Ex-prefeita prefere o silêncio depois de denúncia de rombo de R$ 1 bilhão; ela mudou-se da cidade em novembro; novo prefeito Nelson Bornier fechou prédio da Prefeitura e passou a despachar de seu escritório particular; "não tive nenhuma informação na fase de transição. Não posso continuar com isso"; dívida apenas no Hospital da Posse chega a R$ 200 milhões; R$ 25 milhões na Emlurb e R$ 10 milhões na Codeni; vice-presidente do TCE, o marido de Sheila, Aluizio Gama, já é alvo de investigação do Ministério Público Federal.
Juliane Sacerdote_Brasília 247 - Estranho, muito estranho. Procurada pela reportagem do Brasil 247, a ex-prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama, não foi encontrada para comentar a denúncia feita pelo novo prefeito Nelson Bornier. Segundo ele, os cofres da cidade foram "saqueados", e que, por isso, "não há condições" de despachar na prefeitura. "Não posso conciliar com esta situação, não sei o que está acontecendo". Entenda o caso.
Diante do cenário, o prefeito empossado resolveu lacrar o prédio da Prefeitura e trabalhar de seu escritório particular. "Não é nenhum protesto. É que simplesmente não há condição de atender minimante a população neste momento. Houve um saqueamento", afirmou à reportagem. O rombo, de acordo com o Bornier, seria de R$ 1 bilhão.
A ex-prefeita deixou Nova Iguaçu no mês de novembro, mudando-se do apartamento que ocupava próximo ao centro da cidade. 247 chegou a falar com a ex chefe de gabinete dela, mas a funcionária, identificada como Sandra Gusmão, passou um número de celular inexistente e não atendeu mais a nenhuma ligação da reportagem. A gestão da prefeita Sheila Gama foi marcada pelas falhas na comunicação e pelo jeito agressivo de lidar com jornalistas.
O marido de Sheila Gama, Aluisio Gama, é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Ele jáb é alvo de investigação do Ministério Público Federal por ter participado de um esquema de contratação irregular de servidores comissionados em prefeituras fluminenses. Segundo o MPF, Aluisio Gama cometeu falsidade ideológica, peculato, prevaricação e corrupção ativa.
O pedido de abertura de ação penal já chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o pedido de vista do ministro Gilson Dipp suspendeu o julgamento em agosto do ano passado. Até agora, seis dos 11 ministros rejeitaram o pedido do MPF. Ainda falta o voto de cinco ministros, mas não existe data para a retomada da sessão no STJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário