terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dilma avisa: com Garotinho, não dá

Caso o deputado carioca vença a disputa interna do PR e vire líder da bancada na Câmara, partido pode começar a dar adeus à base aliada do governo; aliados avisam a presidente que ele pode criar problemas ao invés de defender o Planalto em caso de crise.
 
O PR pode começar a dar adeus à base aliada do governo de Dilma Rousseff caso eleja o deputado Anthony Garotinho (RJ) como líder da bancada na Câmara. Aliados de Dilma já vêm avisando a presidente nos bastidores que se ela tiver Garotinho como líder, o governo terá dificuldades em conviver com a sigla.
 
De acordo com a nota "Pressão total", publicada pela coluna de Ilimar Franco, do jornal O Globo, o Planalto acha que o deputado está sempre no foco de conflitos, além de ser um crítico frequente do governo e do ex-presidente Lula. A escolha do ex-governador do Rio de Janeiro certamente enfraqueceria, portanto, o apoio da legenda à reeleição da presidente em 2014.
 
Episódio recente que deixou o governo de cabelos em pé foi a denúncia do deputado de que a ex-secretária da Presidência em São Paulo e foco da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, Rosemary Noronha, teria entrado com 25 milhões de euros em Portugual. Ao 247, o deputado confirmou na época que a denúncia vinha de uma fonte da PF e insistiu que havia diálogos entre Rosemary e Lula. Garotinho pediu esclarecimentos sobre o caso à Polícia Federal.
 
A conclusão do governo é de que, apesar de o PR fazer parte da base aliada, pode começar a criar problemas ao invés de proteger o Planalto numa situação de crise, como lembra a nota de Ilimar Franco. Recentemente, Garotinho declarou que tem o apoio de 26 dos 35 deputados do partido e que caso não se torne líder, irá entender a situação como "interferência externa na vontade da bancada".

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