Em seu adeus à Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge anunciou nesta terça, 17, que protocolou uma denúncia envolvendo o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), além de ter aberto um novo inquérito referente ao caso, ocorrido em março de 2018.
Segundo a chefe da PGR, foi averiguado um esforço nas investigações em âmbito estadual 'passassem longe dos reais autores do crime'. Um dos denunciados é Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio.
"O modo como foi engendrado depoimentos que conduziram a Polícia Civil a um certo tempo, a indicar que os autores eram pessoas que não tinham participado da atuação. O inquérito inicial apontou para receptores que não eram os verdadeiros. Estou pedindo o deslocamento de competência para que haja uma investigação para se chegar aos mandantes", diz.
Segundo Raquel Dodge, Domingos Brazão valeu-se do cargo e da estrutura do gabinete no TCE-RJ, acionou um dos servidores - um agente da PF aposentado - que exercia cargo no gabinete para engendrar simulação para conseguir desvirtuar a investigação, com ajuda do delegado da Polícia Federal Helio Khristian.
Raquel também pediu a federalização da investigação sobre os mandantes do duplo homicídio.
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"Há inércia e dificuldade de investigar e identificar os mandantes, elucidando esta parte da trama criminosa", justificou.
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