quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Temer salvou Policarpo e agora é credor da Abril

PMDB EVITOU A CONVOCAÇÃO DE JORNALISTA PELA CPI DO CASO CACHOEIRA, ALEGANDO QUE HÁ APENAS UMA RELAÇÃO ENTRE A FONTE, O BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA, E O CHEFE DE VEJA EM BRASÍLIA; CACHOEIRA ENTREGOU A ELE AS IMAGENS DO HOTEL NAOUM E FOI TAMBÉM ACIONADO PARA LEVANTAR LIGAÇÕES DE UM DEPUTADO; INCONFORMADO, PT PROMETE VOLTAR À CARGA

 Embora seu único ministro no governo Dilma, Wagner Rossi, tenha sido derrubado após intenso bombardeio da revista Veja, o vice-presidente da República, Michel Temer, agora é credor da Editora Abril.

Graças a ele, foi evitada, ontem, a convocação do jornalista Policarpo Júnior. O vice-presidente, que foi procurado por empresários de mídia, como João Roberto Marinho, da Globo, e Fábio Barbosa, da Abril, orientou a bancada do PMDB a fechar e votar unida contra a convocação de Policarpo Júnior pela CPI do caso Cachoeira.

O requerimento do deputado Doutor Rosinha não foi votado porque o PT não tinha votos suficientes para aprová-lo. Leia, abaixo, o relato de bastidores feito pelo jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo:

PMDB não dá apoio ao PT

Durante mais de uma hora, na noite de segunda-feira, líderes e dirigentes do PT tentaram convencer o comando do PMDB na Câmara a apoiar requerimento de convocação na CPI do Caso Cachoeira do diretor da revista “Veja” em Brasília, Policarpo Júnior. O encontro foi realizado na casa do líder petista Jilmar Tatto (SP) e consta que o mais enfático na defesa da proposta foi o deputado Emiliano José (PT-BA). Os deputados do PMDB, a despeito da pressão, se recusaram a dar apoio à iniciativa, alegando que não há fatos que indiquem que a relação extrapolou o contato entre jornalista e fonte. Os petistas não se conformaram e avisaram que voltarão à carga.

Há duas semanas, Andressa Mendonça quase foi presa por ter ameaçado um juiz com a publicação de um dossiê na revista Veja, pelas mãos do jornalista Policarpo Júnior. No último fim de semana, Carta Capital publicou reportagem apontando que Policarpo pediu a Cachoeira que levantasse ligações do deputado Jovair Arantes (PTB/GO). A tarefa foi repassada ao araponga Idalberto Matias, o Dadá, especializado em grampos ilegais.

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