quarta-feira, 30 de maio de 2018

Fraco, PIB cresce apenas 0,4% no primeiro trimestre do ano

Compras em supermercado: Economia – Consumo – Inflação – produtos – Pib© VEJA.com Economia – Consumo – Inflação – produtos – Pib
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,4% no primeiro trimestre do ano em relação ao último trimestre de 2017. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira. Foi o quinto resultado positivo após oito quedas consecutivas nesta base de comparação.
Após dois anos de recessão, em 2015 e 2016, a economia voltou a crescer em 2017, com expansão de 1%. Para 2018, governo e mercado começaram o ano prevendo um incremento de 3%. Diante dos fraco desempenho da indústria, comércio e serviços, prejudicados pelo desemprego elevado, as projeções foram reduzidas – a expectativa agora é de um crescimento entre 2% e 2,5%. Um dos motores desse resultado foi a combinação de inflação e juros baixos, cenário que pode sofrer alterações após a disparada do dólar e da recente greve dos caminhoneiros.
O resultado do primeiro trimestre foi puxado basicamente pela agropecuária, que avançou 1,4%, enquanto os setores de indústria e serviços ficaram praticamente estagnados: tiveram variação positiva de apenas 0,1%.
Em relação a igual período de 2017, o PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre. Por essa base de comparação, a agropecuária registra queda de 2,6%, enquanto a indústria cresce 1,6% e o setor serviços, 1,5%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB cresceu 1,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
A diferença de resultados na agropecuária – crescimento de 1,4% frente ao último trimestre e queda de 2,6% em relação ao igual período de 2017 – pode ser explicada a partir da sazonalidade na colheita das safras. “Aqui estamos comparando o primeiro trimestre, que tem safra de soja, com um trimestre que não tem esta safra. Precisamos considerar a sazonalidade”, disse a gerente de contas nacionais trimestrais do IBGE, Cláudia Dionísio.
A taxa negativa da agropecuária na comparação com igual período de 2017 é reflexo da queda na produção das principais culturas com safra no primeiro trimestre do ano. A exceção, segundo o IBGE, foi a soja, que teve crescimento de 0,6%. “Quando falamos que a soja cresceu, apesar de não parecer um índice tão alto, precisamos lembrar que foi um crescimento sobre o ano em que tivemos uma safra recorde”, explica a gerente de contas trimestrais.
Consumo das famílias
Um dos principais indicadores da economia é o consumo das famílias, que cresceu apenas 0,5% no primeiro trimestre do ano em relação aos três meses anteriores. Na comparação com igual período de 2017, quando o país ainda se ressentia da crise de 2016, o consumo das famílias cresceu 2,8%. Segundo o IBGE, essa alta reflete a ampliação do crédito para a pessoa física combinada com a redução das taxas de inflação e de juros. “Em contrapartida, continuamos com um mercado de trabalho deteriorado, com a renda contribuindo de forma negativa para o desempenho do consumo das famílias”, diz Cláudia.
A taxa de investimento, que é a formação bruta de capital fixo sobre o PIB, foi de 16%, a primeira alta desde o primeiro trimestre de 2015, mas a segunda pior taxa da série histórica iniciada em 1996. De acordo com a gerente de Contas Nacionais Trimestrais, essa ligeira melhora “reflete o crescimento em volume dos investimentos, ocorrido nesses últimos trimestres. “É possível perceber uma melhora no nível de confiança dos empresários, mas ainda insuficientes para recuperar as perdas ocorridas no passado”.
Em valores correntes, o PIB totalizou 1,6 trilhão de reais, sendo 1,4 trilhão de reais de Valor Adicionado (VA) e 240,5 bilhões de reais aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

PF prende, mais uma vez, suposto operador do PSDB Paulo Vieira de Souza

PF prende Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB: Ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto,é preso em SP
A Polícia Federal (PF) prendeu o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB, nesta quarta-feira (30). Segundo a decisão judicial, a prisão de Souza é necessária para “assegurar a instrução criminal”. A Justiça afirmou que testemunha ou ré ameaçada não expõe toda a verdade e prejudica a coleta das provas. Souza é suspeito de constranger testemunhas. Ele nega.
O operador do PSDB é acusado pelo desvio de recursos de R$ 7,7 milhões da Dersa, entre os anos de 2009 e 2011 (nos governos José Serra e Geraldo Alckmin).
Paulo Vieira de Souza havia sido preso em 6 de abril. Ficou custodiado até 11 de maio quando foi solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também procura o ex-chefe de Assentamento da Dersa Geraldo Casas Vilela.

