sexta-feira, 4 de novembro de 2011

G20 deve dar dinheiro extra ao FMI para enfrentar crises globais

O presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, antecipou nesta sexta-feira (4) que os países do G20 vão aceitar conceder recursos adicionais para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso deve aparecer na declaração final da cúpula do G20, que termina hoje em Cannes, na França.

O Brasil se dispôs a participar do aumento de recursos no FMI, mas o G20 não discutiu a quantia necessária para o financiamento, afirmou a presidente Dilma Rousseff.

Segundo Dilma, os países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) concordam que qualquer ajuda à Europa deve ser feita por meio do fundo internacional.

Os ministros das Finanças do G20 devem investigar maneiras de elevar a quantia de capital disponível no FMI, segundo Van Rompuy, que preside as reuniões dos líderes europeus.

O QUE É E QUEM FAZ PARTE DO G20

O G20 foi criado em 1999, após crises financeiras na Ásia, na Rússia e na América Latina. Reúne os países ricos do G7 -EUA, Japão e Alemanha, entre eles- mas também países emergentes, como Brasil, China e Índia

África do Sul Alemanha Arábia Saudita Argentina

Austrália Brasil Canadá China

Coreia EUA França Índia

Indonésia Itália Japão México

Reino Unido Rússia Turquia U. Europeia

O aumento dos recursos permitirá à instituição financeira dispor de meios para enfrentar crises como a atual.

Durante entrevista coletiva nos momentos finais da cúpula do G20, Van Rompuy disse esperar que um acordo para aumentar os recursos disponíveis ao FMI seja fechado "nos próximos minutos".

"Nós (líderes da zona do euro) queríamos mais capacidade de financiamento, mais recursos, disponíveis para o Fundo Monetário Internacional", disse Van Rompuy.

"Temos opções diferentes e eu as mencionei em minha introdução. Nós pedimos no G20 que os ministros das Finanças do G20 trabalhem no estabelecimento daquelas três opções", disse ele.

"Uma das opções é estabelecer o que podemos chamar de um tipo de fundo fiduciário, aprimorando os recursos do FMI. Portanto, isso não é destinado apenas para a zona do euro, é destinado para a comunidade global", afirmou.

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FMI fará relatórios trimestrais sobre Itália

Mais cedo, a chanceler alemã, Angela Merkel, confirmou que o FMI vai ajudar a monitorar se a Itália está implementando as reformas econômicas definidas junto à União Europeia. Segundo Merkel, o FMI fará relatórios trimestrais sobre o desempenho do país.

Foi a própria Itália quem pediu a participação do FMI, disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

"A Itália decidiu por conta própria, por sua própria iniciativa, pedir para o FMI monitorar a implementação dos compromissos. Eu vejo isso como evidência de quão importante é o processo de reforma para o país e para a zona do euro como um todo", disse Barroso.

A Comissão Europeia, que é o braço executivo da União Europeia, também avaliará a situação na Itália em conjunto com o FMI.

Ministro grego confirma à Europa que referendo foi cancelado

Também nesta sexta-feira (4), a Grécia voltou atrás em seus planos de realizar um controverso referendo sobre a participação do país na zona do euro, disse o Ministério das Finanças. A decisão foi comunicada oficialmente aos interlocutores europeus.

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, fez a promessa em telefonemas ao presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, ao chefe de Assuntos Econômicos e Monetários da Comissão Eruropeia, Olli Rehn, e ao ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, informou o ministério em um comunicado.

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