quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cabral não diz se prefere Serra ou Dilma para retomar royalties


Rio - O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, candidato à reeleição pelo PMDB subiu no muro ao ser questionado, durante encontro com artistas na madrugada de terça para quarta-feira, se a eventual eleição de José Serra (PSDB) à presidência não tornaria sua vida mais fácil em um segundo mandato, uma vez que o tucano já se manifestou contrário às emendas constitucionais dividindo royalties do petróleo entre as unidades da Federação, reduzindo o ganho dos estados produtores.

Aliado de Dilma Rousseff (PT), o governador respondeu à pergunta, dizendo que não sabia, segundo um dos participantes do encontro, no apartamento do artista plástico Vik Muniz, de frente para a Praia de Ipanema (Zona Sul). Cabral também disse não saber quando perguntado se a candidata petista, enquanto ministra chefe da Casa Civil havia trabalhado a favor da proposta de partilha.

As emendas, dos senadores Pedro Simon e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) foram inseridas na discussão do marco regulatório do pré-sal, proposto pelo Planalto enquanto Dilma ainda estava na Casa Civil e à qual Serra se opôs que fosse feita no ano da eleição.

Estiveram no encontro com Cabral, entre outros, os atores Fernanda Torres, Xuxa Lopes e Marco Nanini, os cineastas Arnaldo Jabor, Domingos Oliveira e Guilherme Coelho, as cantoras Fernanda Abreu e Sandra de Sá e a secretária estadual de Cultura, Adriana Rates.

"O Rio é a capital da cultura no Brasil (...) um dos maiores centros de artes plásticas da América Latina e onde se produz mais da metade do cinema brasileiro. É importante estar com eles e ouvir as sugestões (...) o ambiente tem melhorado para a chamada indústria criativa, com ações de segurança e uma agenda de eventos", afirmou o governador.
Cabral ainda tentou minimizar o fracasso do comício com Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (16), quando as campanhas esperaram de 50 mil a 100 mil pessoas e a candidata petista acabou discursando para apenas mil, incluindo cabos eleitorais pagos. "Faremos outras caminhadas. Tinha 15 mil pessoas (menos de um terço do mínimo previsto, antes do comício, na Avenida Rio Branco) caminhando sob tempo muito ruim, até que veio a chuva desesperadora e muita gente saiu".

O Dia online 21/07/2010

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