quarta-feira, 22 de junho de 2016

Por que o Facebook está alertando que usuários podem perder suas fotos no celular

Se  Você recebeu uma notificação ou e-mail alertando que corre o risco de "perder todas as fotos no celular" se não instalar o app Facebook Moments, pode relaxar, pois a história não é bem assim.

A dúvida é se há espaço em seu smartphone para mais outro aplicativo do Facebook
A dúvida é se há espaço em seu smartphone para mais outro aplicativo do Facebook

Apesar do tom urgente, esta afirmação não é totalmente exata.
O fato é que essa mensagem levou muitos blogueiros e especialistas em tecnologia a qualificar esta iniciativa do Facebook como mais uma tentativa de impor na marra um novo aplicativo aos usuários.
Para os que estão pensando em ceder à tentação (ou pressão) do Facebook, eis alguns fatos.
A questão afeta apenas os usuários que, em algum momento, escolheram sincronizar as próprias fotos automaticamente com o Facebook.
Em 2012, o Facebook ofereceu primeiramente a todos os que tinham telefones com o sistema iOS - e depois para os outros sistemas - a possibilidade de terem suas imagens copiadas para um álbum privado, chamado "Synced album", ou álbum sincronizado.

Função de sincronização deixa de operar no dia 7 de julho
Função de sincronização deixa de operar no dia 7 de julho

A ideia era permitir que o usuário pudesse compartilhar as fotos mais facilmente e também economizar espaço na memória do telefone, já que as fotos sincronizadas ficam armazenadas na nuvem, de forma gratuita. E isto abre a possibilidade de apagar as fotos do telefone sem perdê-las.
E são as fotos guardadas no "Synced album" que o Facebook vai apagar a partir do dia 7 de julho a não ser que o usuário tenha baixado o novo aplicativo, o Moments, ou faça a recuperação manual.

Sérgio Cabral é acusado de receber propinas de construtoras

Na Lava Jato, delatores apontam que ex-governador do Rio de Janeiro diz que entre propinas estavam obras do metrô e do Mundial-2014. TCE também seria beneficiado.


As acusações de propina em torno das obras feitas no Rio de Janeiro para a Copa do Mundo de 2014 ficaram mais extensas. Segundo reportagem divulgada nesta quarta-feira na "Folha de São Paulo", um delator da Odebrecht afirmou à Operação Lava Jato que o ex-governador Sérgio Cabral Filho teria cobrado uma "contribuição" nas obras do metrô e na reforma do Maracanã para o torneio.



Na Lava Jato, delatores apontam que ex-governador do Rio de Janeiro diz que entre propinas estavam obras do metrô e do Mundial-2014. TCE também seria beneficiado
Na Lava Jato, delatores apontam que ex-governador do Rio de Janeiro diz que entre propinas estavam obras do metrô e do Mundial-2014. TCE também seria beneficiado

Documentos indicariam que o ex-governador tinha como regra cobrar 5% do valor de contrato das obras. Cabral seria beneficiário de R$ 2,5 milhões em propinas na linha 4 do metrô, enquanto o Maracanã, que custaria R$ 700 milhões, passou para R$ 1,2 milhões de gastos.

A acusação de propinas em torno da Copa do Mundo de 2014 teria se estendido ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Em delação premiada, Clóvis Renato Primo, ex-executivo da construtora Andrade Gutierrez, disse que houve um pedido de Wilson Carlos, então secretário de Governo da gestão de Cabral para designar 1% das obras ao órgão.

Primo afirmou que o conselheiro José Maurício Nolasco, presidente do TCE na época, receberia a propina. Segundo "O Globo", 21 dos 22 processos relativos à reforma do Maracanã para a Copa estão parados no tribunal.

Marina não comenta suposto esquema investigado pela operação Turbulência

Marina não comenta suposto esquema envolvendo Eduardo Campos
A ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade, não quis comentar o suposto esquema de corrupção envolvendo o avião que transportava Eduardo Campos (PSB) no dia da sua morte e do qual ela própria fez uso em 2014, quando compunha chapa para concorrer à Presidência da República com o ex-governador de Pernambuco. Marina não quis comentar a operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira, 21, pela Polícia Federal, alegando que ainda não tomou conhecimento da investigação e que pretende esperar a manifestação do PSB.
Segundo a PF, as empresas envolvidas na aquisição da aeronave usada por Campos eram de fachada e estavam em nome de laranjas. Além disso, há evidências de que elas realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas na operação Lava Jato. Suspeita-se que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas servia para pagamento de propina a políticos e formação de caixa dois de empreiteiras. De acordo com os investigadores, o esquema encontrava-se ativo, no mínimo, desde 2010.
A operação Turbulência resultou na prisão dos empresários Apolo Santana e João Carlos Lyra, que compraram o jato Cessna Citation PR-AFA. Eles atuavam em Pernambuco, Estado pelo qual Campos foi governador por dois mandatos, antes de se candidatar a presidente em 2014, tendo Marina Silva como vice. Em 13 de agosto, durante a campanha, o avião comprado pelos empresários caiu em Santos e Campos morreu. Marina, que não estava com ele na aeronave, assumiu a candidatura e terminou a disputa em terceiro lugar.
Hoje à tarde, durante em evento em São Paulo, Marina voltou a defender uma transformação na política brasileira. “As maiores ameaças que nós estamos vivendo hoje, na economia, nos problemas sociais, foram geradas por um grande atraso na política, uma grande crise na política”, disse a ex-senadora, para uma plateia formada por cerca de 60 pessoas, a maior parte estrangeiros. Para ela, esta transformação necessária já vem ocorrendo por meio de um maior ativismo político de cidadãos não organizados em partidos, sindicatos ou ONGs.
Marina também lamentou que o Brasil esteja passando por uma “profunda crise econômica”, mencionando que mais de 11 milhões de brasileiros estão desempregados. “Não é fácil, porque temos de cuidar de algo que é emergencial e, ao mesmo tempo, falar de uma perspectiva de médio e longo prazo”, disse.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Janot diz que não confirma pedidos de prisão de Renan, Jucá, Sarney e Cunha

