropolitana, fora da Zona Sul, como "duas vezes" ao Jardim Catarina, em São Gonçalo, e ao Morro da Mangueira, dominado pelo tráfico, na Zona Norte.
Deputado federal, o candidato do PV também alegou ter reparado a forma com que passagens aéreas são distribuídas no Congresso, ao devolver o dinheiro que usou de sua cota para bancar a ida de uma de suas duas filhas para visitar a irmã no Havaí. "Reconheci o erro e devolvi", lembrou, acrescentando que, em seguida, se empenhou para mudar as regras da cessão de passagens na casa.
Questionado se continuaria a dar passagens aéreas indevidamente, se o caso não tivesse sido noticiado, Gabeira disse que aquela fora a única. "Estou há 16 anos (no Congresso) e só dei uma vez".
Ele também defendeu o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), um dos dois candidatos ao Senado de sua chapa, com quem quase nunca faz campanha junto. "Cesar Maia sabe que eu não faço loteamento de cargos e eu o considero um bom candidato ao Senado e com uma enorme importância política", afirmou.
Sérgio Cabral (PMDB) seria o entrevistado do RJ TV nesta terça-feira, mas, devido ao rompimento do menisco, será substituído por Fernando Peregrino (PR). O governador deverá ir ao programa ainda nesta semana, após receber alta.

'Acredito que os fãs do Roberto Carlos votarão em mim', diz Myrian Rios

Rio - Nove anos depois de atuar pela última vez na TV Globo, Myrian Rios quer mostrar que também tem talento para exibir em outro palco: a política. Candidata a deputada estadual pelo PDT do Rio, a atriz e missionária da comunidade Canção Nova disse ao Terra que ninguém menos que o ex-marido Roberto Carlos dará uma força em sua campanha e espera conquistar a confiança dos fãs do cantor. “Acredito que os fãs (homens e mulheres) do Roberto votarão em mim".

Desde 2002 na comunidade católica, Myrian afirma ainda que terá ao seu lado os amigos e padres Fábio de Melo e Marcelo Rossi. “Não vou pedir que façam campanha, mas que me apoiem e sugiram meu nome para seus amigos e familiares”. Mesmo assim, a candidata espera ser escolhida por eleitores de todas as crenças: “conto com os votos dos católicos, protestantes, judeus, de todas as religiões, crenças e raças".
Se for eleita, Myrian, que ficou conhecida por sua participação em novelas como "Escrava Isaura" (1976), "Coração Alado" (1980), "Ti Ti Ti" (1985), "Bambolê" (1987) e "O Clone" (2001), quer dar oportunidade de educação e trabalho à população menos favorecida. A ideia veio depois de conviver com menores infratores em Bangu, na Zona Oeste da cidade.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Datafolha: Aécio e Itamar Franco lideram para o Senado em MG

Portal Terra


BELO HORIZONTE - Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (16) confirma a liderança do ex-governador de Minas Gerais na corrida ao Senado. Aécio Neves aparece com 68% das intenções de voto, seguido do ex-presidente Itamar Franco (PPS), que alcançou 47%. Em terceiro lugar, está o petista Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, que marcou 20%. A margem de erro é de três pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, Marilda Ribeiro (Psol) e Miguel Martini (PHS) têm 3% das intenções de voto. Betão (PCO), Rafael Pimenta (PCB), Alfredo (PRB) e José João da Silva (PSTU) ficaram na casa dos dois pontos percentuais. Já e Efraim (PSTU), Zito Vieira (PCdoB) e Mineirinho (Psol) tiveram 1% dos votos cada um.
Até o momento, de acordo com a abordagem, 35% dos eleitores de Minas ainda estão indecisos sobre em quem votarão. Quinze por cento disseram que vão anular o voto ou votar em branco.
A pesquisa foi realizada de 9 a 12 de agosto e entrevistou 1.264 eleitores em 51 cidades. Ela foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 22.754/10.

sábado, 14 de agosto de 2010

Rede social Eu lembro ajuda eleitores a saberem tudo sobre candidatos

Definitivamente, essas eleições não vão ser iguais àquelas que passaram. O uso de redes sociais por candidatos e eleitores durante a campanha promete fazer de 2010 um ano diferente. Afinal, nunca antes na história deste país tanta informação circulou em sites de relacionamento. O portal Eu lembro, lançado na última terça-feira, surfa nesta onda.
A página funciona como uma rede social e tem o objetivo de ajudar os eleitores a não saberem o que os políticos fizeram ou têm feito.


- A gente queria criar um espaço para acabar com esse "problema" de que o brasileiro não tem memória. Queremos eleitores com memória de elefante! - brinca Fernando Barreto, sócio diretor da Webcitizen, que desenvolveu o site.

Com dois mil cadastrados em poucos dias de vida, o Eu lembro funciona da seguinte forma: o internauta cria um perfil onde pode cadastrar os políticos que pretende votar ou apenas acompanhar.

Além disso, quando as eleições acabarem, o usuário pode acessar o site para lembrar em quem votou e ver as notícias que saíram sobre o candidato dele. Um outro ponto bem interessante é justamente a possibilidade de se debater sobre o assunto. Este é o lado rede social do Eu lembro. Lá, é possível participar de fóruns, comentando pontos positivos e negativos de políticos.

" A intenção é agregar pessoas e criar um espaço onde elas possam debater sobre os candidatos " explica Fernando.

O site não produz conteúdo sobre candidatos, apenas repassa informações que circulam na internet. O cadastro é feito de graça e o endereço é www.eulembro.com.br.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Todos contra Sérgio Cabral no primeiro debate na TV

Adversários bombardeiam governador com críticas à atual gestão e questionam sua política para todos os setores públicos. Também fazem ataques à primeira-dama


Rio - Sobraram ataques e faltaram propostas no primeiro debate entre os principais candidatos ao governo do Rio, realizado ontem no estúdio da Band, em Botafogo. Fernando Gabeira (PV), Fernando Peregrino (PSOL) e Jefferson Moura (PSOL) se uniram nas críticas ao governador Sérgio Cabral (PMDB), que, atacado, teve direito de resposta duas vezes.


