terça-feira, 31 de julho de 2018

‘Estratégia do PT faz o país dançar na beira do abismo’, diz Ciro Gomes

Ciro criticou estratégia do PT de manter Lula pré-candidato © Sérgio Lima Ciro criticou estratégia do PT de manter Lula pré-candidato
O candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes disse, nesta 6ª feira (27.jul.2018), que “o PT está fazendo uma estratégia que faz o país dançar na beira do abismo”. A declaração refere-se à decisão do partido de manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pré-candidato ao Planalto mesmo enquanto está preso em Curitiba (PR).
Ciro foi entrevistado pelo jornalista Reinaldo Azevedo para o programa “O É da Coisa”, da Rádio BandNews FM. Também afirmou que uma candidatura de Lula seria uma fraude, por ir contra a Lei da Ficha Limpa.
A lei impede pessoas condenadas em 2ª Instância de se candidatarem nas eleições. Como Lula foi condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) e ainda cabe recurso da defesa aos tribunais superiores, há certa insegurança jurídica quanto à aplicação da regra no caso do petista.
O ex-ministro disse ser contra a prisão do ex-presidente e explicou a declaração dada à TV Difusora, no Maranhão. Ciro afirmou que a sua eleição como presidente é a única “chance de Lula ser solto”.
O pedetista afirmou se tratar de sua opinião, não de uma ação que faria caso seja eleito.“Eu não tenho a faculdade de soltar o Lula, mas tenho opinião. Eu acho injusta. Não se condena por conjunto indiciário, só com prova”.
O PDT e o PT disputam o apoio dos outros partidos da esquerda. O PC do B faz sua convenção nacional em 1º de agosto, quando anunciará a posição sobre as eleições. Já o PSB marcou a convenção para 5 de agosto, último dia do prazo estabelecido pele TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A convenção nacional do PT, marcada para 4 de agosto, oficializará a pré-candidatura de Lula. O Psol já oficializou a candidatura de Guilherme Boulos.
O PC do B convidou os presidentes do PT, PSB, PDT e Psol para uma reunião em Brasília com a eleição como pauta. O encontro será na sede nacional do PSB, em 1º de agosto.

Janaina fala de rompimento com Reale e sinaliza aceitar ser vice de Bolsonaro

Janaina diz que foi questionada pelo PSL sobre não ter se filiado ao PSDB. © Marcelo Camargo Janaina diz que foi questionada pelo PSL sobre não ter se filiado ao PSDB.
A advogada Janaina Paschoal sinalizou nesta 2ª feira (30.jul.2018) aceitar ser vice do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). No Twitter, ela  criticou quem diz não votar no militar por considerá-lo radical.
“Tudo bem. Vai votar em quem? Vai esperar o 2º turno e lamentar que tudo vai seguir na mesma, fazendo cara de paisagem?”, questionou.
Para ela, o cenário eleitoral “está mais ou menos desenhado”“Já é hora de avaliar quem apoiar em 1 eventual 2º turno e unir forças desde logo. As forças que se unem no início se temperam”, afirmou.
Cotada para ser vice de Bolsonaro, Janaina Paschoal já declarou seu apoio ao pré-candidato.
O assunto surgiu quando ela postava sobre seu afastamento do professor e advogado Miguel Reale durante o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
Os 2 advogados foram autores do processo de impeachment. No entanto, Jainaina afirmou ter sido pressionada por Reale, ex-tucano, e o PSDB a desistir do processo.
Segundo Janaina, não era possível desistir de 1 pedido de impeachment considerando que a denúncia “já estava recebida e já havia sido instalada a Comissão na Câmara” para discutir o processo.
“Não estou entendendo os ataques que estou sofrendo. Eu não poderia desistir de uma denúncia já recebida, inclusive com aval do STF em prol do pedido da OAB, pois eu não sabia se a denúncia feita pela OAB seria recebida! Como ter certeza? Entendem?”, disse.
Segundo Janaina, essa história não deveria ser resgatada. Ela afirma que só falou sobre o fato a Jair Bolsonaro, pois foi questionada sobre preferir se filiar ao PSL e não ao PSDB.
Eu expliquei: perdi a confiança, em razão de ter sido pedido que eu desistisse de 1 processo que eu considerava do povo brasileiro. Essa perda de confiança apenas se intensificou com os escândalos que apareceram, depois, envolvendo quadros importantes da sigla”, afirmou.
Eis os tweets de Janaina Paschoal:
Bom dia, Amados! Acho super fofo quando a pessoa diz: "eu não voto em Bolsonaro, porque ele é radical: eu não vou me aliar a ele, porque ele é radical". Tudo bem. Vai votar em quem? Vai esperar o segundo turno e lamentar que tudo vai seguir na mesma, fazendo cara de paisagem?