Governo diz que continuará preservando a política de preços da Petrobras

© Foto: Ricardo Moraes/Reuters
O governo do presidente Michel Temer tem compromisso com a saúde financeira da Petrobras e continuará preservando a política de preços da estatal, afirmou em nota nesta quarta-feira o Palácio do Planalto.
A nota foi divulgada após o presidente Michel Temer declarar na véspera, em entrevista à TV Brasil, que pode reexaminar a política de preços da Petrobras (PETR4.SA).
Em comunicado, o Planalto também afirmou que a empresa foi recuperada de grave crise nos últimos dois anos pela gestão Pedro Parente, em sinal de apoio ao presidente-executivo.
"As medidas anunciadas pelo governo para garantir a previsibilidade do preço do óleo diesel, que teve seu valor reduzido ao consumidor, preservaram, como continuaremos a preservar, a política de preços da Petrobras", disse o Planalto

Greve atinge ao menos 20 plataformas, diz sindicato; Petrobras diz que não há impacto


Petroleiros da Petrobras de pelo menos 20 plataformas na Bacia de Campos aderiram à greve de 72 horas, ao entregarem a operação das unidades a equipes de contingência da estatal, afirmou à Reuters o coordenador geral do Sindipetro-Norte Fluminense, Tezeu Bezerra.
A adesão deve aumentar ao longo do dia e não há a intenção de afetar a produção ou o abastecimento do país, segundo o sindicalista.
Em nota, a Petrobras informou que foram registradas paralisações pontuais em algumas unidades operacionais e que não há impacto na produção.
O movimento teve início nesta quarta-feira em refinarias, terminais e plataformas, apesar de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) na véspera ter declarado que a greve é ilegal.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Bolsonaro diz que nunca defendeu intervenção militar

Bolsonaro diz que nunca defendeu intervenção militar: Presidenciável também afirmou que greve dos caminhoneiros "chegou longe demais"
O deputado e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), disse em entrevista à rádio BandNews nesta terça-feira (29) que o movimento grevista protagonizado pelos caminhoneiros, que entra em seu 9º dia, já "chegou longe demais".
"Obviamente eu vinha apoiando, via redes sociais, o movimento deles. Ontem, eu fiz um vídeo que está dando o que falar, dizendo basicamente o seguinte: não podemos, ao querer eliminar o carrapato, matar a vaca. O movimento chegou longe demais, eu não estimulo mais essa corda esticar", afirmou ao âncora Ricardo Boechat. 
"Nós não podemos quebrar o Brasil para atingir uma classe política ineficiente. A minha classe política é um desastre, bem como o governo Temer está se mostrando um desastre. O 'Titanic' vai afundar", completou.
O deputado também afirmou que acompanha a situação dos caminhoneiros há dois anos. "Foram reuniões no Rio de Janeiro (RJ), em Gramado (RS) e Brasília (DF). Os problemas são muitos, não é apenas o preço do diesel na bomba. É a questão da indústria da multa, os pedágios abusivos, a questão do valor do frete, condições da estrada, roubo de cargas, entre outros. E o governo se tornou insensível no tocante a isso".
Sobre os movimentos que têm pedido intervenção militar, Bolsonaro destacou nunca ter apoiado a ideia. "Da minha parte, ninguém nunca ouviu eu falar de intenção militar. Eu entendo como um direito de expressão, eles podem requerer o que bem entenderem, estão aí representando muita gente que tem saudade dos valores daquela época, é um direito deles", disse o deputado, em entrevista a Ricardo Boechat.

