segunda-feira, 3 de outubro de 2011

UPPs vão ter corregedoria especial só para elasNovidade é uma das principais mudanças pretendidas pelo coronel Rogério Seabra Martins, que deverá ser confirmado hoje como comandante da CPP

Novidade é uma das principais mudanças pretendidas pelo coronel Rogério Seabra Martins, que deverá ser confirmado hoje como comandante da CPP

Rio - A mudança no comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) significará mais do que uma simples troca de nomes. A começar pelo perfil mais operacional, o novo comandante da unidade, que deve ser anunciado hoje, o coronel Rogério Seabra Martins, fará também algumas mudanças na estrutura da coordenadoria. Entre elas, a criação da figura de um corregedor próprio para as Unidades de Polícia Pacificadora, que ficará na CPP.


O coronel Rogério Seabra deve fazer também trocas de comandantes entre as unidades. O policial, que na época da implantação da UPP do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, comandava o batalhão da área, o 19º BPM, esteve ontem na favela para se inteirar da rotina das unidades.

Além do Pavão-Pavãozinho, ele visitou a UPP do Dona Marta e a do Catumbi, que abrange os morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro. Lá, no mês passado, a corregedoria da PM identificou um grupo de policiais que receberia propina de traficantes, conforme foi noticiado com exclusividade por O DIA.

Seabra foi escolhido por conciliar o perfil operacional — em seu comando, o 19º BPM foi o primeiro colocado no Sistema de Metas da Secretaria de Segurança Pública — com o de bom estrategista para o policiamento comunitário, filosofia das UPPs. Parte dessa experiência vem dos dois anos em que integrou a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guatemala, nos anos 1990, e de ter sido comandante do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), da PM. Além disso, foi relações públicas e dá aula de Comunicação na formação de oficiais.

O ex-comandante da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues, agora é o chefe do Estado-Maior Administrativo.

Festa regada a cerveja e vodca no batalhão prisional

Investigado pela execução da juíza Patrícia Acioly, o tenente Daniel Santos Benitez deu festa com cerveja e vodca no Batalhão Especial Prisional, onde recebeu a visita do tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo). Semana passada, o tenente-coronel foi preso, acusado de ser o mandante do crime. A revelação estava em escutas autorizadas pela Justiça exibidas ontem no ‘Fantástico’.

Em trecho de uma gravação, Benitez afirma a um interlocutor que “é sempre bom receber os amigos”, quando esse o avisa que o “Zero um” o visitaria, referindo-se ao tenente-coronel Cláudio. Em outro, Benitez pede que sejam levadas “seis a oito caixas de cerveja” e duas garrafas de vodca para a prisão. Numa terceira ligação, questionado pela mãe como iria sair da prisão, ele responde com deboche: “Isso (BEP) é a coisa mais fácil de sair do mundo”.

A reportagem do programa da TV Globo trouxe ainda imagens de Benitez, a pé, andando no condomínio da juíza horas antes do assassinato, além de um homem, de moto, identificado como o cabo Sérgio Costa Júnior que teria participado da execução.

Ele deu entrevista ao ‘Fantástico’ e afirmou que ficou “arrependido” do crime minutos depois de deixar o condomínio de Patrícia e confirmou visita de Cláudio ao BEP.

Mário Sérgio retirou escolta da juíza

Boletim Interno da Polícia Militar mostra que a retirada da escolta da juíza Patrícia Acioli — assassinada com 21 tiros em agosto, em Niterói — foi determinada pelo ex-comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte. No documento, de 31 de janeiro deste ano, há ainda a ressalva de que somente o comandante-geral poderia transferir os policiais novamente. De acordo com o documento, o cabo Rimel Teixeira de Siqueira foi alocado no 4º BPM (São Cristóvão), o cabo Eduardo Fernando Pascoal de Oliveira, no 12º BPM (Niterói), e o cabo Marcelo Poubel Araújo, no Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRV). Antes da decisão, eles eram lotados no 7º BPM (São Gonçalo) e faziam a escolta da juíza assassinada.

http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/10/upps_vao_ter_corregedoria_especial_so_para_elas_196490.html

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