segunda-feira, 14 de maio de 2012

Maya Gabeira: “O que me encanta é o desafio das ondas grandes”

No início de maio, surfista carioca de 25 anos sagrou-se pentacampeã do XXL, o “Oscar das ondas gigantes”
O surfe é um estilo de vida pra mim", diz a big rider Maya Gabeira

Não é só a seleção brasileira de futebol que é pentacampeã do mundo: no início de maio, a surfista carioca Maya Gabeira, 25, venceu pela quinta vez o XXL, premiação do esporte dedicada às ondas gigantes, na categoria “melhor performance feminina”. Pela vitória, a atleta recebeu cerca de R$ 9,6 mil, deixando para trás outras quatro competidoras - entre elas, a paulista Silvia Nabuco, de 45 anos.

“Foi o ano mais competitivo da categoria feminina, então foi bom ganhar e ser reconhecida de novo”, disse Maya em entrevista ao iG. Filha do ex-deputado federal Fernando Gabeira, a carioca também levou o caneco do XXL para casa em 2007, 2008, 2009 e 2010.

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Maya começou a surfar aos 15 anos, no Rio de Janeiro, mas ondas gigantes vieram apenas dois anos depois. “O desafio e a sensação de uma onda enorme atrás de mim sempre me fascinou”, diz a big rider, acrescentando que é “preciso muita concentração e preparação para ir atrás das gigantes. A adrenalina e o risco são bem maiores.”

Em agosto do ano passado, a surfista passou por um susto enorme: treinando em Teahupoo, no Taiti, ela levou cinco ondas na cabeça. “O meu maior medo ali era bater a cabeça nos corais, que ficam bem rasos, e acabar apagando”, conta.


Maya começou no esporte aos 15 anos, e nunca mais parou: "Amo surfar em qualquer condição"


Para recuperar a confiança, a carioca começou a treinar apneia, técnica que ajuda a suspender a respiração. “Treinei muito para poder encarar a temporada do Havaí e da Califórnia, onde o perigo de afogamento existe em todos os lugares”, explica a atleta.

Em 2011, Maya foi eleita pela revista "Transworld Surf" a terceira surfista mais sexy do mundo. Confira abaixo vídeo com imagens em que a atleta exibe sua beleza.

Na entrevista a seguir, Maya comenta a premiação e revela alguns detalhes de sua vida pessoal, como vaidade, o que gosta de fazer nas horas vagas, e como é sua relação com o pai.



iG: Como foi ganhar o pentacampeonato de melhor surfista mulher do XXL?

Maya Gabeira: Foi o ano mais competitivo da nossa categoria feminina. Foi muito bom ganhar e ter meu trabalho novamente reconhecido.

iG: Por que você decidiu se especializar nesse tipo de onda?

Maya Gabeira: O que me encanta é o desafio da onda grande. A adrenalina e o risco a mais sempre me fascinaram. Mas eu surfo ondas normais todos os dias. Amo surfar em qualquer condição. Além disso, ondas de cinco, dez metros de altura são raras. Para manter o ritmo, tenho que estar sempre na água.

 
Em 2011, Maya levou cinco ondas na cabeça no Taiti: "Meu maior medo era bater nos corais e apagar"

i G; Qual é a sua praia favorita? E quais são as praias mais perigosas do mundo?

Maya Gabeira: A minha favorita é a de Waimea, no Havaí, onde também fica uma das praias mais perigosas que eu já surfei, Jaws. Outras praias bem perigosas são a de Mavericks, na Califórnia, e a de Teahupoo, no Taiti.

iG: No ano passado, você teve um incidente bem sério no Taiti. Como foi isso?

Maya Gabeira: Eu estava surfando e levei cinco ondas na cabeça. Fiquei com medo de bater nos corais que tem na praia e acabar desmaiando. Agora comecei a treinar apneia para recuperar minha confiança e encarar a temporada do Havaí e da Califórnia em paz.

Em 2011, Maya levou cinco ondas na cabeça no Taiti: "Meu maior medo era bater nos corais e apagar"

i G; Qual é a sua praia favorita? E quais são as praias mais perigosas do mundo?

Maya Gabeira: A minha favorita é a de Waimea, no Havaí, onde também fica uma das praias mais perigosas que eu já surfei, Jaws. Outras praias bem perigosas são a de Mavericks, na Califórnia, e a de Teahupoo, no Taiti.

iG: No ano passado, você teve um incidente bem sério no Taiti. Como foi isso?

Maya Gabeira: Eu estava surfando e levei cinco ondas na cabeça. Fiquei com medo de bater nos corais que tem na praia e acabar desmaiando. Agora comecei a treinar apneia para recuperar minha confiança e encarar a temporada do Havaí e da Califórnia em paz.

iG: Além da apneia, que você treinou bastante recentemente, como é a sua rotina de treinos?

Maya Gabeira: Durmo cedo e me alimento bem. Para treinar forte e ter uma performance alta é importante o descanso, por isso acabo não saindo muito a noite.

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iG: E o que você gosta de fazer nas horas vagas?

Maya Gabeira: Estudo bastante, faço pilates, treino, mergulho, alem de amar um cineminha e um jantar com meu namorado e amigos.

iG: Que dicas você dá para quem está começando no surfe?

Maya Gabeira: Não desistir. O surfe é um esporte super difícil e que requer dedicação, mas que vale muito a pena. E além de tudo é também um estilo de vida.

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iG: Você começou a ser profissional cedo. O que você teve de deixar de lado pela carreira?

Maya Gabeira: Acho que a parte mais difícil é morar longe da minha família e dos meus amigos. Quanto aos estudos, não tive problema. Hoje eu faço faculdade de jornalismo na Califórnia, onde eu moro.

iG: Você é vaidosa? Que cuidados especiais você tem consigo mesma?

Maya Gabeira: Sou vaidosa, mas nada muito extremo. Faço hidratação no cabeleireiro toda semana, uso cremes de rosto, cremes para o corpo e para o cabelo, além de amar usar maquiagem para sair à noite.

iG: Muita gente te conhece por ser filha do ex-deputado Fernando Gabeira. Como você lida com isso e com a trajetória dele, de militante de esquerda a político influente no país todo?

Maya Gabeira: Amo meu pai e tenho muito orgulho da história dele. Ele sempre foi meu maior incentivador no surfe. É uma pena que nós não nos vejamos muito, porque ele não pode entrar nos Estados Unidos. [em 1969, Gabeira participou do sequestro do embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, e por isso não pode ir aos EUA]

iG: E como ele lida com a sua carreira? Ele comenta alguma coisa?

Maya Gabeira: Ele sempre me apoiou, desde o início. Sempre quis que eu fizesse algo que eu amasse e fizesse com muita dedicação.


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