A Prefeitura de Quissamã realiza um curso de inseminação artificial
destinado aos pequenos produtores do município, viabilizando o programa de
melhoramento genético dos rebanhos locais. Este é o segundo curso dos últimos
dois anos (a primeira edição foi em 2011) e, de acordo com o veterinário da
Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Estevão Queirós, o objetivo é formar
produtores que possam auxiliar no processo de inseminação artificial em todo
município. As aulas acontecerão até esta sexta-feira (14), sendo teórica (no
Centro de Convivência, do Parque de Exposições) e prática (em uma fazenda na
localidade de Capivari).
Segundo
Estevão, em 2011 foram formados 10 inseminadores e este ano serão formados mais
14. “Na verdade, são pequenos produtores que fazem o curso com o comprometimento
de auxiliar os vizinhos, aumentando o processo de inseminação no município e,
consequentemente, expandido o programa de melhoramento genético”, disse. O
veterinário informou, ainda, que a Prefeitura disponibiliza botijões com
nitrogênio líquido onde são conservados sêmens de animais. Cada botijão, que
atende a comunidades distintas, fica no mesmo local dos resfriadores de leite do
município.
A
inseminação artificial melhora a qualidade dos animais, aumentando a produção
leiteira e, consequentemente, a lucratividade dos produtores rurais. De acordo
com o instrutor técnico do curso, Guilherme Priant Palhavã, representante de uma
central de venda de sêmen de São Paulo, dentro de um botijão podem caber cerca
de 1.200 sêmens de várias raças de animais. “No curso, os produtores são
treinados no manejo do botijão e no descongelamento adequado do sêmen”,
disse.
Com seis
animais que produzem leite, o produtor rural José Roberto de Aguiar Andrade, de
Vista Alegre, disse que atualmente tem uma produção de 60 litros de leite por
dia. “Como a Prefeitura fornece sêmen de qualidade, também tenho duas novilhas e
um bezerro que nasceram por inseminação artificial. A partir do momento em que
houver a primeira cria, a produção deve chegar a 25 litros/dia e a segunda será
ainda maior, de 45 litros/dia”, calculou, falando do aumento da sua
produção.
Já
o produtor Joventino Francisco de Souza, que já inseminou cerca de 50% de sua
produção de 23 animais, calculou que deverá ter uma produção de 260 litros/dia.
Produtor de Machadinha garantiu que está fazendo o curso para uso próprio, além
de ter a possibilidade de auxiliar os pequenos produtores vizinhos.
Entre as
vantagens da inseminação artificial, o instrutor Guilherme destacou a
democratização do melhoramento genético; o baixo custo por concepção em relação
à reprodução natural; melhoramento genético e produtivo; redução da dificuldade
de partos; cruzamento entre raças; e padronização do rebanho.
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