terça-feira, 28 de setembro de 2010

CANDIDATO A REELEIÇÃO WAGNER MONTES

O DEPUTADO ESTADUAL E CANDIDATO A REELEIÇÃO FAZ UM BALANÇO SOBRE O SEU MANDATO AQUI NO JORNAL. VEJAM A ENTREVISTA NA INTEGRA








1) Você já está na política desde a época do ex-governador Leonel de Moura Brizola (PDT) talvez seja um dos poucos que nunca mudou de partido. O PDT sempre foi partido de oposição, hoje, misturado com partidos da situação por causa destas coligações, isto não é estranho, perde suas características?


R- Na verdade o PDT não mudou agora para situação. Quando o presidente nacional do partido Carlos Luppi aceitou ser ministro do governo Lula, automaticamente o PDT passou a ser um partido da situação com relação à esfera federal. Essa união entre o governo federal e o estado do Rio de Janeiro aproximou mais ainda o PDT com a base do governo. Houve então, democraticamente no PDT uma votação entre candidatura própria, que era representada por mim e pelo deputado Paulo Ramos com mais alguns membros do partido. Nós fomos para a eleição interna do partido, apresentamos a tendência à candidatura própria que foi derrotada por 200 votos a cinco, isso quando foi votado o indicativo do partido a marchar junto com o PMDB na coligação Juntos pelo Rio, a exemplo do que já foi feito na esfera federal. Mesmo no dia da votação eu me posicionei pela candidatura própria mesmo depois da indicação ter sido derrotada. Disse que, embora tenha perdido na candidatura própria, sou pedetista, sou do PDT, vou marchar com meu partido. Mas disse naquele dia como digo nas entrevistas que o meu partido resolveu marchar com o governo, mas não deixarei de cobrar. O governador sabe como eu sou e o povo me conhece. Serei o primeiro ou um dos primeiros a aplaudir os avanços do governo, mas também serei o primeiro a cobrar, o primeiro a escrachar todo erro que aparecer. Vou cobrar ainda mais porque agora vou ter mais munição. Se o partido marchou junto, agora tenho condição de cobrar mais ainda. E vou usar não só o trabalho na Alerj como também na televisão para dar uma dimensão muito maior às minhas cobranças.

2) Tem políticos na alerj com mais cinco mandatos (20 anos) na atual conjuntura isto não é ruim? Atrapalha aqueles que estão entrando e querem realmente fazer algo de bom?

R - Eu entrei na Alerj em 2007 e nesse tempo eu nunca tive uma única falta. Eu trabalho durante o recesso, quem quiser vir e perguntar pode vir. Eu nunca tive uma falta e durante o mês de julho eu estive aqui todos os dias trabalhando porque é para isso que o povo me paga. Quanto ao número excessivo de mandatos, acho que o povo é quem julga. É o povo que coloca as pessoas aqui dentro. Todo ano tem uma renovação de 30 a 40% da Casa. Eu acho que tem que haver uma conscientização maior da população de fiscalizar aqueles que eles votaram. De acompanhar o trabalho dos políticos. O povo tem que fiscalizar mais. E verdadeiramente a gente vê que o povo está mais politizado, está mais preocupado com o que está acontecendo.

3) Para o executivo (presidente da Republica, Governadores e Prefeitos) só podem ficar dois mandatos, não deveria ser também para o legislativo (Deputados Estaduais, Federal e Senadores)?

R - Eu acho que democracia se faz com o livre arbítrio das pessoas. O político tem que ser julgado nas urnas. Tantos e tantos políticos já tiveram expressão nacional e não estão mais com mandatos. Candidatos a deputados estaduais e federais estão há algumas eleições tentando voltar e não voltam a seus cargos. Esses estão sendo julgados pelo povo. Vou bater na mesma tecla: quem tem que dizer quem vem pra cá ou não, quem vai pro congresso ou não, é a população através da única arma que ela tem - o voto. Então, se achar que deve continuar, vota. Se achar que tem que mudar, não vote mais naquele candidato e procure outro que tenha a esperança de mudar alguma coisa. Eu sou candidato a reeleição porque trabalhei muito durante esses anos que estou aqui na Assembléia, sem nunca ter faltado, sempre procurando fazer o melhor possível de mim, tenho muito que aprender ainda e vou voltar à Assembléia com a cabeça erguida e vou poder olhar os eleitores nos olhos e dizer a verdade.

4) Você sempre tem uma grande expressão em números de votos nas eleições, pensou em ser candidato a prefeito ou governador mais o partido está sempre impedindo porque isso?

