segunda-feira, 18 de junho de 2012

Maluf: “Não existe mais direita e esquerda”

ANFITRIÃO DE LULA E HADDAD, O EX-PREFEITO DE SÃO PAULO CELEBRA A ALIANÇA COM O PT FAZENDO UMA BLAGUE: “QUANDO SE VAI A PARIS É QUE PERGUNTAM SE ALGUÉM VAI A GAUCHE OU A DROITE”; FERNANDO HADDAD COMEMORA O FATO DE MALUF TER EMPLACADO UM ALIADO NA SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO: “SÃO PAULO NÃO TINHA NENHUM CARGO NO MINISTÉRIO DAS CIDADES; AGORA TEM”

Tudo dentro da mais absoluta normalidade. Assim Paulo Maluf, ex-prefeito de São Paulo, e Fernando Haddad, candidato à prefeitura pelo PT, celebraram a aliança que acaba de ser formalizada, sob as bençãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na mansão de Maluf, no Jardim Europa, em São Paulo. “Não existe mais direita e esquerda”, disse o ex-prefeito, ao comentar seu casamento com Haddad. “Isso só acontece quando você vai a Paris e alguém te pergunta se é para pegar ´a gauche´ou ´a droite´”, brincou Maluf.

Lula não falou com a imprensa. Entrou pela garagem e apenas cumprimentou o anfitrião. Estava acompanhado do presidente do PT, Rui Falcão, e do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho. Haddad, por sua vez, falou com a imprensa. “Nunca escondi minhas divergências com ele, mas é hora de buscar convergências”, afirmou. Segundo Haddad, Maluf não fez um único pedido relacionado a seu programa de governo.
No entanto, o ex-prefeito levou um cargo estratégico no plano federal. Seu afilhado Osvaldo Garcia se tornou Secretário Nacional de Saneamento – o que foi elogiado por Haddad. “São Paulo não tinha um único cargo no Ministério das Cidades; agora tem”, disse o candidato do PT. “Todos os programas importantes para São Paulo passam pelas Cidades e a pasta vai nos ajudar”.

Ficou, então, combinado desta forma. O PP fechou a aliança com Haddad porque o Partido dos Trabalhadores “pagou à vista”, como definiu um dirigente do partido. O PSDB, de José Serra, com quem Maluf também negociou apoio, oferecia cargos apenas em caso de vitória. Sobre a indicação de Osvaldo Garcia, Maluf se fez de desentendido. “Não conheço ele”, afirmou. “Parece que é do Paraná”.

Sobre sua rejeição na cidade, Maluf justificou: "A política é como futebol. Pode alguém não gostar de mim, mas ninguém pode dizer que Paulo Maluf não conhece todos os problemas de São Paulo", disse. Sobre o candidato petista, Maluf o descreveu como "futuro prefeito" e afirmou que "ele é o melhor candidato, pois tem a parceria do governo federal para resolver os problemas de São Paulo".

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