Rodrigo Janot, procurador-geral da RepúblicaBRASÍLIA - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não quis comentar o envio ao Supremo Tribunal Federal de pedidos de prisão de integrantes da cúpula do PMDB por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
"Não confirmo nada", disse Janot ao deixar a reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal nesta terça-feira, 7.
À tarde, há uma nova sessão do conselho, mas, segundo a assessoria de imprensa da PGR, ele não participará e ficará despachando de seu gabinete.
Integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba estão desde segunda-feira em Brasília e se reuniram nesta terça a portas fechadas no prédio da PGR. Não há confirmação se a reunião tem a ver com os pedidos recentes.
No caso de Sarney, a prisão seria domiciliar e foi determinado o uso de uma tornozeleira eletrônica. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadocom fontes da investigação.
Sarney, Renan e Jucá foram flagrados tramando contra a Lava Jato em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No caso de Cunha, o pedido foi feito por ele continuar interferindo no andamento dos trabalhos da Casa.
Os pedidos de prisão já estariam com o ministro Teori Zavascki, do STF, há pelo menos uma semana. Não há prazo para que o relator da Lava Jato tome uma decisão.

Sarney está ‘perplexo’ e não acreditou no pedido de prisão, diz advogado




BRASÍLIA - O advogado Antônio Carlos, o Kakay, que representa o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) disse estar "perplexo" com os pedidos de prisão feitos por Rodrigo Janot e chegou a ressaltar que só acreditará quando estiver de posse dos documentos oficiais a respeito. Sarney foi avisado por Kakay, por telefone, e custou a entender o que estava ocorrendo. Ele não entendeu e quis saber o motivo.
— O ex-presidente está perplexo. É um homem de 87 anos, que estava conversando informalmente com alguém em quem confiava — disse Kakay, que está em Londres.
Sarney pediu que ele retornasse imediatamente do exterior. Jucá também está indignado com a situação, segundo o advogado.
Para Kakay, os trechos das gravações de Sérgio Machado não "há nada" que corrobore um pedido desses ou mesmo uma acusação de obstrução da Justiça.
Ele disse que os senadores têm direito de discordar das leis vigentes e obrigação de apresentar projetos para mudá-las. Nas conversas, os personagens falam em mudanças na legislação sobre delação premiada.
— É inacreditável. Estamos vivendo um momento de muita perplexidade. Tudo virou obstrução. Estamos num regime democrático, onde se pode discordar. Ou teremos a ditadura de um Poder, e estou falando do Ministério Público. Ainda prefiro não acreditar nesses pedidos. Mas quero crer que o Supremo não iria e não vá aceitar pedidos desta gravidade — disse o advogado.
Kakay diz que quer acesso a todos os documentos.

Renan diz que pedido de prisão é ‘abusivo e desproporcional’


BRASÍLIA — O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira, por meio de nota, que confia na "autoridade e dignidade do Supremo" e que se mantém "sereno". Renan negou que tenha cometido atos que possam ser compreendidos como obstrução à Justiça.
"Por essas razões, o presidente considera tal iniciativa, com o devido respeito, desarrazoada, desproporcional e abusiva. Todas as instituições estão sujeitas ao sistema de freios e contrapesos e, portanto, ao controle de legalidade. O Senado Federal tem se comportado com a isenção que a crise exige e atento à estabilidade institucional do País", diz a nota divulgada pela assessoria.
Leia a íntegra da nota:
“Apesar de não ter tido acesso aos fundamentos que embasaram os pedidos, o presidente do Congresso Nacional reitera seu respeito à dignidade e autoridade do Supremo Tribunal Federal e a todas às instituições democráticas do País. O presidente do Senado está sereno e seguro de que a Nação pode seguir confiando nos Poderes da República.
O presidente reafirma que não praticou nenhum ato concreto que pudesse ser interpretado como suposta tentativa de obstrução à Justiça, já que nunca agiu, nem agiria, para evitar a aplicação da lei. O senador relembra que já prestou os esclarecimentos que lhe foram demandados e continua com a postura colaborativa para quaisquer novas informações.
Por essas razões, o presidente considera tal iniciativa, com o devido respeito, desarrazoada, desproporcional e abusiva. Todas as instituições estão sujeitas ao sistema de freios e contrapesos e, portanto, ao controle de legalidade. O Senado Federal tem se comportado com a isenção que a crise exige e atento à estabilidade institucional do País.
A Nação passa por um período delicado de sua história, que impõe a todos, especialmente aos homens públicos, serenidade, equilíbrio, bom-senso, responsabilidade e, sobretudo, respeito à Constituição Federal.
As instituições devem guardar seus limites. Valores absolutos e sagrados do Estado Democrático de Direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, a liberdade de expressão e a presunção da inocência, conquistados tão dolorosamente, mais do que nunca, precisam ser reiterados”.