sexta-feira, 5 de outubro de 2012

De novo, a mesma manchete às vésperas da urna

Para os grandes jornais, não foi possível emplacar a tão sonhada manchete, com um CONDENADO, em letras garrafais, contra José Dirceu e o PT, mas quase. No segundo dia consecutivo, os três maiores periódicos do Brasil, Globo, Folha e Estadão, saíram com chamadas quase idênticas, às vésperas do processo eleitoral; a dúvida é: que efeito isso terá nas urnas?
 
A dois dias das eleições, uma manchete indicando que o principal ministro de Lula, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoino, teriam sido condenados pela suprema corte como corruptores ativos seria o presente de natal antecipado para todos os candidatos que, neste domingo, enfrentam opositores do PT, nas eleições municipais pelo país. José Serra, por exemplo, já disse em seu programa eleitoral, que a eventual vitória de Haddad significaria a volta de Dirceu, Genoino e Delúbio ao poder. Disse ainda que Dirceu é o “guru” de Haddad. ACM Neto, por sua fez, também fez programas associando Nelson Pelegrino, do PT, ao mensalão. E o próprio Roberto Gurgel, procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sugeriu que o eleitor não vote em nomes do partido neste domimgo
 
Portanto, a conexão entre mensalão e eleição é mais do que clara. Claríssima. E hoje, pelo segundo dia consecutivo, os três maiores jornais do País saíram com manchetes praticamente idênticas. “Revisor absolve, mas 3 já condenam Dirceu”, afirma o Globo. “Revisor absolve Dirceu, mas três já o condenam”, diz a Folha. “Três ministros condenam Dirceu; Lewandowski absolve”, completa o Estadão.
 
Tratados como “Partido da Imprensa Golpista” por petistas tidos como mais radicais, os jornalões estão, neste caso, absolutamente alinhados. Só não está claro ainda que efeito esse discurso único terá na urna, no domingo. Pesquisas recentes captaram crescimento de candidatos do PT em várias cidades médias e grandes e o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, afirmou que o efeito do julgamento na eleição será praticamente nulo. A conferir.

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