Documento em favor do voto aberto no Congresso foi colocado na internet por entidades sociais, que ontem entregaram o texto ao presidente do Senado, José Sarney.
Taques (2o à esq.) participa do encontro com Sarney (3o à esq.), que apoia a medida, mas diz que mudança pode levar tempo
Representantes de organizações sociais entregaram ontem ao presidente do Senado, José Sarney, petição on-line a favor do voto aberto no Congresso Nacional. Em menos de 24 horas, o documento conseguiu o apoio de mais de 65 mil brasileiros.
Sarney manifestou apoio à mudança, mas disse que exigências de tramitação e de quórum podem comprometer a agilidade da votação das propostas de emenda à Constituição (PECs) que tratam do tema.
— Tomara que tenhamos êxito — afirmou Sarney.
Para Pedro Taques (PDT-MT), que acompanhou as entidades no encontro, o voto do parlamentar não pode ser secreto.
— República significa que qualquer um do povo tem o direito de saber como seus representantes votaram — afirmou.
O senador admitiu que é difícil aprovar uma das PECs sobre o tema até a votação que pode cassar o mandato de Demóstenes Torres (sem partido-GO). No entanto, disse que cada senador poderá revelar como votou. Taques defende que o voto aberto seja a regra, restando poucas exceções, como o caso da apreciação de vetos da Presidência da República.
Representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Márlon Reis disse que a coleta de assinaturas pela internet foi um teste para mostrar a popularidade do assunto.
— O voto aberto é uma realidade para a sociedade e precisa se transformar em realidade também no Congresso.
Segundo Reis, é preciso evitar que o voto secreto seja usado como cobertura para atos de corrupção.
Entre as entidades representadas no encontro, também estavam a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC).
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