Jefferson Moura, Sérgio Cabral, o jornalista Sérgio Costa, Fernando Peregrino e Fernando Gabeira


Desde o primeiro bloco, quando o mediador, o jornalista Sérgio Costa, perguntou a cada um o motivo da candidatura, Gabeira, Peregrino e Jefferson demonstraram que Cabral não teria vida fácil no debate. No segundo bloco, quando os candidatos podiam escolher a quem perguntar, Peregrino iniciou o bombardeio à política de Cabral. Ele perguntou se o governador achava moral que sua mulher, Adriana Ancelmo, fosse advogada da Supervia e do Metrô, enfatizando que as duas empresas prestam ‘péssimo’ serviço público. “A Supervia, graças ao casal Garotinho que você representa, estava em petição de miséria. Quando assumi, a Supervia tinha 10 trens. Hoje tem 30”, devolveu Cabral. Foi o primeiro direito de resposta de Cabral, que, visivelmente indignado, afirmou: “Lamento esse tipo de assunto”.

Na vez de Cabral escolher quem iria responder, perguntou a Moura sobre o fato de o Rio ter reconquistado o crédito para investimentos. Moura rebateu que auditará as contas do governo a partir do primeiro dia, se eleito e, em seguida, emendou pergunta sobre alianças fisiológicas a Gabeira, citando DEM e PSDB, que apoiam o verde. Gabeira disse que não fará loteameto político e ouviu o adversário chamá-lo de “ex-Gabeira”, por supostamente ter aberto mão de seus sonhos. O verde, emocionado, afirmou que “o ex-Gabeira renasceu e não prega mais a Revolução Socialista do século passado”. Chamou de “tragédias” regimes de países comunistas, como Cuba, União Soviética e China.

Gabeira questionou Peregrino sobre a recuperação dos hospitais e ouviu ser necessário enfrentar o cartel que domina a saúde, da compra de equipamentos e insumos à contratação de pessoal. E Cabral contra-atacou Gabeira pela sua aliança com o ex-prefeito Cesar Maia. “Graças a Deus, o (prefeito do Rio) Eduardo Paes se elegeu”, disse.

No terceiro bloco, Gabeira quis saber de Jefferson Moura propostas para a educação e ouviu do candidato do PSOL mais um rol de acusações contra o governo de Cabral, lembrando ainda que um cabo eleitoral do governador ganha mais do que o dobro do que ganha um professor.

Peregrino ainda fustigou Cabral ao perguntar se ele tinha preconceito contra pobres, por ter chamado as favelas de ‘fábricas de marginais’ e um menino de 16 anos de ‘otário’. Cabral ignorou a provocação e aproveitou para citar diversas realizações de seu governo.

DEBATES NA TV.

Estes debates me parecem um ring para lutar boxe, os candidatos ao invés de dizer o que veio e pretende fazer, usa o tempo para acusações,isto numa empresa privada, o passado morre,alias, tem aquele ditado quem vive de passado é museu, dali para frente à responsabilidade é do atual que foi admitido para isto, já na vida publica os políticos querem fazer do passado um cavalo de batalha, ora, se não tem competência para assumir de o cargo não compete deixa para outro. Nos debates deveriam estar ali pessoas mais qualificadas para mostra o que vai fazer realmente com capacidade e lealdade, porque a maioria dos políticos só tem três promessas: Saúde, Educação e Segurança, mais terminam mandatos e tudo continua as mesmas coisas, nenhum quer resolver nada, talvez seja o gancho para todos, se um dia estes problemas forem resolvidos não haverá mais políticos! Lembram-me aquelas velhas promessas de levar água para o Norte e Nordeste. Minhas gentes vão analisar friamente estes candidatos e verificar se estão preparados para assumir, não vamos votar pelo coração e sim pela razão, porque um erro nosso é fatal teremos que aturá-los durante quatro penosos anos sem termos o direito de demiti-los.


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Porque nenhum governador acabou realmente com os problemas na saúde, educação e segurança? Falta de capacidade ou este é sempre um gancho forte para as próximas eleições?

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Eu continuo cauteloso esperando algo mais dos candidatos, que uma simples troca de acusações, isto aqui é Brasil! Não levam ninguém as prisões!Estes debates parecem um campo de futebol, quem venceu? Eu quero sim, que o Nosso Estado sai vencedor e a população também por isso devemos votar certo não com o coração mais sim com a razão.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Aécio rejeita afirmações de Hélio Costa e ironiza sua aproximação do PT


Para ex-ministro, tucano poderia ser candidato de Lula se tivesse deixado o PSDB

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) divulgou na tarde desta quarta-feira (11) uma nota em que responde às declarações de Hélio Costa, candidato do PMDB ao governo do Estado.

Mais cedo, durante uma sabatina, o ex-ministro afirmara que, caso tivesse deixado o PSDB, Aécio poderia ter sido escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do governo a sua sucessão.
Na nota, Aécio chamou de "mais um equívoco" as afirmações de Hélio Costa. "Coragem na vida pública é honrar compromissos assumidos com a população", diz a nota, "é priorizar a coerência e a lealdade às próprias convicções e princípios".
O ex-governador de Minas, que tentou ser candidato à Presidência pelo PSDB e agora concorre a uma vaga no Senado, disse que sempre repudiou com "veemência o oportunismo político como meio de ascensão política". Em outro trecho, lançou críticas diretas a Hélio Costa, que embora tenha sido ministro das Comunicações do governo Lula já enfrentou problemas com o PT.
"Como muitas pessoas em Minas, eu tenho dificuldade em compreender como o senador [Hélio Costa] não se constrange em caminhar de braços dados com quem já o atacou de forma tão violenta, como é o caso da CUT [Central Única dos Trabalhadores] e do PT, que, em um passado pouco distante, talvez até de forma injusta, chegou a pedir a impugnação da candidatura dele ao governo do Estado", afirma Aécio. Segundo ele, "na vida pública, cada um faz as suas escolhas e tem a sua trajetória própria. E por elas será julgado".
Para que pudesse concorrer ao governo mineiro, Costa precisou vencer a resistência do comitê petista regional, entusiasta da candidata de Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte. A escolha do ministro, porém, foi confirmada após a intervenção da direção nacional do PT. Falou mais alto, neste caso, a aliança com o PMDB para a disputa presidencial.
Durante a sabatina, o candidato peemedebista afirmou que Aécio Neves só não é o candidato do governo à Presidência, em vez da petista Dilma Rousseff, porque faltou a ele "desprendimento político" e "coragem" para deixar o PSDB.
- Cheguei a dizer várias vezes que ele poderia ser candidato do presidente. Faltou visão estratégica, principalmente quando Lula perdeu seus candidatos, José Dirceu e depois Antonio Palocci, e começou a mirar a Dilma. Quem sabe até pela relação dos dois, o presidente gosta muito do estilo do Aécio Neves. Faltou desprendimento político, para não dizer coragem.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

TSE e associação de magistrados lançam campanha Eleições Limpas

Agência Brasil


BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançam nesta terça-feira, em Brasília, a edição 2010 da campanha Eleições Limpas, desenvolvida em parceria.