Jornais europeus veem governo Temer na corda bamba com greve dos caminhoneiros

Fotomontagem RFI© Fournis par France Médias Monde Fotomontagem RFI
A greve dos caminhoneiros entra nesta terça-feira (29) no nono dia e continua ganhando destaque na imprensa francesa e europeia.
A descrição do caos instalado no Brasil é detalhada: bloqueios nas estradas, redução dos serviços de transporte público nas grandes cidades, abate de 70 milhões de frangos devido à falta de alimento no maior exportador de aves do mundo, prateleiras ficando vazias em farmácias e supermercados. O Financial Times explica o movimento por meio do motorista Francisco Antônio Rodrigues. Ele afirma que a intenção dos caminhoneiros é "acabar com o Congresso Nacional” e provocar uma intervenção militar "para eliminar o bando de ladrões que estão lá".
Para o Financial Times, a paralisação está sendo um teste para a maior economia da América Latina, que ainda luta para sair da pior recessão de sua história. O crescimento econômico no segundo trimestre do ano já foi comprometido, e as eleições de outubro estão se tornando as mais imprevisíveis dos últimos anos, conclui o diário.
Ainda na Inglaterra, o The Guardian diz que os caminhoneiros rejeitaram as concessões de Temer por estarem conscientes de que, dentro de 60 dias, quando acabar o congelamento do diesel, os preços vão aumentar ainda mais. O Guardian minimiza o risco de retorno dos militares ao poder, "assunto espinhoso no país que enfrentou 21 anos de ditadura de direita", considerando que esta posição é minoritária no movimento. Em meio às consequências políticas da greve, a popularidade de Temer despencou ainda mais, destaca The Guardian.
Cresce aposta na queda do governo
O francês Le Monde traz depoimentos de alguns grevistas que consideram a paralisação "não como uma guerra dos caminhoneiros, e sim de todo o povo brasileiro contra a corrupção e por melhorias nos serviços de saúde, educação e segurança pública". O jornal cita o apoio do vendedor de eletrodomésticos Tango Roxa, de 45 anos, que acredita na queda do governo se houver adesão de outras categorias. A vulnerabilidade de Temer, um presidente desgastado, hesitante e alvo de denúncias de corrupção, reforça o discurso de uma ala de grevistas que aposta na queda do governo, explica o jornal Le Monde.
O espanhol El País considera que Temer "bem que tentou aplacar a revolta dos caminhoneiros com importantes concessões, mas eles dobraram a aposta, ganham adeptose amplificam os pedidos por intervenção militar”. "Grevistas estacionados na rodovia Régis Bittencourt, um dos mais de 500 pontos pelo país ainda mobilizados, não aceitaram a proposta do governo e pedem que o litro do diesel valha 2,50 reais e que esse valor fique congelado por um ano", explica El País.
Na Bélgica, o jornal Le Soir evoca as consequências da greve para as ações da Petrobras. Os papéis da companhia perderam mais de 14% no fechamento dos mercados na segunda-feira (28).

