domingo, 30 de junho de 2019

General Augusto Heleno sobe no carro de som e defende Moro

General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), discursa para apoiadores de Jair Bolsonaro durante protesto em Brasília (DF) - 30/06/2019© Twitter/Reprodução General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), discursa para apoiadores de Jair Bolsonaro durante protesto em Brasília (DF) - 30/06/2019
O ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), discursou neste domingo, 30, em Brasília, que estão colocando Sergio Moro, ministro da Justiça, contra a parede com o objetivo de libertar “um bando de canalhas” da prisão.
O general subiu em um carro de som, onde também estava o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e fez um discurso acalorado no ato de apoio ao ex-juiz da Lava Jato, e afirmou ainda ser uma “calhordice” querer transformar o colega de herói nacional para acusado.
“O ministro Moro teve a coragem de abandonar 22 anos de magistratura para se entregar à pátria sem ganhar nada. E esse homem está sendo colocado na parede para tirarem da cadeia um bando de canalhas que afundaram o país”, disse, bastante festejado pelo público presente.
O ato deste domingo foi convocado após virem à tona conversas atribuídas a Moro e integrantes da Lava Jato que reforçam as suspeitas de que o ex-juiz agiu com parcialidade no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Acho que é uma calhordice quererem colocar o ministro Sergio Moro na situação de julgado ao invés de ser juiz. Estão querendo inverter os papéis e transformar um herói nacional num acusado”, falou Heleno aos manifestantes.
Eduardo Bolsonaro complementou: “Alguém aí gosta de bandido, alguém aqui é amigo de bandido? (…) Jair Bolsonaro já falou, Sergio Moro não sai. Nosso total apoio ao ministro Sergio Moro”, discursou um dos filhos do presidente da República.
Na semana passada a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 3 votos contra 2 negar o pedido de soltura de Lula, preso desde abril de 2018, mas adiou a discussão sobre a suspeição de Moro para depois do recesso de julho.

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