sábado, 9 de maio de 2020

Papa liga para o dom Odilo Scherer para ter informações da pandemia em SP

O cardeal Dom Odilo Scherer participa do debate entre presidenciáveis, realizado pela TV Aparecida - 20/09/2018© TV Aparecida/Reprodução O cardeal Dom Odilo Scherer participa do debate entre presidenciáveis, realizado pela TV Aparecida - 20/09/2018
O papa Francisco ligou hoje, às 11h40 da manhã, para o celular de dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo. O pontífice quis saber como estava a situação da cidade frente a pandemia pelo novo coronavírus e manifestou “grande preocupação pelo número crescente de doentes e pelas perdas de vidas humanas, prometendo rezar por todos”.
Francisco também quis saber como estavam os pobres e expressou sua atenção “pela situação deles, sabendo que nem sempre eles têm casa, nem condições adequadas para seguir as medidas preventivas contra o contágio.

Armado, Roberto Jefferson ameaça "comunistas" e pede "demissão" do STF

O ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, usou as redes sociais, neste sábado (09/05), para pedir que o presidente Jair Bolsonaro demita os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), aos quais chamou de “herança maldita”. Segundo ele, caso Bolsonaro não siga as atitudes que sugere, poderá sofrer um impeachment. “Bolsonaro, para atender o povo e tomar as rédeas do governo, precisa de duas atitudes inadiáveis: demitir e substituir os 11 ministros do STF, herança maldita. Precisa cassar, agora, todas as concessões de rádio e TV das empresas concessionárias GLOBO. Se não fizer, cai”, escreveu. 
  Em outro post, ele aparece segurando uma arma e ameaça “combater os comunistas”.“Estou me preparando para combater o bom combate. Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os traidores, contra os vendilhões da Pátria. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, concluiu. 

Se presidente vetar reajuste a funcionalismo, equilíbrio fiscal continua, diz Guedes

Para garantir mais recursos privados, Guedes disse que será preciso mudar os marcos regulatórios. © Dida Sampaio/Estadão Para garantir mais recursos privados, Guedes disse que será preciso mudar os marcos regulatórios.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste sábado, 9, que se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetar o reajuste salarial do funcionalismo público fica garantido que, já em 2021, o Brasil volta para a trilha do ajuste fiscal. "Se o presidente vetar esse aumento, como disse que vai fazer, o déficit fiscal extraordinário (por conta das medidas para combate à pandemia) fica restrito a este ano", disse Guedes em videoconferência organizada pelo Itaú BBA.
O ministro afirmou que é preciso garantir que em 2021, os gastos com Previdência, juros de dívida e despesas com funcionalismo sigam controlados. Ele observou que os dois primeiros itens - ou inimigos, como ele denominou - já estão controlados por conta da Reforma da Previdência e pela mudança de política econômica, respectivamente. "Mudamos o 'policy mix', com juros mais baixos e câmbio mais altos, o que derrubou despesas."
Guedes acrescentou que acredita que existe uma consciência hoje no Brasil sobre a necessidade da sustentabilidade fiscal. "Mudamos o regime fiscal. Em vez de freio monetário e 'fiscal' frouxo, passamos para ajuste fiscal, com juros mais baixos e câmbio mais alto", disse. "O que pedimos agora é que o funcionalismo público faça uma contribuição", disse.
Na conferência, o ministro aproveitou para relembrar as medidas tomadas pela equipe econômica para apoiar o consumidor e também as empresas durante a atual crise. Ele avalia que a reação do Brasil foi rápida e acima da média de países avançados. Nesse contexto, Guedes comparou o Brasil aos Estados Unidos. Disse que o governo brasileiro ajudou a preservar mais de 6 milhões de empregos, enquanto os Estados Unidos registraram mais de 20 milhões de desempregados.
O ministro disse que é verdade que o Produto Interno Bruto (PIB) do País está em queda forte, mas ponderou que o governo está mantendo os "sinais vitais da economia" em funcionamento. "Os sinais são interessantes sobre a preservação de saúde e as perspectiva é de saída em "v". O Brasil está surpreendendo. A hipótese menos provável para o Brasil é a da prolongada recessão", previu.

Recuperação em etapas

Segundo Guedes, a retomada da recuperação econômica no Brasil vai acontecer em algumas etapas. A primeira delas é baseada em juros baixos e no aumento da demanda. A segunda é um "crowding in" com investimentos em grandes áreas de interesse internacional como infraestrutura.
"Em primeiro lugar, vemos recuperação cíclica com juros mais baixos, crédito crescendo a dois dígitos para consumo, famílias. A demanda agregada vai crescer com força. Em segundo lugar, será esse 'crowding in', com ingresso de investimentos nacionais e de fora [internacionais] em setores como óleo e gás, infraestrutura", disse.
Para essa onda de investimentos, Guedes afirmou que a primeira medida que precisa ser feita é a aprovação do marco do saneamento público. Ele defendeu que aprovação seja feita em meio à pandemia. "Precisamos de marcos regulatórios para novas fronteiras de investimento", disse Guedes, citando que é preciso também, com urgência, um novo marco regulatório para a área de petróleo (óleo e gás). "
Ele disse, ainda, que o governo vai aproveitar e propor privatizações se a recuperação da economia brasileira vier no segundo semestre. A ideia é, segundo Guedes, realizar quatro, cinco "grandes privatizações".
O ministro da Economia também afirmou que o Brasil é uma democracia vibrante e que vai se tornar uma economia de mercado. Após o fim da pandemia, o ministro afirmou que prevê uma reflexão internacional sobre a forma como a produção é organizada atualmente no mundo - com uma cadeia produtiva global - e que o Brasil vai poder se beneficiar disso.