quarta-feira, 5 de maio de 2010

Os países onde o luxo é barato

Dormir com várias pessoas em um quarto ou usar um banheiro coletivo costumam ser sacrifícios feitos para se viajar ao exterior gastando pouco. Mas, se a vida de mochileiro não lhe atrai nem um pouco, espere antes de guardar seu passaporte na gaveta. A desvalorização cambial fez alguns destinos se tornarem baratos para se hospedar, comer e passear. Afinal, quem disse que a crise econômica só tem aspectos negativos?


                               A Tailândia é um dos países asiáticos mais econômicos para os viajantes

Selecionamos aqui 12 países onde é possível viajar sem passar apertos. O segredo é fugir dos destinos tradicionais e mergulhar em lugares pouco visitados pelos brasileiros, mas com muito a oferecer. Há lugares na Europa, Ásia, América Latina, África e Oriente Médio.

                                      Acredite: é possível visitar o Egito sem gastar uma fortuna

Se você não acredita confira os hotéis de quatro estrelas por menos US$ 20 na Tailândia, mergulhos baratos em Honduras e muito mais.

                                                            Países baratos nas Américas
Quer opções econômicas na América? Invista nas belezas da Guatemala, da Bolívia e de Honduras. É possível gastar menos de US$ 20 por dia


                                          Guatemala

                                                   Traços da cultura maia nas ruas da Guatemala

Apesar de ser um destino turístico pouco conhecido para os brasileiros, o maior país da América Central é cativante. Curtas distâncias levam você aos mais diferentes lugares como as ruínas maias, os vulcões, os lagos e as praias de areias preta. Um dos destinos mais procurados pelos turistas é a cidade de Antigua, localizada entre três vulcões, com grandes casarões coloniais.

Outro belo destino é Tikal, que possuí ruínas com mais de 3 mil anos de idade, onde são realizados rituais até hoje. O melhor de tudo isso, são os preços. Viagens de ônibus custam cerca de US$ 1 por hora. Produtos artesanais indígenas podem ser barganhados no Chichicastenango, o maior e mais antigo mercado da América Central.

Quanto custa: Mesmo sem disciplina, realizando todos os passeios turísticos, dá para gastar cerca de US$ 40 e 50 por dia. No entanto, com algum controle, os gastos caem pela metade.

Onde ficar: Há quartos por menos de US$ 10 por pessoa, mas se quiser opções mais confortáveis, o belo hotel Lo de Bernal, em Antiqua, tem suíte com cama king size, internet wi-fi e tv de plasma por cerca de US$60. Em Tikal, uma sugestão é o Hotel Del Patio, com piscina e academia, por US$ 59 o quarto.

Onde comer: Mercados vendem frutas e salgadinhos por centavos. As refeições custam entre US$ 3 e 4 em restaurantes locais. Em restaurantes turísticos, como o Bistro Cinq, em Antiqua, os pratos custam entre U$$ 5 e 20.

                                          Bolívia
                                         O deserto do Atacama é uma das belezas bolivianas

O país mais pobre da América do Sul é também o mais rico em recursos naturais. Mesmo sem praias, não faltam belezas naturais por lá. Tem o Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, o Lago Titicaca, maior e mais alto lago navegável, entre tantas outras belezas.

O preço para se viajar é um pouco mais baixo que o dos países vizinhos, graças à moeda desvalorizada. Um real compra quase 4 bolivianos, o dinheiro local. Os maiores gastos por lá ficarão por conta do transporte, já que as distâncias entre as cidades são grandes. Para se ter uma ideia, um passeio de três dias em 4x4 para o Salar de Uyuni, com direito a hospedagem e alimentação, custa entre US$ 65 a 70 por pessoa.

Quanto sai: Os viajantes muito econômicos gastam apenas US$15 por dia, no entanto, a maioria costuma gastar entre US$ 25 e 50.

Onde ficar: O confortável Hotel Rosario, de três estrelas, na capital La Paz tem suítes a partir de US$36. Bem localizado, o Hotel LP Columbus tem diária a partir de US$30.

Onde comer: No país você encontra facilmente folhas de coca para mascar ou para fazer chá por alguns trocados. O restaurante La Bella Vista, no topo do hotel Presidente, oferece uma impressionante vista em 360º da cidade de La Paz. Os pratos principais do cardápio ficam em torno de US$6 e US$15.


                                          Honduras

                                          Mergulhar em Honduras é uma experiência inesquecível

Se você está procurando um lugar para mergulhar sem ter que se afundar em divídas, o país é uma boa pedida. As Islas de la Bahía de Honduras – Roatán, Utila e Guanaja – têm um dos melhores pontos de mergulho do mundo, com suas águas azul turquesa, corais e peixes multicoloridos. Além disso, é um dos poucos lugares em que é possível nadar e interagir com golfinhos. Vale a pena visitar também o Parque Nacional Jeannette Kawas, com suas praias de areia branca e floresta com macacos, e a cidade maia de Copán.

Com acomodações e refeições baratas, a maior parte do seu orçamento de viagem será gasto com mergulho. Ainda sim, vale a pena fazer um curso de iniciante (Open Waters), com direito a bons mergulhos, por US$200.

Quanto sai: Os gastos giram em torno de US$ 20 a 40 por dia.

Onde ficar: Há hotéis de todos os preços na ilha de Roatán, um dos destinos mais procurados. A simples e charmosa Posada Arco-Íris oferece aos hóspedes espreguiçadeiras na praia e caiques. A suíte custa a partir de US$ 36 na baixa temporada. Já o resort Lands Ends tem vista para o mar e diárias a partir de US$57.

