quinta-feira, 11 de julho de 2013

'As pautas da manifestação são antigas e nada foi feito', diz deputado

Ato no Centro já reúne mais de 20 mil. Protesto teve alguns focos de tumulto.
Rio - O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), que acompanha o ato de várias centrais sindicais no Centro da cidade, nesta quinta-feira, deu apoio à manifestação, que reúne mais de 20 mil pessoas até o momento. "É muito bom ver as pessoas na rua, principalmente as centrais sindicais, que estavam um pouco adormecidas pela relação com o PT. As pautas apresentadas nessa manifestação são antigas e isso mostra que nada foi resolvido até agora", pontuou Freixo.
 
Manifestação teve focos de tumulto
No começo da tarde desta quinta, um homem jogou uma pedra na vidraça dos fundos da Igreja da Candelária e saiu andando no meio da multidão. Uma pessoa que presenciou a cena, contou o caso aos PMs que estavam no local e o cercaram. Outros manifestantes tentaram impedir a ação da polícia e houve tumulto. O rapaz, ainda não identificado, acabou solto. De acordo com os ativistas, vários policiais militares estão sem identificação nas fardas.
Mais cedo, um tumulto entre o grupo Black Bloc e PMs do 5º BPM (Praça da Harmonia) terminou com um dos manifestantes levado para a 5ª DP (Mem de Sá) por estar com o rosto coberto e se recusar a se identificar. O jovem carregava uma bandeira com o símbolo do anarquismo. Cerca de 50 membros do Black Bloc estiveram no local.
 
Fabrício Oliveira, 26 anos, que está desempregado, falou sobre a ação policial. "A PM estava certa, mas foi covarde e perdeu a razão, porque o rapaz ligou pro pai e pediu que eles esperassem para que ele chegasse e fosse com eles até a delegacia, o que não aconteceu. Eu memsmo tomei uma cacetada na barriga. Não fiz nada", reclamou.
Na Avenida Presidente Vargas, uma equipe da TV Globo foi cercada por manifestantes e a polícia tambem usou gás e spray para afastá-los.
Alguns representantes dos sindicatos anunciaram várias vezes pelo alto-falante que não querem pessoas com rostos cobertos no ato. "Aqui não tem fascista, só categorias unidas", repetiram. A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), Vera Nepomuceno, condenou as ações policiais durante as diversas manifestações pela cidade.

"Infelizmente, nossa política de segurança pública criminaliza o movimento. Nos últimos episódios, vimos a PM agindo de forma bárbara. Sobre aqueles que estavam infiltrados, praticando violência, não vimos a polícia fazer nada", reclamou.
 
Nepomuceno também explicou algumas demandas do protesto. "Esse movimento é organizado pelas centrais sindicais. Nós queremos 10% do PIB para a educação. A presidenta Dilma tem que garantir a verba pública para a educação pública. A educação é contra a parceria público-privada nas escolas públicas. É importante defender que o dinheiro público, não pode ser dedicado ao pagamento de banqueiros. Queremos passe livre para nossos estudantes. Esse problema é uma das causas da evasão escolar, um absurdo", afirmou.
 
Segundo PMs do 5º BPM (Praça da Harmonia), há pelo menos 100 homens acompanhando o ato, com reforço de policiais do 3º BPM (Méier) e do Batalhão de Choque (BPChq).
A Avenida Presidente Vargas foi reaberta no sentido Praça da Bandeira. Há reflexos no Mergulhão da Praça XV. O sentido Candelária segue interditado, com desvio pela Avenida Passos. Agentes da CET-Rio orientam o tráfego.

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