quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Governo aposta na estratégia de isolar Cunha agradando PMDB

As movimentações da presidente Dilma Rousseff no sentido de agradar o PMDB, partido que passará a ter pelo menos sete pastas na Esplanada dos Ministérios, tiveram efeito de isolar, em parte, as já conhecidas investidas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no sentido de causar constrangimento ao Planalto.
Nesta quarta-feira (30), Cunha decidiu ocupar fisicamente o Plenário da Câmara dos Deputados com uma infindável sessão. O objetivo era impedir a realização da sessão do Congresso, marcada há uma semana, destinada a apreciar o restante dos vetos presidenciais.
Pela manhã, Cunha avisou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é presidente do Congresso e responsável pela convocação das sessões, sobre a sessão da Câmara. Cunha avisou: “Vai demorar”.
O presidente da Câmara ainda exigiu que Renan coloque em votação no Senado a proposta que permite o financiamento de campanhas por empresas privadas, ainda nesta semana
Renan não embarcou. Por enquanto, Renan tem dados sinais de que não se pautará pela vontade do colega.
O governo ainda considera vitória da articulação política ter atraído o líder do PMDB, Leonardo Picciani, aliado de primeira hora de Cunha.
O PMDB, que já possui cinco pastas no governo, passará a ter sete ministérios, mantendo as que já existem e ampliando seu domínio sobre a pasta da Saúde e, provavelmente, Cultura.

O nome mais indicado para a Saúde nesta semana passou a ser o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) antigo aliado de Cunha, mas que chegou a ter divergências com o presidente da Câmara por ocasião da votação da reforma política.

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