Reação de militares a protesto causa preocupação na cúpula do governo

Temor relatado é o de uma insatisfação difusa, horizontal, entre as tropas responsáveis por manter a ordem quando acionadas para isso: Reação de militares a protesto causa preocupação na cúpula do governo
O governo Michel Temer (MDB) acompanha com o que um ministro chama de alta preocupação o risco de movimentos de protesto se alastrarem pelo país com complacência ou simpatia por parte de militares.
Ninguém fala em golpe ou intervenção, segundo a reportagem ouviu de oficiais ao longo desta segunda (28). São hipóteses consideradas implausíveis nos estratos superiores do comando.
Mas o temor relatado é o de uma insatisfação difusa, horizontal, entre as tropas responsáveis por manter a ordem quando acionadas para isso.
Assim, o próprio governo considera como mera ameaça a medida anunciada de que motoristas militares poderiam tomar o assento de manifestantes nas estradas.
Além do perigo de confronto, há a possibilidade de soldados se negarem a fazê-lo, o que seria fatal para a já combalida autoridade do governo.
A avaliação é atenuada por alguns oficiais generais mais experientes. Um deles afirmou que o maior problema neste momento é a disseminação de boatos e notícias falsas em grupos de WhatsApp -citou dois vídeos em que supostos oficiais da ativa, na verdade pessoas com uniformes improvisados, garantiam apoio a manifestantes.
Estão sendo monitorados, contudo, atos como os que ocorreram em frente a quartéis em Minas e Rio Grande do Sul no fim de semana, com parentes de manifestantes pedindo intervenção militar.
O instrumento é previsto no artigo 142 da Constituição, para garantia da lei e da ordem, mas o texto é explícito acerca da subordinação ao presidente da República.
A pauta não é consensual mesmo entre manifestantes. "Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são grupos que pedem intervenção militar, sendo que quem está negociando conosco é o presidente da República", disse José Fonseca Lopes, presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros.
"Pedir intervenção desmoraliza o bom caminhoneiro", afirmou ele.
Há insatisfação também com o chamado efeito "posto Ipiranga", apelido dado no Ministério da Defesa ao emprego polivalente das Forças Armadas – a referência é, ironicamente dado o contexto do protesto atual, à propaganda da rede distribuidora de combustíveis que sugere solução de problemas diversos em seus postos.
Militares já vinham se queixando da intervenção federal na segurança do Rio.
Os próximos dias serão de grande tensão em Brasília, em especial pela ameaça de greve de petroleiros -que, sem agenda prévia, pegaram carona nos atos nas estradas.
Em 1995, após semanas de duro embate, o governo Fernando Henrique Cardoso conseguiu quebrar a espinha de uma greve ocupando refinarias com tropas.
Mas o momento é outro, com Temer liderando o governo mais impopular desde a redemocratização.
RIO DE JANEIRO
Caminhoneiros que participam de manifestação na tarde desta segunda na rodovia presidente Dutra, na altura de Seropédica (RJ), afirmaram que o protesto agora é pela saída de Temer.
Ele estão parados na beira da estrada desde domingo (20). Segundo cálculo dos integrantes, há cerca de 1.400 caminhões no local. Não há bloqueio na estrada, e o ato é acompanhado por policiais rodoviários federais e militares do Exército.
Eles afirmaram que não pretendem encerrar o protesto mesmo com os anúncios do governo federal.
"Depois de 60 dias o preço vai voltar ao que era há duas semanas, isso se não ficar ainda mais caro. O que queremos agora é fora, Temer. Só vamos sair das estradas quando o governo cair", afirma o motorista Moisés Fernandes dos Santos, 38,15 dos quais transportando móveis de Ubá (MG) e São Paulo para o Rio.
O grupo se diz autônomo. Santos, apesar de defender a intervenção militar, critica o Exército no local.
"É desnecessário porque não somos bandidos nem estamos fechando a via. Se a gente se recusar a sair o Exército vai fazer o quê? Bater na gente?", questiona.
Novos piquetes foram montados em frente à Reduc, a refinaria em Duque de Caxias, onde há cerca de 70 caminhões. Para o motorista Wendel Ruivo, 38, o movimento não irá arrefecer. Com informações da Folhapress.

Temer diz que não há risco de intervenção militar por protesto de caminhoneiros




O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que não há risco de intervenção militar em decorrência da paralisação de caminhoneiros, apesar de alguns manifestantes defenderem um golpe militar para derrubar o governo.
Em entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros em fórum de investimentos em São Paulo, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal.
Temer também afirmou que o governo poderá ingressar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira.