A solenidade de lançamento - que contará com a presença do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, e do presidente da AMB, Mozart Valadares Pires – será às 10h, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21.
Com o slogan "Não Vendo Meu Voto", o objetivo principal da campanha é conscientizar os eleitores da importância do voto e de seu papel na fiscalização do pleito.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CANDIDATO A REELEIÇÃO WAGNER MONTES

O DEPUTADO ESTADUAL E CANDIDATO A REELEIÇÃO FAZ UM BALANÇO SOBRE O SEU MANDATO AQUI NO JORNAL. VEJAM A ENTREVISTA NA INTEGRA.

1) Você já está na política desde a época do ex-governador Leonel de Moura Brizola (PDT) talvez seja um dos poucos que nunca mudou de partido. O PDT sempre foi partido de oposição, hoje, misturado com partidos da situação por causa destas coligações, isto não é estranho, perde suas características?


R- Na verdade o PDT não mudou agora para situação. Quando o presidente nacional do partido Carlos Luppi aceitou ser ministro do governo Lula, automaticamente o PDT passou a ser um partido da situação com relação à esfera federal. Essa união entre o governo federal e o estado do Rio de Janeiro aproximou mais ainda o PDT com a base do governo. Houve então, democraticamente no PDT uma votação entre candidatura própria, que era representada por mim e pelo deputado Paulo Ramos com mais alguns membros do partido. Nós fomos para a eleição interna do partido, apresentamos a tendência à candidatura própria que foi derrotada por 200 votos a cinco, isso quando foi votado o indicativo do partido a marchar junto com o PMDB na coligação Juntos pelo Rio, a exemplo do que já foi feito na esfera federal. Mesmo no dia da votação eu me posicionei pela candidatura própria mesmo depois da indicação ter sido derrotada. Disse que, embora tenha perdido na candidatura própria, sou pedetista, sou do PDT, vou marchar com meu partido. Mas disse naquele dia como digo nas entrevistas que o meu partido resolveu marchar com o governo, mas não deixarei de cobrar. O governador sabe como eu sou e o povo me conhece. Serei o primeiro ou um dos primeiros a aplaudir os avanços do governo, mas também serei o primeiro a cobrar, o primeiro a escrachar todo erro que aparecer. Vou cobrar ainda mais porque agora vou ter mais munição. Se o partido marchou junto, agora tenho condição de cobrar mais ainda. E vou usar não só o trabalho na Alerj como também na televisão para dar uma dimensão muito maior às minhas cobranças.

2) Tem políticos na alerj com mais cinco mandatos (20 anos) na atual conjuntura isto não é ruim? Atrapalha aqueles que estão entrando e querem realmente fazer algo de bom?

R - Eu entrei na Alerj em 2007 e nesse tempo eu nunca tive uma única falta. Eu trabalho durante o recesso, quem quiser vir e perguntar pode vir. Eu nunca tive uma falta e durante o mês de julho eu estive aqui todos os dias trabalhando porque é para isso que o povo me paga. Quanto ao número excessivo de mandatos, acho que o povo é quem julga. É o povo que coloca as pessoas aqui dentro. Todo ano tem uma renovação de 30 a 40% da Casa. Eu acho que tem que haver uma conscientização maior da população de fiscalizar aqueles que eles votaram. De acompanhar o trabalho dos políticos. O povo tem que fiscalizar mais. E verdadeiramente a gente vê que o povo está mais politizado, está mais preocupado com o que está acontecendo.

3) Para o executivo (presidente da Republica, Governadores e Prefeitos) só podem ficar dois mandatos, não deveria ser também para o legislativo (Deputados Estaduais, Federal e Senadores)?

R - Eu acho que democracia se faz com o livre arbítrio das pessoas. O político tem que ser julgado nas urnas. Tantos e tantos políticos já tiveram expressão nacional e não estão mais com mandatos. Candidatos a deputados estaduais e federais estão há algumas eleições tentando voltar e não voltam a seus cargos. Esses estão sendo julgados pelo povo. Vou bater na mesma tecla: quem tem que dizer quem vem pra cá ou não, quem vai pro congresso ou não, é a população através da única arma que ela tem - o voto. Então, se achar que deve continuar, vota. Se achar que tem que mudar, não vote mais naquele candidato e procure outro que tenha a esperança de mudar alguma coisa. Eu sou candidato a reeleição porque trabalhei muito durante esses anos que estou aqui na Assembléia, sem nunca ter faltado, sempre procurando fazer o melhor possível de mim, tenho muito que aprender ainda e vou voltar à Assembléia com a cabeça erguida e vou poder olhar os eleitores nos olhos e dizer a verdade.

4) Você sempre tem uma grande expressão em números de votos nas eleições, pensou em ser candidato a prefeito ou governador mais o partido está sempre impedindo porque isso?

R - O que aconteceu em relação à prefeitura do Rio: eu não disse que era candidato, eu não estava preparado para ser candidato a prefeito. Um instituto de pesquisa ligou para o partido na época e pediu nomes e o meu foi enviado com mais três outros nomes. Eu nunca disse que seria candidato, nem dentro do partido. Tanto que participei da prévia do partido, mesmo tendo 19% das intenções de voto da população, mas no último dia devolvi a candidatura ao partido porque eu não era candidato a prefeito. Agora para governador aconteceu a mesma coisa. Colocaram meu nome e mais uma vez eu sai bem. No entanto eu não estava preparado para ser governador, mas defendi a tese de candidatura própria para que qualquer outro nome fosse indicado. Mas todo jogador de time grande sonha em jogar na seleção brasileira. Eu pretendo, um dia, ser prefeito, ser governador. Se for da vontade de Deus e do pessoal do meu partido, eu poderei ser candidato a prefeitura ou poderei ser candidato ao governo do estado. Mas o futuro a Deus pertence.

5) Concorda em ter um curso especifico para políticos? Porque muitos entram sem saber o que vai fazer, ai fica sendo calouro nas mãos dos antigos não é verdade?