R - O que aconteceu em relação à prefeitura do Rio: eu não disse que era candidato, eu não estava preparado para ser candidato a prefeito. Um instituto de pesquisa ligou para o partido na época e pediu nomes e o meu foi enviado com mais três outros nomes. Eu nunca disse que seria candidato, nem dentro do partido. Tanto que participei da prévia do partido, mesmo tendo 19% das intenções de voto da população, mas no último dia devolvi a candidatura ao partido porque eu não era candidato a prefeito. Agora para governador aconteceu a mesma coisa. Colocaram meu nome e mais uma vez eu sai bem. No entanto eu não estava preparado para ser governador, mas defendi a tese de candidatura própria para que qualquer outro nome fosse indicado. Mas todo jogador de time grande sonha em jogar na seleção brasileira. Eu pretendo, um dia, ser prefeito, ser governador. Se for da vontade de Deus e do pessoal do meu partido, eu poderei ser candidato a prefeitura ou poderei ser candidato ao governo do estado. Mas o futuro a Deus pertence.

5) Concorda em ter um curso especifico para políticos? Porque muitos entram sem saber o que vai fazer, ai fica sendo calouro nas mãos dos antigos não é verdade?

R - Não é bem assim. As pessoas vêm pra cá e não sabem o que vão fazer: como funciona a burocracia da Casa, o que tem poderes ou não para fazer e acabam prometendo o que não vão cumprir. Por exemplo, salários dos policiais. A gente briga sempre, fala sobre a PEC 300, a favor do piso nacional, mas o deputado não pode aumentar salários. O deputado não pode fazer nenhum projeto que gere despesas para o Executivo. Isso é um poder que só foi conferido ao Executivo. Mas, ao passar dos anos, o poder Legislativo foi passando um cheque em branco para os governadores que antecederam e até para o próprio Sergio Cabral. Então o próximo governador, seja quem for, vai continuar tendo grande parte do poder em suas mãos. Ao Legislativo cabem indicações legislativas, cabe a fiscalização, cabe a crítica e cabe também a ajuda, porque oposição burra não existe. O que for bom temos que aplaudir e o que for ruim, devemos criticar.

6) Tem idéia de quantas leis de sua autoria foram aprovadas para beneficiar a população desta cidade?

R - Eu tenho idéia de algumas, que me lembro. Gostaria de citar aquelas que considero mais importantes porque mexem com a constituição estadual. A PEC (proposta de emenda constitucional) 42 que virou Emenda Constitucional 43. Antigamente, quando o servidor público civil, enquadrando assim os policiais civis, era demitido e respondia criminalmente pelo ato que causou sua demissão de qualquer órgão público do estado. Depois provavam sua inocência na Justiça e, para poder voltar para seu emprego, eles tinham que entrar na Justiça novamente. Isso nós conseguimos mudar na constituição. Ganhamos por maioria absoluta. Agora, quando absolvido na Justiça pelo fato que originou sua exclusão, volta de imediato. Conseguimos também aprovar a PEC 41, que já virou Emenda 45, com relação aos servidores militares do estado, bombeiros e policiais militares. Antigamente as corregedorias desses órgãos eram o Supremo Tribunal Federal. Eles decidiam colocar o polícia na rua e colocavam. Depois o polícia, respondendo criminalmente, ele era absolvido e precisava entrar na Justiça para voltar de onde nunca deveria ter saído, muitas vezes por perseguição ou por covardia. Mas agora não. As corregedorias vão ter que pensar muito, colher muitas provas para excluir qualquer porque sabem que existe uma emenda do Wagner Montes que os coloca para dentro assim que eles forem absolvidos. Eu não vou influenciar, vou dizer que ele é inocente. Assim vai dizer a Justiça. Transitado e julgado em último grau e a sentença sendo absolutório, o prejudicado reingressa de imediato.

7) Agradeço a sua atenção com o nosso jornal e desejo grandes sucessos em suas caminhadas, deixo aqui este espaço para se dirigir aos seus eleitores e amigos?

R - Eu quero só agradecer a vocês por essa oportunidade. Ao Neilton, a todos os funcionários, a todos os seus companheiros de trabalho. Muito obrigado por este espaço. É sempre bom ter um espaço para poder expor as nossas idéias, expor os nossos feitos. E eu vou continuar do jeito que o povo me conhece desde a época do Povo na TV, do mesmo jeitinho. Eu não mudo nada. O poder não me fascina, eu não quero poder pelo poder. Eu quero servir à população que já me deu em termos de audiência e, eu tendo uma boa audiência eu tenho um bom salário, então eu não vivo do salário do deputado, eu vivo do salário da televisão. Então eu tenho que agradecer a esse povo o muito que já me deu durante a minha vida e durante a minha carreira. E agora está na hora de colaborar. Já estou há quatro anos colaborando e quero ficar mais quatro para colaborar e, quem sabe, depois, vou governar o estado ou ter outro cargo que me permita ajudar a população do estado do Rio. Obrigado a todos de coração.

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