Guardia recua e diz que governo não aumentará impostos para compensar queda do diesel

© Foto: Adriano Machado/Reuters
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta terça-feira que “em nenhum momento” o governo trabalha com aumento de impostos para compensar a queda de preços do diesel, voltando atrás em relação ao que havia dito na véspera, quando citou a medida como uma solução para compensar as perdas fiscais.
“O mecanismo que governo adotará será a redução de incentivos fiscais para compensar queda de impostos sobre diesel”, disse Guardia em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Na véspera, o ministro afirmou que o governo teria que aumentar impostos ou retirar benefícios tributários para cobrir parte do custo da redução de 16 centavos em PIS/Cofins e Cide sobre o diesel, calculado em 4 bilhões de reais no total.
“Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim”, disse ele na ocasião, acrescentando que o movimento não aumentaria a carga tributária, pois apenas compensaria a perda que seria registrada na outra ponta.
Aos parlamentares, Guardia argumentou estava citando eventual aumento de impostos dentro das possibilidades previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). E que o governo irá optar pela redução de benefícios fiscais “que não vai afetar a carga de impostos para a população em geral, vão afetar segmentos empresariais específicos”.
A fala de Guardia na véspera fez surgir críticas no setor empresarial e no Congresso, num ano eleitoral marcado por fortes incertezas.
Guardia continuou sem detalhar quais benefícios estão sendo avaliados para compensar a queda nos preços do diesel, limitando-se a apontar que cresceram entre 2010 e 2015, na casa de 1 ponto do Produto Interno Bruto (PIB).
No domingo, o presidente Michel Temer anunciou redução do preço do diesel em 46 centavos de real por litro por 60 dias, entre outras medidas, atendendo às reivindicações dos caminhoneiros. Mesmo assim, a categoria mantinha a paralisação, iniciada na semana passada, que tem provocado desabastecimento em todo o país.
Guardia voltou a explicar que desses 46 centavos, 30 centavos serão bancados até o final do ano pela União, via subsídios de 9,5 bilhões de reais, coberto por uma sobra de 5,7 bilhões de reais que o governo tem em relação à meta de déficit primário, além de corte de despesas de 3,8 bilhões de reais.
Os 16 centavos adicionais virão pela eliminação da Cide e redução de PIS/Cofins sobre o diesel, implicando perda de receita de 4 bilhões de reais que, por lei, deverá ser compensada por outras fontes.
O ministro reafirmou que a aprovação da reoneração da folha de pagamento pelo Congresso Nacional é essencial, mas insuficiente para garantir a cobertura integral do buraco. E, por isso, terá de buscar outras receitas.

domingo, 27 de maio de 2018

Flávio Rocha e Alvaro Dias foram os que mais viajaram

A análise das agendas oficiais dos pré-candidatos feita pelo Estado mostra que Flávio Rocha (PRB) e Alvaro Dias (Podemos), juntos, fizeram 79 viagens desde 7 de abril. São os presidenciáveis que mais se deslocaram os entre os 11 pesquisados.
Empresário do ramo varejista – é herdeiro do Grupo Guararapes, controlador da Riachuelo –, Rocha já visitou 39 cidades em 17 Estados de todas as regiões do País.
ctv-fba-alvaro-dias: Presidenciável do Podemos, Alvaro Dias visitou 40 cidades na pré-campanha.
Pelas redes sociais, o empresário divulga seus compromissos, desde a chegada aos aeroportos, onde tem sido saudado por simpatizantes com camisetas da seleção brasileira entoando o lema: “Eu sou guerreiro, sou brasileiro, é por isso que eu quero o Flávio Rocha”.
Integrante do Movimento Brasil 200, organizado por empresários, Rocha está na lista dos pré-candidatos autoproclamados liberais e com capacidade de se autofinanciar – ele usa um jatinho particular para rodar o País. Em nota, Rocha afirmou que não prioriza eventos corporativos, mas ações do PRB e do Movimento Brasil 200, além de locais indicados por pesquisas internas.
Dias segue o mesmo ritmo. Apesar de não ter avião próprio, presidenciável do Podemos já passou por 40 cidades em 16 Estados nos últimos 50 dias. Mais conhecido no Sul, onde fica seu reduto eleitoral, o senador pelo Paraná já visitou seis das nove capitais nordestinas com o intuito de se tornar conhecido entre os eleitores e montar palanques na região.
“Neste primeiro momento, diferentes setores, como agronegócio ou varejo, acabam fazendo mais convites, assim como universidades e associações. São convites importantes para sustentar a candidatura e formar uma base sólida que nos garanta presença nas pesquisas no médio prazo, antes da campanha em si”, afirmou o pré-candidato do Podemos.
A escolha dos destinos a serem visitados pelo presidenciável ocorre a partir de uma seleção dos convites que recebe e em função da agenda de votação do Senado. Sua estratégia, assim como a de Rocha, é preencher todos os dias da agenda com ao menos um encontro público e repercutir a agenda nas redes sociais.
Rodrigo Maia (DEM), Manuela D’Ávila (PCdoB), Marina Silva (Rede) e João Amoêdo (Novo), foram os pré-candidatos que visitaram menos cidades no período.

