quinta-feira, 19 de julho de 2012

CPI pede aos EUA dados de lavagem do HSBC



SENADOR PEDRO TAQUES FAZ REQUERIMENTO OFICIAL AO SENADO AMERICANO PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE ESQUEMA QUE LAVOU BILHÕES DE DÓLARES DO NARCOTRÁFICO E DE TERRORISTAS; BANCO PODE TER LICENÇA CASSADA NOS EUA; NO BRASIL, É O MAIOR OPERADOR DE CONTAS DA DELTA; HSBC, CUJA SEDE NO PARANÁ VIVE ENFEITADA, NÃO ENTREGOU INFORMAÇÕES SOBRE A EMPREITEIRA

A situação do HSBC tem tudo para piorar. Com o escândalo de lavagem de dinheiro no EUA, desconfianças sobre a atuação do banco no Brasil se tornam cada vez maiores. Nesta quarta-feira 18, o senador Pedro Taques se envolveu no caso. O parlamentar fez um requerimento pedindo informações ao Subcomitê Permanente de Investigações do Comitê de Segurança e Assuntos Governamentais do Senado dos EUA sobre o HSBC (leia aqui reportagem do 247 sobre o escândalo de lavagem de dinheiro no HSBC dos Estados Unidos).

"Conhecendo as práticas já apontadas como irregulares no exterior, poderemos constatar se se repetem ou não na operação brasileira", acredita o senador.

A desconfiança do parlamentar sobre as atividades do banco no Brasil foi causada pela demora da instituição em dar os dados da quebra de sigilo bancário da Delta Construtora à CPI do Cachoeira. Segundo Taques, é no HSBC que a Delta recebia a maior parte dos recursos federais e fazia pagamentos a empresas de fachada.

"Estamos diante de uma grave falha da filial brasileira do HSBC em cumprir o seu dever legal de fornecer os dados bancários requisitados pela CPMI, ao mesmo tempo em que o seu conglomerado matriz é alvo de investigações exatamente pelo seu papel inadequado no que se refere às medidas de controle de lavagem de dinheiro", justifica Pedro Taques.

Durante toda a tarde desta quarta-feira 18, Brasília 247 entrou em contato com o HSBC, por meio de ligações para assessoria no Brasil e, também, para a filial mexicana do banco, que concentra a divulgação das informações. Em nenhuma das tentativas houve resposta sobre a atuação em território brasileiro. Igualmente procurados por 247, o Ministério da Fazenda e o Banco Central não quiseram se manifestar sobre o assunto.

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