R - Não é bem assim. As pessoas vêm pra cá e não sabem o que vão fazer: como funciona a burocracia da Casa, o que tem poderes ou não para fazer e acabam prometendo o que não vão cumprir. Por exemplo, salários dos policiais. A gente briga sempre, fala sobre a PEC 300, a favor do piso nacional, mas o deputado não pode aumentar salários. O deputado não pode fazer nenhum projeto que gere despesas para o Executivo. Isso é um poder que só foi conferido ao Executivo. Mas, ao passar dos anos, o poder Legislativo foi passando um cheque em branco para os governadores que antecederam e até para o próprio Sergio Cabral. Então o próximo governador, seja quem for, vai continuar tendo grande parte do poder em suas mãos. Ao Legislativo cabem indicações legislativas, cabe a fiscalização, cabe a crítica e cabe também a ajuda, porque oposição burra não existe. O que for bom temos que aplaudir e o que for ruim, devemos criticar.

6) Tem idéia de quantas leis de sua autoria foram aprovadas para beneficiar a população desta cidade?

R - Eu tenho idéia de algumas, que me lembro. Gostaria de citar aquelas que considero mais importantes porque mexem com a constituição estadual. A PEC (proposta de emenda constitucional) 42 que virou Emenda Constitucional 43. Antigamente, quando o servidor público civil, enquadrando assim os policiais civis, era demitido e respondia criminalmente pelo ato que causou sua demissão de qualquer órgão público do estado. Depois provavam sua inocência na Justiça e, para poder voltar para seu emprego, eles tinham que entrar na Justiça novamente. Isso nós conseguimos mudar na constituição. Ganhamos por maioria absoluta. Agora, quando absolvido na Justiça pelo fato que originou sua exclusão, volta de imediato. Conseguimos também aprovar a PEC 41, que já virou Emenda 45, com relação aos servidores militares do estado, bombeiros e policiais militares. Antigamente as corregedorias desses órgãos eram o Supremo Tribunal Federal. Eles decidiam colocar o polícia na rua e colocavam. Depois o polícia, respondendo criminalmente, ele era absolvido e precisava entrar na Justiça para voltar de onde nunca deveria ter saído, muitas vezes por perseguição ou por covardia. Mas agora não. As corregedorias vão ter que pensar muito, colher muitas provas para excluir qualquer porque sabem que existe uma emenda do Wagner Montes que os coloca para dentro assim que eles forem absolvidos. Eu não vou influenciar, vou dizer que ele é inocente. Assim vai dizer a Justiça. Transitado e julgado em último grau e a sentença sendo absolutório, o prejudicado reingressa de imediato.

7) Agradeço a sua atenção com o nosso jornal e desejo grandes sucessos em suas caminhadas, deixo aqui este espaço para se dirigir aos seus eleitores e amigos?

R - Eu quero só agradecer a vocês por essa oportunidade. Ao Neilton, a todos os funcionários, a todos os seus companheiros de trabalho. Muito obrigado por este espaço. É sempre bom ter um espaço para poder expor as nossas idéias, expor os nossos feitos. E eu vou continuar do jeito que o povo me conhece desde a época do Povo na TV, do mesmo jeitinho. Eu não mudo nada. O poder não me fascina, eu não quero poder pelo poder. Eu quero servir à população que já me deu em termos de audiência e, eu tendo uma boa audiência eu tenho um bom salário, então eu não vivo do salário do deputado, eu vivo do salário da televisão. Então eu tenho que agradecer a esse povo o muito que já me deu durante a minha vida e durante a minha carreira. E agora está na hora de colaborar. Já estou há quatro anos colaborando e quero ficar mais quatro para colaborar e, quem sabe, depois, vou governar o estado ou ter outro cargo que me permita ajudar a população do estado do Rio. Obrigado a todos de coração.

JORNAL DA BAIXADA E DO RIO DE JANEIRO - Jornal da Baixada-RJ - JornalExpress - www.jex.com.br

JORNAL DA BAIXADA E DO RIO DE JANEIRO - Jornal da Baixada-RJ - JornalExpress - www.jex.com.br

Brasil encontrou o caminho do desenvolvimento, diz Lula

Agência Brasil


BRASÍLIA - Ao comentar os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o país encontrou o caminho do desenvolvimento. Os números, divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho, apontam um total de 41,2 milhões de empregos formais em 2009 – um aumento de 1,766 milhão em relação ao ano anterior.
“Estamos fazendo o que não acontecia desde 1975, quando entramos em uma crise de desemprego no Brasil, de desativação das atividades econômicas”, disse, em seu programa semanal Café com o Presidente.
Lula lembrou que nos últimos oito anos o Brasil gerou 14 milhões de empregos formais, enquanto países europeus e os Estados Unidos perderam, apenas em 2009, um montante de 16 milhões de postos de trabalho.
Os setores brasileiros que mostraram maior desempenho foram o de serviços, com a criação de 654 mil novos postos, a administração pública, com 453,8 mil, o comércio, com 368,8 mil, e a construção civil, com 217,7 mil novos empregos.

sábado, 7 de agosto de 2010

O estado do Rio precisa de um Ensino Médio forte e os comentários de Cesar Maia sobre o tema.

Vamos em Frente", sobre a alta taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 25 anos, embutida no índice de 7% medido pelo IBGE, divulgado em julho e os baixos índices de aproveitamento dos estudantes do nível médio no estado do Rio.

O texto a seguir contextualiza o comentário de Cesar Maia abordando o fraco desempenho do estado do Rio de Janeiro nas avaliações do IDEB e do ENEM 2009 e os riscos que esses baixos índices representam para a geração de empregos.

Estado do Rio precisa de Ensino Médio forte para crescer economicamente

O Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro é o segundo pior do país, à frente apenas do Piauí. A constatação é da recente avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre a qualidade do ensino público no Brasil. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a rede estadual pública teve média de 2,8, a mesma alcançada em 2007 e menor que a média nacional, de 3,6. O mau desempenho foi confirmado pelos resultados do Enem 2009, divulgados em de julho.
Cesar Maia considera a situação catastrófica: "A avaliação é considerada a pior performance entre todos os estados brasileiros. Mesmo os poucos que ainda têm indicadores piores vêm melhorando e os do Estado do Rio, piorando", ressalta ele, que em suas duas últimas gestões como prefeito da capital investiu pesadamente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental " somente em 2007 a Prefeitura do Rio construiu 245 salas, num investimento de R$ 46,4 milhões. No período 2001-2008, foram 952 salas e 32 escolas a mais, o equivalente a quase uma sala de aula nova a cada dia letivo.
Diante desse quadro, uma das principais propostas de Cesar Maia, na área de Educação, é dar prioridade máxima à reestruturação e à expansão dos níveis Médio e Técnico no estado, além da descentralização da oferta de vagas no Ensino Superior, com a implantação de campus universitários em regiões carentes desse tipo de formação. "Como senador, quero estreitar a interlocução do Ministério da Educação com o governo do estado do Rio para isso", conta ele.

