sábado, 7 de agosto de 2010

O estado do Rio precisa de um Ensino Médio forte e os comentários de Cesar Maia sobre o tema.

Vamos em Frente", sobre a alta taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 25 anos, embutida no índice de 7% medido pelo IBGE, divulgado em julho e os baixos índices de aproveitamento dos estudantes do nível médio no estado do Rio.

O texto a seguir contextualiza o comentário de Cesar Maia abordando o fraco desempenho do estado do Rio de Janeiro nas avaliações do IDEB e do ENEM 2009 e os riscos que esses baixos índices representam para a geração de empregos.

Estado do Rio precisa de Ensino Médio forte para crescer economicamente

O Ensino Médio no estado do Rio de Janeiro é o segundo pior do país, à frente apenas do Piauí. A constatação é da recente avaliação do Ministério da Educação (MEC) sobre a qualidade do ensino público no Brasil. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a rede estadual pública teve média de 2,8, a mesma alcançada em 2007 e menor que a média nacional, de 3,6. O mau desempenho foi confirmado pelos resultados do Enem 2009, divulgados em de julho.
Cesar Maia considera a situação catastrófica: "A avaliação é considerada a pior performance entre todos os estados brasileiros. Mesmo os poucos que ainda têm indicadores piores vêm melhorando e os do Estado do Rio, piorando", ressalta ele, que em suas duas últimas gestões como prefeito da capital investiu pesadamente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental " somente em 2007 a Prefeitura do Rio construiu 245 salas, num investimento de R$ 46,4 milhões. No período 2001-2008, foram 952 salas e 32 escolas a mais, o equivalente a quase uma sala de aula nova a cada dia letivo.
Diante desse quadro, uma das principais propostas de Cesar Maia, na área de Educação, é dar prioridade máxima à reestruturação e à expansão dos níveis Médio e Técnico no estado, além da descentralização da oferta de vagas no Ensino Superior, com a implantação de campus universitários em regiões carentes desse tipo de formação. "Como senador, quero estreitar a interlocução do Ministério da Educação com o governo do estado do Rio para isso", conta ele.

Inserção dos jovens no mercado de trabalho

Cesar Maia lembra que o mau resultado prejudica sobretudo a inserção dos jovens no mercado de trabalho " o qual tem hoje um grande déficit de profissionais, sobretudo em tecnologia da informação (TI) e engenharia. A defasagem pode chegar a até 30 mil trabalhadores apenas no setor de construção civil, o que aumenta o custo das obras e coloca em risco a Copa 2014, as Olimpíadas Rio 2016 e até o PAC. E isso, lembra Cesar Maia, sem mencionar grandes empreendimentos no estado que deixaram de contratar mão de obra local por falta de pessoal qualificado, indo buscar profissionais em outros estados ou mesmo no exterior. É o caso do Superporto do Açu, que está sendo construído pela empresa LLX em São João da Barra, no Norte Fluminense; e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) da Petrobrás, em Itaboraí.
Na Baixada Fluminense, a construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) - inaugurada em junho numa parceria entre a brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e a produtora de aço alemã TyssenKrupp Steel - teve até mão de obra importada da China. "A empregabilidade e o próprio desenvolvimento dependem da escolaridade, em especial do Ensino Médio e seu correspondente Técnico. Todos os dias a imprensa estampa matérias mostrando que falta mão de obra no Rio, e a razão agora é inteiramente clara na catástrofe que é a gestão estadual de educação pública de nível Médio", aponta o candidato, classificando a questão como o problema estrutural mais grave a ser enfrentado hoje, tanto quanto a segurança pública.
Cesar Maia lembrou que, desde 2000, o MEC tem alertado para esse desastre. "Ali o Rio já vivia uma situação considerada atípica, com a pior dinâmica de Ensino Médio do Brasil. A situação, nesses últimos 10 anos, só fez se agravar", lamentou.

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