quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Bornier ao 247: “Nova Iguaçu foi saqueada”

Novo prefeito denuncia rombo de R$ 1 bilhão nas contas públicas do maior município da Baixada Fluminense; Nelson Bornier fechou a sede da Prefeitura e despacha de seu escritório particular; "Não posso dar continuidade a isso. Não obtive nenhuma informação na fase de transição", justificou; ex-prefeita Sheila Gama, que foi vice e sucedeu senador Lindberg Farias, apontada como responsável pelo rombo; auditoria privada será feita.
 
Marco Damiani _247 – O novo prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, tem um bilhão de motivos para estar irritado com sua antecessora Sheila Gama. É de R$ 1 bilhão o rombo estimado por Bornier nas contas públicas do município, aberto nas duas últimas gestões. Sheila foi vice e sucedeu, na administração de Nova Iguaçu, o atual senador Lindberg Farias (PT).
 
Sob a alegação do caos financeiro, que impediria a prestação de serviços públicos, o novo prefeito fechou a sede da Prefeitura da cidade e está trabalhando em seu escritório particular. "Não posso dar continuidade a isso, fazer que nada de grave aconteceu", disse ele ao 247. "Praticamente não houve período de transição, nem eu nem minha equipe recebemos quaisquer informações relevantes. É só a partir de agora que estamos descobrindo o que foi feito". Bornier estuda medidas judiciais em relação a Sheila, mulher do vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, ex-deputado Aluizio Gama, e vai contratar uma auditoria privada para apurar detidamente o rombo financeiro.
 
"Fechar a Prefeitura não se trata de nenhum protesto", disse Bornier ao 247. "É que simplesmente não há condição de atender minimante a população neste momento.Houve um saqueamento". O prefeito acredita que dentro de dez dias terá uma quadro geral sobre o que aconteceu nas gestões anteriores.
"Já sabemos que a Codene (Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu) deve 10 milhões de reais. A Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza Urbana) deve quase R$ 25 milhões. É um descalabro".
 
A situação do Hospital da Posse, o principal da Baixada, é especialmente difícil – e desperta muitas críticas de Bornier. "Há dois anos o Hospital da Posse não faz uma licitação para compra de equipamentos, alimentos e até lençóis", contou ele.
 
247 fez contato com a ex-prefeita Sheila Gama para ouvir suas versões sobre a crise financeira em Nova Iguaçu.

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