sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Disputa na Câmara dos Deputados será pelo posto de líder da legenda

              José Guimarães enfrentará Jilmar Tatto pelo comando da bancada do PT


Enquanto no Senado a disputa pela vice-presidência da Casa entre Marta Suplicy (PT-SP) e José Pimentel (PT-CE) tensiona a bancada petista, na Câmara a disputa se dará pelo posto de líder da legenda. Se o acordo para revezamento no comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) está selado, a sucessão de Paulo Teixeira (PT-SP) ainda está em aberto.

Na CCJ, está tudo encaminhado para Ricardo Berzoini (PT-SP) suceder João Paulo Cunha (PT-SP) — o acordo foi fechado no início de 2011 e, tudo indica, será confirmado. “O acordo se manteve no partido e Berzoini será encaminhado à presidência da comissão”, diz o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP). A definição do nome escolhido para a liderança ficará entre José Guimarães (CE) e Jilmar Tatto (SP).

A queda de braço entre os dois pleiteantes à liderança acontece nos bastidores do recesso parlamentar. Dentro do partido, houve uma tentativa de acordo pela alternância entre os dois deputados no comando da bancada. Nenhum dos dois, contudo, abriu mão de ser o primeiro da fila.

A tendência, contudo, é que Guimarães passe a ocupar o posto, apoiado tanto por João Paulo Cunha quanto por Vaccarezza. “Ele tem a maioria dentro do partido, o Jilmar Tatto nunca teve espaço suficiente dentro do PT para disputar a liderança, não é um nome forte para o cargo”, desdenha outro deputado petista de alto calibre. O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), por outro lado, articula por Tatto — o deputado paulista participou das negociações pela indicação do gaúcho ao comando da Câmara no ano passado. Guimarães se limita a dizer que as negociações para sua eleição ao cargo estão “encaminhadas”. “Teremos uma reunião no próximo dia 24 para selar todos os acordos para 2012. A intenção é iniciar o ano legislativo sem discórdias”, afirma o deputado.

Jilmar Tatto pleiteia a liderança do PT na Câmara como uma espécie de prêmio de consolação por ter deixado a disputa pela candidatura à prefeitura de São Paulo e colaborado para impedir a promoção de prévias internas na legenda, o que criaria dificuldades para a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad. A desistência de Tatto e de seu colega de bancada Carlos Zarattini (PT-SP) enterraram a possibilidade das prévias e abriram caminho para a oficialização da escolha de Haddad, ungido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mercadante admite assumir a Educação

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, admitiu ontem que pode mudar de endereço na Esplanada a partir de fevereiro. O petista é cotado para assumir a Educação. “Eu prometo para vocês que, se isso acontecer, e é possível que aconteça, eu estarei aqui à disposição e nós poderemos discutir a pasta da Educação”, disse Mercadante durante o programa de rádio Bom dia, ministro. Caso a troca se confirme, o ex-senador substituirá Fernando Haddad, que deixa o posto para concorrer à prefeitura de São Paulo. A reforma ministerial de Dilma Rousseff deve ser anunciada até o fim do mês.

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