Inserção dos jovens no mercado de trabalho

Cesar Maia lembra que o mau resultado prejudica sobretudo a inserção dos jovens no mercado de trabalho " o qual tem hoje um grande déficit de profissionais, sobretudo em tecnologia da informação (TI) e engenharia. A defasagem pode chegar a até 30 mil trabalhadores apenas no setor de construção civil, o que aumenta o custo das obras e coloca em risco a Copa 2014, as Olimpíadas Rio 2016 e até o PAC. E isso, lembra Cesar Maia, sem mencionar grandes empreendimentos no estado que deixaram de contratar mão de obra local por falta de pessoal qualificado, indo buscar profissionais em outros estados ou mesmo no exterior. É o caso do Superporto do Açu, que está sendo construído pela empresa LLX em São João da Barra, no Norte Fluminense; e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) da Petrobrás, em Itaboraí.
Na Baixada Fluminense, a construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) - inaugurada em junho numa parceria entre a brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e a produtora de aço alemã TyssenKrupp Steel - teve até mão de obra importada da China. "A empregabilidade e o próprio desenvolvimento dependem da escolaridade, em especial do Ensino Médio e seu correspondente Técnico. Todos os dias a imprensa estampa matérias mostrando que falta mão de obra no Rio, e a razão agora é inteiramente clara na catástrofe que é a gestão estadual de educação pública de nível Médio", aponta o candidato, classificando a questão como o problema estrutural mais grave a ser enfrentado hoje, tanto quanto a segurança pública.
Cesar Maia lembrou que, desde 2000, o MEC tem alertado para esse desastre. "Ali o Rio já vivia uma situação considerada atípica, com a pior dinâmica de Ensino Médio do Brasil. A situação, nesses últimos 10 anos, só fez se agravar", lamentou.

Candidatos à Presidência já gastaram R$ 16 milhões

Em um mês de campanha, os candidatos à Presidência gastaram mais de R$ 16 milhões dos R$ 20 milhões que informaram ter arrecadado. Segundo a primeira parcial de prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a petista Dilma Rousseff mantém grande distância à frente dos adversários no quesito recursos para a campanha. Na primeira prestação de contas parcial dos comitês, a arrecadação da ex-ministra bateu as receitas de José Serra (PSDB) e de Marina Silva (PV) juntas.

O comitê financeiro do PT declarou ter recebido R$11,6 milhões (R$ 9,7 milhões registrados diretamente para a candidata) e tem despesas presumidas de R$ 9,5 milhões até agora. Em segundo aparece Marina, com R$ 4,6 milhões arrecadados e R$ 3,4 milhões direcionados a ela; seguida de Serra, com R$ 3,6 milhões em doações para o comitê e R$ 2,5 milhões arrecadados nominalmente. Segundo o relatório apresentado ao TSE, R$ 2,7 milhões foram doados em dinheiro ao PT.
O registro do balanço financeiro das campanhas mostra um pouco da diferença de estratégia das coordenações. Enquanto Marina e Serra reservam grande volume de recursos para a impressão de material de campanha - Marina usou R$ 1 milhão para pagar material impresso e Serra, R$ 472 mil - as despesas de Dilma se concentram em instrumentos virtuais de mobilização.
Apenas a internet, eixo da campanha petista coordenado pelo consultor Marcelo Branco, levou mais de 20% da receita. A criação e a manutenção de páginas na rede são orçadas em R$ 2 milhões, segundo a primeira parcial da prestação de contas de Dilma. A estratégia petista também passa pela abordagem por telefone. No item "publicidade por telemarketing" há registro de despesa de R$ 120 mil.
Mas o grande investimento do comitê fica por conta dos programas de rádio e televisão. Foram R$ 4,5 milhões para a produção das mídias para a campanha de Dilma. As pesquisas eleitorais custaram R$ 20 mil e o aluguel de imóveis, R$ 96 mil. Há também grande investimento nos recursos humanos. Além de calcular gasto de mais de R$ 1 milhão com serviços terceirizados, a folha de pessoal da equipe petista é estimada em R$ 391 mil.
Anunciando contabilidade mais modesta que a de Marina Silva, a prestação de contas da campanha de Serra só supera a de Dilma nos gastos com serviços terceirizados e despesas com transporte e deslocamento, R$ 1,2 milhão e R$ 654 mil, respectivamente.

Heroísmo

Longe das cifras milionárias, as campanhas dos demais candidatos à Presidência mostram que a disputa será feita na base do heroísmo. O candidato do PSol, Plínio de Arruda Sampaio, arrecadou R$ 35 mil. Desses, R$ 11 mil chegaram em dinheiro. Mesmo com o cofre enxuto, a campanha de Plínio está no azul, pois as despesas somam R$ 24 mil.
Levy Fidelis (PRTB) conquistou doação de apenas R$ 1 mil. Mesmo assim, está em vantagem em comparação a José Maria Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU) e Ivan Pinheiro (PCB), que ainda mantêm em branco o relatório da primeira parcial de prestação de contas da campanha presidencial deste ano

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

STF enviará ao Congresso reajuste de salário para R$ 30 mil

Portal Terra


BRASÍLIA - Os ministros do STF decidiram, nesta quinta-feira, enviar ao Congresso Nacional uma proposta de aumento de salário em 14,7%, o que elevaria o soldo de R$ 26,7 mil, para R$ 30,6 mil, segundo informações da Corte.

A proposta foi aprovada em sessão administrativa, na noite de hoje, o anteprojeto de lei sobre a "revisão de subsídios mensais da magistratura".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vai a sanção projeto de lei que dá poder de polícia às Forças Armadas

Os militares ganharão poder para atuar como polícia nas regiões de fronteira. Projeto de autoria do governo aprovado nesta quarta-feira (4/8) pelo Senado amplia a atuação das Forças Armadas e garante aos soldados o direito de parar, revistar e reter pessoas, objetos e veículos com o objetivo de combater o tráfico de drogas e contrabando de mercadorias.