Onde comer: Os melhores restaurantes, e muitas vezes mais caros, ficam em Roatán. Preços mais acessíveis podem ser encontrados em Utila. O restaurante Bite on the Beach, localizado em West Bay (Roatán), tem preços entre US$5-15, com direito a show no jantar.

Para economizar no "velho continente", fuja dos países que adotaram o euro e embarque para a Turquia, a Croácia e a Polônia


                                                             Turquia

                                           Pechinchar é palavra de ordem nos mercados gregos

Apesar do custo de vida ter subido bastante nos últimos anos, a Turquia ainda pode ser explorada sem grandes gastos. Istambul é a principal porta de entrada dos turistas que chegam ao país. Dividida pelo Estreito de Bósforo, a antiga capital dos impérios romano e bizantino tem um pé na Europa e outro na Ásia. E, nesta confusão de cultura ocidental e oriental, não faltam pechinchas para serem encontradas.

Nas milhares de lojinhas do Grande Bazar e Bazar Egípcio dá para barganhar as quinquilharias que os turistas tanto gostam e comer um kebab por menos de US$ 1. Uma dica é pegar o ferry boat que sai diariamente do píer de Kabatas, custa menos de US$2 e leva até as Ilhas dos Príncipes. A viagem gostosa e barata pelo Bósforo passa por alguns dos principais monumentos de Istambul.

Quem estiver procurando cidades com custos menores, vale a pena ir para Capadócia, com suas impressionantes casas construídas dentro da rocha, ou Pamukkale, famosa por suas águas termais.

Quanto precisa: O visitante deve gastar de US$ 55 a 90 por dia, se optar por ficar em hotéis de três estrelas, comer em restaurantes e viajar pelo país de ônibus, trem e alguma companhia aérea low-cost.

Onde ficar: Os maiores gastos da viagem ficam por conta dos hotéis. Em Istambul, o Poem Hotel tem terraço com vista para o Estreito de Bósforo, com suítes por US$ 75. O hotel Uyan está localizado em um edifício de 75 anos e tem quartos a partir de US$ 60.

Onde comer: O restaurante mais badalado da capital é o 360 Istambul, localizado no topo de um edifício comercial, com uma vista que justifica o nome. Os pratos principais vão de US$17 a US$30.


                                                                  Croácia

                                       Zagreb, a capital, começa a atrair a atenção dos turistas
Ainda fora da zona do Euro, a Croácia aparece como opção econômica para fugir dos preços elevados da Europa Ocidental. O país novinho foi reconhecido como nação somente em 1991, quando se tornou independente da Iugoslávia. Desconhecido dos brasileiros, caiu no gosto dos europeus há alguns verões. Afinal, nada mais tentador do que nadar nas águas azuis do Adriático, com 1185 ilhas em seu litoral, sem gastar como em Ibiza e na riviera francesa.

A cidade que mais recebe turista é Dubrovnik, com suas muralhas e fortificações, cafés e restaurantes à beira-mar. Mais no interior, a capital Zagreb começa a despertar para o turismo com sua vida cultural agitada. Para conseguir preços melhores, o ideal é fugir da alta temporada de verão.

Quanto precisa: Espere gastar cerca de US$75 por dia para ficar em um quarto privativo, comer em restaurantes moderados e viajar ao longo da costa. Calcule o dobro deste valor para se hospedar e comer em lugares mais sofisticados.

Onde ficar: Em Dubranovik , o resort quatro estrelas Neptun Hotel Dubranovik tem quartos com vista panorâmica para o mar a partir de US$ 90. Uma opção mais barata é o Hotel Kompas, com suítes por US$60.

Onde comer: Em restaurantes moderados, espere gastar de US$ 7 a US$ 10 em uma entrada e de US$ 15 a US$ 22 em um prato principal com carne ou peixe. Uma boa pedida em Zagreb é a pizzaria Karijola, com pizzas entre US$ 5 e US$ 10.


                                                                 Polônia

                                  Monumentos e construções históricas atraem os turistas a Varsóvia

Os países da Europa Oriental há anos deixaram de ser baratos para se viajar como na época da Guerra Fria. A Polônia, no entanto, continua relativamente econômica para o turista que deseja gastar com moderação ou se afastar dos grandes centros urbanos. Isto graças à moeda desvalorizada: enquanto um euro vale R$ 2,43, um zloty é igual a R$ 0,63.

Cracóvia, a segunda maior cidade, é de longe o destino turístico número um do país. Isso significa ótimos restaurantes e hotéis, vida noturna agitada e opções culturais de primeira qualidade. Ao contrário da capital Varsóvia, seus monumentos e construções medievais sobreviveram aos bombardeios da Segunda Guerra.

Durante sua estada, vale a pena conhecer o antigo campo de concentração nazista Auschwitz-Birkenau, a uma hora e meia de Cracóvia. A entrada é gratuita. Dá para ir de ônibus público (US$ 3) ou trem. Tours, no entanto, podem custar mais de US$ 35.

Quanto precisa: É possível viajar gastando entre US$ 30 e 40 por dia.

Onde ficar: Há desde acomodações caras, com preços semelhantes aos da Europa Ocidental, até hospedagens mais baratas. Em Cracóvia, o Farmona Business & SPA tem diárias por US$10, o quarto. O Tournet possui suítes por US$ 65, com café da manhã incluso.

Onde comer: Um jantar nos melhores restaurantes da Polônia custa entre US$ 15 e US$ 35. Já uma pizza pode ser consumida por cerca de US$ 7 a US$8. Em Varsóvia, o restaurante Cwaniak Warszawski serve pratos tradicionais fartos com valores entre US$ 8 e 16.

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