Numa decisão sem precedentes na história do parlamento brasileiro, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atropelou a comissão interna da casa que se dedicava à reforma política e decidiu levar vários temas, hoje, ao plenário; eles incluem questões cruciais, como o voto obrigatório, a duração dos mandatos, o chamado "distritão", a continuidade ou não da reeleição e, claro, o sistema de financiamento privado, que Cunha pretende consagrar no País, a despeito de todos os escândalos recentes de corrupção e da decisão do Supremo Tribunal Federal, que poderia coibir as doações empresariais; postura tida como "ditatorial" revoltou partidos de esquerda, mas Cunha promete passar o trator; quem vence essa batalha decisiva?
"Trata-se de uma ofensa ao rito parlamentar e um absoluto desrespeito aos seus integrantes. Mais uma vez a vontade imperial do presidente Eduardo Cunha, seguida servilmente por aliados, sobrepõe-se aos procedimentos democráticos costumeiros", diz ele.
"O que Cunha pretende, na real, é fazer uma contra-reforma política. Cunha quer aprovar, a qualquer custo, o sistema distritão e constitucionalizar o financiamento empresarial de campanha", disse o deputado estadual Marcelo Freixo, também do Psol (leia mais aqui).
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