quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Curso de inseminação artificial a produtores de Quissamã

A Prefeitura de Quissamã realiza um curso de inseminação artificial destinado aos pequenos produtores do município, viabilizando o programa de melhoramento genético dos rebanhos locais. Este é o segundo curso dos últimos dois anos (a primeira edição foi em 2011) e, de acordo com o veterinário da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Estevão Queirós, o objetivo é formar produtores que possam auxiliar no processo de inseminação artificial em todo município. As aulas acontecerão até esta sexta-feira (14), sendo teórica (no Centro de Convivência, do Parque de Exposições) e prática (em uma fazenda na localidade de Capivari).
Segundo Estevão, em 2011 foram formados 10 inseminadores e este ano serão formados mais 14. “Na verdade, são pequenos produtores que fazem o curso com o comprometimento de auxiliar os vizinhos, aumentando o processo de inseminação no município e, consequentemente, expandido o programa de melhoramento genético”, disse. O veterinário informou, ainda, que a Prefeitura disponibiliza botijões com nitrogênio líquido onde são conservados sêmens de animais. Cada botijão, que atende a comunidades distintas, fica no mesmo local dos resfriadores de leite do município.
A inseminação artificial melhora a qualidade dos animais, aumentando a produção leiteira e, consequentemente, a lucratividade dos produtores rurais. De acordo com o instrutor técnico do curso, Guilherme Priant Palhavã, representante de uma central de venda de sêmen de São Paulo, dentro de um botijão podem caber cerca de 1.200 sêmens de várias raças de animais. “No curso, os produtores são treinados no manejo do botijão e no descongelamento adequado do sêmen”, disse.
Com seis animais que produzem leite, o produtor rural José Roberto de Aguiar Andrade, de Vista Alegre, disse que atualmente tem uma produção de 60 litros de leite por dia. “Como a Prefeitura fornece sêmen de qualidade, também tenho duas novilhas e um bezerro que nasceram por inseminação artificial. A partir do momento em que houver a primeira cria, a produção deve chegar a 25 litros/dia e a segunda será ainda maior, de 45 litros/dia”, calculou, falando do aumento da sua produção.
Já o produtor Joventino Francisco de Souza, que já inseminou cerca de 50% de sua produção de 23 animais, calculou que deverá ter uma produção de 260 litros/dia. Produtor de Machadinha garantiu que está fazendo o curso para uso próprio, além de ter a possibilidade de auxiliar os pequenos produtores vizinhos.
Entre as vantagens da inseminação artificial, o instrutor Guilherme destacou a democratização do melhoramento genético; o baixo custo por concepção em relação à reprodução natural; melhoramento genético e produtivo; redução da dificuldade de partos; cruzamento entre raças; e padronização do rebanho.

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