Desculpe pessoal, mas o cenário eleitoral está mais ou menos desenhado. Já é hora de avaliar quem apoiar em um eventual segundo turno e unir forças desde logo. As forças que se unem no início se temperam. Neste momento, os candidatos estão fechando seus programas. Pensem!
1) Amados, contra a verdade, não há argumentos. Não quero magoar ninguém, nem desmerecer ninguém. Mas é preciso dizer que o pedido para que eu desistisse do impeachment ocorreu quando a denúncia já estava recebida e já havia sido instalada a Comissão na Câmara.
2) Não estou entendendo os ataques que estou sofrendo. Eu não poderia desistir de uma denúncia já recebida, inclusive com aval do STF em prol do pedido da OAB, pois eu não sabia se a denúncia feita pela OAB seria recebida! Como ter certeza? Entendem?
3) Também não entendo por qual razão essa história foi resgatada, agora. Já, há muito tempo, esse fato foi relatado à Jornalista Julia Duailibi, da Piauí. Muitos são testemunhas de que eu sempre quis a OAB liderando o processo. Triste ler e ouvir tanta mentira.
4) Eu só relatei o fato ao dep Jair Bolsonaro e sua equipe, porque eles queriam entender por qual razão eu me filiei ao PSL e não ao PSDB. Eu expliquei: perdi a confiança, em razão de ter sido pedido que eu desistisse de um processo que eu considerava do povo brasileiro.
5) Essa perda de confiança apenas se intensificou com os escândalos que apareceram, depois, envolvendo quadros importantes da sigla.

Bolsonaro diz que as eleições deste ano estão 'sob suspeição'

© Foto: Evaristo Sá/AFP/Getty
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, colocou em dúvida, nesta segunda-feira (30), a lisura do processo eleitoral de outubro.
"As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição", disse ele, durante entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.
O argumento, segundo ele, é que o sistema eletrônico de votação é suscetível a fraudes. Ele criticou decisão do STF de anular dispositivo da lei eleitoral que previa a impressão do voto, após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
"Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas. Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições. Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia", afirmou.Questionado sobre o motivo de disputar eleições que ele acredita serem passíveis de fraude, o político afirmou que não tinha outra escolha.
"Qual outro caminho eu tenho, entregar para o PT ou para o PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira. Todos nós desconfiamos."
Durante a entrevista, ele afirmou que sente que "tem mais votos que Lula".
"Eu sou recebido de uma forma completamente diferente do que o Lula foi em suas caravanas. E isso é em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. A aceitação é enorme para com o meu nome. O que o povo está vendo em mim é confiança, é credibilidade."
Pesquisa realizada pelo Datafolha em junho mostra que o capitão reformado mantém a liderança da corrida presidencial nos cenários em que Lula está ausente, com 19% das preferências.
Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a elogiar o regime militar, negando que tenha ocorrido um golpe em 1964.
"Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta", disse o candidato, com o argumento de que o presidente derrubado, João Goulart, abandonou o país e que seu cargo foi declarado vago pelo Congresso da época.
Ao mesmo tempo, disse que a tortura, comum durante o período militar, é algo que "abomina".
Como vem fazendo, ele negou que seja homofóbico, racista e misógino.
Também disse que recebe auxílio moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio porque tem direito ao benefício. Com informações da Folhapress.