A proposta, que será enviada para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também amplia os poderes do ministro da Defesa, cargo atualmente exercido por Nelson Jobim. O titular da pasta terá o direito de indicar os secretários do ministérios. Com isso, Jobim terá o poder de escolher civis para altos postos no Ministério da Defesa. Atualmente, a indicação e a nomeação ficam a cargo do presidente da República.

Se for sancionado

Com a aprovação do projeto, os militares poderão atuar em conjunto ou de forma isolada nas áreas de fronteiras. Segundo a proposta, que está dentro da Estratégia Nacional de Defesa, as forças poderão revistar pessoas, veículos, embarcações e aviões e prender suspeitos. Até então, a atuação se restringia a apoio logístico às ações da PF.

A Aeronáutica também poderá agir em casos de aviões suspeitos, abordando seus ocupantes, o que antes só poderia ser feito pela Polícia Federal. O projeto cria o Livro Branco, espécie de anuário sobre as forças, inclusive as estratégias de atuação, gastos e dados sobre modernização, e um estado-maior conjunto do Exército, Marinha e Aeronáutica, que terá a chefiado pelo ministro da Defesa

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ari Pargendler é eleito presidente do STJ

                            O ministro Ari Pargendler é o novo presidente do STJ

O ministro Ari Pargendler foi eleito nesta terça-feira (3) presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A eleição, por aclamação, seguiu a tradição do tribunal, que escolhe o ministro mais antigo para assumir o cargo. Pargendler vai acumular a presidência do STJ com a do Conselho da Justiça Federal (CJF), órgão encarregado da supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal.
Felix Fischer foi eleito para a vice-presidência, e caso a corte siga a tradição, daqui a dois anos assume a presidência. A ministra Eliana Calmon foi eleita para a Corregedoria Nacional de Justiça, cargo exercido no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e substituirá o ministro Gilson Dipp.
“É a primeira vez que há uma transição formalmente instalada no âmbito do STJ”, destacou o ex-presidente, ministro Cesar Rocha, que logo após a eleição, entregou ao novo presidente um relatório com todas as informações e projetos da corte.
Pargendler está no STJ desde 1995, e começou sua carreira como procurador da República, assumindo, em seguida, vaga como juiz federal no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que engloba os três estados da Região Sul. Segundo biografia divulgada pelo STJ, uma característica marcante do ministro Ari Pargendler é a preferência pela qualidade no julgamento, e não pela quantidade de processos julgados

Agência Brasil


Publicação: 03/08/2010 21:44 Atualização: 03/08/2010 21:49

Parlamentares usam agenda em Brasília para tentar conseguir mais recursos com os diretórios partidários

Eles concedem empréstimo de R$ 3,5 bi para quatro estados


Publicação: 04/08/2010 08:32

De terno e gravata no Congresso ou em mangas de camisa nos comícios, o foco deles é eleitoral. Os parlamentares iniciaram ontem a semana de esforço concentrado: a primeira das duas até outubro. A dificuldade de atingir o quorum durante a tarde tinha explicação. Alguns deputados e senadores peregrinavam nas direções dos partidos em busca de dinheiro para alavancar candidaturas, enquanto outros aproveitavam para prometer apoio a policiais que circulavam fazendo lobby pela votação da proposta que aumenta o piso salarial da categoria. A prefeitos ofereciam a regulamentação da Emenda 29. “A maioria das pessoas vai chegar mais tarde para votar. Vim cedo porque estou em campanha”, explicou a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Com os microfones abertos e os canais de TV institucionais à disposição, candidatos a cargos majoritários aproveitaram para mandar recados a eleitores e desafetos. Fernando Collor (PTB-AL) resolveu reclamar das informações que davam conta de um possível veto à sua candidatura por conta da lei do Ficha Limpa, enquanto Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) decidiu atacar o governo Lula e atribuir a ele a culpa pelas enchentes que atingiram seu estado em junho. Na Câmara, Sarney Filho (PV-MA) usou a tribuna para tentar explicar a decisão do TRE do Maranhão de tirá-lo da lista dos fichas sujas.
Pelo Salão Azul, políticos famosos eram perseguidos por cinegrafistas contratados para colher “depoimentos” favoráveis a outros candidatos. Após sair do atendimento médico devido a mal-estar, Sarney teve de parar para gravar elogios para a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Delcídio Amaral (PT-MS) deu opinião favorável sobre Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
Em busca de ajuda financeira para as campanhas, deputados reclamavam pelos cantos da omissão dos diretórios nacionais. “Nosso partido não tem dinheiro. Tenho dito isso e já deixei claro que os recursos vão para diretórios regionais”, esbravejou o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ).

Avalistas

Tom de campanha também na Comissão de Assuntos Econômicos, onde parlamentares aliados do governo Lula aprovaram nove propostas de autoria do Executivo que autorizam empréstimos de R$ 3,5 bilhões para quatro estados, tendo o governo como avalista. Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará são os beneficiados. Parlamentares das regiões não perderam tempo e trataram de capitanear a abertura das portas para entrada de recursos. Aloizio Mercadante (PT-SP) foi agradecer aos colegas e ressaltar seu empenho para possibilitar a votação e Delcídio Amaral (PT-MS) aproveitou para elogiar o presidente. “Esse é o papel do presidente Lula. No meio de uma campanha, libera recursos para atender inclusive governos comandados por partidos adversários”, comemorou Amaral (MS). Com tanto interesse em jogo, a proposta foi aprovada em plenário a toque de caixa.
No fim das contas, os senadores cumpriram a missão e votaram as Medidas Provisórias que trancavam a pauta. Projetos de transferência de recursos foram aprovados e os que transformam as secretarias de Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial e Portos em ministérios foram aprovados. Na Câmara, até o fechamento desta edição, o presidente Michel Temer (PMDB-SP) tentava acordo com os líderes para possibilitar votações.

TSE define ordem de propaganda eleitoral no rádio e na televisão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sorteou nesta terça-feira (3), a ordem de exibição das propagandas eleitorais obrigatórias dos candidatos à Presidência da República. Os programas começam a ser exibidos no dia 19 de agosto.