Marun apresenta a Temer mais reivindicações dos caminhoneiros

Carlos Marun concede entrevista em Brasília
O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun, comprometeu-se a apresentar, neste domingo (27) até as 15h, ao presidente Michel Temer novas propostas do movimento dos caminhoneiros no esforço de acabar com a paralisação. Os caminhoneiros apelaram ainda que as medidas sejam estendidas a todo território nacional.
Os manifestantes querem desconto de 10% no valor do diesel que será cobrado na bomba, a ampliação desta redução de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o país. 
Ao longo deste domingo, Marun e ministros de várias áreas se reunirão no Palácio do Planalto, no gabinete de gestão de crise, na tentativa de encerrar a paralisação. Ontem (26) o dia também foi de reuniões, no Palácio do Planalto. 
As reivindicações dos caminhoneiros, identificados como líderes do movimento, foram apresentadas a Marun, ontem à noite, após mais de duas horas de reunião, na sede do governo paulista, com o ministro e o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

Compromissos 

Os representantes do movimento de paralisação em São Paulo se comprometeram com o ministro a repassar o acordo aos caminhoneiros de outros estados por grupos de WhatsApp da categoria, caso a resposta do governo federal seja positiva. Uma nova reunião com o governador Márcio França está marcada para hoje à tarde e uma entrevista coletiva está prevista para as 15h.
Antes da conversa com Marun, os líderes do movimento haviam participado de uma reunião no Palácio dos Bandeirantes. A proposta de suspender a cobrança do eixo suspenso nos pedágios das rodovias paulistas ficou acertada para começar a partir da 0h da próxima terça-feira (29).
Os representantes dos caminhoneiros prometeram como contrapartida liberar as rodovias no estado, principalmente os pontos de obstrução na Rodovia Régis Bittencourt (ligação com os estados do Sul) e no Rodoanel (que interliga várias rodovias na região metropolitana de São Paulo).

Estudo

O governador paulista anunciou o estudo de uma proposta de cobrança diferenciada de Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos caminhoneiros autônomos em 2019 que, segundo os líderes presentes, representam 130 mil motoristas de caminhão no estado de São Paulo. Márcio França também afirmou que pretende retirar as multas aplicadas pela Polícia Militar Rodoviária aos caminhoneiros durante os dias de paralisação.

