quinta-feira, 19 de maio de 2011

Alckmin diz que conversou com Serra sobre instituto tucano

Governador de SP articula para que correligionário assuma o comando do Instituto Teotônio Vilela

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, (PSDB), disse hoje que conversou ontem com o ex-governador José Serra e que, no encontro, um dos temas tratados foi a indicação do tucano para a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV). "Nós não fizemos uma reunião específica sobre isso", disse, em referência à indicação ao órgão do PSDB.


"Mas conversamos sobre isso", reconheceu, após participar, no Palácio dos Bandeirantes, de evento de entrega de prêmios do Programa Nota Fiscal Paulista. O governador, que tem encampado nos bastidores o nome do seu antecessor para o posto, saiu em defesa do correligionário. "Eu acho o Serra um ótimo nome, preparadíssimo. Ele pode dar uma boa contribuição ao partido no Instituto Teotônio Vilela", elogiou.

A disputa pelo comando da entidade tucana criou nos últimos dias um novo impasse no PSDB, que já enfrenta uma rixa em torno da composição da executiva nacional. A bancada do PSDB no Senado Federal convidou formalmente o ex-senador Tasso Jereissati para dirigir o ITV, o que não agradou a aliados do ex-governador José Serra, que, desde a derrota do tucano nas eleições presidenciais de 2010, têm defendido a sua indicação.
No encontro que tiveram ontem, o governador de São Paulo teria sondado o correligionário sobre a indicação ao posto. Às vésperas da Convenção Nacional do PSDB, marcada para o dia 28 de maio, Alckmin tem agido pessoalmente para que a legenda chegue a um consenso sobre a formação do novo comando da sigla. "O que nós vamos fazer é ajudar, ajudar para unir o partido, para todos estarem representados", disse.
Além do nome de Serra, Alckmin tem apoiado nas últimas semanas a indicação do ex-governador Alberto Goldman para a secretaria-geral do PSDB. O cargo também tem sido alvo de disputa dentro da legenda. Os aliados do ex-governador José Serra têm defendido o nome de Goldman, como forma de equilibrar as forças na instância partidária.
A avaliação deles é de que o atual presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, que deverá ser reconduzido ao cargo, seria mais próximo de tucanos ligados ao senador Aécio Neves (MG). Outro nome cotado para o posto é o do atual secretário-geral, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), que teria o aval de Aécio Neves.



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