A ordem de exibição é a seguinte: PSDB, P-SOL, PCO, PSTU, PT, PSDC, PRTB, PV, e PCB. A ordem diz respeito somente ao primeiro dia de propaganda. No dia seguinte, a publicidade do último partido será a primeira a ser exibida e assim sucessivamente.
Segundo o presidente da corte, ministro Ricardo Lewandowski, na hipótese de haver segundo turno, os 20 minutos de propaganda serão distribuídos igualmente entre os candidatos. Ele ainda lembrou que a ordem do sorteio pode ser alterada se algum partido ou coligação deixar de ter candidato por qualquer motivo.
Também ficou acertado que a destinação das sobras de tempo de propaganda, que são segundos excedentes após a divisão do tempo entre os candidatos, também seria sorteada. “Neste ano, como temos três sobras, elas ficam com os três primeiros sorteados”, explicou Lewandowski.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

ENTREVISTA COM O CANDIDATO AO SENADO JORGE PICCIANI.


 O JORNAL DA BAIXADA-RJ ENTREVISTOU O CANDIDATO AO SENADO JORGE PICCIANI ATRAVÉS DE E-MAIL. VEJAM A ENTREVISTA NA INTEGRA

1)Você há tanto tempo é Deputado Estadual e Presidente da ALERJ, o que fez de bom para o povo deste estado?


Neilton são 20 anos como deputados, dos quais oito como presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio. Nesse período, tenho trabalhado incansavelmente para a melhoria na qualidade de vida da população. Isso passa por uma série de ações, que vão desde a moralização que fizemos na Alerj " o que permitiu uma economia substancial, resultando na devolução, nos últimos anos, de mais de R$ 100 milhões para o Estado aplicar em áreas prioritárias " até a aprovação de leis como o passe-livre, o bilhete único e os incentivos fiscais que permitiram a instalação no estado de novas empresas e indústrias, o que tem gerado emprego e renda para a nossa população e desenvolvimento a todas as regiões. Entre recentes leis de minha autoria, das quais me orgulho, estão a redução das férias dos parlamentares e a criação dos vagões exclusivos para mulheres em trens e metrôs na hora do rush.

2) Fiz uma pesquisa aqui no bairro a pergunta mais comum foi: você é tão conservador que fica no poder (Presidente da Alerj) por tanto tempo. Por quê?

Se eu fosse conservador, não trocaria o certo (uma nova eleição para deputado) pelo duvidoso (a difícil eleição para o Senado). Os franceses dizem, com sabedoria, que todo político deve colocar o seu cargo à prova através da eleição. E foi isso que fiz ao me candidatar à Presidência da Alerj nas três vezes em que disputei a reeleição. Graças à confiança de meus pares, os demais 69 deputados estaduais, fui reeleito em todas elas, com quase a unanimidade dos votos, incluindo deputados da oposição e da situação. Eu atribuo isso a um projeto, apresentado e revisado a cada eleição, que buscou tornar a Assembléia Legislativa uma instituição mais transparente, eficaz, democrática e cada vez mais próxima da população.

3) Qual a sua opinião sobre uma escola para ensinar a quem quer pleitear um mandato?

Sou favorável à diversidade. Uma escola para ensinar a quem quisesse pleitear um mandato poderia trazer como conseqüência negativa uma padronização das idéias, uma limitação nos horizontes das políticas públicas. Precisamos de políticos que reflitam a realidade da população, sejam eles economistas, biólogos, médicos, engenheiros, contadores, jornalistas, professores, agricultores, pescadores, donas de casa, enfim... a experiência trazida por cada um dos que foram eleitos pelo povo deve ser aproveitada no Parlamento. No entanto, creio que, depois de eleitos, os políticos precisam, sim, conhecer quais são os ritos, como funciona o Poder Legislativo, como se elabora um projeto de lei, o que diz o regimento interno, etc. Foi por isso que criei na Alerj, em 2004, a Escola do Legislativo Fluminense, que oferece desde cursos mais técnicos sobre como fazer uma emenda parlamentar, até pós-graduação em políticas públicas. Esta formação continuada está à disposição não apenas dos políticos, mas também dos seus assessores, do corpo permanente da Casa e dos funcionários das Prefeituras. Isso tem ajudado a qualificar os trabalhos e os serviços prestados à população.

4) A maioria entra sem saber o que vai fazer na câmara dos deputados ou até mesmo no Senado. Você poderia explicar para os leitores do jornal o que faz um deputado federal e um senador?

O deputado federal representa os eleitores daquele estado, por isso cada estado tem um número diferente de deputados, de acordo com a sua população. Já o Senado é a Casa revisora de leis. O senador representa o Estado e é por isso que cada estado possui três senadores cada. A função legislativa do Senado deve focar o equilíbrio entre os estados da federação. Os senadores têm a obrigação de estar imbuídos na defesa dos interesses do seu estado e ao mesmo tempo, compreender que o pacto fraternal entre as unidades da federação não pode ser quebrado. Um exemplo é a discussão da distribuição dos royalties de petróleo do Rio entre todos os municípios do Brasil. Um estado não pode ser prejudicado dessa forma. É preciso ter capacidade de articulação política e espírito de luta para que episódios assim não voltem a acontecer. Nesse episódio dos royalties, sentimos na pele a diferença que faz ter senadores fortes em Brasília trabalhando pelo Rio. Eu e o senador Francisco Dornelles, que temos perfis complementares, faremos uma dobradinha e tanto em Brasília.

5) Porque quer vir candidato ao senado?

Meu ciclo se encerrou na Alerj. Após 20 anos como deputado estadual e oito como presidente da Casa, creio que acumulei uma experiência e que será muito proveitoso para o Estado me ter como Senador. Sou conhecido por ser um grande articulador político, mas também pela minha capacidade de resistir e lutar. Quero ser o Senador do Rio, o senador que vai defender o estado, os princípios do Estado Democrático de Direito, que vai ajudar as prefeituras, todas elas, a abrir as portas de Brasília. Quem me conhece sabe que, assim como as portas do meu gabinete da Alerj sempre estiveram abertas a atender os prefeitos, sindicatos e cidadãos comuns buscando soluções para os seus problemas, o mesmo acontecerá quando eu for senador. Quero ser senador para ajudar o governador Sergio Cabral e os 92 prefeitos, independentemente de partidos, a trazer os recursos que tanto precisamos para manter o Rio na rota do crescimento econômico e social. Eu quero somar forças. Impedir que golpes como o que tentou tirar os royalties do petróleo prosperem. Meu perfil político " daquele que busca sempre o entendimento, mas que também não foge à luta se preciso for " me credencia a isso.