Governo avalia congelamento de diesel por 60 dias e suspensão de pedágio

Posse de Carlo Marun: Ministro Marun leva pauta de negociações com caminhoneiros para a avaliação do presidente Temer
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, apresenta na manhã deste domingo a pauta de reivindicações dos caminhoneiros ao presidente Michel Temer. A negociação foi articulada com o governador de São Paulo, Márcio França, com o objetivo de suspender a paralisação, que entrou no sétimo dia neste domingo.
Os pleitos dos trabalhadores que estão sendo avaliados pelo governo federal são: a suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para o terceiro eixo elevado dos caminhões, garantia de que a redução de 10% no preço do diesel chegue às bombas nos postos de combustível e aumento do prazo de 30 para 60 dias no congelamento do desconto de 10% do preço do diesel.
Neste sábado, o governo paulista já tinha anunciado a suspensão da cobrança de tarifa do eixo suspenso em todas as praças de pedágio, a partir de terça-feira; anulação das multas aplicadas aos caminhoneiros em razão das manifestações; a fiscalização da aplicação nas bombas do desconto no preço final do combustível, conforme fixado pelo governo federal; a participação de mais um representante dos profissionais autônomos na Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp); e a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de fixar um preço diferenciado na cobrança do IPVA no ano que vem para profissionais autônomos do setor. As propostas do governo de São Paulo, de acordo com anúncio do governador, serão colocadas em prática a partir da “efetiva desmobilização e o retorno a normalidade”. 
Além da reunião com o governador paulista, 11 profissionais autônomos também se encontraram na noite de ontem com o ministro Marun e apresentaram a pauta de reivindicações. O ministro levou os pedidos ao presidente da República e nova reunião com a categoria está marcada para as 15h deste domingo.
Articulada pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), a nova rodada de negociações deixou de lado as entidades representantes da classe, já que a base considera que elas não os representam.
“Os representantes dos caminhoneiros vão se reunir com a base e à tarde teremos uma nova reunião. É importante destacar que, mesmo com a aceitação pelos profissionais autônomos as propostas, isso não encerra as discussões. Temos um problema sério em relação aos custos do frete e isso ainda precisa ser resolvido”, diz o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa.

Petroleiros decidem entrar em greve na próxima quarta-feira

© Notícias ao Minuto
RIO - A Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de empregados da Petrobrás, decidiu iniciar manifestações a partir deste domingo, 27 e, à zero hora da próxima quarta-feira, 30, iniciar uma greve de 72 horas, segundo uma fonte. A definição saiu de um encontro realizado por teleconferência na tarde deste sábado, 26.

++ AO VIVO: Acompanhe a cobertura da greve dos caminhoneiros

A lista de reivindicações inclui cinco pontos, um deles é a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os sindicalistas pedem também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal. O comunicado que será enviado ainda neste sábado à empresa contesta também a presença de unidades das Forças Armadas em instalações da Petrobrás.
greve se estenderá até as 23h59 do dia 1º de junho. Já neste domingo, 27, a troca de turnos será atrasada nas refinarias nas quais foram colocadas à venda participações, o que deve deixar a operação mais lenta. Foram incluídas no programa de desinvestimento a Rlam, na Bahia; a Abreu e Lima, em Pernambuco, a Refap, no Rio Grande do Sul, e a Repar, no Paraná.
Trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) já cruzaram os braços no turno de 8 horas a 16 horas deste sábado, em solidariedade ao movimento de greve dos caminhoneiros, informou o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS).
Segundo a assessoria de imprensa da Petrobrás, a operação não foi afetada. Isso porque os trabalhadores do turno anterior, de meia-noite às 8 horas, assumiram os trabalhos. A diretora de comunicação do Sindipetro-RS, Élida Maich, informou que a paralisação foi decidida por cerca de 70 petroleiros reunidos na porta da Refap, na entrada do turno das 8 horas.
A entrada da Refap foi bloqueada por manifestantes desde o início do movimento grevista dos caminhoneiros. Segundo a Petrobrás, há bloqueios em várias refinarias, mas nenhuma unidade teve impacto na operação de produção.
Na semana retrasada, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aprovou greve por tempo indeterminado, mas sem definir uma data. A entidade divulgou um calendário que previa a definição da data de início da greve para o próximo dia 12, mas o Sindipetro-RS resolveu se antecipar ao movimento com a ação localizada na Refap. “Como os petroleiros são contra a política de aumento de combustíveis, entramos em solidariedade aos caminhoneiros”, afirmou Elida.

No WhatsApp, caminhoneiros dizem que greve está longe do fim

Greve: Em conversas realizadas em grupos de WhatsApp, caminhoneiros descartam possibilidade de acabar greve
A liberação de alguns trechos de estradas, como em São Paulo, está longe de significar o fim da greve. Nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros, a ordem é manter a paralisação, pelo menos, até terça-feira. Por ora, a maioria concordou em liberar as estradas e continuarem estacionadas em pontos estratégicos.
Mas, nas últimas postagens, lideranças dos caminhoneiros começam a organizar novas paralisações a partir de amanhã, às 8 horas. Num vídeo que está circulando nos grupos de WhatsApp, representantes chamam, além dos caminhoneiros, veículos de passeio para parar as BRs. Além disso, uma manifestação em pontos estratégicos das principais capitais também está sendo organizada.
Pelo tom das conversas, as reivindicações vão além do problema do preço do diesel. Depois da dimensão que a greve tomou nos últimos dias, os motoristas acreditam que podem mudar o rumo do País. Cada um tem uma tese, mas todos apostam no força do exército como aliada e na intervenção militar como solução para os problemas do País.
Alguns vídeos mostram a atuação dos soldados acionados para liberar as estradas. Eles são recepcionados com palmas e continência pelos caminhoneiros, que prometem manter um protesto pacífico, o que é apoiado pelos soldados. Em outros vídeos, a polícia militar também demonstra apoio aos grevistas.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Silvio Santos vai ganhar cinebiografia sobre sua vida

AdoroCinema© AdoroCinema AdoroCinema
A incrível e cinematográfica trajetória do camelô que construiu um império do entretenimento finalmente ganhará as telonas. De acordo com informações da Folha de São Paulo, a Paris Entretenimento, uma das grandes majors do mercado cinematográfico nacional, adquiriu os direitos de adaptação de "Silvio Santos - A Biografia" (ed. Universo dos Livros) e produzirá o longa-metragem sobre a vida e a carreira de uma das figuras mais influentes da história recente brasileira.
Aprovada e divulgada pelo próprio dono do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a não-ficção escrita por Marcia Batista e Anna Medeiros traça o perfil de Silvio Santos, nascido Senor Abravanel em 1930, no Rio de Janeiro, através do ponto de vista de colaboradores famosos e anônimos que conviveram com o bilionário empresário em diversas fases de sua vida. Momentos marcantes da vida do apresentador e magnata - tais como a criação da emissora, a campanha de Santos à presidência da República, em 1989, e o traumático sequestro de uma de suas filhas, Patricia Abravanel - farão parte do vindouro do longa-metragem.
A pré-produção da cinebiografia, partindo da escolha do diretor, do roteirista e do elenco do projeto, deve começar neste mês de junho. Maiores informações ainda não foram divulgadas e o filme sobre a vida de Silvio Santos não tem previsão de estreia.

Silvio Santos sobre o neto: “Está na Globo e não ganha nada”

Silvio Santos disse que salário de seus contratados está acima do que recebe Tiago Abravanel na emissora carioca© Instagram Silvio Santos disse que salário de seus contratados está acima do que recebe Tiago Abravanel na emissora carioca
Silvio Santos fez mais uma declaração para lá de irreverente. Desta vez, durante seu programa, no SBT, que será exibido no próximo domingo (27), o veterano fez graça a respeito do baixo salário de Tiago Abravanel, que está na TV Globo.
VOCÊ VIU?  
“Mas já viu a folha de pagamento? Só quem ganha menos é o Tiago... Coitado, está lá na Globo e não ganha nada”, disparou o apresentador.
Segundo o comunicador, os que estão em seu canal estão muito bem da conta. “A família toda. Quer ver só? A Rebeca, a Silvinha, a mulher escreve novelas...”, acrescentou.
E ainda brincou sobre o contrato da herdeira, Patrícia. “Ganha e ganha muito bem, aliás”, ressaltou.
Tiago Abravanel, por sua vez, está no quadro “Show dos Famosos”, do “Domingão do Faustão” – concorrente direto da programação dominical de Silvio Santos.