6) O que você acha destas coligações partidárias? Isto é, partidos coligando com quem não tem a mesma linha de pensamento, não é uma incoerência ou um jogo de interesses?

Não se faz política sozinho. Se nosso sistema político fosse o do bipartidarismo, como ocorre em países como Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo, essa questão certamente não seria colocada dessa forma. Em compensação, haveria outras. É o que eu costumo dizer, parafraseando Churchill. "A democracia tem muitos defeitos, mas infelizmente ainda não encontraram nada melhor". Acho que a Reforma Política pode ajudar a melhorar nosso sistema, mas certamente não acabará com todos os problemas. Não existe sistema político perfeito.

7) Você acha que o povo sabe votar?

O povo é sábio. E vale lembrar que voltou a ter o direito a votar muito recentemente. Veja o caso do Lula, que tentou quatro vezes antes de finalmente ser eleito presidente. Há alguns anos, era impensável eleger um torneiro mecânico presidente da República. Pois Lula foi eleito e se tornou o melhor presidente da história recente do Brasil. Há alguns anos, era impensável ter uma mulher presidente da República. Pois este ano temos não apenas uma, mas duas mulheres extremamente competitivas, disputando a presidência. E, se Deus quiser, uma delas, a ministra Dilma Roussef, será eleita. É a prova de que, se antes o povo não sabia votar, como disse certa vez o Rei Pelé, hoje ele dá mostras que aprendeu num espaço bem curto de tempo.

8) Porque a nossa política está tão sem moral, desacreditada e corrupta?

Porque os mecanismos de punição ainda são insuficientes e essa sensação de impunidade na política acaba levando boa parte dos cidadãos a, com razão, desacreditar da política. Mas é possível reverter esse quadro e a Alerj é um 'case' nesse sentido. Quando assumi a presidência, uma da primeira medidas que implantei foi criar o Conselho de Ética e o Código de Ética. Coloquei nossos melhores quadros em funções-chave, como a corregedoria (assumida pelo deputado Luiz Paulo, do PSDB). Desde então, quatro deputados foram cassados e um renunciou porque iria pelo mesmo caminho. Coloquei a lista de presença e as viagens dos deputados no site da Alerj (www.alerj.rj.gov.br), para que os cidadãos pudessem eles mesmos conferir quem trabalha e quem não trabalha. Cortei o ponto dos faltosos. Paralelamente, criei a TV Alerj, que exibe ao vivo os debates no Plenário e o trabalho das comissões. Isso se chama transparência, acesso à informação. Esse ciclo de mudanças, na verdade, se iniciou quando o hoje governador Sergio Cabral foi presidente da Alerj e eu era o seu primeiro-secretário e tomamos medidas como o corte dos supersalários, o fim do voto secreto, entre outras. Eu dei continuidade e esse trabalho, aprofundando-o. E espero que meu sucessor não retroceda ao tempo, mas, pelo contrário, continue avançando..

9) Qual a sua opinião para haver uma mudança geral e restrita na política?

Participação é a palavra chave. Muita coisa muda quando isso acontece. Veja o caso da lei do Ficha Limpa, que foi uma iniciativa da sociedade que acabou aprovada pelo Congresso. Se dependesse exclusivamente dos políticos, talvez ela não saísse, por conta das pressões internas. Mas, na medida em que mobilizou a sociedade, que reuniu 1,7 milhões de assinaturas, com apoio da mídia, o Congresso foi forçado a fazer mudanças. A participação é consolida da democracia e a aperfeiçoa.

10) Como deveria ser feita?

Uma iniciativa que está dando certo no Rio e servindo de exemplo para outros parlamentos é o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, que criei na Alerj em 2003. O Fórum reúne hoje 29 entidades da sociedade civil organizada, como Firjan, Fecomércio, Associação Comercial, que, somada à inteligência presente em nossas universidades, tem ajudado o trabalho do Legislativo na medida em que aponta caminhos sustentáveis para o desenvolvimento. Esse é um exemplo de participação organizada da sociedade no Legislativo que gera bons frutos para a população.

11) Qual a sua opinião sobre o judiciário? Não deveria ser cargo de carreira e não indicação?

A grande maioria dos funcionários do Judiciário é concursada e assim deve ser por conta da característica da carreira, bem diferente do Legislativo, por exemplo, onde as pessoas estão parlamentares.

12) Qual a sua opinião sobre medidas provisórias (MP)?

As medidas provisórias foram a forma de o Executivo governar sem precisar do Legislativo, o que é uma distorção. As MPs deveriam ser exceção e não regra, como é hoje. Só deveriam ser usadas como última opção e não como primeira. Meu filho, o deputado federal Leonardo Picciani, foi quem relatou essa matéria há dois anos na Câmara. Seu relatório foi contundente: é necessário limitar o uso das MPs, estabelecendo regras claras de quando e como o governo pode lançar mão delas. Parte do desprestígio do Legislativo hoje tem a ver com o excesso de MPs, que trancam a pauta do Congresso e impedem que ele tenha uma agenda própria. Precisamos mudar isso e essa é uma das minhas missões no Senado. .

13) O Executivo não deveria apenas fazer os seus deveres de casa e deixar os outros também fazerem os seus?

O ponto fundamental para o bom funcionamento da Democracia é a independência entre os poderes da República, que devem atuar, entretanto, de forma harmônica. Pois nada nasce num ambiente em que a discórdia prevalece. A experiência que eu acumulei nesses anos me credencia a fazer esse papel no Senado. Tenho maturidade suficiente para desempenhar esse papel em Brasília e essa conduta certamente tarará muitos benefícios para o Rio.

14) Gostaria de desejar muito sucesso em sua caminhada para o congresso nacional. Vou deixar aqui um espaço para fazer seus comentários que achar necessários.

Agradeço os votos de sucesso e desejo que, nestas eleições, os eleitores reconheçam os resultados dessa boa parceria Cabral-Picciani-Lula. Que observem as mudanças que estão em curso no nosso estado, se informe sobre qual foi o papel do Legislativo nisso e permitam que essa união tenha continuidade. Temos hoje um projeto de Estado para o Rio, não apenas um projeto de Governo. Eu no Senado vou ajudar o governador Sergio Cabral a trazer para o Rio, que vive um momento glorioso e têm pela frente enormes desafios, os recursos que o estado precisa. É por isso que sou candidato a senador e é por isso que peço o seu voto.